terça-feira, 3 de setembro de 2013

Um Acidente Inesperado (2013)

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Um Acidente Inesperado de Rúben Ferreira é uma curta-metragem portuguesa de comédia do jovem realizador português que tem construído uma sólida legião de fãs nos últimos tempos.
Através de um argumento de Alex Carvalho, que também protagoniza esta curta-metragem, entramos uma vez mais nas aventuras de um curioso grupo de amigos que são, no mínimo, muito alternativos. Depois de um deles (Alex Carvalho) atropelar uma rapariga (Ana Silva) numa estrada praticamente deserta, e de voluntariamente assassinarem uma outra (Cátia Silva), todos eles embarcam numa odisseia para levarem a atropelada para casa e decidir o que fazer com o corpo. É então que descobrem que ela não estava morta sendo então que Carvalho juntamente com um José Marques mais calmo em relação aos seus últimos trabalhos e um Nuno Correia que parece dever pouco à inteligência decidem seduzi-la, enquanto os outros dois elementos do grupo, Marco Pereira e Bruno Ferreira, estão mais ocupados a fazer nascer um amor desconhecido entre ambos, para que no final se descubra que aquela jovem rapariga afinal... não gosta assim tanto deles como eles dela...
Se bem que a intenção de divertir é boa e válida, não é menos verdade que o talento e a capacidade de Rúben Ferreira para dirigir histórias diferentes e mais complexas já foi comprovada com um dos trabalhos que apresentou no início deste ano na curta-metragem Viagens que não só o confirma como um nome a fixar para o futuro como também nos mostra uma sua faceta mais séria e bem mais eficaz que conquistar um público mais variado.
Este Um Acidente Inesperado é o seu trabalho assumidamente mais frágil e que apresenta também uma certa saturação do que se pretende retratar e que ao tentarem personificar certos clichés caem mais depressa em personagens estereotipadas e na maior parte dos momentos sem conseguirem obter resultados quanto à comédia que se pretende que tenham que, também ela, começa assim a ficar muito gasta e nem mesmo o humor nonsense apresentado pela paixão por uma tábua que emite alguns ruídos consegue ser suficiente para nos fazer ter alguma esperança.
E mesmo tecnicamente esta curta-metragem denota alguns problemas nomeadamente no que diz respeito ao cuidado tido com a percepção do som das filmagens não só de exteriores como dos interiores, assim como as constantes oscilações de câmara que tornam complicada a visualização da curta pois nem mesmo como uma demonstração de mais "acção" conseguem funcionar, e até um reflexo na porta onde os cinco amigos espreitam denuncia a imagem de quem está a filmar... pequenas grandes falhas que assinalam a "morte" da obra mesmo que percebendo que ela foi feita com muito boa intenção.
Esta curta-metragem à semelhança das demais que têm vindo a confirmar o sucesso deste jovem realizador será certamente um sucesso junto das camadas etárias mais jovens e virá uma vez mais confirmar o futuro promissor de Rúben Ferreira enquanto realizador mas, no entanto, afirmo uma vez mais que o mesmo precisa de ir um pouco mais além do habitual visto que já provou ser capaz disso e, como tal, não se pode esperar menos do que o seu melhor.
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2 / 10
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2 comentários:

  1. Foi sem dúvida uma curta decepcionante, a vários níveis.
    A escolha dos atores deixou-me muito preocupado. O argumento foi igualmente pobre e tudo isto reflectiu-se no pobre resultado deste trabalho.

    E depois de termos visto a curta-metragem "Viagens" desenvolvida e interpretada por Elisabete Ferreira, não nos contentamos com menos do que um trabalho de grande qualidade como é o "Viagens"

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