domingo, 16 de junho de 2013

48 Grados (2012)

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48 Grados de Noël Gallardo é uma curta-metragem espanhola de ficção que nos apresenta uma história de um mundo à beira de um apocalipse graças a um vírus que infecta boa parte da população, juntando-lhe um drama pessoal que nos tenta aproximar um pouco mais do enredo.
A United Pharmacs é uma empresa que se dedica à preservação do meio ambiente e que investiga uma estranha infecção causada por uma misteriosa bactéria que graças ao rápido aquecimento global entrou em mutação, alastrando rapidamente por toda a população.
Um dos investigadores da United Pharmacs que luta para encontrar a cura é Mario Evans (Toni Lucas) que passa grande parte do seu tempo nos laboratórios, sem qualquer contacto com o mundo exterior, que vê toda a sua vida alterada quando ele próprio fica infectado com este vírus, e que descobre ao mesmo tempo os métodos utilizados pela UP para controlar a propagação do vírus.
Numa altura em que não só luta pela sua vida contra o vírus como também contra aqueles que o perseguem sem qualquer piedade, Mario foge ao encontro da sua família apenas para descobrir que nem a sua vida nem a do mundo voltará a ser como fora anteriormente.
Apesar de pertencer a um género já muito explorado no domínio das curtas-metragens, a temática apocalipse nas suas mais variadas vertentes (zombie, nuclear, epidémico...) continua a suscitar a mais acentuada curiosidade não só nos profissionais que as criam como também no espectador ávido de ver mais um filme do género onde a Humanidade vai definhando mais ou menos lentamente.
Aqui temos esta mesma abordagem pelas mãos de uma empresa que investiga (será que criou?) o vírus que consome a Humanidade, ao mesmo tempo que tenta silenciar aqueles que descobrem os seus métodos pouco ortodoxos e ainda as sistemáticas crises climáticas de que o próprio planeta já tem vindo a ser vítima. Tudo isto misturado numa curta-metragem de escassa duração e que se pretendia ver desenvolvidos estes vários aspectos que lança na sua concepção.
Se por um lado Toni Lucas tem inicialmente uma presença carismática e que o transforma no protagonista ideal desta curta-metragem, não é menos verdade que à medida que a trama se desenvolve, o seu "Mario Evans" entre num declínio emocional inversamente proporcional ao crescendo da acção, não conseguindo captar o lado desolador da personagem mas sim o lado "estou completamente perdido" que se espera de um impacto inicial onde ainda se lida com o desconhecido.
Não deixando assim de ser uma curta interessante e com um potencial promissor graças às mais variadas vertentes que expõe, não deixa ao mesmo tempo de ser um filme que não tem o seu correcto desenvolvimento e que poderia ver a sua duração triplicada para os poder resolver.
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6 / 10
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