Big Game de Sarah Scrimgeour é uma curta-metragem de animação sul-africana que nos faz entrar no imaginário de um monstro que prepara a sua festa de aniversário.
De aspecto rude que a todos mete medo mas que é, no fundo, um bom coração, este monstro espera por visitas inesperadas que partilhem com ele o seu dia especial mas ignora que um homem se prepara para um conjunto de armadilhas que visam exterminá-lo.
No meio de uma perigosa, mas desconhecida, aventura... quem irá sobreviver a esta provação?
O argumento de Aarin Lehmkuhl e Miro Kolenic não só diverte o espectador com as inúmeras armadilhas que estão preparadas para este simpático monstro que passam desde a queda de "monstruosos" pianos a bombas, veneno e muita munição como também subtilmente envia uma simpática mensagem sobre o quão incorrectas podem ser as primeiras impressões e aparências que cada um de nós envia para os demais. No final, aquilo que Big Game pretende é obrigar o espectador a pensar sobre o quão solitária pode ser uma existência de alguém que habita um mundo onde é único e não tem nenhum semelhante com quem se identificar só lhe restando assim viver a sua própria existência liberta de parâmetros ditos "normais".
Divertida pelo conjunto segmentos cómicos que contém e pela sua surpreendente (mas algo esperada) finalização que nos faz questionar se afinal não será a diferença a única forma de cada um de nós se afirmar numa sociedade que parece não nos querer aceitar.
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8 / 10
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