El Amor de Álvaro Oliva (Espanha) é um brevíssimo conto sobre o curso (ou ciclo) do amor onde, tal como uma laranja - analogia aqui utilizada -, este é visto como um todo, separado para perceber quando conteúdo (ou sumo) tem e, finalmente, espremido para compreender a sua consistência, o seu sabor e essencialmente se pode saciar uma necessidade afectiva ou sentimental no seu pleno.
Interessante e inteligente pela analogia criada e pela forma como de uma laranja - ácida ou doce nunca saberemos - se transforma toda uma directa relação com o amor ou, pelo menos, com aquilo que dele se espera mas, ao mesmo tempo, a curta-metragem de Álvaro Oliva parece um anúncio publicitário sobre um qualquer produto que se irá comercializar mas do qual nunca se revela a marca. Intencionalmente inocente? Propositadamente pseudo-intelectual? El Amor é uma curta-metragem para lá da analogia coerente que reside apenas num imaginário de publicidade que nunca chegou a ser e, como tal, um igualmente filme curto que deixa o espectador com a dúvida sobre as reais intenções do realizador - ou pelo menos da sua substância e consistência - e que poderia ter explorado a mesma um pouco mais além.
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