Bam de Won Kang é uma curta-metragem sul coreana que esteve presente na secção Nacional/Internacional da última edição do Piélagos en Corto - Festival Internacional de Cortometrajes de Ficción que decorreu na Cantábria, em Espanha entre os dias 5 e 10 de Maio e onde tive o prazer de estar presente enquanto membro do júri.
Dongchul é um jovem que se vê regularmente forçado a roubar alimentos para Kyungho através dos mais variados esquemas. No entanto, numa noite, os planos de Kyungho levam os dois jovens para uma sucessão de acontecimentos que prometem não ficar resolvidos da melhor forma.
Won Kang, que também assina o argumento e a edição, constrói uma história que pode ser interpretada pelo espectador de diversas formas. Por um lado temos uma abordagem à cumplicidade mais ou menos forçada entre aqueles dois jovens que denota a sua própria proveniência. No fundo, a meio gás, perdemos a noção se os dois agem devido à carência e necessidade que esta sociedade moderna lhes impõe ou se, por sua vez, os seus esquemas mais não são do que puro prazer que um exerce sobre o outro e sobre a sua aparente fragilidade emocional.
No entanto, Bam entrega-nos também uma outra perspectiva, mais irracional mas ao mesmo tempo fascinante pela possibilidade que dá ao espectador de assistir a uma história que quase se torna fantasmagórica pelo ambiente no qual as personagens se vêem inseridas e pela fuga labiríntica que têm de efectuar para escaparem de um destino que cada vez se torna mais negro, mais tenebroso e complicado de se lhe escapar.
É esta transição de momentos que torna uma história aparentemente banal e comum a tantos outros filmes do género que faz de Bam um filme cativante. Graças à direcção de fotografia de Jae-Sung e a um elaborado jogo de sombras que consegue recriar uma escuridão que parece ganhar terreno a qualquer ideia de luz transformando assim todo aquele já de si pequeno espaço em corredores labirínticos, imundos e apertados, o espectador sente-se preso a esta história e com uma igualmente crescente urgência de sair daquele espaço onde nada de bom aparenta poder acontecer.
Intenso pela sua qualidade filmica bem como pelas interpretações, também elas, fantasmagóricas, Bam é um daqueles filmes que nos faz perder não só na sua história como principalmente pelo ambiente em que é contado que oscila entre um misto de realidade social e moral contemporânea como, ao mesmo tempo, nos dá uma certa ideia e imagem de que estamos perante uma realidade paralela e alternativa.
Assumidamente um dos filmes fortes deste segmento competitivo de Piélagos en Corto.
.Won Kang, que também assina o argumento e a edição, constrói uma história que pode ser interpretada pelo espectador de diversas formas. Por um lado temos uma abordagem à cumplicidade mais ou menos forçada entre aqueles dois jovens que denota a sua própria proveniência. No fundo, a meio gás, perdemos a noção se os dois agem devido à carência e necessidade que esta sociedade moderna lhes impõe ou se, por sua vez, os seus esquemas mais não são do que puro prazer que um exerce sobre o outro e sobre a sua aparente fragilidade emocional.
No entanto, Bam entrega-nos também uma outra perspectiva, mais irracional mas ao mesmo tempo fascinante pela possibilidade que dá ao espectador de assistir a uma história que quase se torna fantasmagórica pelo ambiente no qual as personagens se vêem inseridas e pela fuga labiríntica que têm de efectuar para escaparem de um destino que cada vez se torna mais negro, mais tenebroso e complicado de se lhe escapar.
É esta transição de momentos que torna uma história aparentemente banal e comum a tantos outros filmes do género que faz de Bam um filme cativante. Graças à direcção de fotografia de Jae-Sung e a um elaborado jogo de sombras que consegue recriar uma escuridão que parece ganhar terreno a qualquer ideia de luz transformando assim todo aquele já de si pequeno espaço em corredores labirínticos, imundos e apertados, o espectador sente-se preso a esta história e com uma igualmente crescente urgência de sair daquele espaço onde nada de bom aparenta poder acontecer.
Intenso pela sua qualidade filmica bem como pelas interpretações, também elas, fantasmagóricas, Bam é um daqueles filmes que nos faz perder não só na sua história como principalmente pelo ambiente em que é contado que oscila entre um misto de realidade social e moral contemporânea como, ao mesmo tempo, nos dá uma certa ideia e imagem de que estamos perante uma realidade paralela e alternativa.
Assumidamente um dos filmes fortes deste segmento competitivo de Piélagos en Corto.
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8 / 10
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