Criado com o intuito de destacar e premiar a originalidade, qualidade e independência da obra de um realizador, o 66º Prémio Jean Vigo foi atribuído este ano a dois realizadores; a primeira obra de Jean-Bernard Marlin pela sua obra Shéhérazade que conta a história de "Zachary" (Dylan Robert), um jovem de dezassete anos recentemente saído da prisão e que após a rejeição da mãe se vê envolvido nos perigos das ruas de Marselha onde conhece a personagem "Shéhérazade" (Kenza Fortas). Com argumento do próprio realizador em colaboração com Catheriné Paillé, Shéhérazade foi premiada pela sua "excepcional direcção de actores, e pelo lirismo inerente que injecta no dilacerante realismo dos seus amantes na noite Marselhesa".
A segunda obra premiada foi Un Couteau dans le Coeur, de Yann Gonzalez que relata a relação conturbada entre "Anne" (Vanessa Paradis) uma produtora de pornagrafia gay e a sua companheira e editora "Loïs" (Kate Moran) na Paris de 1979. A obra de Yann Gonzalez foi premiada, segundo os jurados, pela forma "atenta e terna com que filma o cinema do género, bem como pela sua forma poética e artística".
Jean-Beranrd Marlin e Yann Gonzalez juntam-se assim a realizadores como Jean-Luc Godard, Maurice Pialat, Alain Resnais, Claude Chabrol, Philippe Garrel, Olivier Assayas, Bruno Dumont ou Laurent Cantet.
Finalmente o Prémio Jean Vigo para Curta-Metragem foi entregue a L'Ami du Dimanche, de Guillaume Brac e o Prémio Honorário entregue a Jean-François Stévenin pela sua "rica carreira enquanto intérprete tendo, ao mesmo tempo, demonstrado com apenas três filmes que é um grande realizador, livre e aventureiro como poucos outros".
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