Entre Paredes de Gilles Paquet-Brenner é um interessante thriller que poderia ter ido muito mais longe do que aquilo que conseguiu alcançar no final.
Sam (Mischa Barton) é uma agente de uma companhia de demolições enviada para uma estranha e remota localidade onde vai investigar um edifício de um reputado arquitecto para uma futura demolição do mesmo. À medida que conhece os poucos e estranhos moradores daquele quase deserto edifício, percebe que toda a história do mesmo está envolta em secretismo e em acontecimentos macabros que, de certa forma, o condenaram ao abandono.
Irá agora Sam desvendar tudo o que aquele edifício esconde ou irá também ela sucumbir ao mesmo trágico destino que o espera?
Visualmente temos, logo desde o início, um filme interessante. O local onde o Edifício Malestrazza se encontra divide-se entre o desértico e o pântano e o simples facto de se encontrar praticamente vazio, tendo apenas quatro habitantes, torna-o aliciante o suficiente para que se torne um filme de terror e suspense suficientemente apelativo para nos "conquistar" a vê-lo.
Tudo isto aumenta quando somos transportados para o seu interior e deparamos com um espaço visualmente agradável mas que "transpira" desconfiança a cada passo que a personagem encarnada por Mischa Barton dá.
Carregado de simbologia sobre os princípios da arquitectura, os assassinatos que ali ocorreram e uma estética de construção que nos deixa a todos com receio de irmos para um edifício que já tivesse espelhos de origem, este filme perde uma importante carga de suspense quando é adaptada a célebre canção do Pesadelo em Elm Street aos destino dos seus habitantes e do próprio Edifício. Malestrazza. Sim.. aquela canção "one two Freddy's coming for you"... essa mesma... um momento completamente desnecessário e, arrisco até dizer, absurdo pois não só não faz sentido a sua rima como faz perder a tal originalidade da história e do local, por absoluto.
Dito isto... o filme é convincente na generalidade do seu argumento, mesmo com alguma previsibilidade sobre quem será a mente por detrás de tanto crime e desaparecimento, e em termos visuais consegue não só ser apelativo como desafiante se pensarmos no claustrofóbico que seria estar num edifício no meio do nada e com um estranho clima sempre presente sobre a nossa cabeça. A ideia de fuga para lado nenhum ganha assim uma constante presença e acabamos por pensar que ou resolvemos a situação ou já não conseguiremos sair dali.
À excepção de Mischa Barton e do seu co-protagonista Cameron Bright que se mantém tão enigmático como na altura em que se revelou ao mundo com Birth, que é o mesmo que dizer... outra interpretação mas a mesma postura, os demais actores acabam por funcionar quase que como suportes para os principais não revelando grande desenvolvimento ou até mesmo grande necessidade de estarem ali limitando-se a ser praticamente figurativos.
Interessante e consegue funcionar como "filme de sexta à noite", o qual procuramos para passar um bom bocado mas na prática vai pouco mais além disso.
.Sam (Mischa Barton) é uma agente de uma companhia de demolições enviada para uma estranha e remota localidade onde vai investigar um edifício de um reputado arquitecto para uma futura demolição do mesmo. À medida que conhece os poucos e estranhos moradores daquele quase deserto edifício, percebe que toda a história do mesmo está envolta em secretismo e em acontecimentos macabros que, de certa forma, o condenaram ao abandono.
Irá agora Sam desvendar tudo o que aquele edifício esconde ou irá também ela sucumbir ao mesmo trágico destino que o espera?
Visualmente temos, logo desde o início, um filme interessante. O local onde o Edifício Malestrazza se encontra divide-se entre o desértico e o pântano e o simples facto de se encontrar praticamente vazio, tendo apenas quatro habitantes, torna-o aliciante o suficiente para que se torne um filme de terror e suspense suficientemente apelativo para nos "conquistar" a vê-lo.
Tudo isto aumenta quando somos transportados para o seu interior e deparamos com um espaço visualmente agradável mas que "transpira" desconfiança a cada passo que a personagem encarnada por Mischa Barton dá.
Carregado de simbologia sobre os princípios da arquitectura, os assassinatos que ali ocorreram e uma estética de construção que nos deixa a todos com receio de irmos para um edifício que já tivesse espelhos de origem, este filme perde uma importante carga de suspense quando é adaptada a célebre canção do Pesadelo em Elm Street aos destino dos seus habitantes e do próprio Edifício. Malestrazza. Sim.. aquela canção "one two Freddy's coming for you"... essa mesma... um momento completamente desnecessário e, arrisco até dizer, absurdo pois não só não faz sentido a sua rima como faz perder a tal originalidade da história e do local, por absoluto.
Dito isto... o filme é convincente na generalidade do seu argumento, mesmo com alguma previsibilidade sobre quem será a mente por detrás de tanto crime e desaparecimento, e em termos visuais consegue não só ser apelativo como desafiante se pensarmos no claustrofóbico que seria estar num edifício no meio do nada e com um estranho clima sempre presente sobre a nossa cabeça. A ideia de fuga para lado nenhum ganha assim uma constante presença e acabamos por pensar que ou resolvemos a situação ou já não conseguiremos sair dali.
À excepção de Mischa Barton e do seu co-protagonista Cameron Bright que se mantém tão enigmático como na altura em que se revelou ao mundo com Birth, que é o mesmo que dizer... outra interpretação mas a mesma postura, os demais actores acabam por funcionar quase que como suportes para os principais não revelando grande desenvolvimento ou até mesmo grande necessidade de estarem ali limitando-se a ser praticamente figurativos.
Interessante e consegue funcionar como "filme de sexta à noite", o qual procuramos para passar um bom bocado mas na prática vai pouco mais além disso.
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6 / 10
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