Tsintty de Rui Pedro Sousa é uma curta-metragem portuguesa de ficção que através de um argumento escrito pelo realizador em parceria com Eric Victorino nos mostra três diferentes perspectivas sobre relações amorosas e sentimentais.
There's Something I Need To Tell You, Tsintty na sua forma abreviada, é assim o retrato de três distintas relações, uma homossexual masculina, uma homossexual feminina e uma relação heterossexual onde são abordadas três componentes da mesma. O conhecimento, o estabelecimento da relação e finalmente como é executada a separação destes três casais que acompanhamos ao longo desta história, bem como as alegrias e as angústias dos seus intervenientes. No fundo, um retrato sobre como surge, é construído e alimentado o amor até ao momento em que ele se extingue terminando assim com a relação em causa.
Assim, ao som de uma impressionante música original de Sérgio Silva, a narração de Eric Victorino faz o espectador viajar por um conjunto de recordações e lembranças daquilo que as três relações retratadas foram em tempos desde o primeiro contacto entre os dois intervenientes passando pelos momentos de ternura e entrega que partilharam, terminando com as rupturas que podem ser, ou não, mais conflituosas.
Os três pares, Joana Ji Antunes e Ricardo Ribeiro, Nuno Stanley e Daniel Pinheiro e finalmente Maria Luís e Inês Cardoso dão o seu melhor na reconstrução destes momentos que os identificam e caracterizam durante as relações que todos tiveram, fazendo com que o argumento alcance o seu principal objectivo ao desmistificar algum pré-conceito estabelecido sobre como funcionará o "outro" tipo de relação, aproximando-as umas das outras sendo os seus intervenientes o único aspecto assumidamente divergente.
Dotado de uma sensibilidade interessante que mostra o cuidado com que Rui Pedro Sousa pretendeu transmitir ao focar um assunto que parece ainda ser (e ter) um certo tabu na sua abordagem, o realizador entrega-nos ainda uma interessante perspectiva sobre a temática ao colocar-nos perante uma observação presente mas não participante da mesma que quase nos faz "navegar" pelas vidas daquelas personagens, acompanhando-as lado a lado mas estando distante dos actos. Quase como se o espectador estivesse a assistir a uma reconstrução recente das suas memórias, assistindo assim a todos os momentos que, em tempos, contribuíram para as suas respectivas felicidades, ou até mesmo angústias, e que é ainda complementada pela direcção de fotografia de Ricardo Sobral que transforma os momentos bons com a sua luminosidade perfeita em segmentos quentes e os de separação e tentativa de encontrar um novo rumo em momentos de incerteza e algo confusos.
Uma curta-metragem que pode à partida criar algumas reservas (injustificadas) por parte do espectador mas que, ao mesmo tempo, o conquista pela sua execução imparcial e não sectarizada que faz da sua história ou dos seus intervenientes livres de clichés e que a torna, por isso mesmo, um filme forte, consistente e com uma importante mensagem para transmitir.
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Os três pares, Joana Ji Antunes e Ricardo Ribeiro, Nuno Stanley e Daniel Pinheiro e finalmente Maria Luís e Inês Cardoso dão o seu melhor na reconstrução destes momentos que os identificam e caracterizam durante as relações que todos tiveram, fazendo com que o argumento alcance o seu principal objectivo ao desmistificar algum pré-conceito estabelecido sobre como funcionará o "outro" tipo de relação, aproximando-as umas das outras sendo os seus intervenientes o único aspecto assumidamente divergente.
Dotado de uma sensibilidade interessante que mostra o cuidado com que Rui Pedro Sousa pretendeu transmitir ao focar um assunto que parece ainda ser (e ter) um certo tabu na sua abordagem, o realizador entrega-nos ainda uma interessante perspectiva sobre a temática ao colocar-nos perante uma observação presente mas não participante da mesma que quase nos faz "navegar" pelas vidas daquelas personagens, acompanhando-as lado a lado mas estando distante dos actos. Quase como se o espectador estivesse a assistir a uma reconstrução recente das suas memórias, assistindo assim a todos os momentos que, em tempos, contribuíram para as suas respectivas felicidades, ou até mesmo angústias, e que é ainda complementada pela direcção de fotografia de Ricardo Sobral que transforma os momentos bons com a sua luminosidade perfeita em segmentos quentes e os de separação e tentativa de encontrar um novo rumo em momentos de incerteza e algo confusos.
Uma curta-metragem que pode à partida criar algumas reservas (injustificadas) por parte do espectador mas que, ao mesmo tempo, o conquista pela sua execução imparcial e não sectarizada que faz da sua história ou dos seus intervenientes livres de clichés e que a torna, por isso mesmo, um filme forte, consistente e com uma importante mensagem para transmitir.
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8 / 10
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