terça-feira, 23 de abril de 2013

From Dusk Till Dawn 2: Texas Blood Money (1999)

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Aberto Até de Madrugada 2 de Scott Spiegel foi a tão aguardada sequela da longa-metragem sensação de Robert Rodriguez que surge três anos depois da primeira aventura no Titty Twister Bar, mas com uma qualidade muito duvidosa.
Cinco conhecidos criminosos resolvem assaltar um banco no México e rechearem os seus bolsos de dinheiro. No caminho para o encontro combinado, Luther (Duane Whitaker) envolve-se num acidente que o encaminha para o reputado Titty Twister onde a sua vida irá mudar radicalmente não só pela sua consequente transformação em vampiro como também pelo rumo que é dado aos seus outros quatro parceiros de crime.
É quando um transformado Luther já em contacto com os seus amigos começa a transformar um por um que o tão desejado assalto ganha contornos bem mais macabros do que aqueles esperados e nem os polícias que os estão a perseguir conseguem escapar às suas garras... e dentadas.
À excepção do já referido Titty Twister, mítico bar que viu a sedutora dança de Salma Hayek no primeiro título mas que aqui só tem uma ligeira aparição, o único elemento de ligação desta segunda entrega à obra original é apenas a personagem "Razor Eddie", interpretada por um sempre magnífico actor Danny Trejo que, mesmo a interpretar um vampiro sedento de sangue disposto ao maior dos massacres para o obter, não deixa de ser cool e ter a nossa total e ininterrupta simpatia. Assim, o argumento da autoria de Scott Spiegel, Boaz Yakin e Duane Whitaker recria o princípio existente no primeiro filme onde os vampiros são senhores todo-poderosos ainda que apenas durante algum tempo, mas na prática todo aquele ambiente cool e sarcástico obtido com o primeiro filme é radicalmente perdido neste filme que aos poucos se vê transformado num título de segundo categoria mais "cheap" (não quero dizer rasca) e que sobrevive muito graças ao grotesco das suas personagens ao contrário do lado mais "in" do inicial mas que, ainda assim, consegue estranhamente transformar-se num filme que somos incapazes de ignorar. Possui, na realidade, um certo apelo ao nosso subconsciente que secretamente nos diz "vê mais um pouco" e com isto damos também por nós a devorar um pouco daquelas imagens sem que para isso tenhamos de retirar o sangue a alguém.
O argumento é instintivamente mais grosseiro, grotesco, sexual e apesar de não ter um lado gore tão explícito como no primeiro, consegue transformar um animal tão encantador como um morcego num verdadeiro assassino em massa que nunca se esquece de ter ele próprio um lado cool e na moda, capaz de se encontrar em todos os locais ao mesmo tempo sem que ninguém dê pela sua presença. É verdade que não temos nenhum George Clooney nem nenhum Quentin Tarantino... nenhuma Salma Hayek nem nenhuma Juliette Lewis, ou tão pouco o carisma de um Harvey Keitel. Aqui todos os actores são de uma dita "segunda linha" habituados a interpretações em filmes que ninguém vê ou que são lançados para um circuito pouco respeitado no mercado... o limbo no fundo... mas não deixa de ser um filme com um certo encanto e no qual esses mesmos actores sabem que estão a fazer um filme apenas pelo "desporto" da coisa e não por ser uma obra que será mais tarde recordada por alguém que não um público que vê filmes às três da manhã... mea culpa.
E é exactamente devido a esta "postura" que o filme consegue resultar. Todos, sem excepção desde os actores aos técnicos e espectadores incluídos, sabemos que este filme não tem metade do carisma que o primeiro tinha, nem tão pouco a história segue a mesma linha condutora, e basta para isso pensarmos que as referências de ligação são quase inexistentes, mas ainda assim há algo demasiadamente apelativo para este filme se tornar numa interessante história de comédia (jamais terror) e de alguma acção que sabemos aos poucos apreciar, mesmo que seja preciso mais do que um visionamento para que isso aconteça.
É realmente um filme de segunda linha, com desempenhos fracos (Robert Patrick e a sua carreira quase que o explicam), que destacam apenas o conjunto de cinco assaltantes composto por Muse Watson, Brett Harrelson e Raymond Cruz que se juntam aos já referidos Robert Patrick e a Duane Whitaker, bem como a um conjunto meio grotesco de rostos vampirizados que, mesmo eles, não têm o mesmo impacto que o primeiro Aberto Até de Madrugada possuia.
Se vale a pena vê-lo... até vale... desde que nenhum de nós esteja à espera que este filme seja um digno sucessor do primeiro ou tão pouco um filme que lhe dê algum tipo de continuidade. Se vamos com expectativas altas... rapidamente percebemos que as iremos perder.
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4 / 10
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