Xtinction: Predador X de Amir Valinia é uma longa-metragem norte-americana que se insere na já tradicional "onda" de criaturas geneticamente modificadas que surgem nos mais inesperados habitats e que o tentam transformar às suas necessidades.
Laura LeCrois (Elena Lyons) regressa a casa com a perspectiva de retomar o negócio de família - passeios de barco pelos pântanos do Louisiana - que aos poucos de apaga.
No entanto, é numa destas viagens que Laura e alguns dos seus passageiros descobrem no pântano um dinossauro antepassado do crocodilo que fora clonado e que devido ao seu gigantesco tamanho pode ameaçar toda a existência como a conhecemos. Conseguirá Laura e quem a acompanha fugir de tão grande ameaça?
O conjunto de filmes - no qual este se insere - sobre o mais recente mutante pré-histórico que começa a ser criado para aterrorizar o planeta e a existência tal como a conhecemos, piora a cada dia que passa manifestando-se com interpretações pobres, efeitos especiais mal executados e momentos sui generis onde predominam cómicos de situação sem qualquer graça ou humor. Alligator X não é disso excepção.
Nesta longa-metragem cujo propósito é rir devido à sua pobre execução, encontramos todo o tipo de momentos que são condenados ao óbvio, ao absurdo e aos típicos vilões e oportunistas lunáticos que se aproveitam do momento para a sua glória... mas de tal forma mal concebidos que qualquer espectador mais atento desespera pela sua falta de empenho. Os objectivos das personagens são claros e conseguimos identificar quem é quem nos primeiros cinco minutos. Não existem surpresas nem tão pouco inuendos que nos levem a manter o clima de suspense no ar e é certo que desde os primeiros instantes que olhamos para um filme deste género com suspeita e aborrecimento. Sabemos quem vai morrer pelo caminho, quem sobrevive enquanto herói... aqueles que se sacrificam pelo bem maior aqui representado pela última esperança da Humanidade, e os habituais "hillbillies" que lucram momentaneamente sem perceber que contribuem para a sua própria destruição. Encaremos a realidade... tudo isto já foi feito... e visto!
As personagens - todas sem uma única excepção - preenchem um conjunto de quotas do horror onde sem qualquer forma de inspiração verborreiam os seus propósitos como se os próprios interessassem aos espectadores, sabendo perfeitamente que estamos tão aborrecidos como eles em estar ali - eles quando fizeram e nós quando vemos este filme - com a única diferença de que eles foram pagos para o fazer (espero... senão é mau demais para ser verdade!)... e alguns de nós (mea culpa) esperam que os mesmos passem num qualquer canal de televisão portuguesa para colmatar uma hora e meia da nossa vida com algo que é claro e perceptível aos olhos de todos... lixo televisivo/cinematográfico!
Na prática, até sabemos como o monstro é abatido... o legado que deixa e muitas das falas entre personagens que banalizam o perigo, o terror e a falta de esperança em ver o dia de amanhã... Sabemos que existe sempre uma personagem mais mentalmente desprivilegiada do que as demais, e que normalmente se espelha através da imagem de uma loira abonada que todos ridicularizam mas que acaba por ser - estranhamente - uma sobrevivente. Todos sabemos que a mente do crime é alguém que em tempos foi "bonzinho"... mas que percebeu que jogar na equipa adversária lhe poderia conferir mais lucro e, com essa mudança, denotou uma transformação mental por demais evidente e que a todos aqueles com quem lidou preocupa.
Resumindo... Alligator X é um filme demasiadamente óbvio, sem qualquer sal ou inovação para lá da mudança de monstro ameaçador da Humanidade - ora um dinossauro pré-histórico, ora um tubarão voador... ora uma anaconda anormalmente gigante - mas que estranhamente faz com que nós tenhamos curiosidade em ver... não pela grandiosidade de uma qualquer obra - engane-se quem pense que nisto ou noutro do estilo irá encontrar o próximo candidato aos Óscares - mas porque todos reconhecemos que por vezes é necessário ver algo francamente mau para dar descanso ao cérebro... No fundo, quantos de nós pensam assim "tanto" enquanto estamos a assistir a isto?!
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