Com breves momentos em flashback que, de certa forma, indiciam o resultado final desta trama, 2024 denota a sua clara inspiração num universo The Walking Dead (2010) sem que, no entanto, o espectador aqui vá encontrar uma história onde os mortos-vivos controlam a Terra. As referências ao género são óbvias... do inesperado assobio à la Negan às milícias armadas das quais o nosso protagonista tenta escapar são os pequenos detalhes que fragilizam toda esta curta-metragem. Esqueça o espectador - por momentos - as referências à série televisiva com milhões de fãs e concentre-se sim nos lugares comuns que aqui são filmados ou mesmo os pequenos erros que nenhum sobrevivente cometeria começando, logo de imediato, por caminhar num espaço semi-deserto onde pretende escapar de um agressor mas, ao mesmo tempo, ter em sua posse objectos metálicos que indicam a sua presença a qualquer agressor que o procure... Sobrevivência?! Ou talvez não...
Ainda com sérios problemas no que diz respeito à captação de som que oscila entre o mediano e o fraco, 2024 compreende-se como uma curta-metragem amadora ou como objecto experimental de ensaio da sua dupla de realizadores com claras referências sobre aquilo que pretende construir, com assumida paixão pelo género e que criou uma pequena obra com os meios ao seu dispôr. Obra cinematográfica de excelência? Longe disso... um trabalho de paixão e de amor por uma arte e por um género? Certamente que sim!
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