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Mr. & Mrs. Smith de Doug Liman junta no ecrã (e mais tarde na vida real também) dois actores ícones dos últimos anos... Angelina Jolie e Brad Pitt que aqui interpretam um casal de espiões mas... de agências rivais.
John (Pitt) e Jane (Jolie) são um casal jovem mas que se sente completamente aborrecido com as banais rotinas do dia-a-dia. Rapidamente percebemos que a sua profissão não é, no entanto, nada banal. Tanto John como Jane são espiões altamente eficazes e mortais.
Tudo lhes corre bem até ao dia em que numa missão descobrem aquilo que até então era impensável. Tanto um como outro trabalham no mesmo mas para agências diferentes que irão agora querer que se eliminem mutuamente.
Os Smith, até então um casal com vidas absolutamente desinteressantes vão agora embarcar numa viagem que inicialmente os irá fazer quererem ver-se livres do seu conjuge mas que com o tempo nada mais fará do que aguçar o interesse que ambos sempre tiveram um pelo outro.
Seria mentira se dissesse que este filme não iria logo à partida captar a minha atenção pela união destes dois actores que muito estimo, e também pelo facto de ser um género que dificilmente dá filmes interessantes apesar das histórias serem, por vezes, dignas de bons filmes de acção.
O que é certo é que este dupla funciona na perfeição e a química existente entre ambos é mais do que evidente. Ela sente-se em todos os momentos em que Pitt e Jolie contracenam, mesmo nos momentos em que supostamente têm de se eliminar das formas mais violentas possíveis. Há "acasos" que se calhar de acaso pouco têm, e o papel de Jolie que estava inicialmente entregue a Nicole Kidman teve de recair sobre aquela que iria formar com Pitt o par romântico do momento.
As sequências entre os dois actores, que dividem o ecrã quase a tempo inteiro, são deliciosas. Quer seja como o casal com problema matrimoniais como nos momentos em que se descobrem mutuamente e que destroem toda a casa numa luta sem limites e principalmente no sedutor tango que ambos dançam. Se queremos química ela está decididamente presente entre estes dois actores.
Digam o que disserem este filme consegue ser bem agradável, e por mim falo que já o vi inúmeras vezes. Tanto pelas inspiradas interpretações que estes dois actores nos dão como pela história em si que não é é dinâmica como também é bem ritmada e, para o género, não cai nos clichés habituais. Pelo contrário, o carisma que estes dois actores têm faz com que consigam tornar o filme "seu". Agarram e moldam-o ao seu próprio estilo num ritmo acelerado e sempre, mas sempre mesmo, com vários momentos de comédia sexual/matrimonial à mistura.
Da luta sem limites onde literalmente destroem toda a sua casa até à batalha final que os opõe como equipa aos assassinos enviados pelas suas antigas agências, este filme é repleto de bons momentos de acção onde as interpretações felizmente não se perdem. Antes pelo contrário, em todos os momentos tanto Brad Pitt como Angelina Jolie conseguem marcar uma presença forte e revigorante que os confirma como dois dos actores do momento quer seja nos dramas aos quais nos habituaram como também nestes declarados blockbusters que acima de tudo servem para o bom entretenimento do público que os admira.
Independentemente das opiniões alheias este filme é, para mim, uma boa aposta para uma tarde bem passada onde, apesar dos tiroteios e pancadaria, o essencial é o bom clima que cria e a possibilidade de ver este par de actores a actuar pela primeira, e até ao momento única, vez.
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7 / 10
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