Dead Zone de Brian Binder (EUA) - também autor do argumento - é uma curta-metragem que revela a história de um jovem isolado (Tyler Alverson), num mundo devastado por uma qualquer epidemia e que espera por encontrar o cão que perdeu como última forma de ter um qualquer contacto com o mundo tal como o conhecera. As suas instruções foram breves... nunca se afastar do bunker em que reside - uma gruta -, nunca se cruzar com os corvos - misteriosos guardiões do espaço em que se encontra - e finalmente não entrar na "dead zone"... o espaço a que antes haviam chamado de casa. Irá ele resistir neste novo mundo?
Inúmeros são os filmes - curtos e não só - que se dedicam a este imaginário de fim-do-mundo ou de mundo pós destruição. Muitas são também as boas vontades e o gosto que o género exerce sobre não só fãs do mesmo como naqueles que desejam começar a sua carreira cinematográfica com estas histórias capazes de fazer despertar no espectador um gostinho pelo "como seria?" inerente a estes contos. No entanto, e ainda que reinem as boas intenções naqueles que as constroem com toda a sua dedicação, nem sempre o resultado final é ou o esperado ou o melhor.
Sem qualquer condescendência para com o trabalho de Brian Binder e de toda a sua equipa envolvida na construção deste filme curto, a realidade é que aquilo que aqui é apresentado já foi filmado, visto e revisto vezes sem conta e com mais criatividade ou primor na sua execução. A história... não é desconhecida.
Num mundo do qual poucas referências obtemos, apenas um sobrevivente e alguns tipos que o perseguem (pensamos), com o fim último de o exterminar. Afinal, o que existirá para lá daqueles morros e marcos de "segurança" que foram, em tempos, apresentados ao nosso protagonista como o último reduto de uma qualquer salvação pela qual espera? Deambulando por uma espaço desconhecido e com o propósito de encontrar uma companhia que perdera - o seu cão - e que escuta constantemente - delírio ou não nunca saberemos -, o actor principal desta curta-metragem, ainda que convincente dentro do género, necessitava de um aprofundamento do seu carácter e estado de espírito que aqui se resume ao já conhecido em tantos outros filmes do género... Tudo se resume ao "até que ponto aguenta alguém num mundo que aparenta estar deserto"... Até que ponto resiste a mente humana a uma solidão da qual parece não escapar?
Com uma maior e melhor coordenação não só do argumento como dos actores dos quais poderia ter sido explorado mais das suas motivações ou do seu ânimo - que aqui se resume a breves momentos em que a expressão facial tudo revela -, Dead Zone poderia ter surgido ao espectador como uma curta-metragem melhor conseguida e que deixasse mais mistério, suspense ou até mesmo incerteza sobre o que existe para lá daqueles montes e até que ponto existiria a própria Humanidade se o último habitante "limpo" perdesse o controlo sobre as suas emoções ou livre pensamento. Interessante pela abordagem, pela clara vontade em contar uma boa história e pelo prenúncio de interpretações que tinham mais sumo para ser espremido, Dead Zone mantém-se pelo seguro e não arrisca para alcançar aquilo que poderia ter sido.
Inúmeros são os filmes - curtos e não só - que se dedicam a este imaginário de fim-do-mundo ou de mundo pós destruição. Muitas são também as boas vontades e o gosto que o género exerce sobre não só fãs do mesmo como naqueles que desejam começar a sua carreira cinematográfica com estas histórias capazes de fazer despertar no espectador um gostinho pelo "como seria?" inerente a estes contos. No entanto, e ainda que reinem as boas intenções naqueles que as constroem com toda a sua dedicação, nem sempre o resultado final é ou o esperado ou o melhor.
Sem qualquer condescendência para com o trabalho de Brian Binder e de toda a sua equipa envolvida na construção deste filme curto, a realidade é que aquilo que aqui é apresentado já foi filmado, visto e revisto vezes sem conta e com mais criatividade ou primor na sua execução. A história... não é desconhecida.
Num mundo do qual poucas referências obtemos, apenas um sobrevivente e alguns tipos que o perseguem (pensamos), com o fim último de o exterminar. Afinal, o que existirá para lá daqueles morros e marcos de "segurança" que foram, em tempos, apresentados ao nosso protagonista como o último reduto de uma qualquer salvação pela qual espera? Deambulando por uma espaço desconhecido e com o propósito de encontrar uma companhia que perdera - o seu cão - e que escuta constantemente - delírio ou não nunca saberemos -, o actor principal desta curta-metragem, ainda que convincente dentro do género, necessitava de um aprofundamento do seu carácter e estado de espírito que aqui se resume ao já conhecido em tantos outros filmes do género... Tudo se resume ao "até que ponto aguenta alguém num mundo que aparenta estar deserto"... Até que ponto resiste a mente humana a uma solidão da qual parece não escapar?
Com uma maior e melhor coordenação não só do argumento como dos actores dos quais poderia ter sido explorado mais das suas motivações ou do seu ânimo - que aqui se resume a breves momentos em que a expressão facial tudo revela -, Dead Zone poderia ter surgido ao espectador como uma curta-metragem melhor conseguida e que deixasse mais mistério, suspense ou até mesmo incerteza sobre o que existe para lá daqueles montes e até que ponto existiria a própria Humanidade se o último habitante "limpo" perdesse o controlo sobre as suas emoções ou livre pensamento. Interessante pela abordagem, pela clara vontade em contar uma boa história e pelo prenúncio de interpretações que tinham mais sumo para ser espremido, Dead Zone mantém-se pelo seguro e não arrisca para alcançar aquilo que poderia ter sido.
.
.
5 / 10
.
Sem comentários:
Enviar um comentário