El Importante Desayuno de los García de Estanis Bañuelos, que também assina o argumento, é uma curta-metragem espanhola que nos apresenta duas gerações de uma mesma família.
Pedro García (Estanis Bañuelos) é um jovem que vive uma vida que desejava não ser a sua em todos os aspectos... Desde o seu quarto e o seu wc, passando pelo seu nome e especialmente a sua família que considera disfuncional. Um irmão que mente facilmente para não ter problemas, uma mãe apagada e submissa que pouca opinião tem, passando por um pai (Xavier Redondo) opressor que impõe a sua vontade acima da dos demais.
Cansado Pedro foge da casa que sempre conheceu para, anos mais tarde, o encontrarmos já com a sua própria família onde estranhamente as semelhanças com o passado não são uma mera coincidência.
Bañuelos assina aqui um argumento que não só reflete uma certa incompreensão geracional que se estabelece pelas marcadas diferenças entre pais e filhos, descrita na relação que adolescente teve com o seu pai e naquela que mais tarde terá com o seu próprio filho, assim como também reflete sobre como as insatisfações pessoais dos objectivos não cumpridos e o conformismo a que a idade "obriga" os vários indivíduos a assumirem, tornando-os não só amargurados como repelentes para si próprios ao lembrarem-se daquilo que em tempos foram, desejaram e sonharam.
Interessante a relação, ou inexistência dela, que se sente entre o jovem "Pedro" e o seu "pai", a cargo de Bañuelos e de Xavier Redondo naquelas que são silenciosamente as mais tensas interpretações de toda a curta-metragem e aquelas que, por esse mesmo motivo, determinam todos os comportamentos e interacção dos demais.
De destacar ainda o jovem "Jon", filho de "Pedro", já ele um adulto frustrado com um casamento falhado, interpretado por Oriol Alonso naquele que é um igualmente silêncio ruidoso que determina o quão verdadeira é a expressão de que a História se repete e de como aos poucos os indivíduos se podem ir consumindo pelo seu próprio desespero.
O único aspecto que deixou vontade de saber um pouco mais, foi o que terá passado com a família que o jovem "Pedro" abandonou. O que terá sido feito do seu pai, mãe e irmão que deixou para trás sem olhar duas vezes mas que, de certa forma, condicionaram toda a sua vida futura. Esta curta-metragem é assim um muito bem interpretado retrato de uma família à beira de um colapso e nada de bom poderemos esperar do futuro daqueles que intervêm naquele tão agonizante pequeno-almoço.
Pedro García (Estanis Bañuelos) é um jovem que vive uma vida que desejava não ser a sua em todos os aspectos... Desde o seu quarto e o seu wc, passando pelo seu nome e especialmente a sua família que considera disfuncional. Um irmão que mente facilmente para não ter problemas, uma mãe apagada e submissa que pouca opinião tem, passando por um pai (Xavier Redondo) opressor que impõe a sua vontade acima da dos demais.
Cansado Pedro foge da casa que sempre conheceu para, anos mais tarde, o encontrarmos já com a sua própria família onde estranhamente as semelhanças com o passado não são uma mera coincidência.
Bañuelos assina aqui um argumento que não só reflete uma certa incompreensão geracional que se estabelece pelas marcadas diferenças entre pais e filhos, descrita na relação que adolescente teve com o seu pai e naquela que mais tarde terá com o seu próprio filho, assim como também reflete sobre como as insatisfações pessoais dos objectivos não cumpridos e o conformismo a que a idade "obriga" os vários indivíduos a assumirem, tornando-os não só amargurados como repelentes para si próprios ao lembrarem-se daquilo que em tempos foram, desejaram e sonharam.
Interessante a relação, ou inexistência dela, que se sente entre o jovem "Pedro" e o seu "pai", a cargo de Bañuelos e de Xavier Redondo naquelas que são silenciosamente as mais tensas interpretações de toda a curta-metragem e aquelas que, por esse mesmo motivo, determinam todos os comportamentos e interacção dos demais.
De destacar ainda o jovem "Jon", filho de "Pedro", já ele um adulto frustrado com um casamento falhado, interpretado por Oriol Alonso naquele que é um igualmente silêncio ruidoso que determina o quão verdadeira é a expressão de que a História se repete e de como aos poucos os indivíduos se podem ir consumindo pelo seu próprio desespero.
O único aspecto que deixou vontade de saber um pouco mais, foi o que terá passado com a família que o jovem "Pedro" abandonou. O que terá sido feito do seu pai, mãe e irmão que deixou para trás sem olhar duas vezes mas que, de certa forma, condicionaram toda a sua vida futura. Esta curta-metragem é assim um muito bem interpretado retrato de uma família à beira de um colapso e nada de bom poderemos esperar do futuro daqueles que intervêm naquele tão agonizante pequeno-almoço.
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