sábado, 11 de maio de 2013

Decay (2012)

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Decay de Luke Thompson e Michael Mazur é a mais recente longa-metragem que a temática zombie trouxe aos espectadores mais ou menos sedentos por um filme do género.
Um grupo de jovens que trabalha nas instalações da LHC (Large Hedron Collider) são convocados para fazer o turno nocturno nos subterrâneos das mesmas como forma de prevenir algum problema que possa surgir durante a noite.
Após uma noite aparentemente calma o acelerador de partículas emite significativos sinais de instabilidade que preocupam o grupo e que fica desde esse momento ameaçado pelos ataques constantes da restante equipa que se encontrava nas instalações e que estão agora transformados em perigosos zombies devoradores de carne humana. É a partir deste momento que não só devem tentar escapar a estes seres como também fugir das instalações em segurança e de uma terrível conspiração académica e económica.
Se é verdade que este género desperta sempre uma mórbida curiosidade no público que é dele fã, não deixa também de ser verdade que ser fã não é apreciar todas as inúmeras entregas que o respectivo género faz. Aqui, se por um lado é de louvar a longa-metragem e produção independente com poucos recursos que um grupo de jovens faz, não podemos ignorar que os clichés estão mais do que presentes e o factor inovação é na sua essência uma nulidade.
Luke Thompson também escreve este argumento e é notória a presença de inúmeras referências a outros títulos do género que passam muito especificamente pela saga sucesso britânica 28 Dias Depois e 28 Semanas Depois que podemos facilmente identificar já perto do final deste filme quando a única sobrevivente do grupo desce um monte a correr num segmento que é uma cópia clara do filme anteriormente referido, sendo que, adianto, esta é apenas uma das comparações imediatas a ambos títulos. Assim, se por um lado as referências e a presença de um conceito coerente para uma história do género estão presentes, também é verdade que o excesso de colagem a trabalhos já efectuados não abona em nada a favor desta longa ou tão pouco da vontade de criar uma obra original.
As interpretações, claramente amadoras, vivem numa dualidade gritante. Se por um lado não as posso considerar nem fracas (por serem más), nem frágeis (por serem inseguras), também não deixa de ser verdade que não são interpretações que se possam considerar de uma qualidade marcante ou que contribuam para o crescente dramatismo que a história nos pede e, apesar da caracterização de Rob Cantrill conseguir captar nos momentos de interiores uma qualidade notória e que auxilia assim o dinamismo da história, não deixa também de ser um facto que nos momentos finais em que percebemos realmente como ela está feita e as suas falhas, que a mesma contribui para um decréscimo do clímax ou ponto de certos segmentos parecerem retirados de filmes de comédia de qualidade duvidosa.
Dito isto, fica claro que este filme não é nenhum ponto de referência do momento, nem tão pouco para o futuro, mas como referi logo no início há que dar o devido crédito, mérito e valor para uma produção assumidamente independente que, com todas as suas fragilidades, foi feita com entrega e dedicaçã que lhe são facilmente reconhecidas. Funciona como uma obra de entretenimento que consegue provocar um ou dois sobressaltos mas para além disso não há muito mais "sumo" para retirar.
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2 / 10
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