Triângulo Dourado de Miguel Clara Vasconcelos é uma curta-metragem de ficção portuguesa presente na competição nacional do Córtex - Festival de Curtas-Metragens de Sintra a decorrer no Centro Cultural Olga de Cadaval, em Sintra.
Na Grande Paris, Sheylla e as suas memórias. Percorremos pensamentos e desabafos de uma mente solitária e em viagem.
Com argumento do próprio Miguel Clara Vasconcelos, Triângulo Dourado prende-se numa reflexão sobre o perpétuo movimento da viagem e da mudança que lhe é inerente. O eterno sentimento de estar onde não se pertence, da saudade de um lugar que potencialmente já não se conhece e da transformação que os diferentes caminhos proporcionam àqueles que os percorrem.
É então que surge, num caminho em transformação, a questão que atormenta aqueles que viajam... para onde seguir depois de tudo já ter percorrido?
Enquanto espectador existe para muitos uma empatia imediata com a premissa de Triângulo Dourado que nos coloca no centro de uma constante viagem mas, no entanto, à medida que a sua acção decorre existe um cada vez maior distanciamento da sua execução e da forma monocórdica com que esta é posta em prática desprovendo-a até de uma sensibilidade maior para com as vivências daqueles que se separam do seu estado natural.
Pouco a pouco esse distanciamento é tal que cria naqueles que assistem uma emergente vontade de se afastarem desta história que tinha, na sua origem, o material necessário para ser um filme - ou filme-poema - mais íntimo, pessoal e criador através das experiências de "Sheylla" da história de muitos de nós.
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