Perseguido de António Castro é uma curta-metragem de ficção que tive o prazer de ver em antestreia absoluta (o que me deixa bastante satisfeito).
Ele (António Castro) acorda perdido no meio de uma serra e encontra ao seu lado uma pequena mensagem que decide respeitar e seguir. Pelo caminho vai dar a diversos locais e todos aparentemente abandonados. Ele encontra-se sózinho nesta sua missão. Ou será que não?
O final desta curta, que não irei revelar como é óbvio, deixou-me agradavelmente surpreso. Não esperava que o caminho tomado, e muito bem pensado desde já adianto, fosse este. De facto o destino encontra-se, por vezes, fora do nosso alcance.
Com uma boa fotografia e enquadramentos explícitos o suficiente para vermos onde nos encontramos esta curta tem um aspecto que a mim enquanto espectador me costuma incomodar. Não pelo facto de ser mal feito mas sim pela sensação claustrofóbica que normalmente me costuma dar... a movimentação de câmara. Os planos em que ela assume o olhar do principal interveniente e em que este não sabe onde se encontra são... aflitivos.
No entanto, é este mesmo aspecto que dá, ao mesmo tempo, a sensação de que Ele por muito que fuja terá sempre alguém atrás de si prestes a capturá-lo, e sem muito se ver, temos a clara noção de que está mais alguém ali por perto.
Gostei igualmente do facto de esta curta apresentar um detalhe curioso, e sempre tão bem sucedido, dos filmes de terror e suspense que se prende com o facto de nos transportar sempre para locais enigmáticos e quase sempre abandonados. O clima e o ambiente que se gera à custa destes pequenos detalhes é sempre um aspecto positivo.
Temos então um bom e bem dirigido trabalho com um desfecho surpreendente e que vale a pena ver que duvido seja antecipado por alguém. Parabéns ao realizador.
..
7 / 10
.
Sem comentários:
Enviar um comentário