segunda-feira, 30 de março de 2015

Gopo 2015 - Academia Romena de Cinema: os vencedores

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Filme: Closer to the Moon, Bobby Păunescu, Michael Fitzgerald, Renata Rainieri, Alessandro Leone, Denis Friedman (prods.)
Primeira Obra: Bucuresti, Unde Esti?, de Vlad Petri
Documentário: Toto si Surorile Lui, Alexander Nanău, Cătălin Mitulescu e Antony Root (Alexander Nanău Production, HBO Europe) e Alexander Nanău (real.)
Filme Europeu: La Grande Bellezza, de Paolo Sorrentino (Itália)
Realizador: Nae Caranfil, Closer to the Moon
Actor Principal: Florin Piersic Jr., Quod Erat Demonstrandum (Q.E.D)
Actriz Principal: Ofelia Popii, Quod Erat Demonstrandum (Q.E.D)
Actor Secundário: Virgil Ogasanu, Quod Erat Demonstrandum (Q.E.D)
Actriz Secundária: Alina Berzunteanu, Quod Erat Demonstrandum (Q.E.D)
Argumento: Nae Caranfil, Closer to the Moon
Fotografia: Marius Panduru, Closer to the Moon
Montagem: Catalin Cristutiu, Larry Madaras e Roberto Silvi, Closer to the Moon
Som: Marius Ledtarache, Alexandru Dumitru e Florin Tabacaru, Closer to the Moon
Música Original: Laurent Couson, Closer to the Moon
Design de Produção: Cristian Niculescu, Quod Erat Demonstrandum (Q.E.D)
Guarda-Roupa: Doina Levintza, Closer to the Moon
Caracterização: Lucas Coulon, Maria Andreescu, Laura Ozier e Elena Tudor, Closer to the Moon
Curta-Metragem de Ficção: Trece si Prin Perete, de Radu Jude
Curta-Metragem Documentário: O Scurta Istorie - Astra Film, de Carmen Lidia Vidu
Revelação: Alexandra Carastoian e Boroka Biro (fotografia), Plansa
Prémio do Público: #Selfie, de Cristina Iacob
Prémio Especial: Ion Truică (realizador), Eugenia Bosînceanu (actriz)
Prémio Carreira: Coca Bloos
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Nuovo Cinema Paradiso (1988)

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Cinema Paraíso de Giuseppe Tornatore é possivelmente a mais conhecida longa-metragem do realizador italiano e a vencedora do Oscar de Filme Estrangeiro no já distante ano de 1990 para a qual não precisa de qualquer desculpa para ser apreciada uma vez mais.
Salvatore De Vita (Jacques Perrin) é um famoso realizador italiano que recebe a mensagem de que Alfredo (Philippe Noiret), o projeccionista do Cinema Paradiso onde ele teve toda a sua iniciação à Sétima Arte, acabara de falecer.
Num misto de memórias regressamos ao passado, à Sicília do pós-guerra onde o jovem Totò (Salvatore Cascio) viu em Alfredo a figura paternal que nunca tivera, dele recebendo todos os ensinamentos sobre a vida, o amor e o cinema como resultado dos dois primeiros sem esquecer a sua adolescência (Marco Leonardi) na qual conhece o amor da sua vida através de Elena (Agnese Nano).
Giuseppe Tornatore, com a especial colaboração de Vanna Paoli, escreve um argumento que inicia uma longa e sentida homenagem não só à História como principalmente à sua Sicília natal. Depois de Nuovo Cinema Paradiso temos L'Uomo delle Stelle (1995), Malèna (2000), Baaria (2009) e ate mesmo sentido em La Leggenda del Pianista sull'Oceano (1998) que para lá da lição de História que transmite ao espectador, coloca também a ilha mediterrânica como uma das personagens principais do seu filme. É impossível passar por estes títulos e não sentir a forte presença de uma ilha e de um povo, da sua História recente e dos seus costumes brutalmente marcados pela imigração e pela guerra. Principalmente pela guerra... homens ausentes depois de um conflito que devastou a região já de si pobre e afectada pelas grandes clivagens entre ricos e pobres, pelo desaparecimento de uma boa parte da sua população que ou teve de se refugiar noutras paragens ou que sucumbiram perante o conflito e isto sem esquecer a acentuada presença da Igreja Católica que transforma o próprio estilo e modo de vida da região e do seu povo marcado por fortes convicções religiosas.
As personagens que Tornatore cria são por si só muito características e escondem - graças a todos estes elementos já referenciados - um misto de tristeza e alegria que tão depressa os afasta daquele espaço como, ao mesmo tempo, quando distantes os faz sentir que algo lhes falta para se sentirem completos. A Sícilia de Tornatore não é apenas uma ilha perdida no meio do Mediterrâneo mas é sim um pedaço de cada uma daquelas personagens que têm em si marcados os hábitos e costumes... o poder e a força do sangue siciliano que os define para lá da própria nacionalidade italiana. E imagem desta ideia é o longo planos inicial de um Mediterrâneo que banha tranquilamente a ilha ou até mesmo as ruas geograficamente apagadas mas repletas de uma vida que sorri por entre a tragédia e os destroços.
Existe também nos filmes de Tornatore uma acentuada dicotomia entre o jovem que desperta para a idade adulta não só na sua componente sexual - sempre presente - como principalmente no amargar do "eu" face a um mundo que de repente perdeu todo o seu brilho e cor natural. A realidade dos sentimentos, até então escondida ou idealizada como algo perfeito, ganha repentinamente uma dimensão trágica e que mostra as verdadeiras cores de cada um. Assim o temos em Malèna bem como em Nuovo Cinema Paradiso onde o idealizado amor de juventude rapidamente se transforma numa perda maior que a vida transformando todas as futuras manifestações de amor em actos contidos ou desprovidos de real sentimento.
O amor está, no entanto, sempre presente nesta história. Quer seja o maternal entre "Totò" e "Maria" (Antonella Attili), por vezes manifestados através de alguma dor por uma vida que não se completa como esperado, quer o amor desta última - incompleto - por um marido que desapareceu e se presume morto que transformou a sua vida numa solidão sem aparente fim. Quer pela sua presença, quer também pela sua ausência, é o amor que marca os destinos de ambos e que levam o jovem "Totò" a (in)voluntariamente procurar a atenção de um pai substituto que encontra em "Alfredo". O pai com quem aprendeu a crescer e tornar-se num homem... aquele que zelou por ele e pelos seus interesses... pelo seu desenvolvimento que seria impossível numa terra parada no tempo. O mesmo amor que encontra anos mais tarde com "Elena" e que aquando da sua perda o transforma num homem isolado e só no mundo, distante da sua família, do seu lugar e das mulheres com quem se cruza numa Roma que aqui mais não é do que uma personagem secundária que ocasionalmente o satisfaz profissionalmente.
Os filmes de Tornatore deixam todos eles no seu final uma intensa sensação de que o tempo e a vida passam sem que por eles demos conta, que aquilo que se perde já não regressa e que o que não se fez jamais poderá ser concretizado. O que não se teve ficou perdido e quem perdemos jamais poderá ser nosso constituindo apenas uma vã memória que ocasionalmente recuperamos mas que para sempre deixou a sua marca. São esses os momentos determinantes que nos fizeram crescer e que nos fizeram perder um pouco do brilho da criança que existira em cada um de nós. Todos percebemos aquele exacto momento em que as últimas imagens deixam um profundo vazio no peito e que, tal como àquelas personagens, todos nós já tivemos o tal momento que nos fez perceber que já não somos crianças, ainda que em Nuovo Cinema Paradiso, é o poder do cinema, de sonhar e de viajar para locais desconhecidos que, ao mesmo tempo, nos mantêm ligados à tal infância perdida.
Se as personagens são o "corpo" e a Sicília a "entidade" presente, a música de Ennio Morricone é a alma que qualquer filme de Tornatore ganha. As melodias saudosos, tristes e esperançosas, fazem o espectador perceber que algures no tempo pertence(u) àquele lugar... que o identifica como seu e que o faz voltar à tal infância perdida independentemente de onde esta tenha sido passada. No fundo, a música é o terceiro elemento da "santíssima trindade" de Tornatore... Personagens, Sícilia e Morricone são desde o primeiro instante indissociáveis e alimentam-se para que o espectador possa, durante o filme, sentir. Simplesmente sentir.
Tendo visto este filme na altura com dez anos de idade - no fundo a mesma como o jovem "Totò" -, muita desta mensagem sobre as etapas do crescimento foram claramente ignoradas pela própria imaturidade de qualquer criança. No entanto, foi também este um dos filmes responsáveis por uma constante curiosidade para com o cinema enquanto fonte de descoberta de histórias, de pessoas reais ou imaginadas, de lugares - a minha bela Sicília sendo um deles - e, mais tarde, da tal mensagem que qualquer um de nós pode em idade mais adulta compreender e identificar no seu próprio desenvolvimento. Todos nós temos aquela criança curiosa e atenta dentro de nós mas, ao mesmo tempo, sabemos que ela ficou adormecida algures no tempo e na sua audaz inocência. Por este, e por tantos outros motivos, posso com segurança identificar Nuovo Cinema Paradiso como um dos filmes da minha vida e Tornatore como um realizador que me aproxima ao meu lugar e ao meu espaço. Um realizador de quem espero sempre com curiosidade e antecipação pela sua nova obra.
No final, depois do velho cinema ser destruído pela força da inovação - que nem sempre vem com bons intuitos - resta perceber que é bem nesse final que permanece o essencial... que o importante não é aquilo que se conquista pela fama e pelo poder mas sim aquilo que sempre foi nosso sem que disso nos consigamos aperceber... o amor. O amor de quem temos perto... de quem é nosso... de quem conquistamos... e de quem descobrimos (e nos descobre).
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10 / 10
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domingo, 29 de março de 2015

Jameson Empire Awards 2015: os vencedores

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Filme: Interstellar, de Christopher Nolan
Filme Britânico: Kingsman: The Secret Service, de Matthew Vaughn
Comédia: Paddington, de Paul King
Filme de Terror: The Babadook, de Jennifer Kent
Ficção Científica/Fantasia: X-Men: Days of Future Past, de Bryan Singer
Thriller: The Imitation Game, de Morten Tyldum
DISS - Done in Sixty Seconds: Ghostbusters, de Oliver Jones e Robert Kenyon
Realizador: Christopher Nolan, Interstellar
Actor: Andy Serkis, Dawn of the Planet of the Apes
Actriz: Rosamund Pike, Gone Girl
Revelação Masculina: Taron Egerton, Kingsman: The Secret Service
Revelação Feminina: Karen Gillan, Oculus e Guardians of the Galaxy
Empire Hero: Game of Thrones
Empire Inspiration: Christopher Nolan
Empire Legend: Ralph Finnes
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sábado, 28 de março de 2015

Shortcutz Xpress Viseu - vencedor do mês de Março

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A curta-metragem Não são Favas, são Feijocas, de Tânia Dinis foi a vencedora do mês de Março do Shortcutz Xpress Viseu.
Não são Favas, são Feijocas torna-se portanto na mais recente nomeada ao Prémio SXV de Melhor Curta do Ano na segunda cerimónia a realizar em meados de 2015 competindo para este galardão com as curtas-metragens Salomé, de Sofia Bairrão, Bicho, de Carlos Jesus e Miguel Munhá, Cigano, de David Bonneville, Pela Boca Morre o Peixe, de João P. Nunes, Boy, de Bruno Gascon, Contactos 2.0, de Bernardo Gomes de Almeida e Rodrigo Duvens Pinto, Bodas de Papel, de Francisco Antunez e ainda O Reino, de Paulo Castilho, a vencedora do último mês.
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quinta-feira, 26 de março de 2015

Fernanda Montemor

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1935 - 2015
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Le Meraviglie (2014)

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O País das Maravilhas de Alice Rohrwacher foi a longa-metragem da sessão de abertura da Festa do Cinema Italiano a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa, e a mais recente obra da realizadora de Corpo Celeste.
Gelsomina (Maria Alexandra Lungu), é uma jovem de doze anos que praticamente gere os destinos da família produtora de mel. Num ambiente rural e com o seu próprio conjunto de regras, a família vive perante uma ditadura auto-imposta onde se afastam dos destinos da sociedade dita normal e sobrevivem num mundo onde os espaços e o futuro de todos já se aparenta predestinado.
É quando chega à aldeia o programa de televisão Le Meraviglie - sobre as melhores produções agrícolas do interior rural - que Gelsomina ambiciona poder concorrer e quem sabe vencer o prémio que poderá modificar a vida de toda a família... ou pelo menos mostrar-lhes outras oportunidades.
A também argumentista Alice Rohrwacher dá alma a um conjunto de personagens que são assumidamente espíritos livres. Todos eles, desde "Gelsomina" aos seus pais "Wolfgang" (Sam Louwyck) e "Angelica" (Alba Rohrwacher) sem esquecer as irmãos mais novas são o fruto de um conjunto de ideais hippies que de certa forma desenquadrados do mundo e dos tempos em que vivemos, se isolaram num espaço rural e produzem aquilo que lhes dá o seu sustento. Livres de regras ou de grandes concepções socialmente aceites, o único respeito que têm é para a sua família que tendem a ter sob rédea curta e com um conjunto de referências pouco típicas da liberdade que defendem (os mais velhos).
A vontade de se manterem fora desse mundo para lá das barreiras invisíveis do espaço em que co-habitam, é apenas quebrada quando chega o jovem "Martin" (Luis Huilca) um jovem problemático/delinquente que recebem em sua casa como contrapartida do dinheiro que o estado alemão lhes paga para a eventual reinserção do mesmo. Ainda que silencioso e quase uma presença fantasmagórica, é "Martin" que também desperta o interessa de "Gelsomina". Ainda que também ela de forma silenciosa e conflituosa questione se o mundo - o seu e o de todos - se resume àquele espaço que vê, que sente e ao qual foi obrigada a habituar-se.
A chegada da televisão, do mundo das estrelas aqui encarnado por "Milly Catena" (Monica Bellucci) a belíssima apresentadora de Le Meraviglie, criam o perfeito alinhamento de elementos que uma jovem pré-adolescente assume como conflituosos e aqueles que a fazem questionar o seu espaço - se é que este existe num ambiente claramente assumido como comunitário. Se por um lado "Gelsomina" vai lentamente percebendo que existe muito para além daquilo que conhece do seu dia-a-dia, não é menos verdade que todos esses novos elementos que invadem a aparentemente pacata ideia revelam que aquilo que existe não é necessariamente melhor pois se "Martin" se mostra como o fruto de uma sociedade decadente e problemática, Le Meraviglie e "Milly Catena" evidenciam na intimidade longe das câmaras um mundo de aparência e de inuendos que não se revelam melhores do que aquilo que conhece e, mesmo que estes cheguem com simpatia transmitindo uma nova sensibilidade e afecto não tão típicos ou naturais e aos quais não está habituada, é quando "Gelsomina" mostra a sua magia e encanto que desarma todos aqueles que dela estão próximos mostrando uma pureza desconhecida dos demais, como se de uma lenda de tratasse.
Ainda que sem a magia de uma Toscana turística à qual o espectador está tão habituado, Le Meraviglie prima por uma tonalidade e ambiente quente e de certa forma familiar... Algo que se sente estar próximo. Percebemos que no seio daquela família de origem germânica que encontrou o refúgio - o seu - existe uma alma indissociável do próprio ambiente geográfico, aliás é este que também contribui para a sua formação, e que esta não se apaga mesmo quando escasseiam outros aspectos mais materiais que tantos procuram incansavelmente. E no final, ainda que o mundo pareça ser grande demais existindo tanto por conhecer, é naquele pequeno espaço que estão as suas raízes, o seu "povo" e a sua terra que tanto caracteriza a jovem "Gelsomina".
Ainda que aparentemente não seja um filme fácil ou que cative pelas suas primeiras imagens, Le Meraviglie, à semelhança do que já acontecera com Corpo Celeste, impele o espectador a questionar-se sobre as origens, sobre o seu meio e especialmente sobre a importância que este teve na sua formação independentemente dos diferentes rumos que cada um tenha seguido.
Bruto mas ao mesmo tempo terno, Le Meraviglie equaciona que é bem no final que a força das raízes e do "sangue" determinam onde pertence cada um de nós, confirmando ao mesmo tempo que Alice Rohrwacher é um nome que conquistou o seu espaço na realização de grandes obras.
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8 / 10
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Bromance (2015)

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Bromance de Bertil Nilsson é uma curta-metragem experimental britânica que em breves três minutos leva o espectador numa viagem onde o corpo se pretende sensual e objecto de comunicação.
Na rua ou em casa três amigos dançam, abraçam-se e sentem os respectivos corpos como uma unidade que se complementa.
Para lá da comunicação estabelecida pelos seus corpos que se interligam as palavras são inexistentes e até desnecessárias.
"Bromance" - que num significado mais lato se traduz na cúmplice amizade entre homens - tem com esta curta-metragem a clara conexão com um sentimento que vai para lá dessa amizade, explorando a sua intimidade através do ritmo dos movimentos dos corpos que se tocam de forma íntima e por vezes terna.
Beren D'Amico, Charlie Wheeller e Louis Gift, três bailarinos da companhia experimental acrobática Barely Methodical Troupe, incorporam assim uma cumplicidade não explícita pelas conversas que as suas personagens têm mas sim aquela sentida por quem os observa de que algo mais forte os une.
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6 / 10
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quarta-feira, 25 de março de 2015

Ivo Garrani

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1924 - 2015
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Festa do Cinema Italiano 2015

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Festa do Cinema Italiano
Lisboa - 25 de Março a 2 de Abril
Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema
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Porto - 9 a 12 de Abril
Évora - 15 a 18 de Abril
Caldas da Raínha - 25 a 27 de Abril
Loulé - 1 a 3 de Maio
Coimbra - 5 a 7 de Maio
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terça-feira, 24 de março de 2015

Círculo de Críticos Online Portugueses 2015: os vencedores

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O Círculo de Críticos Online Portugueses - da qual faço parte - acaba de anunciar os seus vencedores relativos ao cinema estreado em 2014 em Portugal. Com uma clara preferência pelo filme The Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson, os vencedores são:
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Melhor Filme
The Grand Budapest Hotel, de Wes Anderson
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Melhor Realizador
Wes Anderson, The Grand Budapest Hotel
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Melhor Argumento Original
Her, Spike Jonze
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Melhor Argumento Adaptado
12 Years a Slave
John Ridley, baseado no livro de Solomon Northup
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Melhor Actor
Matthew McConaughey, Dallas Buyers Club
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Melhor Actriz
Rosamund Pike, Gone Girl
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Melhor Actor Secundário
Jared Leto, Dallas Buyers Club
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Melhor Actriz Secundária
Lupita Nyong'o, 12 Years a Slave
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Melhor Filme de Animação
The Congress, de Ari Folman
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Melhor Filme Português
E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto
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Melhor Filme em Língua Não-Inglesa/Portuguesa
Deux Jours, Une Nuit, de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne (Bélgica)
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Melhor Primeira Longa-Metragem
Dan Gilroy, Nightcrawler
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Melhor Documentário
The Act of Killing, de Joshua Oppenheimer
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Melhor Canção Original
Música e letra: Karen O e Spike Jonze
Intérprete: Karen O
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Melhor Elenco
The Grand Budapest Hotel
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Melhor Cena
"O Castigo de Patsey", 12 Years a Slave
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Melhor Banda Sonora
Arcade Fire (compositor), Her
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Melhor Fotografia
Robert D. Yeoman, The Grand Budapest Hotel
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Melhores Valores de Produção
The Grand Budapest Hotel
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Melhores Efeitos Especiais
Interstellar
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Chlotrudis Awards 2015: os vencedores

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Filme: Boyhood, de Richard Linklater
Documentário: Finding Vivian Maier, de John Maloof e Charlie Siskel
Realizador: Hirokazu Koreeda, Soshite Chichi ni Naru
Actor: Tom Hardy, Locke
Actriz: Anne Dorval, Mommy
Actor Secundário: JK Simmons, Whiplash
Actriz Secundária: Agata Kulesza, Ida
Elenco: The Grand Budapest Hotel
Argumento Original: Wes Anderson e Hugo Guinness, The Grand Budapest Hotel e Pawel Pawlikowski e Rebecca Lenkiewicz, Ida
Argumento Adaptado: Lukas Moodyson, Vi är Bäst!
Montagem: Sandra Adair, Boyhood
Fotografia: Ryszard Lenczewski e Lukasz Zal, Ida
Música: Mica Levi, Under the Skin
Design de Produção: Marco Bittner Rosser, Only Lovers Left Alive
Tesouro Esquecido: Rocks in My Pockets, de Signe Baumane
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segunda-feira, 23 de março de 2015

Herberto Hélder

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1930 - 2015
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Monstra - Festival de Animação de Lisboa 2015: os vencedores

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Competição de Longas-Metragens
Longa-Metragem - Grande Prémio RTP: Kaguyahime no Monogatari, de Isao Takahata
Prémio Especial do Júri: Song of the Sea, de Tomm Moore
Prémio do Público: Shaun the Sheep, de Mark Burton e Richard Starzak
Filme para a Infância e Juventude: Shaun the Sheep, de Mark Burton e Richard Starzak
Banda-Sonora: Bruno Coulais, Song of the Sea
Menções Honrosas: Giovanni's Island, de Mizuho Nishikubo, Lisa Limone e Maroc Orange, de Mait Laas e Jack and the Cuckoo Clock Heart, de Mathias Malzieu e Stephane Berlá
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Competição Portuguesa
Curta-Metragem Portuguesa  - Prémio SPA - Vasco Granja: Fuligem, de David Doutel e Vasco Sá
Prémio do Público: Fuligem, David Doutel e Vasco Sá
Menções Honrosas: Os Prisioneiros, de Margarida Madeira e O Cantos dos 4 Caminhos, de Nuno Amorim
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Competição de Curtas-Metragens
Curta-Metragem Internacional - Grande Prémio RTP: Man on the Chair, de Dahee Jeong
Prémio Especial do Júri: Fuligem, de David Doutel e Vasco Sá
Filme Experimental: É In Motion No.2, de Sumito Sakakibara
Prémio do Público - Prémio Nescafé Dolce Gusto: We Can't Live Without Cosmos, de Konstantin Bronzit
Menções Honrosas: Tick Tack, de Ülo Pikkov e Nuggets, de Andreas Hykade
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Competição de Curtíssimas
Curtíssima Internacional: Cupidiculous, de Panop Koowat
Curtíssima Portuguesa - Prémio FNAC: Home Dog, de Emanuel Barros
Menções Honrosas: Macondo, de Zilai Feng e Deskloop, de Evelien Lohbeck
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Competição de Estudantes - Júri Sénior
Curta de Estudantes Internacional - Prémio Carl Zeiss Vision: Mend and Make Do, de Bexy Bush
Curta de Estudantes Portuguesa - Prémio Carl Zeiss Vision: Tele-Sofia, de Ana Fernandes, Manuel Sá e Nuno Mendanha
Prémio do Publico - Prémio Bebidas de Cereais Nestlé: Tale, de Bertoli Attila
Menções Honrosas: This Is How It Starts, de Shahaf Ram, Tale, de Bertoli Attila e La Fenêtre, de Barrère, Blondeel, Corcho, Leroi, Proust, Riviére e Tapare
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Competição Cinema Mais Pequeno do Mundo
Amendoim de Ouro: Supervenus, de Frederic Doazan
Amendoim de Prata: Bolas! ET's Outra Vez?!, de Bruno Caetano
Amendoim de Bronze: The Evening Cigarette, de Matthieu Van Eeckhout
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Competição MONSTRINHA
Filme Monstrinha: A Single Life, de Job, Joris e Marieke
Prémio do Publico Monstrinha:
3 aos 6Lune et le Loup, de Toma Leroux, Patrick Delage
7 aos 12O Elefante e a Bicicleta, de Olesya Shchukina
+ de 13O Presente, de Jacob Frey
Menções Honrosas:
3 aos 6Historia de um Urso, de Gabriel Osorio Vargas
7 aos 12O Elefante e a Bicicleta, de Olesya Shchukina
+ de 13O Presente, de Jacob Frey
Pais e Filhos - Lamb, de Gottfried Mentor
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domingo, 22 de março de 2015

Cláudio Marzo

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1941 - 2015
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quinta-feira, 19 de março de 2015

CEC - Círculo de Escritores Cinematográficos 2015: os vencedores


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Filme: La Isla Mínima, de Alberto Rodríguez
Documentário: Paco de Lucía: La Búsqueda, de Francisco Sánchez Varela
Filme de Animação: Mortadelo y Filemón Contra Jimmy el Cachondo, de Javier Fesser
Filme Estrangeiro: Nebraska, de Alexander Payne (EUA)
Realizador: Alberto Rodríguez, La Isla Mínima
Realizador Revelação: Juanfer Andrés e Esteban Roel, Musarañas
Actor: Javier Gutiérrez, La Isla Mínima
Actriz: Bárbara Lennie, Magical Girl
Actor Secundário: Karra Elejalde, Ocho Apellidos Vascos
Actriz Secundária: Itziar Aizpuru, Loreak
Actor Revelação: Dani Rovira, Ocho Apellidos Vascos
Actriz Revelação: Nerea Barros, La Isla Mínima
Argumento Original: La Isla Mínima, Rafael Cobos e Alberto Rodríguez
Argumento Adaptado: Mortadelo y Filemón Contra Jimmy el Cachondo, Javier Fesser, Cristóbal Ruiz e Claro García e Rastros de Sándalo, Anna Soler-Pont
Fotografia: La Isla Mínima, Alex Catalán
Montagem: La Isla Mínima, José M. G. Moyano
Música: La Isla Mínima, Julio de la Rosa
Medalha de Honra: Arturo Fernández
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Shortcutz Xpress Viseu - Sessão #49

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O Shortcutz Xpress Viseu está de volta para a sua Sessão #49 com uma programação um pouco diferente do habitual.
Ao contrário daquilo que é costume nas noites de sexta-feira desta vez a sessão do SXV não exibe o tradicional segmento de Curtas em Competição tendo, no entanto, uma sessão Especial Cinema-Curto Brasileiro onde serão exibidas três curtas-metragens sendo elas, O Pacote, de Rafael Aidar, O Caminhão do Meu Pai, de Maurício Osaki e Nina, de Rafael Botta.
Juntamente com esta sessão dedicada ao cinema brasileiro, o SXV tem nesta noite enquanto Projecto Convidado a web-série A Velhinha que Fuma, de Francisco Lobo e finalmente esta sessão conta ainda com a apresentação de um Workshop Stopmotion 3D pela produtora Take It Easy/EasyLab.
Como vem sendo habitual nas últimas sessões, a #49 é também ela no Museu Grão Vasco em Viseu, e para aqueles que querem fazer parte de uma boa noite de cinema em formato curto não se esqueçam que esta começa a partir das 22 horas.
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quarta-feira, 18 de março de 2015

Premios Condor de Plata 2015: os nomeados

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A Asociación de Cronistas Cinematográficos de Argentina divulgou os seus nomeados aos Premios Condor de Plata a atribuir em Junho próximo em Buenos Aires no Teatro Avenida. Entre os nomeados encontram-se o nomeado ao Oscar Relatos Salvajes, de Damián Szifrón bem como o filme Jauja, de Lisandro Alonso.
No entanto a surpresa chega na categoria de Melhor Filme Ibero-Americano com a selecção de E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto como um dos cinco nomeados. De relembrar que a obra de Joaquim Pinto foi o filme seleccionado pela Academia Portuguesa de Cinema para representar o país na cerimónia deste ano dos Oscars bem como está nomeado ao Sophia de Melhor Documentário Longa-Metragem na cerimónia a realizar em Lisboa no próximo dia 2 de Abril no CCB.
E Agora? Lembra-me compete na mesma categoria com 7 Cajas, de Juan Carlos Maneglia e Tana Schémbori (Paraguai), Blancanieves, de Pablo Berger (Espanha), o vencedor do Goya de Melhor Filme em 2013, Gabor, de Sebastián Alfie (Bolívia) e Soy Mucho Mejor que Vos, de Che Sandoval (Chile).
A lista completa de nomeados é a seguinte:
  • Melhor Filme: Jauja, de Lisandro Alonso, La Paz, de Santiago Loza, La Tercera Orilla, de Celina Murga, Refugiado, de Diego Lerman e Relatos Salvajes, de Damián Szifrón
  • Realizador: Lisandro Alonso, Jauja, Diego Lerman, Refugiado, Santiago Loza, La Paz, Celina Murga, La Tercera Orilla e Damián Szifrón, Relatos Salvajes
  • Actor: Pablo Cedrón, Boca de Pozo, Esteban Lamothe, El Cerrajero, Luis Machín, Necrofobia, Osmar Núñez, La Corporación e Leonardo Sbaraglia, Aire Libre
  • Actriz: Moro Anghileri, La Corporación, Celeste Cid, Aire Libre, Julieta Díaz, Refugiado, Mónica Lairana, Mujer Lobo e Mercedes Morán, Betibú
  • Actor Secundário: Germán de Silva, Los Dueños, Daniel Fanego, Betibú, Oscar Martínez, Relatos Salvajes, Claudio Tolcachir, El Ardor e Daniel Veronese, La Tercera Orilla
  • Actriz Secundária: Rita Cortese, Relatos Salvajes, Gaby Ferrero, La Tercera Orilla, Susana Pampín, Dos Disparos, Érica Rivas, Relatos Salvajes e María Ucedo, El Hijo Buscado
  • Revelação Masculina: Jonathan da Rosa, Historia del Miedo, Alián Devetac, La Tercera Orilla, Rafael Fedelman, Dos Disparos, Diego Gentile, Relatos Salvajes, Sebastián Molinaro, Refugiado e Lisandro Rodríguez, La Paz
  • Revelação Femenina: Mónica Antonópulos, Muerte en Buenos Aires, Camila Fabbri, Dos Disparos, Yosiria Huaripata, El Cerrajero, Luisana Lopilato, Las Insoladas e Mora Recalde, El Día Trajo la Oscuridad
  • Documentário: Amancio Williams, de Gerardo Panero, I Am Mad, de Baltazar Tokman, La Ballena va Llena, de Marcelo Céspedes, Daniel Santoro, Juan Carlos Capurro, Juan "Tata" Cedrón e Pedro Roth, Pichuco, de Martín Turnes e Ramón Ayala, de Marcos López
  • Primeira Obra: Atlántida, de María Inés Barrionuevo, Deshora, de Bárbara Sarasola Day, El Día Trajo la Oscuridad, de Martín Desalvo, El Hijo Buscado, de Daniel Gaglianó, Historia del Miedo, de Benjamín Naishtat e Los Dueños, de Agustín Toscano e Ezequiel Raduzky
  • Argumento Original: Fabián Forte, La Corporación, Diego Lerman e María Meira, Refugiado, Santiago Loza, La Paz, Celina Murga e Gabriel Medina, La Tercera Orilla e Damián Szifrón, Relatos Salvajes
  • Argumento Adaptado: Ana Cohan e Miguel Cohan, Betibú, Julio Ludueña, Historias de Cronopios y de Famas e Gustavo Taretto e Gabriela García, Las Insoladas
  • Fotografía: Julián Apezteguia, El Ardor, Lucio Bonelli, Deshora, Javier Juliá, Relatos Salvajes, Fernando Lockett, El Hijo Buscado, Timo Salminen, Jauja e Wojtec Staron, Refugiado
  • Montagem: Irene Blecua, Betibú, Alejandro Brodersohn, Refugiado, Guille Gatti, Martín Blousson e Daniel de la Vega, Necrofobia, Eliane Katz, La Tercera Orilla e Damián Szifrón e Pablo Barbieri, Relatos Salvajes
  • Direcção Artística: Sabrina Campos e Micaela Saiegh, Refugiado, Walter Cornás, Necrofobia, Graciela Fraguglia, Amapola, Mariela Ripodas, Muerte en Buenos Aires e Sebastián Roses, Jauja
  • Música Original: Sebastián Escofet e Julián Gándara, El Ardor, Daniel Melero, Muerte en Buenos Aires, Gustavo Santaolalla, Relatos Salvajes, Diego Vainer, Dos Disparos e José Villalobos, Refugiado
  • Som: Federico Billordo e Andreas Ruft, La Tercera Orilla, Leandro de Loredo, El Ardor, José Luis Díaz, Relatos Salvajes, Jesica Suárez, Deshora e Catriel Vildasola, Jauja
  • Guarda-Roupa: Valentina Bari, Muerte en Buenos Aires, Gabriela Fernández, Jauja, Mónica Toschi, Gato Negro, Mercedes Uria, El Grito en la Sangre e Pepe Uria, Amapola
  • Curta-Metragem: Conversaciones en el Jardín, de José María Avilés, Cuestión de Té, de Monse Echevarría, La Donna, de Nicolás Dolensky, La Reina, de Manuel Abramovich e Zombies, de Sebastian Dietsch
  • Filme Ibero-Americano: 7 Cajas, de Juan Carlos Maneglia e Tana Schémbori (Paraguai), Blancanieves, de Pablo Berger (Espanha), Gabor, de Sebastián Alfie (Espanha-Bolívia), Soy Mucho Mejor que Vos, de Che Sandoval (Chile) e E Agora? Lembra-me, de Joaquim Pinto (Portugal)
  • Filme em Língua Não-Espanhola: Inside Llewyn Davis, de Joel Coen e Ethan Coen (EUA), Boyhood, de Richard Linklater (EUA), Ida, de Pawel Pawlikowski (Polónia), La Vie d'Adèle: Chapitres 1 et 2, de Abdellatif Kechiche (França) e Nebraska, de Alexander Payne (EUA)
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Sophia Estudante 2015: os nomeados

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Num evento que teve lugar no Pequeno Auditório do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, a Academia Portuguesa de Cinema anunciou hoje os três primeiros lugares nas categorias de Ficção, Documentário e Animação dos Sophia Estudante da Academia Portuguesa de Cinema.
O primeiro classificado desta votação está automaticamente nomeado para o primeiro Sophia Estudante cujo vencedor será revelado no próximo dia 2 de Abril durante a cerimónia dos prémios da Academia Portuguesa de Cinema que irá decorrer no Grande Auditório do CCB.
Tendo em consideração que apenas o primeiro classificado de cada categoria está nomeado ao Sophia Estudante, foram assim premiados esta noite os seguintes filmes:
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Ficção
Bestas, de Rui Neto e Joana Nicolau (Univ. Lusófona)
Olívia, de Mariana Belo (ESTC)
Pena Fria, de Luís Costa (Univ. Católica do Porto)
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Documentário
Ruas Paralelas, de Ana Almeida e Miguel Saraiva (ETIC)
Aconteceu Poesia, de Maria João Rijo (Univ. Lusófona)
Da Meia-Noite Pró Dia, de Vanessa Duarte (UBI)
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Animação
Osmose, de Rui Silva, David Ferreira, João Santos, Margarida Pereira e Pedro Baginha (Univ. Lusófona)
Em Vez de Mimos, Semeava Ovos nas Costas, de Laura Vilares (UBI)
Night Fright, de João Moura (Univ. Católica do Porto)
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6º FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa 2015

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O FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa está de volta a Lisboa para a sua sexta edição que irá decorrer no Cinema São Jorge entre os dias 8 e 15 de Abril próximos.
Como vem sendo habitual o FESTin tem uma vez mais a Mostra de Longas-Metragens em Competição nas quais se destacam de imediato a sessão de abertura onde será exibido o filme O Vendedor de Passados, de Lula Buarque de Hollande e com Lázaro Ramos - já vencedor do prémio de Melhor Actor com O Grande Kilapy em 2013 - numa das interpretações principais nesta que é uma adaptação de um romance de José Eduardo Agualusa. Já na sessão de encerramento, o FESTin irá exibir Não Páre na Pista, de Daniel Augusto numa obra biográfica do escritor brasileiro Paulo Coelho.
Também na secção competitiva serão exibidas Apneia, de Maurício Eça, A Despedida, de Marcelo Galvão com Nelson Xavier e Juliana Paes, Quando Eu era Vivo, de Marco Dutra - uma incursão pelo género fantasia e mistério -, Alemão, de José Eduardo Belmonte e com as interpretações de Antônio Fagundes, Cauã Reymond e Caio Blat, Jogo de Xadrez, de Luís António Pereira, Uma Dose Violenta de Qualquer Coisa, de Gustavo Galvão com Vinicius Ferreira, Marat Descartes e Leonardo Medeiros, O Rio nos Pertence, de Ricardo Pretti com a interpretação de Leandra Leal destacando ainda a participação de duas longas-metragens portuguesas sendo elas Lura, de Luís Brás e A Porta 21, de João Marco.
A Mostra Competitiva de Curtas-Metragens é aquela que, no festival, mostra a maior diversidade da produção em língua portuguesa e que será dividida em três sessões contendo cerca de noventa minutos de duração cada num conjunto de obras dos nove países de expressão portuguesa que vão desde a comédia, terror, animação e crítica social.
A Maratona de Documentários que é um dos rostos mais significativos do FESTin, faz chegar este ano às salas do Cinema São Jorge filmes como Água para Tabatô, de Paulo Carneiro feito na sequência do documentário A Batalha de Tabatô, de João Viana - premiado com o Sophia de Melhor Documentário Longa-Metragem em 2014 - Entre Cenas, sobre os bastidores de Os Maias - Cenas da Vida Romântica, de João Botelho, 2 Metros Quadrados, de Ana Luís Oliveira e Rui Oliveira, Setenta, de Emília Silveira sobre a ditadura militar brasileira, Esse Viver Ninguém Me Tira, de Caco Ciocler, Sem Pena, de Eugenio Puppo, A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa, A Nação que não Esperou por Deus, de Lucia Murat e Rodrigo Hinrichsen, Quitupo, Hoyé!, de Chico Carneiro e Rogério Manjate e ainda Yetu - A Nossa Música, de Ulika Franco.
Na Mostra de Cinema Brasileiro de Longas e Curtas-Metragens serão exibidos para além das já referidas sessões de abertura e encerramento, Um Filme Francês, de Cavi Borges ou A Onda da Vida, de José Augusto Muleta sendo esta mostra finalizada com a exibição de cinco curtas-metragens.
Será ainda efectuada uma Homenagem à Rede Globo pelos seus cinquenta anos e pelo apoio que dá ao cinema do país ao dedicar uma mostra especial à Globo Filmes e uma programação que inclui ainda um debate sobre Cinema vs. Televisão tendo como participantes da mesa redonda o director da Globo Filmes Edson Pimentel, o director da Rede Globo em Portugal Ricardo Pereira, o apresentador da RTP Mário Augusto, o realizador Cavi Borges e o director da Cinemundo Nuno Gonçalves.
Todos os anos existe um segmento de País Homenageado honra que em 2015 recai sobre Timor-Leste com o debate Timor, Janela Aberta e a exibição de Fraternuras, de Maria João Coutinho e Simion Doru Cristea.
Pela segunda vez o FESTin alarga as suas fronteiras para lá do mundo lusófono e à semelhança do que sucedera em 2014 onde o País Convidado fora França, chega agora a vez do convite à Argentina, país possuidor de uma das mais significativa cinematografias a nível mundial dos quais será exibido El Crítico, de Hernán Guerschuny, Habi, la Extranjera, de María Florencia Álvarez, Mercedes Sosa, de Rodrigo Vila e El Hombre de al Lado, de Mariano Cohn e Gastón Duprat.
O FESTin não se esquece dos mais novos e no segmento Festinha serão exibidas quatro longas-metragens e uma sessão de curtas como As Aventuras do Avião Vermelho, de José Maia e Frederico Pinto, Amazónia, de Thierry Ragobert, O Menino no Espelho, de Guilherme Fiúza Zenha e O Segredo dos Diamantes, de Helvecio Ratton.
Finalmente na rubrica FESTin Sem Idade serão exibidas quatro curtas-metragens dedicadas à Terceira Idade sempre com uma abordagem realista e emocional de questões relacionadas com uma camada populacional mais idosa ou ainda a Mostra de Inclusão Social - uma das mais emblemáticas do FESTin - que regressa este ano com um conjunto de obras de temática social diversificada.
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terça-feira, 17 de março de 2015

BlinkyTM (2011)

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BlinkyTM de Ruairi Robinson é uma curta-metragem irlandesa de ficção cujo argumento - também da autoria de Robinson - nos leva no viagem no tempo ao futuro assim como a uma noção algo distorcida sobre a forma como as novas tecnologias se podem apoderar do trato entre os humanos.
Alex (Max Records) é um rapaz que num futuro mais ou menos distante recebe de presente um robot de seu nome Blinky. A improvável relação de amizade entre os dois mais não é do que o escape para Alex de um lar onde reina a discussão entre os seus pais.
Quando o meio influencia os comportamentos de todos fazendo de Blinky a "vítima" de um agora agressivo Alex, o que irá fazer este engenho mecânico para conquistar a amizade e cumplicidade que em tempos teve do seu novo "amigo"?
Com BlinkyTM, Robinson captura na perfeição vários elementos que são inerentes a todas as sociedades e, de certa forma, todas as épocas (pelo menos aquelas já passadas e que podemos testemunhar) que passam desde a solidão, a violência doméstica e psicológica e o bullying. O novo elemento trazido por Robinson é, no entanto, uma nova dinâmica de "amizade" aqui tida entre um humano dotado de consciência - ainda que eventualmente fruto do meio em que vive - e um robot disposto a fazer tudo pelo seu "amigo" não como uma forma de lhe agradar mas porque está programado para obedecer aos mais diversos caprichos sem questionar a sua validade ou até mesmo a sua humanidade (ou falta dela!)
Com isto em mente, o espectador entra num cenário que conhece de tantas realidades que se escutam diariamente onde a violência quer física quer principalmente (pelo menos para este caso) psicológica são o reflexo e o fruto de um ambiente desfeito onde a tragédia espreita por todos os lados impaciente para tomar conta daqueles que ali habitam. É esta violência psicológica que estabelece uma relação "íntima" entre os dois protagonistas - "Alex" e "Blinky" - que à sua medida são o fruto daquilo que experenciam e vivem. O primeiro pelo facto de estando dotado de uma consciência e reconhecer entre o bem e o mal exerce, para seu próprio escape, uma violência bruta sobre o novo amigo que tanto quis e com quem tantos bons momentos partilhou, e o segundo por ser um objecto inanimado e apenas programado que responde a ordens recebidas sem questionar aquelas que são socialmente aceites e as outras ditas no calor de uma discussão que entre pares não teria qualquer reflexo ou significado para além da ofensa.
A dinâmica assim exercida entre Homem vs. Máquina termina quando esta, dotada de maior poder e recursos, domina a sociedade que até então fora do primeiro: o criador e mestre perde controla da obra que criou como auxílio que agora já não tem.
Ao mesmo tempo Robinson leva o espectador a uma viagem a um futuro que talvez já não se encontre tão distante - basta para isso pensarmos em todas as inovações tecnológicas que já existem à nossa volta - e questionar-se assim sobre o rumo que a sociedade (e a própria convivência em comunidade) leva onde o Homem corre um sério risco de se eclipsar tornando-se numa sombra de si mesmo e da obra que, até então, era suposto ser um seu auxílio - benéfico?
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7 / 10
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Jafar (2011)

Jafar de Nancy Spetsioti é uma curta-metragem grega de ficção que em breves minutos e graças ao argumento de Katerina Koutsomyti nos fazem pensar nos limites - ou falta deles - da xenofobia e do racismo.
Um tom de pele, uma nacionalidade e talvez uma língua diferente... O que acontece quando estes "elementos" que alguns repudiam se transformam nas características de sobrevivência para outro? O que acontece quando o "eu" e o "outro" colidem por motivos que mais não são do que preconceitos estabelecidos e que podem tão facilmente ser derrubados?
Breve e extremamente eficiente pela sua mensagem, Jafar é uma curta-metragem que consegue fazer qualquer um de nós pensar no que realmente nos separa - se é que algo - do "outro".
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7 / 10
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segunda-feira, 16 de março de 2015

Coro dos Amantes (2014)

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Coro dos Amantes de Tiago Guedes é uma curta-metragem portuguesa de ficção candidata ao Sophia da Academia Portuguesa de Cinema na respectiva categoria.
Marido (Gonçalo Waddington) e Mulher (Isabel Abreu) em três canções (actos). Na possibilidade do casal se reduzir pela fragilidade de saúde dela, quais os seus últimos pensamentos? Quais as suas últimas reacções? Quais os seus últimos instantes?
A Primeira Canção dedicada ao segmento em que nos é apresentado o casal, centra-se na indisposição dela que os conduz a uma imediata viagem ao hospital. Enquanto luta por respirar, "Ela" pensa no tempo que passaram juntos, naquele que poderiam ainda passar e principalmente na possibilidade de terem tempo para pensar nesse tempo enquanto "Ele" se centra na emergência em chegar ao hospital. Na realidade, este breve segmento faz o espectador questionar-se não só sobre aquilo que pensamos quando sentimos o tempo a passar muito rapidamente à nossa frente - independentemente da situação ser ou não de um aparente final - bem como sobre a emergência de todas aquelas pequenas grandes coisas que esperamos ou desejamos ainda ter oportunidade de ver concretizadas. Será que deixamos a vida com um conjunto de recordações e memórias de proezas conquistadas... ou será que, por sua vez, deixamos um conjunto de amarguras sobre o que poderia ter sido ou sido feito?
É já durante a Segunda Canção que "Ela" recorda o último momento mais significativo da sua vida antes daquele hospital; o visionamento de Scarface com o Pacino que parece nunca ser concluído. Aquela última grande manifestação de vontade que parece ser sempre adiada. A conclusão do seu visionamento é apenas comparado a uma etapa que dará lugar ao desconhecido. "E depois de?", questiona-se. Ao mesmo tempo pensa na vida, nos primeiros passos, o primeiro beijo, o primeiro contacto com o seu corpo... com o corpo dele. A primeira vez... de sexo, de um beijo, de amor, de qualquer experiência que a despertou para a vida. Uma vida. A sua.
Mas o momento não termina com os pensamentos acelerados dela que parece ter toda a sua vida ali em pequenas lembranças. "Ele" aguarda impacientemente e quase descontrolado por notícias dela... O que sucede se ela não recuperar e que manifestações mais ou menos violentas serão as suas por perceber que agora a sua vida pode, também ela, ter toda uma transformação rumo a um desconhecido para o qual ninguém está preparado?
Durante a Terceira Canção, já em casa e recuperados os velhos hábitos de convivência... decidem terminar Scarface. Ou talvez não. Será este final de um filme que nunca terminaram o sinal de que a sua vida pode, também ela, levar uma mudança para o qual não estão preparados? Há tempo, pensa "Ela" sobre um tempo que pode não existir. Existirão segundas oportunidades? Espaços? Momentos? Lugar para a construção de outras memórias e recordações que levarão nesse tal "último tempo"?
No final o espectador questiona-se... será esta Terceira Canção realmente a primeira? Afinal, Scarface não foi terminado e "Ela" recorda-o enquanto caminha para o hospital... ou será este momento aquele que depois da fatalidade é continuamente renegado por saberem que depois de terminarem aquele filme terão que optar por um novo (caminho... rumo... objectivo...)?
Aquilo que me fez gostar imediatamente de Coro dos Amantes para lá do seu engenhoso e elaborado argumento - uma ressalva bem positiva para a excelência de Tiago Guedes e Tiago Gomes Rodrigues - foi a mensagem para lá da mensagem, isto é, se a primeira se prende com a convivência quer rotineira quer de descoberta de um casal que de ser tão cúmplice aparenta já ter momentos em que são banais na sua convivência, a mensagem que se encontra para lá desta premissa prende-se com aquele pensamento que assola qualquer um de nós a uma dada altura, ou seja, enquanto numa relação qual o verdadeiro propósito de se poder partilhar a vida com outra pessoa? A simples empatia e crescente amizade que se transformam em amor e desejo ou para lá disso a (in)consciente necessidade que todo e qualquer um de nós tem em se sentir completo e "justificado" - ou até mesmo testemunhado - neste mundo do qual, de outra forma, sairíamos sem nele deixar qualquer prova da nossa existência?
É disto uma prova o próprio filme que nunca é terminado. Ao fazê-lo, existirá outro propósito? Mais alguma finalidade? Será o rumo da vida diferente depois de terminar uma etapa que aparentemente já se perpetua por anos? Estará "Ela" consciente de um fim que se aproxima e que assim tenta adiar com o tempo que tem para o poder fazer? Poderá "Ela" dedicar-se a outra tarefa sabendo que nada termina enquanto aquele filme não fôr totalmente visualizado? Poderão assim ser mantidas as esperanças de uma qualquer continuidade?
"Há tempo", escutamos recorrentemente. O mesmo tempo que precisam para se conhecer, completar, conhecer, criar uma criança, viver e perpetuarem a sua própria existência. O testemunho, a necessidade de saber (de fazer saber) que algures no tempo se esteve por cá, se conheceu, se fez, se construiu e principalmente que se sentiu... algo... alguém... momentos. Será a não visualização total daquele filme a confirmação de que o "amanhã" vai chegar e que o mesmo só termina quando começarem os créditos de Scarface?
Três canções (vidas) que se complementam, que se testemunam e que se formam. Três conhecimentos, três perspectivas (a da criança também está implícita no filme) que funcionam em boa parte de Coro dos Amantes como um complemento quase simultâneo. Conhecemos o desespero silencioso de ambos por pensarem um que se está a extinguir e o outro que pode viver numa imediata solidão pela ausência. Três momentos que mostram a mútua vulnerabilidade e a vontade de poder fazer parte de um núcleo... de sentir e de se afirmar como estando presente. Três momentos distintos onde a vida e a certeza da morte de cruzam e que apenas são abalados pela potencialidade de adiar esta última. Como em tempos alguém disse que quando a morte te sorrir... sorri-lhe de volta pois até lá há sempre tempo... Nem que seja para sofrer em silêncio... Num silêncio que não deixa revelar que para lá de um eventual problema... existe alguém que sente... a falta... a cumplicidade... e a entrega.
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9 / 10
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