Down the Road de Jason Christopher é o mais recente de muitos filmes de terror teen que povoam as mentes de muitos realizadores que aqui vêem uma boa forma de começar a sua carreira.
Dito isto, este filme com argumento também escrito por Christopher, dá-nos a conhecer Jenn (Jen Dance) uma rapariga acabada de sair do hospital onde se encontrou durante uma longa temporada. Como forma de a incentivar a socializar novamente com os seus amigos, deixando assim o período em que se encontrou isolada, os seus pais desafiam-na a ir acampar com os amigos para uma localidade onde todos os adolescentes vão.
Contrariada Jenn embarca nesta viagem com um peculiar conjunto de amigos onde se destacam Mike (Shaun Paul Costello) e Michele (Chelsey Garner), Danny (Matthew Nadu) e Angie (Nikki Bell), Deron (David J. Bonner) que seria o novo "programado" acompanhante de Jenn e o excêntrico e desviante Jared (Chris Ready) que rumo a um fim-de-semana de diversão vão encontrar muito mais do que aquilo que esperam daquele bosque onde segundo a lenda vive um lenhador que massacra todos os adolescentes que por lá passam como vingança pela morte da sua filha vítima de atropelamento provocado por um condutor alcoolizado.
A fórmula, como se pode constatar, não poderia estar mais gasta. O problema é que por vezes mesmo com o conhecimento de tudo o que se vai passar neste estilo de filme, alguns ainda conseguem provocar algum tipo de entretenimento por sequências de suspense e perseguição bem filmadas ou por um conjunto de sustos provocados pela narrativa bem estruturada. Aqui, no entanto, temos tudo aquilo que de mau se pode esperar num filme... realmente a acontecer.
Começando logo pelo conjunto de actores cujas interpretações parecem acabadas de sair do primeiro curso intensivo de representação por correspondência no qual parecem debitar freneticamente uma lista telefónica recheada de um conjunto de clichés típico e já muito visto no género. Sem naturalidade ou espontaneidade, estes actores encarnam o pior dos filmes do género onde chegamos ao cúmulo de num dos supostos momentos de maior tensão encontramos uma "Jenn" a entrar na casa do vilão e antes de ver o massacre que este fizera lá dentro já se encontrava em desalmados gritos de terror. O momento não é mau... é mesmo MUITO mau, revelando que teriam mais naturalidade se fossem infectados com uma qualquer praga zombie e se arrastassem durante todo o filme com sentidos gemidos. E o mau que este filme é obriga-nos desde muito cedo a simpatizar com o próprio assassino (também ele mais estranho do que mau)ao ponto de querermos que aqueles irritantes adolescentes (que já não o são há muito tempo), desapareçam definitivamente do mapa.
O argumento que, como referi, está cheio de clichés desde a jovem inadaptada que tenta desesperadamente sobreviver passando pelo casal que descobrimos pretender iniciar uma vida em comum e cujo momento só é confirmado quando tal já não será possível e também pelo par que quer diversão sexual, um inadaptado desviante, um amor não correspondido e os típicos parolos lá da aldeola que assustam mas não fazem mal nem a uma mosca.
Este filme não é mau, é realmente péssimo e faz juz ao título alternativo que tem... Punishment, se bem que aqui o castigo não é para as personagens debilmente caricatas que o povoam mas sim para o espectador que tem de assistir a um deslavado conjunto de momentos já pré-fabricados vindos de outros filmes deste género mas com notória maior qualidade e cujo único momento de terror que apresentou foi eu ter sido o espectador número 6666 a vê-lo online.
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