domingo, 11 de dezembro de 2011

Unknown (2011)

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Sem Identidade de Jaume Collet-Serra é um interessante filme de acção passado na cidade de Berlim e que consegue dinamizar toda a nossa atenção muito graças ao sempre cativante Liam Neeson que aqui interpreta a personagem principal.
Martin Harris (Neeson) e Elizabeth (January Jones) a sua mulher, estão de visita a Berlim para uma conferência. Martin depois de se esquecer de uma mala que tenta recuperar no aeroporto, sofre um acidente de automóvel e entra em estado de coma.
Dias depois do acidente desperta para perceber que ninguém tem memória dele. Nem mesmo a sua mulher. E é assim que tenta reencontrar, com sucesso, Gina (Diane Kruger), a taxista que seguia viagem com ele, ao mesmo tempo que é auxiliado por Ernst Jürgen (Bruno Ganz), um antigo operacional da Stasi que vai ajudar a desvendar alguns dos mistérios que envolvem Martin.
O argumento consegue, salvo umas pequenas excepções já típicas neste tipo de filme nomeadamente na "união" do inesperado par Neeson/Kruger, durante uma boa parte do filme ser interessante, dinâmico e manter o nível de acção e suspense que dele esperamos. Aliás, vários são os momentos onde desejamos ainda mais visto conseguir, com o que tem, manter-nos presos ao ecrã. Não vou negar, este filme não é um Busca Implacável (este sim, fenomenal), onde Liam Neeson conseguiu superar boa parte das interpretações que tem desde esse grande A Lista de Schindler, mas ainda assim consegue voltar a um nível bastante interessante da sua carreira e dar-nos com este filme uma das suas melhores interpretações dos últimos anos. A postura que deposita na sua personagem é no mínimo vibrante e todos nós percebemos que ele está ali no seu melhor.
No entanto seria mais do que omisso da minha parte se não destacasse aquele que é para mim o melhor desempenho de todo o filme. Bruno Ganz. Este fabuloso actor, de quem nem sequer vou referir anteriores desempenhos para não desviar a atenção deste, consegue aqui interpretar um ex-operacional da Stasi com uma mestria invejável. A sua ironia e sarcasmo exalam por todos os seus poros e consegue "roubar" o protagonismo do filme nestes seus breves momentos. Por muito bom que seja Liam Neeson, e isso é um acto inquestionável, o que é certo é que quando Ganz está no ecrã... o filme é dele e só dele. E os seus momentos "finais" em que partilha o ecrã com outro grande Frank Langella são realmente de cortar o fôlego.
Dos demais actores há que destacar o reencontro de Liam Neeson com Aidan Quinn, que já haviam colaborado no filme Michael Collins, e a presença algo apagada de January Jones como "Elizabeth Harris". Mas seria impossível falar dos actores sem destacar aquela que é a força feminina deste filme através da presença de uma irrepreensível Diane Kruger que ganha, felizmente, um cada vez maior protagonismo num cinema que chega, felizmente também, a todos.
Impossível seria também falar deste filme sem referir aquele que considero ser um dos seus mais bem conseguidos aspectos... a fotografia que pela mão de Flavio Martínez Labiano dá à cidade de Berlim um "look" de submundo que até à data não tinha visto em nenhum filme em que fosse palco principal.
É um thriller interessante, com um desfecho algo inesperado e que consegue surpreender-nos pela positiva. Tem alguns bons momentos intensos que conseguem captar não só a nossa atenção como também a nossa aprovação pelo que vale a pena ver e apreciar não só uma boa história como também bons desempenhos de actores que dão o seu melhor... e ele é muito.
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7 / 10
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