Terminou há instantes a nona gala dos Troféus de Televisão atribuídos anualmente às melhores produções televisivas de Portugal. Entre programas Culturais, de Informação, Entretenimento e de Ficção são ainda entregues troféus especiais como o de Carreira este ano entregue à actriz Lourdes Norberto.
.
Como uma carreira que se estende do Teatro à Televisão passando pela Rádio e pelo Cinema, Lourdes Norberto iniciou o seu percurso profissional em 1945 no Teatro Nacional D. Maria II com a peça Os Maias, pela mão de Amélia Rey Colaço teatro no qual permaneceu, aliás, até à primeira década do século XXI participando em peças como A Casa de Bernarda Alba (1948), A Voz da Cidade e Sonho de Uma Noite de Verão (1952) ou A Castro (1957).
Para além do teatro foi também na televisão onde manteve uma presença regular ao longo da segunda metade do século XX ao participar em inúmeras obras de Tele-Teatro - emissões teatrais efectuadas para difusão televisiva - como As Árvores Morrem de Pé (1966) ou Othelo (1969), bem como em diversas Séries como Retalhos da Vida de um Médico (1980), Tragédia da Rua das Flores (1981), Mala de Cartão (1988), Ricardina e Marta (1989), Ballet Rose (1998), Não És Homem Não És Nada (1999), Capitão Roby (2000), Jardins Proibidos (2000) como "Emília Ávila" uma das suas personagens mais emblemáticas, A Jóia de África (2002), Liberdade XXI (2009), Velhos Amigos (2012), Bem-Vindos a Beirais (2013), Mulheres de Abril (2014) ou Nelo & Idália (2016) e ainda em Telenovelas como Roseira Brava (1996), Vidas de Sal (1996) onde interpretou a mítica "Mimi", A Grande Aposta (1997), A Lenda da Garça (2000), Filha do Mar (2001), Queridas Feras (2003), Podia Acabar o Mundo (2008), Destinos Cruzados (2013) ou mais recentemente em A Impostora (2016).
Finalmente Lourdes Noberto teve ainda uma extensa carreira cinematográfica iniciada em Ribatejo (1949), de Henrique Campos, Chaimite (1953), de Jorge Brum do Canto, nas curtas-metragens Nicotiana (1964), de António de Macedo, A Cidade (1968), de José Fonseca e Costa, O Viúvo (1978), de João Roque, Adeus, Pai (1996), de Luís Filipe Rocha, O Crime do Padre Amaro (2005), de Carlos Coelho da Silva, Amália (2008), também de Carlos Coelho da Silva, Como Desenhar um Círculo Perfeito (2009), de Marco Martins e novamente numa curta-metragem Amor Cego (2010), de Paulo Filipe tendo ainda, neste momento, duas longas-metragens por estrear sendo elas Olga Drummond (2018), de Diogo Infante e You Above All (2019), de Lucas Elliot Eberl e Edgar Morais culminando num percurso artístico de mais de setenta anos.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário