Y en el Séptimo Día de Michael Raphan é uma curta-metragem de ficção espanhola que leva o espectador a uma enérgica, romântica e por vezes desesperante viagem aos primeiros de um casal enquanto marido e mulher.
A lua-de-mel é suposto ser aquele conjunto de dias em que tudo corre de forma perfeita para um casal que celebra a sua vida em conjunto. Mas, quão fácil será para estas duas pessoas cansarem-se da mútua companhia e de uma perspectiva de "toda a vida"?
Desde o Dia 1 em que tudo é uma novidade e a viagem para o outro lado do mundo constituem a mais recente conquista de um casal que se ama, até ao Dia 7 em que todas as novidades já foram ultrapassadas e onde os silêncios constrangem a harmonia existente entre a dupla especialmente quando parece que são se vão tornar num trio inesperado.
A incerteza de um futuro não planeado e a vontade dele ser - para ela - sempre uma garantia, faz com que ambos se dividam a respeito daquilo que se pode e quer ter... incluindo a eventual maternidade. Assim, o espectador é colocado perante um dilema... sobreviverá este casamento para lá da sua descendência que poderá não chegar neste momento ou, por sua vez, irá ela continuar com um eterno sentimento de rejeição das suas vontades trazendo ao mundo um filho que parece não desejar?
Simpática e reflexiva nos seus breves instantes, Y en el Séptimo Día explana as vontades e desejos não cumpridos de um casal que habituado à mútua convivência esqueceu o significado da partilha e da entrega a favor das suas vontades individuais onde um - aparenta - estar em detrimento em relação ao outro. Quando a aventura e a esperança deram lugar à rotina e ao "habitual", poderá este jovem casal junto desde tempos que já nem os próprios recordam continuar a sua união? Ou será esta lua-de-mel o princípio de um fim já anunciado?
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7 / 10
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