Geração Perpétua de Hélder Lopes é uma curta-metragem portuguesa cuja premissa se baseia na vasta dinâmica das possíveis escolhas individuais em que cada um se coloca numa ou noutra fase da vida sendo que todas elas, sem excepção, são fugazes e passageiras.
Nada é eterno, e são essas mesmas escolhas, ou ausência delas, que caracterizam o breve espaço temporal que passamos enquanto vivemos, podendo de um momento para o outro partir sem qualquer "marca" deixar sobre essa nossa passagem.
Visualmente esta curta-metragem é uma interessante composição de imagens que estranhamente seduzem nos seduzem mas ao mesmo tempo não deixa de ser um trabalho que funcionaria bem como um anúncio publicitário ou introdução a uma qualquer dinâmica que partisse deste ponto.
Com essa escassa linha condutora sobreposta às imagens como voz-off (por vezes algo imperceptível), aquilo que nos resta de mais positivo além dessas mesmas equilibradas imagens é a banda-sonora bem integrada com as mesmas e que funciona como estimulante cerebral para o espectador sendo que teria sido um bónus positivo enquadrá-las numa acção narrativa e não simplesmente pela declamação de uma qualquer declaração de interesses ou de pensamentos sobre a existência da vida.
Na prática tudo se repete, geração após geração, num ritmo que se perpetua sem fim... mas sempre com os mesmos limites.
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3 / 10
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