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Em Terra Frágil de Bruno Carnide é uma curta-metragem portuguesa de ficção que nos conta a história de uma família. Uma família desfeita após a mãe ter saído de casa e emigrado para outro país deixando o seu marido e filha sózinhos. O porquê deste abandono só podemos perceber pelo revelar de factos e das dependências apresentadas pelo Pai (Nuno Nunes) que a curta nos transmite, não por uma clara percepção dos mesmos mas sim pela dedução lógica que deles podemos fazer. O momento em que a Mãe (Alice da Cunha) fala com a Filha (Beatriz Costa) é francamente revelador.
Terror, sem que ele seja claro ou explícito, muito bem filmado e dirigido com toques de drama que apenas o acentuam. Original e com planos muito bons abrilhantados por uma banda-sonora da autoria de Fabricio Cordeiro, Gonçalo Crespo, Nuno Rancho e Miguel Samarão.
Gostei dis pequenos detalhes cinematográficos apresentados ao longo do filme... os cartazes de filmes como Alice e Pulp Fiction ou as referências a Orson Welles e a fotografia de Amália Rodrigues promocional do filme Capas Negras.
Mais uma vez, e correndo o risco de me tornar repetitivo no que diz respeito às curtas nacionais, é bom perceber que o cinema português está vivo e de muito boa saúde e que os novos talentos são muitos e estão em força, como aqui podemos, mais uma vez, confimar.
.7 / 10
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