quinta-feira, 12 de julho de 2012

The Cold Light of Day (2012)

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À Fria Luz do Dia de Mabrouk El Mechri foi um dos filmes aguardados devido à participação de dois dos actores que já há algum tempo precisavam de um belo destaque para revitalizar as suas adormecidas carreiras. Falo claro está de Bruce Willis e Sigourney Weaver que em tempos movimentaram verdadeiros batalhões de fãs às salas de cinema.
Quando Will (Henry Cavill) visita os pais Martin (Willis) e Laurie (Caroline Goodall) em Espanha, deixa para trás uma vida agitada nas finanças que pode a qualquer momento ruir. Percebemos que a relação entre pai e filho não são as melhores mas avizinham-se umas férias de mar e de tranquilidade até ao momento em que Will recebe um telefonema em que percebe que perdeu tudo.
Depois de um pequeno acidente no barco em que Will se ausenta tudo muda rapidamente. Quando regressa ao barco descobre que todos desapareceram e sem qualquer tipo de explicação. Ao tentar avisar a polícia perceber que algo de muito grave aconteceu e que por detrás do estranho desaparecimento da sua família algo de muito mais grave está escondido mas que só ele poderá resolver.
É de reparar logo de início que com a presença de dois actores com uma carreira tão estabelecida no cinema eu pouco, muito pouco aliás, me referi a eles. A verdade é que eles durante todo o filme têm uma prestação tão secundária quanto a atenção que eu aqui lhes dediquei.
Bruce Willis com esta sua muito contida e reservada interpretação nem parece o actor que deu vida a John McLance na saga Die Hard. Não só aparece muito misterioso e apagado como a sua presença no filme, toda ela somada, não deve ultrapassar os cinco minutos de duração. Tudo o que viermos a saber dele acaba por ser um relato daquilo que aqueles que com ele "conviveram" revelam para criar a sua própria personagem. Basicamente qualquer actor menos "preparado" poderia tê-lo feito e Willis aqui assume-se apenas como um nome sonante para dar alguma maior credibilidade ao filme em questão.
Já Sigourney Weaver que aqui se assume como a mente criminosa da história, apesar de ter uma interpretação um pouco mais duradoura, não assume o potencial que a sua personagem poderia ter. Nem tão pouco está com a garra a que estamos habituados a vê-la limitando-se a disparar uns quantos tiros e a fazer cara de má sempre que aparece.
Aqui o protagonismo chega por parte daquele que se deveria assumir como a "estrela emergente" que é o caso de Henry Cavill. O actor que se arrisca demasiadamente a ficar rotulado como intérprete de filmes de acção, e pouco mais, tem aqui todo o protagonismo do filme. Pouco se aproxima do drama mas sim de uma interpretação feita ao sabor do minuto, sempre ele recheado de instantes de acção e de pensamento rápido, Cavill encarna bem, ou pelo menos dentro do possível, aquilo que dele é esperado. Corre, gesticula, leva muito murro e pontapé, volta a correr e no final de tudo além de estar todo partido consegue sobreviver a tanto problema que nem ele próprio deve ter percebido de onde chegou.
Crédito seja igualmente dado à actriz espanhola Verónica Echegui que de repente assume o protagonismo num filme que lhe pode abrir portas para um mercado cinematográfico mais abrangente, não pelos dotes da sua interpretação que, para o género, estão dentro do desejável, mas porque tal como referi anteriormente, muitos irão ver este filme pelos nomes sonantes e mediáticos que o acompanham.
Apesar de ser um filme com alguma intensidade e que nos consegue prender ao ecrã pela sua fluidez e ritmo acelerado, este não é o filme no qual queremos ver estes actores. Eu pelo menos gostava de ver a Sigourney Weaver num filme dramático mais "pesado" e "denso" que mostrasse que ela é capaz de muito mais, e não num filme onde quase parece quererem mostrar que ela ainda está para as curvas e que consegue dar uns quantos tiros. Alguém que se lembre dela por favor para um Aliens feito à sua medida... ou outro A Noite da Vingança.
Acabamos por gostar do filme porque é do género que nos consegue distrair enquanto o vemos e têm algumas boas e interessantes sequências de acção que conseguem cumprir bem aquilo que representam mas, ao mesmo tempo, sabemos perfeitamente ao acabar de o ver que não é "aquele" filme que vamos recordar durante muito tempo. É, em suma, um interessante filme de acção com uma história já algo batida e, em certos momentos, até previsível.
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6 / 10
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