É Natal, Tudo Bate o Pé de Fábio Gonçalves e Rita Pires é uma curta-metragem de comédia feita como trabalho de licenciatura que me deixou numa situação de extremos. Por um lado percebo que é um trabalho académico e que, como tal, os recursos possivelmente não são os melhores. Por outro, nada como uma boa história e argumento para que toda a pretensão a recursos seja, por vezes, posta de lado em nome de poder contar essa mesma boa história.
Aqui a história promete pois assumo o meu gosto em personagens que parecem logo à partida serem um tanto ou quanto"fora" e que mostram sinais de serem ou viverem vidas à margem do socialmente "aceite". O actor principal corre atrás de pombos, claro sinal de loucura temporária (o que me fez sorrir de imediato, pois pensei que aquilo ia descambar numa qualquer cena fora do comum), e aquele momento final em que vale tudo até mesmo dançar com a árvore de Natal, são os momentos mais fortes desta curta que achei ser para um trabalho universitário, eficaz.
No entanto tenho de confessar que esperei mais. As premissas enunciadas fizeram-me esperar que as personagens fossem mais elaboradas e trabalhadas de forma a darem um contributo, e uma presença, mais marcada por parte, por exemplo, dos actores. O desempenho de Nuno Crespo, o homem traído, não consegue convencer-me na totalidade. Como disse no parágrafo anterior, esperamos que ele tenha um qualquer colapso e se transforme em algo animador/desolador mas isso é algo que, na prática, nunca chega a acontecer.
Aqui a história promete pois assumo o meu gosto em personagens que parecem logo à partida serem um tanto ou quanto"fora" e que mostram sinais de serem ou viverem vidas à margem do socialmente "aceite". O actor principal corre atrás de pombos, claro sinal de loucura temporária (o que me fez sorrir de imediato, pois pensei que aquilo ia descambar numa qualquer cena fora do comum), e aquele momento final em que vale tudo até mesmo dançar com a árvore de Natal, são os momentos mais fortes desta curta que achei ser para um trabalho universitário, eficaz.
No entanto tenho de confessar que esperei mais. As premissas enunciadas fizeram-me esperar que as personagens fossem mais elaboradas e trabalhadas de forma a darem um contributo, e uma presença, mais marcada por parte, por exemplo, dos actores. O desempenho de Nuno Crespo, o homem traído, não consegue convencer-me na totalidade. Como disse no parágrafo anterior, esperamos que ele tenha um qualquer colapso e se transforme em algo animador/desolador mas isso é algo que, na prática, nunca chega a acontecer.
Num nível mais técnico a questão de câmara na mão e seus consequentes movimentos tornam alguns momentos mais confusos mas nada que futuramente não seja mais trabalhado e resolvido por parte dos realizadores. No entanto, a positiva colocação de câmara de forma a que a imagem não seja "interrompida" por clarões indevidos de luz, capturando assim o que de melhor há na luz natural, faz com que a fotografia desta curta seja interessante para um trabalho académico.
Curta de comédia não direi, pois existem certos momentos que poderiam ter sido muito melhor aproveitados, mas é um bom princípio até mesmo para um possível aprofundamento desta mesma história que merecia uns quantos mais minutos ou o melhor aproveitamento daqueles que foram filmados.
.4 / 10
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