quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

X-Men: First Class (2011)

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X-Men: O Início de Matthew Vaughn é um extraordinário filme de acção e ficção científica que nos conta como começou a história dos mutantes que se encontram entre a população da Terra a viverem vidas perfeitamente "normais".
Este filme, que no fundo é a origem de toda a saga, começa por nos dar um olhar sobre dois jovens. O primeiro é Erik Lehnsherr, jovem detido em Auschwitz que sujeito à pressão e violência da barbárie nazi descobre ter poder sobre tudo o que é de metal. Descoberto por Sebastian Shaw (Kevin Bacon) é então sujeito a experiências para desenvolver o seu dom. O segundo destes jovens é Charles Xavier, um jovem que descobre conseguir comunicar e ler os pensamentos das outras pessoas.
Anos mais tarde, e ainda sem se conhecerem, Erik (Michael Fassbender) procura Sebastian para vingar a morte da sua mãe, enquanto que Charles (James McAvoy) tenta controlar os seus poderes para melhor uso deles poder retirar.
Quando finalmente se conhecem, não só pretendem reunir todos os mutantes que se encontram sózinhos e criar assim uma comunidade que os dignifique como também pretendem encontram Sebastian Shaw que tem os seus próprios planos para em plena crise dos mísseis de Cuba, dar início a uma terceira guerra mundial que deixará a espécie humana totalmente dizimada.
Apesar de ser um relativamente recente fã e seguidor desta saga X-Men, inicialmente quando o elenco do filme começou a ser divulgado, fiquei com uma sensação de satisfação/desconfiança dos nomes que eram avançados. Sendo um fã confesso de Fassbender, e considerando que o seu registo tradicional são dramas fortes e intensos onde todas as emoções estão à flor da pele, fiquei surpreso por ver que não só ia participar neste filme como, além disso, iria ter uma das interpretações principais como Erik "Magneto" Lehnsherr. Surpreso mas com muita vontade de perceber o que iria afinal sair deste seu mais recente trabalho.
Igualmente surpreendido fiquei com a contribuíção de Jennifer Lawrence que aqui interpreta "Mystique", e que comprova não só estar disponível para bons trabalhos não só de drama como também em acção e ficção, como também comprova, tal como Fassbender, que este foi o "seu" ano. No primeiro caso temos um Michael Fassbender que regista dois importantes desempenhos na sua carreira, A Dangerous Method e Shame que lhe resultou numa Coppa Volpi, e no caso de Jennifer Lawrence temo-la em The Beaver e em Winter's Bone que lhe deu a nomeação ao Oscar.
James McAvoy foi igualmente uma surpresa. Os seus registos dramáticos são inúmeros e todos eles com uma qualidade invejável. No entanto, e ao contrário dos dois actores anteriores, já tinha no seu registo um importante filme de acção, ou seja, Wanted. A sua interpretação, que por si já resulta, é aumentada quanto partilha o protagonismo tanto com Fassbender como com Lawrence. A química sentida entre estes actores é mais do que evidente e funciona de facto tão bem que este filme resulta dentro do género que representa e torna-se, para mim, no mais forte de toda a saga (sem desprimor para nenhum dos outros que muito aprecio).
Destaco também a participação de Nicholas Hoult neste filme em que dá vida a Hank "Beast" McCoy. Uma interpretação inesperada mas que desempenha com a qualidade a que já nos habituou nesta personagem que é reveladora de alguns curiosos aspectos que a compõem, mais tarde, noutros filmes desta saga.
E claro, seria impossível falar dos actores sem referir a presença do vilão de serviço que aqui é encarnado, para variar, por Kevin Bacon. Já quase não recordo o último filme em que interpretou um papel onde não fosse vilão. Pegando no cliché, ele é bom a fazer de bom, mas é melhor ainda a fazer de mau. E isto resume, fundamentalmente, a sua interpretação.
Gostei deste filme, como já deve ser óbvio, pela sua composição de personagens (e dos actores que lhes deram corpo e alma), mas também por aquilo que é mais do que evidente neste género de filmes, ou seja, os seus efeitos especiais que não só são originais e totalmente adequados à narrativa como também para qualquer cinéfilo que preze o estilo, se tornam num profundo deleite e satisfação e que, tal como a caracterização dos actores, não me espantava que existisse nestas categorias a nomeação para os Oscars. É praticamente impossível não gostarmos de ver aquilo que nos é oferecido com este filme.
É certo que esta saga X-Men já tem uns quantos exemplares feitos e altura há em que se deve perceber quando se deve parar. No entanto, algo me diz que para além deste ainda haverá outra continuação ou, pelo menos, foi essa a sensação com que o filme me deixou. Necessário? Não, não será, no entanto não deixa de ser verdade que este filme conseguiu superar em muito as expectativas que lhe tinha atribuído ao ponto de querer ver mais.
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"Charles Xavier: Listen to me very carefully, my friend: Killing will not bring you peace."
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8 / 10
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