sábado, 23 de junho de 2012

Fecha-se uma Porta, Abre-se uma Janela (2012)

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Fecha-se uma Porta, Abre-se uma Janela de Rui Moreira foi uma das curtas-metragens da passada noite do Shortcutz Faro, e mais uma das agradáveis surpresas que este novo certame fez revelar.
Apesar de quando iniciarmos o visionamento desta curta o seu título desvendar previsivelmente uma boa parte do que vamos ver de seguida, não deixa de ser uma história bem pensada e estruturada que nos é apresentada.
Num primeiro momento temos um rapaz que sonha correr as ruas de uma qualquer cidade pelas suas próprias pernas... No instante seguinte temos o mesmo jovem retido numa cadeira de rodas a sonhar com esse mesmo momento. Fruto de um sonho passado ou o (in)consciente desejo de um dia poder fazê-lo, vamos percorrendo as ruas e uma pequena mata por onde este jovem deixa a sua imaginação fluir como última réstia das asas que a sua imaginação tem.
Num mundo onde a sua locomoção é francamente limitada e onde as poucas notícias que lhe chegam do mundo são através de uma televisão que não mostra o melhor daquilo que esse mesmo mundo tem para oferecer, só lhe resta mesmo voltar a olhar a janela e deixar a sua imaginação correr tão rapidamente como aquilo que com ela vê.
Interessante, bem pensada e a denotar uma sensibilidade para com aqueles que são tantas vezes esquecidos, esta curta-metragem é ainda dotada de uma extraordinária banda-sonora que acrescenta o lado emocionante à história que, só por si, já o é.
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7 / 10
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