Abdução de Francisco Miranda que assina igualmente o argumento, em parceria com Carolina Leitão, e a direcção de fotografia é uma das curtas-metragens produzidas durante o 48 Short Media que decorreu em Viseu no final do mês de Junho.
Ele (André Sobral) vagueia pelo mesmo espaço vezes sem fim onde tenta encontra-se à medida que o tempo passa. Percebemos aos poucos que tal como para com a sua mente, que ele se encontra ali enclausurado, e sem uma aparente saída, por tempo indeterminado.
Com um espaço envolvente e estranhamente "quente", a principal mensagem que podemos retirar desta curta-metragem prende-se com o aprisionamento (ou falta de liberdade) que a mente dele sente mantendo-o indeterminadamente preso num espaço que é pequeno demais para estar, mas suficientemente grande para nele se perder revivendo diariamente todos os mesmos problemas e divagações que por ela (mente) ocorrem.
No entanto, o principal problema com que esta curta-metragem se depara é com uma quase literal adaptação ao texto original de Fernando Pessoa e desprovendo-se assim de uma alma e identidade próprias que são necessárias para poderem transmitir uma mensagem forte e dinâmica, bem como algumas oscilações despropositadas no início da mesma também condicionam a sua aceitação logo de imediato.
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