Ano Novo, Vida Nova! de Garry Marshall é o tradicional filme de final de ano que contrariamente ao habitual não se centra propriamente no Natal mas sim, tal como o próprio título indica, na noite de passagem de ano.
E também, tal como todos os outros filmes do género, o elenco é repleto de estrelas de cinema com participações mais ou menos extensas... Aqui encontramos Michelle Pfeiffer, Halle Berry, Sarah Jessica Parker, Katherine Heigl, Jon Bon Jovi, Ashton Kutcher, Lea Michelle, Jessica Biel, Abigail Breslin, Matthew Broderick, Sofia Vergara, Zac Efron, John Lithgow, Robert De Niro e Hillary Swank, a maioria deles com a sua respectiva dupla com quem dividem o pequeno protagonismo deste filme. E pequeno apenas por ser uma quantidade quase industrial de actores no mesmo filme e quase em simultâneo.
A história não requer nenhuma premissa em especial prendendo-se apenas com as tão típicas resoluções de novo ano onde uns pedem a descoberta do amor, outros a redenção com o passado, o perdão ou até um maior desejo de liberdade, justiça ou segurnça. Tudo concentrado numas breves horas antes e nos momentos durante a passagem de um velho para um novo ano onde nesses mesmos breves momentos tudo parece ser possível de atingir.
Parece tão simplista reduzir um espírito e uma mensagem tão importante a estas tão breves palavras mas a realidade, tal como ela também é por momentos apresentada no filme, é que a maioria das pessoas concentra neste acontecimento todas as suas boas vontades e anseios de um ano e que depois muito rapidamente os esquecem ainda com uma maior rapidez.
As interpretações são, sem excepção, sólidas e bem conseguidas. Nada de pretencioso ou de grandes enredos. São simples, maioritariamente bem dispostas ou com vontade de o ser e como tal são bem conseguidas e na sua globalidade conseguem deixar-nos bem dispostos e com uns vários sorrisos durante os momentos em que fazer o ecrã brilhar mais um pouco.
No entanto sou incapaz de falar em interpretações sem destacar Michelle Pfeiffer. Chamem-me parcial se quiserem mas para mim é um prazer poder revê-la num filme. Presença regular nos já idos anos 90 e agora aos poucos tem desaparecido do ecrã aparecendo apenas e só em raríssimas ocasiões. Sim, foi um prazer ver a sua caracterização de uma mulher amarga e sem grandes expectativas e que de repente age como se "agora" sim, quer viver a sua vida tal e qual como a merece.
É um filme ligeiro, tal como se quer nesta altura do ano, mas que por isso mesmo funciona bem e consegue atrair o público a vê-lo e a sentir-se, de uma ou outra forma, bastante bem depois de o ver.
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7 / 10
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