A Aldeia de Luís Ribeiro é uma curta-metragem portuguesa de ficção e a vencedora da segunda edição do Prémio MOV de Melhor Curta-Metragem Portuguesa.
Ele (Diogo Ramos) vive atormentado com um sonho recorrente. Noite após noite as mesmas imagens de uma mulher a ser atacada dentro de um carro percorrem os seus sonhos e a atitude de fuga com que reage fazem-no questionar-se sobre o que realmente aconteceu naquela aldeia abandonada.
Quando se propõe a visitar o local e descobrir o que aí se passou, ele terá uma surpreendente revelação que irá determinar a sua existência.
Se o primeiro segmento desta curta-metragem sobre a análise dos sonhos não é positiva o suficiente, não é menos verdade que o segundo momento aquando da perseguição na aldeia perdida e o toque claustrofóbico entregue pela direcção de Luís Ribeiro consegue provocar um ocasional susto e um dinamismo sufocante que este género de filme realmente necessita.
De transeunte a vítima, a moral aqui entregue à personagem principal faz-nos equacionar sobre a potencialidade de um sonho, de memórias passadas - ou futuras - e sobre o verdadeiro destino de cada um ou até mesmo como as acções individuais terminam por, numa clara alusão ao karma, determinar o destino individual de todos os intervenientes.
Ainda que não seja uma curta-metragem memorável e que seja objecto de registo num futuro mais alargado, A Aldeia consegue destacar-se por um conjunto de elementos interessantes, nomeadamente a perseguição presa versus caçador, e uma elaboração que com mais meios e recursos a tornariam numa simpática exemplar do género.
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6 / 10
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