Prometheus de Ridley Scott é possivelmente um do conjunto restrito de filmes que mais antecipei ou anteciparei durante este ano. O porquê é simples... este é o filme que antecede uma das minhas sagas cinematográficas preferidas... Alien(s), também ela iniciada por Scott.
Aqui iríamos finalmente descobrir como começou a praga de tão mortais critaturas que deram, a seu tempo, muitas dores de cabeça à Tenente Ripley tão brilhantemente interpretada por essa grande Sigourney Weaver. Tantos e tão bons momentos de acção que nos trouxe a saga que este filme só poderia deixar uma enorme vontade de ser visto.
Este filme começa na Escócia no 2089, muitos anos antes da nave Nostromo ser enviada para a sua fatídica missão. Quando Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) descobrem aquilo que pensam ser sinais que marcam um convite de uma entidade extra-terrestre na Terra para visitarem o planeta da sua origem, ambos recorrem à empresa Weyland, propriedade de Peter Weyland (Guy Pearce), para iniciarem a sua viagem rumo a um universo totalmente desconhecido, e aí poderem encontrar as respostas que tanto ambicionam sobre os "como" e os "porquê" da existência da vida no planeta Terra e quem foram aqueles que a "criaram" lá.
No entanto e como já poderíamos adivinhar, os objectivos da tripulação são díspares e nem todos revelam realmente aquilo que pretendem conseguir desta viagem, e isto sem comentar que aquele novo planeta reserva surpresas que anos mais tarde iriam ser devastadoras para a Nostromo e sua tripulação que, como todos sabemos, podemos ver na saga original que despoletou a criação desta prequela.
Apesar de pertencer ao universo "Alien", que não se iludam aqueles que pensam que ao irem assistir a este filme vão ter uma luta frenética de humanos contra aliens sedentos de sangue como estavamos habituados nos já referidos filmes. Aqui, os motivos que levam ao desenrolar desta nova trama prendem-se principalmente com as origens do Homem no planeta Terra. A tal ideia do "de onde viemos" é o mote que leva esta expediação a um (mau) porto de onde nos irão surgir ainda mais questões do que aquelas com que começámos a ver este filme, e principalmente vão destruir as certezas que tinhamos quando entrámos na sala de cinema.
Temos de facto a porta que faz a rampa de ligação entre aquilo que já conhecemos, não necessariamente os mesmos aliens com sangue ácido mas aliens de qualquer das formas, e temos sim uma abordagem à forma como alguns destas se criaram, ou pelo menos alguns deles e, apesar de não ser o tradicional, o que é certo é que são tão mortíferos como aqueles que nos são familiares e, também isto, abre caminho para toda uma nova tipologia que, até agora, nos era desconhecida.
Mais familiar é a própria nave Prometheus que apesar da modernidade que os efeitos especiais trouxeram nestes últimos trinta e três anos, consegue captar alguns dos "traços" da nossa saudosa Nostromo que são facilmente identificáveis por qualquer fã mais atento... as portas de ligação entre as várias secções da nave... as bancadas centrais onde a tripulação se reunia entre outros, e isso consegue criar uma certa ligação entre filmes, apesar deste se querer uma história independente. Sabemos que estamos no mesmo universo mas, ao mesmo tempo, percebemos que temos de nos desvincular daquilo que temos já como garantido.
As interpretações apesar de competentes e conseguirem criar uma química generalizada entre o conjunto de actores, não conseguem ter o dinamismo que temos como a nossa igualmente saudosa "Ripley". É certo que Noomi Rapace cria um excelente "boneco" com a sua Elizabeth Shaw que tanto tem de frágil com de guerreira, abrindo inclusive porta para dar continuidade a esta sua personagem mas, ao mesmo tempo, não consegue ter o carisma que Sigourney Weaver teve durante quase vinte anos em que assumiu a sua Ripley. Por muito que se tente não tecer uma comparação entre ambas, ela é quase inevitável pois todos sabemos que a saga que este Prometheus precede, muito deve o seu sucesso, e consequente legião de fãs, graças à presença quer combativa quer emotiva que Sigourney Weaver nela depositou (não é ao acaso que teve aqui uma nomeação a Oscar... a primeira num filme de ficção científica).
Não quero com isto dizer que Rapace não é convincente, bem pelo contrário. A sua Elizabeth tem pernas para andar e estou confiante que nos próximos anos teremos alguma surpresa no que a isto diz respeito.
Destaco ainda Charlize Theron que com a sua Merdith Vickers (de quem suspeito também irmos ouvir falar quando esta saga continuar), consegue criar uma personagem ambígua que nos deixa do início ao fim na dúvida sobre se será ou não um andróide. Se por um lado a nossa certeza sobre este aspecto é inabalável graças à sua frieza na liderança e dotes físicos que conseguem encostar qualquer um à parede, não deixa igualmente de ser verdade que quando realmente posta à prova as suas emoções são acentuadas. Mais uma explicação que ficará para a sequela, muito ao estilo de Bishop no Aliens e Alien 3.
No entanto há que destacar aquele que não só se destaca como uma importante presença dramática na actualidade cinematográfica como consegue ainda tornar-se peça fundamental da saga X-MEN e agora em Prometheus. Estou a falar claro de Michael Fassbender, que com o seu andróide "David" recria o pior e o melhor dos anteriores pares. Sem Alien tinhamos um Ash cruel e indiferença à dor humana, no segundo e quarto filme da saga tinhamos Bishop e Call que eram andróides programados para sacrificar a sua integridade pela segurança dos humanos que acompanhavam.
A brilhante interpretação de Fassbender coloca-o num misto destes três. Se por um lado David é um preocupado com as emoções humanas e com as suas características e cultura que os tornam tão particulares, por outro temos nele o provocador do descalabro dos elementos desta missão (não, não vou revelar como...). Esta dísparidade de equilibrios que consegue tão "friamente" interpretar tornam-no num dos andróides mais desafiantes e perturbadores da série. Se por um lado pretende preservar o bem, por outro sabemos que vai provocar o mal e sempre ao ritmo de uma ironia cortante. Se em todos os Alien, a personagem do andróide foi indispensável, aqui ela não só o é como se torna praticamente na principal, especialmente se pensarmos que continua para além deste filme. Michael Fassbender mais uma vez com uma escolha determinante para a sua carreira e, não fosse este um filme de ficção científica que, mais uma vez, deve apenas granjear nomeações nos efeitos especiais e demais categorias técnicas, e apostaria que conseguiria recolher aqui uma nomeação por esta sua personagem tão ambígua e contraditória, e que o coloca (se é que ainda existiam grandes dúvidas) como um dos mais fortes actores do momento... e para o futuro.
Além dos efeitos especiais, que todos sabemos ser um dos elementos fortes do filme, da respectiva caracterização e das referidas e marcantes interpretações, este filme consegue ser um desafiante entretenimento que nos estimula os sentidos para todo um ambiente onde a própria acção decorre que é, garantidamente, estimulante. Vamos esquecer por momentos que até existem aliens por ali, no entanto é impossível esquecer todos os perigos atmosféricos que são uma garantida presença... Ar irrespirável, tempestades climatéricas que jamais alguém assistiu e descargas eléctricas capazes de "torrar" qualquer espaço verdejante, este planeta distante é no mínimo por si só, assustador que apenas é intensificado com a constante variação de luzes e sombras da brilhante fotografia de Dariusz Wolski. Mesmo antes de alguma coisa correr mal todos nós percebemos que o ambiente não é o mais hospitaleiro.
Quanto ao argumento da autoria de John Spaihts e Damon Lindelof só tenho uma palavra para o caracterizar... ambiguo. Se por um lado nos transporta para um cenário e um mundo onde nós queremos claramente estar, afinal somos fãs, o que é certo é que abre um novo rumo para a história. Não nos afastamos de todo um cenário "Alien", mas ao mesmo tempo sabemos que não é por isso que ali estamos. Esta nova porta que se abre é sim para as origens da Humanidade. Porque nos "criaram"... quais os seus fins, os seus objectivos e, principalmente, porque é que a meio desta nova aventura acharam que o Homem, criados à sua imagem, foram um tão grande erro que pretenderam eliminar a todo o custo. Aqui existiram muitas questões por responder, e nenhum filme que consegue criar ume legião tão grande de seguidores irá manter-se por muito tempo sem ter uma, ou várias, sequelas que lhe dêem uma potencial resposta. A história e o argumento abriram-nos o apetite, tão ou mais voraz do que o dos aliens, para estas e tantas outras questões, e quem o fez sabe que queremos mais.
Gostando dos outros filmes como gosto, era praticamente impossível não gostar deste e não querer vê-lo novamente para poder apreciar todo um conjunto de detalhes que possivelmente me passaram ao lado mais que não fosse pela excitação do momento. No entanto, também reconheço que apesar de muito bom, esperava muito mais ainda e não sou exagerado quando digo que o filme passava muito bem com mais uma hora de duração... Hora essa que nenhum de nós iria achar "a mais".
Sem dúvida um filme a ver, especialmente os fãs da temática, que desesperam para ser novamente transportados para os cenários que tão familiares nos são, e também para aqueles que desconhecendo o universo em questão, irão agora sentir curiosidade em ver os restantes filmes que decorrem anos depois deste.
Mentiria se não dissesse que estou à espera da sua continuação... eu e todos os outros que o anteciparam tanto quanto eu. Como final para este já longo comentário deixo apenas uma questão... é certo que nesta altura a Ripley era apenas uma miragem mas... não a gostariam de voltar a ver?
Aqui iríamos finalmente descobrir como começou a praga de tão mortais critaturas que deram, a seu tempo, muitas dores de cabeça à Tenente Ripley tão brilhantemente interpretada por essa grande Sigourney Weaver. Tantos e tão bons momentos de acção que nos trouxe a saga que este filme só poderia deixar uma enorme vontade de ser visto.
Este filme começa na Escócia no 2089, muitos anos antes da nave Nostromo ser enviada para a sua fatídica missão. Quando Elizabeth Shaw (Noomi Rapace) e Charlie Holloway (Logan Marshall-Green) descobrem aquilo que pensam ser sinais que marcam um convite de uma entidade extra-terrestre na Terra para visitarem o planeta da sua origem, ambos recorrem à empresa Weyland, propriedade de Peter Weyland (Guy Pearce), para iniciarem a sua viagem rumo a um universo totalmente desconhecido, e aí poderem encontrar as respostas que tanto ambicionam sobre os "como" e os "porquê" da existência da vida no planeta Terra e quem foram aqueles que a "criaram" lá.
No entanto e como já poderíamos adivinhar, os objectivos da tripulação são díspares e nem todos revelam realmente aquilo que pretendem conseguir desta viagem, e isto sem comentar que aquele novo planeta reserva surpresas que anos mais tarde iriam ser devastadoras para a Nostromo e sua tripulação que, como todos sabemos, podemos ver na saga original que despoletou a criação desta prequela.
Apesar de pertencer ao universo "Alien", que não se iludam aqueles que pensam que ao irem assistir a este filme vão ter uma luta frenética de humanos contra aliens sedentos de sangue como estavamos habituados nos já referidos filmes. Aqui, os motivos que levam ao desenrolar desta nova trama prendem-se principalmente com as origens do Homem no planeta Terra. A tal ideia do "de onde viemos" é o mote que leva esta expediação a um (mau) porto de onde nos irão surgir ainda mais questões do que aquelas com que começámos a ver este filme, e principalmente vão destruir as certezas que tinhamos quando entrámos na sala de cinema.
Temos de facto a porta que faz a rampa de ligação entre aquilo que já conhecemos, não necessariamente os mesmos aliens com sangue ácido mas aliens de qualquer das formas, e temos sim uma abordagem à forma como alguns destas se criaram, ou pelo menos alguns deles e, apesar de não ser o tradicional, o que é certo é que são tão mortíferos como aqueles que nos são familiares e, também isto, abre caminho para toda uma nova tipologia que, até agora, nos era desconhecida.
Mais familiar é a própria nave Prometheus que apesar da modernidade que os efeitos especiais trouxeram nestes últimos trinta e três anos, consegue captar alguns dos "traços" da nossa saudosa Nostromo que são facilmente identificáveis por qualquer fã mais atento... as portas de ligação entre as várias secções da nave... as bancadas centrais onde a tripulação se reunia entre outros, e isso consegue criar uma certa ligação entre filmes, apesar deste se querer uma história independente. Sabemos que estamos no mesmo universo mas, ao mesmo tempo, percebemos que temos de nos desvincular daquilo que temos já como garantido.
As interpretações apesar de competentes e conseguirem criar uma química generalizada entre o conjunto de actores, não conseguem ter o dinamismo que temos como a nossa igualmente saudosa "Ripley". É certo que Noomi Rapace cria um excelente "boneco" com a sua Elizabeth Shaw que tanto tem de frágil com de guerreira, abrindo inclusive porta para dar continuidade a esta sua personagem mas, ao mesmo tempo, não consegue ter o carisma que Sigourney Weaver teve durante quase vinte anos em que assumiu a sua Ripley. Por muito que se tente não tecer uma comparação entre ambas, ela é quase inevitável pois todos sabemos que a saga que este Prometheus precede, muito deve o seu sucesso, e consequente legião de fãs, graças à presença quer combativa quer emotiva que Sigourney Weaver nela depositou (não é ao acaso que teve aqui uma nomeação a Oscar... a primeira num filme de ficção científica).
Não quero com isto dizer que Rapace não é convincente, bem pelo contrário. A sua Elizabeth tem pernas para andar e estou confiante que nos próximos anos teremos alguma surpresa no que a isto diz respeito.
Destaco ainda Charlize Theron que com a sua Merdith Vickers (de quem suspeito também irmos ouvir falar quando esta saga continuar), consegue criar uma personagem ambígua que nos deixa do início ao fim na dúvida sobre se será ou não um andróide. Se por um lado a nossa certeza sobre este aspecto é inabalável graças à sua frieza na liderança e dotes físicos que conseguem encostar qualquer um à parede, não deixa igualmente de ser verdade que quando realmente posta à prova as suas emoções são acentuadas. Mais uma explicação que ficará para a sequela, muito ao estilo de Bishop no Aliens e Alien 3.
No entanto há que destacar aquele que não só se destaca como uma importante presença dramática na actualidade cinematográfica como consegue ainda tornar-se peça fundamental da saga X-MEN e agora em Prometheus. Estou a falar claro de Michael Fassbender, que com o seu andróide "David" recria o pior e o melhor dos anteriores pares. Sem Alien tinhamos um Ash cruel e indiferença à dor humana, no segundo e quarto filme da saga tinhamos Bishop e Call que eram andróides programados para sacrificar a sua integridade pela segurança dos humanos que acompanhavam.
A brilhante interpretação de Fassbender coloca-o num misto destes três. Se por um lado David é um preocupado com as emoções humanas e com as suas características e cultura que os tornam tão particulares, por outro temos nele o provocador do descalabro dos elementos desta missão (não, não vou revelar como...). Esta dísparidade de equilibrios que consegue tão "friamente" interpretar tornam-no num dos andróides mais desafiantes e perturbadores da série. Se por um lado pretende preservar o bem, por outro sabemos que vai provocar o mal e sempre ao ritmo de uma ironia cortante. Se em todos os Alien, a personagem do andróide foi indispensável, aqui ela não só o é como se torna praticamente na principal, especialmente se pensarmos que continua para além deste filme. Michael Fassbender mais uma vez com uma escolha determinante para a sua carreira e, não fosse este um filme de ficção científica que, mais uma vez, deve apenas granjear nomeações nos efeitos especiais e demais categorias técnicas, e apostaria que conseguiria recolher aqui uma nomeação por esta sua personagem tão ambígua e contraditória, e que o coloca (se é que ainda existiam grandes dúvidas) como um dos mais fortes actores do momento... e para o futuro.
Além dos efeitos especiais, que todos sabemos ser um dos elementos fortes do filme, da respectiva caracterização e das referidas e marcantes interpretações, este filme consegue ser um desafiante entretenimento que nos estimula os sentidos para todo um ambiente onde a própria acção decorre que é, garantidamente, estimulante. Vamos esquecer por momentos que até existem aliens por ali, no entanto é impossível esquecer todos os perigos atmosféricos que são uma garantida presença... Ar irrespirável, tempestades climatéricas que jamais alguém assistiu e descargas eléctricas capazes de "torrar" qualquer espaço verdejante, este planeta distante é no mínimo por si só, assustador que apenas é intensificado com a constante variação de luzes e sombras da brilhante fotografia de Dariusz Wolski. Mesmo antes de alguma coisa correr mal todos nós percebemos que o ambiente não é o mais hospitaleiro.
Quanto ao argumento da autoria de John Spaihts e Damon Lindelof só tenho uma palavra para o caracterizar... ambiguo. Se por um lado nos transporta para um cenário e um mundo onde nós queremos claramente estar, afinal somos fãs, o que é certo é que abre um novo rumo para a história. Não nos afastamos de todo um cenário "Alien", mas ao mesmo tempo sabemos que não é por isso que ali estamos. Esta nova porta que se abre é sim para as origens da Humanidade. Porque nos "criaram"... quais os seus fins, os seus objectivos e, principalmente, porque é que a meio desta nova aventura acharam que o Homem, criados à sua imagem, foram um tão grande erro que pretenderam eliminar a todo o custo. Aqui existiram muitas questões por responder, e nenhum filme que consegue criar ume legião tão grande de seguidores irá manter-se por muito tempo sem ter uma, ou várias, sequelas que lhe dêem uma potencial resposta. A história e o argumento abriram-nos o apetite, tão ou mais voraz do que o dos aliens, para estas e tantas outras questões, e quem o fez sabe que queremos mais.
Gostando dos outros filmes como gosto, era praticamente impossível não gostar deste e não querer vê-lo novamente para poder apreciar todo um conjunto de detalhes que possivelmente me passaram ao lado mais que não fosse pela excitação do momento. No entanto, também reconheço que apesar de muito bom, esperava muito mais ainda e não sou exagerado quando digo que o filme passava muito bem com mais uma hora de duração... Hora essa que nenhum de nós iria achar "a mais".
Sem dúvida um filme a ver, especialmente os fãs da temática, que desesperam para ser novamente transportados para os cenários que tão familiares nos são, e também para aqueles que desconhecendo o universo em questão, irão agora sentir curiosidade em ver os restantes filmes que decorrem anos depois deste.
Mentiria se não dissesse que estou à espera da sua continuação... eu e todos os outros que o anteciparam tanto quanto eu. Como final para este já longo comentário deixo apenas uma questão... é certo que nesta altura a Ripley era apenas uma miragem mas... não a gostariam de voltar a ver?
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."Meredith Vickers: A king has his reign, and then he dies. It's inevitable."
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