sábado, 28 de julho de 2018

The First Purge (2018)

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The First Purge de Gerard McMurray (EUA) é a prequela esperada da saga The Purge iniciada em 2013 e à qual se seguiram The Purge: Anarchy (2014) e The Purge: Election Year (2016).
Numa época em convalescença de uma crise financeira e de hipotecas onde o colapso da economia parece iminente, um novo partido político emerge nos Estados Unidos... o NFFA - New Founding Fathers of America. Este partido chegado ao poder com o apoio das massas mas com intenções claramente anti-sociais promete aos cidadãos restabelecer a imagem do "sonho americano" mas, no entanto, a sua agenda de violência e de limpeza social é colocada em marcha quando a Dra. Updale (Marisa Tomei) decide com o apoio do partido no poder efectuar uma experiência em Staten Island onde todo o tipo de violência é permitida durante um período de doze horas...
O argumento, novamente da autoria do mentor James DeMonaco, revela as origens já conhecidas d'A Purga. Um país social e economicamente desolado mas no qual todos anseiam ocupar um qualquer lugar nesse imaginado El Dorado sofre os efeitos de uma cada vez mais acentuada crise entre classes onde os mais favorecidos julgam suportar financeiramente uma maioria sem grandes recursos e oportunidades, vendo neles claros malefícios para a sua própria prosperidade. Qual a melhor forma de se livrarem de uma doença? Eliminando-o radicalmente do "corpo"... a sociedade. A Purga - como um remédio social -, é então "i(g)niciada" supostamente como forma de expiar o descontentamento de uma população no limite do aceitável comportamento não violento mas partidariamente utilizada como forma de expiar uma agenda política claramente extremista e descriminatória que vê nos socialmente mais frágeis a razão de todos os males e problemas. Equacionar que uma perspectiva - a social - é menos nociva que a outra - a política - é meramente uma formalidade sabendo o espectador que todas as teorias de extermínio começam como "experiência sociais" com fins claramente de divisão e de criação do "nós" e dos "outros"... vítimas e culpados... inocentes e causadores desse já referido mal social que, na realidade, surge sim (o mal) pela mão de um conjunto de moralistas sociais dessa sociedade ultra-conservadora que passam pelas milícias armadas, Klu Klux Klan e demais extremistas de ultra-direita que proliferam pelos locais mais recônditos destes Estados Unidos cada vez mais segregacionistas.
Mas, a grande questão surge quando o espectador se questiona sobre a validade da premissa desta longa-metragem apresentada como "a origem", quando nos três títulos que o procederam já tudo isto havia sido explicado, entendido e observado na medida em que todos eles expiam a vontade de uma violência gratuita assumida ou não entre classes ou etnias diferentes como pano de fundo de uma América ultra-conservadora e violenta que vê nos financeiramente menos abonados os causadores de todos os seus (e do país) problemas. A cor, o dinheiro, o meio e a formação como forma de diferenciar e excluir e de nunca tenta a inclusão... Assim, qual a pertinência de uma obra cuja essência já estava explorada nas anteriores obras... cujas personagens não acrescem em nada para a dinâmica da saga - para lá da inserção da mentora do projecto numa brevíssima participação de uma pouco inspirada Marisa Tomei - e na qual todo o seu enredo já é bem conhecido do espectador com momentos de intensidade e adrenalina melhor conseguidos nas mesmas? Pouca pertinência para lá, claro, da confirmação que o poder da bilheteira determina a existência (sem fim?!) de títulos que prolonguem esta saga - já se fala de uma série televisiva - e de apresentar todo um conjunto de improváveis sobreviventes e heróis nas franjas da sociedade, muitos dos quais meros marginais naquele mundo que pensamos tranquilo mas que nas situações de adversidade extrema se transformam nos novos exemplos a seguir... da marginalidade, da pobreza, dos desprivilegiados e dos aparentemente mais fracos surgem então os heróis de um esperado amanhã que... pelos títulos anteriores... já todos nós sabemos que irá acontecer. Personagens heróicas essas que não têm continuidade nos títulos anteriores (que aqui são o futuro porvir) e que o espectador apenas conhece pelos breves instantes que com eles partilha nesta história onde se compreende o uso de máscaras como garante de uma possibilidade de violência que sentem necessitar mas que pela improbabilidade do acto querem esconder... nem sempre nos títulos precedentes como o espectador bem saberá.
Com alguns já esperados momentos mais intensos e fiel à linha que DeMonaco já tem habituado o espectador, The First Purge é o título (não necessário) introdutório a toda esta dinâmica e aquele que talvez se apresenta com menor efeito surpresa por já ter todo o seu enredo explanado nos diversos títulos anteriores... Mantém-se fiel ao princípio de que é do mais improvável e indefeso elemento da sociedade que surge o mais respeitado dos resistentes... mesmo que em tempos ditos "normais" este seja aquele do qual toda a vizinhança pretende fugir.
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6 / 10
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European Film Awards - Lifetime Achievement Award 2018

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A Academia Europeia de Cinema anunciou há dois dias o nome da premiada com o seu Lifetime Achievement Award que celebra o percurso cinematográfico de uma proeminente figura europeia no cinema.
Carmen Maura, a actriz espanhola vencedora de dois EFA de Melhor Actriz - por Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios em 1988 e ¡Ay, Carmela! em 1990 - será assim a homenageada deste ano na cerimónia que se irá realizar em Sevilha.
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Maura, que havia iniciado o seu percurso artístico nos cabarets madrilenos, teve a sua primeira participação cinematográfica na curta-metragem El Espíritu (1969), de Juan Tamariz seguindo-se-lhe um ano depois uma participação não creditada na longa-metragem Las Gatas Tienen Frío, de Carlos Serrano. Foi, no entanto, em El Hombre Oculto (1971), de Alfonso Ungría que teve o seu primeiro crédito em cinema e, no mesmo ano, a curta-metragem Mantis, de Luis Mamerto López-Tapia.
Seria em 1973 depois da sua participação em séries televisivas, que Carmen Maura voltaria ao cinema pela mão de Jaime de Armiñán em Un Casto Varón Español à qual se seguiria a curta-metragem Don Juan (1974), de Antonio Mercero, Tanata (1974), de Luis Mamerto López-Tapia, La Encadenada (1975), de Manuel Mur Oti, El Love Feroz o Cuando los Hijos Juegan al Amor (1975), de José Luis García Sánchez, Leonor (1975), de Juan Luis Buñuel, Vida Íntima de un Seductor Cínico (1975), de Javier Aguirre, La Mujer es Cosa de Hombres (1976), de Jesús Yagüe, El Libro de Buen Amor II (1976), de Jaime Bayarri, El Asesino Está Entre los Trece (1976), novamente com Javier Aguirre, La Petición (1976), de Pilar Miró e nas curtas-metragens Una Pareja como las Demás (1976) e Ir por Lana (1976), de Miguel Ángel Díez e ainda Pomporrutas Imperiales (1976), de Fernando Colomo.
Tigres de Papel (1977), de Fernando Colomo, De Fresa, Limón y Menta (1978), de Miguel Ángel Díez, Los Ojos Vendados (1978), de Carlos Saura, Folle... Folle...Fólleme Tim! (1978), de Pedro Almodóvar- primeira colaboração com o realizador - e ¿Qué Hace una Chica como Tú en un Sitio como Éste? (1979), de Fernando Colomo bem como as curtas-metragens Mi Blanca Varsovia (1978), de Javier Quintana, Menos Mi Madre y Mi Hermana (1978), de Jaime Villate, Tal Vez Mañana... (1979), de Antonio del Real e Café, Amor y Estereofonía (1979), de Miguel Ángel Polo viriam encerrar a década de '70.
La Mano Negra (1980), de Fernando Colomo marcaria o início do percurso cinematográfico de Carmen Maura na década de '80 à qual se seguiriam Aquella Casa en las Afueras (1980), de Eugenio Martín, Pepi, Luci, Bom y Otras Chicas del Montón (1980), de Pedro Almodóvar, El Hombre de Moda (1980), de Fernando Méndez-Leite, Gary Cooper, que Estás en los Cielos (1980), de Pilar Miró, Femenino Singular (1982), de Juanjo López, Entre Tinieblas (1983), de Pedro Almodóvar, El Cid Cabreador (1983), de Angelino Fons, Sal Gorda (1984), de Fernando Trueba, ¿Qué he Hecho Yo para Merecer Esto? (1984), de Pedro Almodóvar, Extramuros (1985), de Miguel Picazo, Sé Infiel y No Mires con Quién (1985), de Fernando Trueba, Matador (1986), novamente com Pedro Almodóvar, Delírios de Amor (1986), de Cristina Andreu, Luis Eduardo Aute, Antonio González-Vigil e Félix Rotaeta, Tata Mía (1986), de José Luis Borau, La Ley del Deseo (1987), de Pedro Almodóvar ao qual se seguiu Mujeres al Borde de un Ataque de Nervios (1988) também de Almodóvar com o qual Maura recebeu o seu primeiro Goya da Academia Espanhola de Cinema, seguido de Baton Rouge (1988), de Rafael Moleón e a curta-metragem 2.30 A.M. (1988), de Alejandro Toledo que seria a sua última participação cinematográfica da década.
¡Ay, Carmela! (1990), de Carlos Saura marcaria o início da década de '90 e outro Goya de Melhor Actriz, Cómo ser Mujer y No Morir en el Intento (1991), de Ana Belén, Chatarra (1991), de Félix Rotaeta, Sur la Terre comme au Ciel (1992), de Marion Hänsel, La Reina Anónima (1992), de Gonzalo Suárez, Louis, Enfant Roi (1993), de Roger Planchon, Sombras en una Batalla (1993), de Mario Camus, Cómo ser Infeliz y Disfrutarlo (1994), de Enrique Urbizu, El Rey del Río (1995), de Manuel Gutiérrez Aragón, Parella de Tres (1995), de Antoni Verdaguer, El Palomo Cojo (1995), de Jaime de Armiñán, Le Bonheur est dans le Pré (1995), de Étienne Chatiliez, Amores que Matan (1996), de Juan Manuel Chumilla, Tortilla y Cinema (1997), de Martin Provost, Alliance Cherche Doigt (1997), de Jean-Pierre Mocky, na longa-metragem portuguesa Elles (1997), de Luís Galvão Telles, Vivir Después (1997), de Carlos Galettini, Alice et Martin (1998), de André Téchiné, El Entusiasmo (1998), de Ricardo Larraín, El Cometa (1999), de José Buil e Marisa Sistach, Lisboa (1999), de Antonio Hernández terminando a década com Superlove (1999), de Jean-Claude Janer.
O novo século chegava com Carretera y Manta (2000), de Alfonso Arandia, Le Harem de Mme Osmane (2000), de Nadir Moknèche, La Comunidad (2000), de Álex de la Iglesia pelo qual venceu o seu terceiro Goya como Melhor Actriz, El Palo (2001), de Eva Lesmes, Arregui, la Noticia del Día (2001), de Maria Victoria Menis, Clara y Elena (2001), de Manuel Iborra, a curta-metragem El Apagón (2001), de José María Caro, Assassini dei Giorni di Festa (2002), de Damiano Damiani, Valentín (2002), de Alejandro Agresti, 800 Balas (2002), de Álex de la Iglesia, Le Ventre de Juliette (2003), de Martin Provost, Le Pacte du Silence (2003), de Graham Guit, 25 Degrés en Hiver (2004), de Stéphane Vuillet, La Promesa (2004), de Héctor Carré, Al Otro Lado (2004), de Gustavo Loza, Entre Vivir y Soñar (2004), de Alfonso Albacete e David Menkes, Reinas (2005), de Manuel Gómez Pereira, Free Zone (2005), de Amos Gitai, Volver (2006), novamente com Pedro Almodóvar numa obra que lhe conferiu o Prémio de Interpretação Feminina de Cannes e o quarto Goya agora como Melhor Actriz Secundária do ano, El Menor de los Males (2007), de Antonio Hernãndez, La Virgen Negra (2008), deIgnacio Castillo Cottin, The Garden of Eden (2008), de John Irvin, Que Parezca un Accidente (2008), de Gerardo Herrero e Tetro (2009), de Francis Ford Coppola viria a encerrar a década.
Já nestes anos '10 Carmen Maura viria a participar em Le Mac (2010), de Pascal Bordiaux, Chicas (2010), de Yasmina Reza, Les Femmes du 6ème Étage (2010), de Philippe Le Guay pelo qual viria a vencer o César de Melhor Actriz Secundária entregue pela Academia Francesa de Cinema, Escalade (2011), de Charlotte Silvera, Let My People Go! (2011), de Mikael Buch, na curta-metragem 5ºB Escalera dcha. (2011), de María Adánez, Sofía y el Terco (2012), de Andrés Burgos, Paulette (2012), de Jérôme Enrico, Las Brujas de Zugarramurdi (2013), novamente a colaborar com Álex de la Iglesia, La Madre (2013), de Angelo Maresca, Un Village Presque Parfait (2014), de Stéphane Meunier, La Vanité (2015), de Lionel Baier, Les Chaises Musicales (2015), de Marie Belhomme, na curta-metragem Vaca Paloma (2015), de Paco León, El Futuro ya no es lo que Era (2016), de Pedro L. Barbero, People You May Know (2016), de J. C. Falcón, tendo o último ano sido marcado pela curta-metragem La Peur du Vide, de Thomas Soulignac, Sales Gosses, de Frédéric Quiring, Cuando los Hijos Regresan, de Hugo Lara Chavez, Cuernavaca, de Alejandro Andrade e pela curta-metragem Amodio, de Isabel Coixet.
Já em 2018 Carmen Maura viu estrear duas longas-metragens sendo elas La Fête des Mères, de Marie-Castille Mention-Schaar e Oh! Mammy Blue, de Antonio Hens tendo ainda por estrear Chasing Satellites com argumento de Judy Morris e My Family and the Wolf, de Adrian Garcia, Gente que Viene y Bah, de Patricia Font, La Noche Después de que Mi Novia me Dejara, de Fernando Ronchese e Veneza, de Miguel Falabella e Hsu Chien Hsin.
Para além dos quatro Goya, do César, do Prémio de Interpretação em Cannes e dos dois European Film Awards, Carmen Maura foi ainda vencedora de inúmeros troféus em Espanha como do Círculos de Críticos Cinematográficos, Fotogramas de Plata, do Festival de Cinema Espanhol de Málaga, Prémio Ondas, do Sindicato de Actores Espanhóis, do Festival de Cinema de San Sebastian e ainda nomeada ao Prémios Mestre Mateo da Academia Galega do Audiovisual.
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Carmen Maura estará presente na trigésima-primeira edição dos European Film Awards que se irá realizar em Sevilha no dia 15 de Dezembro.
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Runners (2018)

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Runners da Giggly Dickens Productions (EUA) é uma das mais recentes incursões no domínio pós-apocalipse que chegam sob o formato de curta-metragem. Uma história tradicional - para o género - e que respeita todos aqueles parâmetros necessários para tentar manter a dinâmica necessário sobre um mundo, e um conjunto de sobreviventes, que já não é como o havíamos conhecido.
Ao 23º dia após o "fim", o Sargento Rogen comunica para os esperados sobreviventes que vão proceder a uma evacuação para a costa. Nick, o único sobrevivente de uma pequena localidade interior, responde-lhe. Poderá ele conseguir chegar a um porto de abrigo num mundo infestado e desolado?
Não é segredo para ninguém que estas histórias estão tendencialmente ligadas às mais diversas longas-metragens que já homenagearam o género. Também não será segredo para ninguém que as referências utilizadas para a sua elaboração são claras quanto à admiração ou reverência que estes realizadores e produtoras têm para com as mesmas. Dito isto, Runners é o claro exemplo de que o seu realizador "bebeu" toda a sua inspiração a 28 Days Later... (2002), de Danny Boyle começando pela música utilizada para a criação do ambiente e terminando com a perseguição em ritmo bem acelerado que os infectados fazem a "Nick". Daqui à enchente de infectados que surgem nas ruas atrás dos poucos sobreviventes que ainda resistem... é um breve passo.
Com algum humor, ocasionalmente despropositado e duvidoso para aquilo que se espera construir com esta curta-metragem, Runners acaba por ser mais uma daquelas obras elaboradas com o propósito de homenagear o género, aparecer num esperado universo online que possa - a seu tempo - proporcionar algumas outras oportunidades e, sobretudo, afirmar as competências dos seus criadores como potenciais contadores de histórias.
Assim, e tendo o seu fim um desfecho inconclusivo - se assim o quisermos caracterizar -, Runners oferece, ao seu público, a possibilidade de se reencontrar uma vez mais com este universo sempre fascinante do pós fim do mundo mas, no entanto, priva-se de qualquer elemento inovador ou dinamizador de uma esperada dramatização deixando, "no ar", o eventual fim (ou não) da civilização tal como ela havia sido. Simpático mas com capacidade de ser algo mais caso se eliminassem os evidentes lugares comuns, Runners é apenas "mais uma" de tantas histórias sobre o aparentemente fascinante fim da Humanidade.
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3 / 10
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The Last of Us: Firefly Chronicles (2013)

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The Last of Us: Firefly Chronicles de Eric Dubois (Canadá) é uma breve curta-metragem inspirada em várias das grandes produções do momento... da The Hunger Games a qualquer obra de zombies, vírus e sobrevivência, aqui o espectador encontra um pouco de tudo.
Num universo futurista e onde a existência já não é como a conhecemos, Charlie (Stephen Baxter) sobrevive como pode até se cruzar com Ezra (Eem Nyamadi), outro jovem em busca de uma companheira de viagem, com quem estabelece uma imediata relação em prol da sua sobrevivência. Num mundo devastado... até onde se justifica a solidão?
Sem um final planeado para lá daquele esperado numa curta-metragem que prevê a sua auto-sobrevivência através do imediatismo das suas sequelas, The Last of Us: Firefly Chronicles assume-se sobretudo como uma homenagem do seu realizador fiel fã do género de história onde o "e depois?" é a pergunta presente na mente do espectador. E depois do fim? E depois da solidão? E depois da morte do próprio mundo? E depois da civilização?
As perguntas que se amontoam - para a história e para o espectador -, ganham aqui uma dimensão exponencial na medida em que tudo é possível para a continuação de uma história que apenas prevê o mútuo respeito entre duas personagens que devem ao acaso o seu encontro, e que no potencial término da vida de um deles se equaciona o quanto ainda existia por ver e viver num mundo onde a palavra vida tem a sua própria e limitada conotação. Quem serão eles (personagens) quando a esperança surge onde tudo o demais parece ter encontrado o seu fim?!
Num registo que se compreende de inspiração e homenagem ao género, The Last of Us: Firefly Chronicles potencializa toda as eventuais sequelas que se lhe esperam mas, ao mesmo tempo, deixa o espectador com a compreensão de que esta história poderia ter encontrado um "final" (ainda que limitado) ou a garantia de que estas personagens tentariam encontrar um potencial destino juntos... e não conferindo a uma delas um fim esperado e marcado pela tragédia.
Simpático nas suas intenções e algo deficitário na sua execução, The Last of Us: Firefly Chronicles não deixa, no entanto, de ser um bom trabalho de preparação para uma futura obra mais abrangente e cuidada onde não sejam deixadas pontas soltas, personagens por equilibrar ou destinos por consumar... no fundo, tal como muitos insectos, é uma obra em eventual metamorfose e transformação.
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4 / 10
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quarta-feira, 25 de julho de 2018

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terça-feira, 24 de julho de 2018

Victoria (2016)

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Na Cama com Victoria de Justine Triet (França) que relata um momento da vida de Victoria (Virginie Efira), uma advogada na casa dos trinta anos de idade que procura o amor e a estabilidade sentimental enquanto tenta destacar-se na sua carreira profissional.
Num momento de mudança repentina e inesperada, Victoria vê-se envolvida num caso de agressão sentimental no qual está envolvido Vincent (Melvil Poupaud), um seu amigo e na companhia de Samuel (Vincent Lacoste), um novo assistente.
A realizadora em colaboração com Thomas Lévy-Lasne escrevem um argumento que pretende de forma realista revelar o mundo de uma mulher com uma carreira profissional intensa que, no entanto, não está disposta nem a abdicar do seu lado sentimental nem tão pouco da sua vida familiar como mãe. Mas, se esta tentativa parece honesta na sua concepção e, no fundo, na forma como pretende ilustrar o drama de tantas mulheres deste século XXI, a realidade é que a realizadora e argumentista transforma esta história num relato frenético de uma mulher que se assume desesperada e até mesmo descontrolada na sua vontade em equilibrar e conciliar todas as suas vertentes enquanto uma mulher destes tempos. Ou seja, se por um lado conhecemos "Victoria" como alguém que procura uma vida profissional estável, um casamento harmonioso e também um pai para os seus filhos por outro, aquilo em que ela se transforma está longe de ser ou ter qualquer tipo de estabilidade mas sim reflecte um total e completo descontrolo dela enquanto mulher, profissional e até mesmo mãe. Se a vontade era em revelar ao espectador alguém com objectivos, aquilo que chegou foi uma mulher incapaz de se manter coerente na concretização dos seus desejos.
Convincente a certo ponto, instável no momento seguinte, alegre e triste, segura e insegura, todos os estados de ânimo de alguém passam pela interpretação de Virginie Efira que, no entanto, não consegue dosear correctamente cada um desses momentos para que o espectador consiga encontrar credibilidade em cada um deles... Se de repente a encontramos como uma forte mulher e advogada com convicções muito próprias do mundo que a rodeia, é no momento seguinte que facilmente a vemos cair nos lugares comuns em que muitos a colocam... se é mulher... é frágil... se deseja uma vida sentimental e sexual... é leviana... se quer ser mãe... então que fique em casa não deixando a sua personagem assumir sim cada uma destas perspectivas mantendo-se fiel e coerente ao que cada uma deles representa para si e para o dito papel social que a mesma deve(ria) representar para tantas mulheres que poderiam - a seu tempo - encontrar nesta sua criação pontos de semelhança. Aqui não... tudo aquilo que se espera que a sua personagem não represente... facilmente se transforma numa bandeira caindo a mesma nos espaços que desejava nunca ter conhecido. Efira, por muito que tente distanciar-se dessa mesma noção pré-concebida, acaba por dela não conseguir sair, e o espectador aborrecido com algo que soa a pré-conceito desinteressa-se pelos caminhos pouco tortuosos de uma vida dita moderna.
Espectador esse que acompanha as várias dinâmicas desta mulher... conhece-a num casamento que desejava poder ser o seu... vê-mo-la num tribunal onde deveria ser coerente... mas encontra-mo-la a defender o indefensável com o recurso à "prova" absurda. Vê-mo-la no campo afectivo que tanto deseja... mas com recurso às novas tecnologias onde qualquer um pode abrilhantar aquilo que não é... Qualquer um que recebe em casa ao mesmo tempo que os seus filhos lá tem, falhando também aqui como exemplo parental. O espectador, que tenta não tecer qualquer conjunto de juízos de valor ou reprimendas morais para com uma personagem com quem até pretende criar laços de empatia e compreensão, definha com a incapacidade que sente em compreender uma mulher que parece ter parado numa adolescência não reconhecida tendo, no entanto, todo um conjunto de novas realidades que parece ainda não compreender.
No final surge então o único momento com o qual o espectador poderá criar uma empatia na medida em que é apenas quando perde aquele que sempre esteve ao seu lado, que se concretiza no seu pensamento de que a felicidade (a sua) esteve afinal por perto. Por perto mas tida como algo garantido que lhe escapou por entre os dedos pela falta de reconhecimento em lhe dar crédito e valor. Efira, possivelmente tão perdida quanto a sua "Victoria", divaga desta forma por um filme do qual teve todas as oportunidades para dominar mas que esqueceu controlar, deixando a sua personagem vaguear pela incerteza de alguém que ainda não descobriu onde queria estar... nem tão pouco com quem.
Victoria - Na Cama com - talvez só mesmo hipoteticamente ou pela noção da representação da condição da mulher numa sociedade moderna... Nunca por nunca pela realidade aqui pretendida, nem tão pouco pela imagem da mulher que se pretende séria e profissional, sentimental mas aguerrida mas que, no final, se revela um desastre ambulante sem qualquer noção de onde vem, onde está ou tão pouco para onde quer seguir. E para tudo isto comprovar... que se chame um cão a tribunal... talvez ele consiga ser de facto mais coerente do que esta "Victoria" em rota de colisão com uma ideia ficcionada de que a mulher (apenas por o ser) não é capaz de... simplesmente ser (algo... ou tudo).
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3 / 10
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I Walk Alone (2014)

I Walk Alone de Alican Kuzu (Alemanha) é uma curta-metragem com uma clara mensagem social que se torna no foco deste mundo repleto de mortos que caminham - com suficiente genica - para serem mais fortes do que qualquer humano pensante.
Ainda que um género já suficientemente explorado para que o espectador não se deixe enfeitiçar com os (des)encantos de histórias em que o planeta deu, finalmente, o seu último bafo de civilização, humanidade e cultura, existe sempre algo de fascinante neste género de contos que transportam o seu público para o imaginário de um mundo completamente diferente daquele que agora conhecemos. Assim, dito isto, onde reside o interesse de (mais) uma curta-metragem cujos atributos parecem ausentes da dinâmica de uma história onde, na realidade, pouco se vê?
É ao entrar em mais um armazém abandonado - ou ocupado por um morto que está... na realidade... já morto -, que um dos protagonistas se depara com outro sobrevivente deste apocalipse zombie, encontrando nele não só um seu semelhante como, ao mesmo tempo, um potencial opositor que poderá colocar em risco a sua sobrevivência. Mas, no entanto, é também na compreensão que o mundo ao seu redor ruiu e que a vida humana está "ausente" da próxima esquina, que ambos na iminência de mais um ataque, compreendem que será apenas no mútuo auxílio e apoio que poderão sobreviver (quem sabe) mais um dia. Da dinâmica do I Walk Alone para a "We walk together", esta curta-metragem, já datada de quatro anos, acaba por conferir ao espectador uma simpática mensagem (independentemente do seu conteúdo) sobre uma utópica vivência em comum fazendo crer ao espectador que apenas na colaboração se poderá encontrar o progresso e está no argumento escrito por este jovem realizador turco uma importante mensagem que irá ser involuntariamente ignorada por entre todo um universo prolífero de cinema de género mais mediático e mais apelativo no que diz respeito a uma perspectiva mais visual.
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5 / 10
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segunda-feira, 23 de julho de 2018

Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde 2018: os vencedores

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Terminou ontem mais uma edição do Festival Internacional de Cinema de Vila do Conde com a sua tradicional cerimónia de atribuição de troféus às melhores obras em competição. Foram elas:
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Competição Internacional
Grande Prémio: La Chute, de Boris Labbé
Ficção: Fry Day, de Laura Moss
Documentário: Madness, de João Viana
Animação: Raymonde ou l'Évasion Verticale, de Sarah Van den Boom
Prémio do Público: Ce Magnifique Gâteau!, de Emma de Swaef e Marc James Roels
Prémio EFA: Aquaparque, de Ana Moreira
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Competição Nacional
Filme + Prémio Pixel Bunker: Onde o Verão Vai (Episódios da Juventude), de David Pinheiro Vicente
Prémio do Público: Entre Sombras, de Alice Eça Guimarães e Mónica Santos
Realização: Ana Moreia, Aquaparque
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Competição Experimental: Another Movie, de Morgan Fisher
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Competição Vídeos Musicais: Back to Nature, de João Pombeiro
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Competição Curtinhas: O Rato da Floresta, de Jeroen Jaspaert
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Competição Take One!
Filme: Amor, Avenidas Novas, de Duarte Coimbra
Realização: Ana Oliveira e André Puertas, A Ver o Mar
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Competição Take One! Europeu: Their Voices, de Eri Mizutani
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domingo, 22 de julho de 2018

FIC - Festival Ibérico de Cine de Badajoz 2018: os vencedores

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Terminou este fim-de-semana a vigésima-quarta edição do Festival Ibérico de Cine que decorreu em Badajoz, Olivenza e San Vicente de Alcántara tendo sido anunciados os vencedores durante a cerimónia de encerramento do mesmo.
São os vencedores dos Prémios Onofre:
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Curta-Metragem: Matria, de Álvaro Gago
Curta-Metragem Extremeña: La Teoria del Sueño, de Rubén González Barbosa
Prémio do Júri Jovem: Background, de Toni Bestard
Prémio do Público Badajoz: Ato San Nem, de Pedro Collantes
Prémio do Público Olivenza: Doktor, de Carlo D'Ursi
Prémio do Público San Vicente de Alcántara: Tarde para el Recreo, de Pablo Malo
Prémio do Público Infantil: Distintos, de Josevi García Herrero
Realização: Belén Funes, La Inútil
Interpretação Masculina: Taha El Mahroug, El Nadador
Interpretação Feminina: Francisca Iglesias, Matria
Argumento: Lander Camarero, Nuestro Viejo (Y el Mar)
Fotografia: Rui Xavier, Coup de Grâce
Música Original: Eduardo Raon, A Sonolenta
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États d'Âme (2017)


États d'Âme de Jean Kévin-Dijoux (França) é uma curta-metragem de cariz académico e, suposição minha, feito num âmbito de cariz educativo ou de sensibilização dado o seu frágil argumento que, no entanto, pretende fazer mostrar uma mensagem de empatia.
Numa escola um jovem é abordado por uma colega que revela ter interesse nele. Indiferente ao acto, é já na sala de aula que ele é exposto e ridicularizado pela suposição da sua sexualidade. Ao mesmo tempo, outro colega é igualmente humilhado pela mesma rapariga quando se descobre que escreve poesia. Num contexto onde aparentemente estes dois jovens são opostos na sua vida existirá espaço para a mútua compreensão?
Com uma clara tentativa de empatizar e criar compreensão para as diferenças expondo opostos e supostos papéis sociais que já deveriam estar bem diluídos nos anos em que vivemos (mas que aparentemente se revelam cada vez mais intransigentes), o realizador, intérprete e argumentista Jean Kévin-Dijoux revela as suas boas intenções para quebrar esses (ainda) paradigmas sociais criando uma curta-metragem que pretende retratar a "normalidade" da diferença como se ela não fosse de facto normal. Compreensível a vontade de consciencializar e até mesmo a de revelar que existe muito mais dentro do "frasco" do que aquilo que a primeira impressão (ou rótulo) supostamente revela mas, ao mesmo tempo, é na vontade de revelar que a diferença é "normal" que o espectador acaba por ver a  mesma como algo que existe e não assumir, desde logo, que todos aqueles alunos (com a natural "estupidez" da idade) sejam normais e diferentes cada um à sua maneira... independentemente da sua sexualidade, dos seus gostos pela poesia ou simplesmente pela esperada indiferença a tudo o que os rodeia.
A vontade de consciencialização existe... mas este États d'Âme perde-se por querer rebater um conjunto de assunto que por se quererem "diferentes" acabam de facto por sè-lo. Não que seja uma curta-metragem desnecessária - mesmo com todas as suas enormes fragilidades estéticas e de execução - mas seria um filme curto com outro relevo e importância caso a sua elaboração fosse mais cuidada e aprimorada.



3 / 10

sábado, 21 de julho de 2018

Elmarie Wendel

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1939 - 2018
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Valis (2018)

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Valis de Adrián Adamec (Eslováquia) remete o espectador para uma Europa em 2017 onde a sociedade já não é como inicialmente fora idealizada. Num espaço onde se pedia a comunhão de valores sociais igualitários, os tempos proporcionaram uma inesperada divisão onde a máquina controla o Homem. Poderá existir alguma salvação e regresso a um tempo onde a liberdade exista tal como fora imaginada?
Vast Active Living Inteligent System - VALIS... assim foi apelidada a primeira "forma de vida" que surgira através da intleigência artificial criada como forma a proteger a vida humana sempre em risco numa sociedade cada vez mais violenta. O argumento da autoria do realizador foca-se portanto no início destes tempos perturbados como uma abordagem a uma nova realidade onde o Homem tenta sobreviver numa vida social onde é dominado por esta nova forma de vida capaz de tudo dominar e impôr-se como o topo de uma pirâmide onde se assume como o mais apto para a dita sobrevivência.
Com o recurso a uma certa realidade social que lentamente se impõe nos nossos dias e a dramatização dos acontecimentos resultante também de uma certa adaptação da evolução tecnológica dos nossos tempos, Valis cria toda a sua estrutura a partir do pressuposto de que o Homem - de uma forma geral - abdica quase inconscientemente do seu papel numa sociedade em completa transformação para dar lugar à "máquina" que actua como o seu intermediário nas relações bi-dimensionais. Quando o perigo espreita ao virar da esquina, que outra forma de sobreviver senão criar uma manobra de interagir sem que a mesma exista na realidade?!
No entanto, cedo chega a questão que se impõe... até que ponto poderá o Homem manter-se no topo da já referida pirâmide quanto aos poucos, e com o passar inconsciente do tempo, abdica de todo o seu poder de actuação num mundo cujos riscos são cada vez maiores? Até que ponto poderá recuperar o seu próprio espaço quando tudo manobrou para que o perde-se?
Inteligente e por demais pertinente, Valis peca apenas pela sua escassa duração centrada quase exclusivamente na justificação desta "nova realidade social", e na forma (ou solução) encontrada pelo Homem para sobreviver na mesma primeiro tentando combater um mal que emerge pela sua própria mão, depois adaptando-se à sua mútua convivência e finalmente tentando-lhe sobreviver ocupando um lugar "na sombra", fugindo e recorrendo a uma forma de silenciosa resistência que espreita - agora - para tentar voltar ao seu lugar tido como "inato". Talvez um dia mais tarde surja a pertinente e esperada longa-metragem onde sejam exploradas mais vertentes da dinâmica Máquina versus Homem... ou Máquina versus Planeta... de que forma poderia esta sobreviver num globo que não foi feito... à sua medida?!
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sexta-feira, 20 de julho de 2018

Grande Prémio do Cinema Brasileiro 2018: os nomeados

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Foram ontem anunciado os nomeados aos troféus Grande Otelo atribuídos anualmente pela Academia Brasileira de Cinema que destacaram Bingo - O Rei das Manhãs, de Daniel Rezende como o grande favorito do ano ao arrecadar quinze nomeações. Na disputa por Melhor Filme do ano encontram-se ainda A Glória e a Graça, Como Nossos Pais, Era o Hotel Cambridge e Gabriel e a Montanha.
São os nomeados:
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Melhor Filme
A Glória e a Graça, de Flávio Ramos Tambellini
Bingo - O Rei das Manhãs, de Daniel Rezende
Como Nossos Pais, de Laís Bodanzky
Era o Hotel Cambridge, de Eliane Caffé
Gabriel e a Montanha, de Felipe Barbosa
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Melhor Comédia
Divórcio, de Pedro Amorim
Fala Sério, Mãe!, de Pedro Vasconcelos
La Vingança, de Fernando Fraiha
Malasartes e o Duelo com a Morte, de Paulo Moreli
Os Parças, de Halder Gomes
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Melhor Documentário
Cora Coralina - Todas as Vidas, de Renato Barbieri
Divinas Divas, de Leandra Leal
No Intenso Agora, de João Moreira Salles
Pitanga, de Beto Brant e Camila Pitanga
Um Filme de Cinema, de Walter Carvalho
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Melhor Animação

As Aventuras do Pequeno Colombo
, de Rodrigo Gava
Bruxarias, de Virginia Curia Martinez
Bugigangue no Espaço, de Ale McHaddo
Historietas Assombradas - O Filme, de Victor-Hugo Borges
Lino - Uma Aventura de Sete Vidas, de Rafael Ribas
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Melhor Filme Infantil
Detetives do Prédio Azul - O Filme, de André Pellenz
Um Tio Quase Perfeito, de Pedro Antonio
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Melhor Filme Estrangeiro
Blade Runner 2049, de Denis Villeneuve (EUA)
Dunkirk, de Christopher Nolan (EUA/Reino Unido)
I, Daniel Blake, de KEn Loach (Reino Unido)
La La Land, de Damien Chazelle (EUA)
Una Mujer Fantástica, de Sebastián Lelio (Chile)
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Melhor Curta-Metragem de Ficção
A Passagem do Cometa, de Juliana Rojas
Chico, de Irmãos Carvalho
De Tanto Olhar o Céu, Gastei Meus Olhos, de Nathália Tereza
Nada, de Gabriel Martins
Tentei, de Laís Melo
The Beast, de Michael Wahrmann e Samantha Nell
Vaca Profana, de René Guerra
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Melhor Documentário Curta-Metragem
Bambas, de Anna Furtado
Borá, de Angelo Defanti
Candeias, de Reginaldo Farias e Ythallo Rodrigues
Em Busca da Terra sem Males, de Anna Azevedo
O Golpe em 50 Cortes ou a Corte em 50 Golpes, de Lucas Campolina
O Quebra-Cabeça de Sara, de Allan Ribeiro
Ocupação do Hotel Cambridge, de Andrea Mendonça
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Melhor Curta-Metragem de Animação
Animais, de Guilherme Alvernaz
O Violeiro Fantasma, de Wesley Rodrigues
Peleja do Sertão, de Fabbio Miranda
Sob o Véu da Vida Oceânica, de Quico Meirelles
Torre, de Nádia Mangolini
Vênus-Filó - A Fadinha Lésbica, de Sávio Leite
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Melhor Realização
Daniel Rezende, Bingo - O Rei das Manhãs
Daniela Thomas, Vazante
Eliane Caffé, Era o Hotel Cambridge
Fellipe Barbosa, Gabriel e a Montanha
Laís Bodanzky, Como Nossos Pais
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Melhor Actor

Alexandre Nero, João, o Maestro
Irandhir Santos, Redemoinho
Jesuíta Barbosa, Malasartes e o Duelo com a Morte
João Pedro Zappa, Gabriel e a Montanha
Vladimir Brichta, Bingo - O Rei das Manhãs
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Melhor Actriz
Carolina Ferraz, A Glória e a Graça
Caroline Abras, Gabriel e a Montanha
Dira Paes, Redemoinho
Leandra Leal, Bingo - O Rei das Manhãs
Maria Ribeiro, Como Nossos Pais
Marjorie Estiano, Entre Irmãs
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Melhor Actor Secundário
Augusto Madeira, Bingo - O Rei das Manhãs
Cesar Mello, A Glória e a Graça
Cláudio Jaborandy, Entre Irmãs
Fabricio Boliveira, Vazante
Felipe Rocha, Como Nossos Pais
Jorge Mautner, Como Nossos Pais
Selton Mello, O Filme da Minha Vida
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Melhor Actriz Secundária
Ana Lucia Torre, Bingo - O Rei das Manhãs
Camilla Amado, Redemoinho
Clarisse Abujamra, Como Nossos Pais
Letícia Colin, Entre Irmãs
Sandra Corveloni, A Glória e a Graça
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Melhor Argumento Original
Divinas Divas, Carol Benjamin, Leandra Leal, Lucas Paraizo e Natara Ney
Vazante, Daniela Thomas e Beto Amaral
Era o Hotel Cambridge, Eliane Caffé, Inês Figueiro e Luis Alberto de Abreu
As Duas Irenes, Fabio Meira
Como Nossos Pais, Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi
Bingo - O Rei das Manhãs, Luiz Bolognesi
Joaquim, Marcelo Gomes
A Glória e a Graça, Mikael de Albuquerque e Lusa Silvestre
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Melhor Argumento Adaptado
Detetives do Prédio Azul - O Filme, Flávia Lins e Silva, LG Bayão e Mirna Nogueira
Entre Irmãs, Patrícia Andrade
O Filme da Minha Vida, Marcelo Vindicatto e Selton Mello
Real - O Plano por Trás da História, Mikael de Albuquerque
Redemoinho, George Moura
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Melhor Montagem - Ficção
A Glória e a Graça, Sérgio Mekler
Bingo - O Rei das Manhãs, Márcio Hashimoto
Como Nossos Pais, Rodrigo Menecucci
Era o Hotel Cambridge, Márcio Hashimoto
João, o Maestro, Bruno Lasevicius e Julia Pechman
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Melhor Montagem - Documentário

Divinas Divas, Natara Ney
No Intenso Agora, Eduardo Escorel e Laís Lifschitz
Pitanga, Juliana Munhoz
Quem é Primavera das Neves, Giba Assis Brasil
Waiting for B, Abigail Spindel
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Melhor Fotografia
Bingo - O Rei das Manhãs, Lula Carvalho
Soundtrack, Felipe Reinheimer
A Glória e a Graça, Gustavo Hadba
Vazante, Inti Briones
O Filme da Minha Vida, Walter Carvalho
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Melhor Música Original
A Glória e a Graça, Pedro Tambellini
Bingo - O Rei das Manhãs, Beto Villares
Como Nossos Pais, Antonio Pinto
Gabriel e a Montanha, Arthur B. Gillette
O Filme da Minha Vida, Plínio Profeta
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Melhor Banda Sonora

Beduino, Julio Bressane
João, o Maestro, Mauro Lima, Fael Mondego e Fábio Mondego
Malasartes e o Duelo com a Morte, Beto Villares
Memória em Verde e Rosa, Paulão 7 Cordas
Pitanga, Rica Amabis e Beth Beli
Um Filme de Cinema, Guilherme Vaz e Marco Antonio Guimarães
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Melhor Som
A Glória e a Graça, José Moreau Louzeiro, Simone Alves e Ariel Henrique
Bingo - O Rei das Manhãs, Jorge Rezende, Alessandro Laroca, Eduardo Virmond Lima, Renan Deodato e Armando Torres Jr.
Divinas Divas, Felippe Schultz Mussel, Vinícius Leal e Jesse Marmo
João, o Maestro, George Saldanha, François Wolf e Armando Torres Jr.
Memória em Verde e Rosa, Bruno Armelin, Evandro Lima, Marcel Costa, Pedro Sá, Damião Lopes e Gustavo Loureiro
O Filme da Minha Vida, George Saldanha, Bernardo Uzeda e Armando Torres Jr.
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Melhor Direcção de Arte
Bingo - O Rei das Manhãs, Cássio Amarante
Entre Irmãs, Claudio Amaral Peixoto
Era o Hotel Cambridge, Carla Caffé
João, o Maestro, Claudio Amaral Peixoto
O Filme da Minha Vida, Claudio Amaral Peixoto
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Melhor Guarda-Roupa
Bingo - O Rei das Manhãs, Verônica Julian
Como Nossos Pais, Cássio Brasil
Entre Irmãs, Ana Avelar
O Filme da Minha Vida, Kika Lopes
Vazante, Cássio Brasil
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Melhor Maquilhagem
A Glória e a Graça, Marcos Freire
Bingo - O Rei das Manhãs, Anna van Steen
João, o Maestro, Emi Sato
Malasartes e o Duelo com a Morte, Anna van Steen
O Filme da Minha Vida, Marlene Moura e Uirandê Holanda
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Melhor Efeitos Visuais
Bingo - O Rei das Manhãs, Guilherne Ramalho, Luis Carone e Daniel Dias
Joaquim, Hugo Gurgel
Malasartes e o Duelo com a Morte, Ricardo Bardal
O Rastro, Omar Colocci
Soundtrack, Diego Morone, Luciano Neves e Luiz Adriano
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Prémio Carreira: Fernanda Montenegro
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Os vencedores serão conhecidos numa cerimónia a realizar no próximo dia 18 de Setembro na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro.
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The Damned (2017)


The Damned de Fred Cavender (França) é uma curta-metragem cuja premissa se centra num conjunto de habitantes de uma cidade que se encontra rodeada por um gigantesco muro. Centrados nos seus dramas familiares vivem alheados de uma realidade que lhes escapa... ou estarão todos eles voluntariamente ocupados com a ideia de uma realidade que está para lá desse muro?
Cavender que também escreveu o argumento desta curta-metragem consegue criar uma história que prende o espectador não pela bizarra realidade que estas personagens apresentam como sendo a sua "vida", mas sim pela suspeita do que poderá vir a acontecer com os mesmos quando, deduzimos nós, ousarem ultrapassar aquela aparente fronteira que ali lhes é colocada. O muro, ainda que visualmente ausente de boa parte da dinâmica, ganha contornos de uma silenciosa personagem que parece assombrar a realidade destas "vidas", e que apenas se assume como tal de uma forma lenta à medida que as diferentes dinâmicas parecem ganhar contornos dando corpo às realidades de cada um dos intervenientes que tentam encontrar o seu lugar neste espaço incolor e distante.
Os conflitos e a solidão parecem ocupar cada uma destas personagens. Ora aqueles que tentam começar uma vida nova optando por adquirir um "quarto novo" para a sua casa... naquele que o vende cujo único propósito parece ser conquistar mais rendimento para poder fazer uma viagem turística para o mundo para lá daquele muro... na família disfuncional cuja realidade parece apenas ser sobreviver ao instante seguinte não se preocupando com o que está porvir... ou até mesmo no par solitário que tenta encontrar um qualquer propósito comum e estabelecer uma dinâmica em conjunto para esquecer o pouco que os dias lhes parecem trazer. Nesta medida, até mesmo os propósitos diários são escassos. Compreendemos que poucos, se é que alguns, têm propósitos maiores nas suas realidades e tudo é, compreensível desde o primeiro instante, ausente, distante e sem pequenos elementos de uma realidade à qual qualquer um de nós está habituado. O jantar do par solitário assim o revela quando se deliciam com uma refeição de cenouras das quais já não conheciam o sabor. Ou até mesmo na vida de uma família desfeita onde a jovem filha se assume como o elemento rebelde prestes a perturbar não só a sua vida familiar como aquela desta sociedade que compreendemos "ordeira" e "disciplinada" não por convicção mas sim em prol de uma qualquer ordem que é incompreensível até aos últimos instantes. E é quando o espectador finalmente compreende o que os rodeia, que os enclausura e que domina as suas realidades que se equaciona o fim como a inevitabilidade mais realista que os amedronta. E nesse momento tudo ganha uma explicação deixando o argumento, no entanto, um vazio sobre os porquês desta população ali ter chegado. O que os forçou? Uma crise? Um fim? Uma tentativa de novo começo? Estarão eles na base de uma sociedade estratificada e que apenas lhes confere aquele espaço para viver? Existirá outro mundo para lá daquilo que os contornos daquele muro lhes permitem ver?
Sendo este argumento o ponto forte desta curta-metragem, imediatamente equiparado com a direcção de fotografia que confere um ambiente especial e quase desumanizado ao espaço e às suas personagens, são estas que, no entanto, se afirmam como o elemento mais frágil deste filme curto na medida em que pouca é a exploração das personagens que quase se limitam a um debitar de frases feitas que nos dão - aos espectadores - noções básicas do seu descontentamento ou revolta interior para com o que os rodeia e para com aqueles com quem vivem. Existe pouco nestas personagens e todas elas poderiam ter apresentado muito mais dinamizando a história, o próprio argumento e o ambiente que se esperaria ainda mais negro se equacionarmos que no final compreendemos as suas realidades e o porquê dos medos que aparentam revelar. Ainda assim, e sobretudo pelo potencial exibido nesta história que nos apresenta a realidade destes "amaldiçoados" sem nunca pretender justificar os porquês e os seus passados, The Damned revela-se como uma história que confere ao sentido de fim (ou fim do mundo?) uma nova e interessante perspectiva não esquecendo nunca exibir o ideal de "sonho" que algumas destas personagens insistem em não perder.



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terça-feira, 17 de julho de 2018

MOTELx - Prémio de Melhor Curta-Metragem Portuguesa de Terror 2018: as seleccionadas

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Foi hoje a apresentação de mais uma edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa que todos os anos no mês de Setembro decorre no Cinema São Jorge.
Para lá da divulgação do filme de abertura este ano a cargo de The Nun, de Corin Hardy e da homenagem na secção Quarto Perdido à realizadora luso-sueca Solveig Nordlund que verá os seus filmes Aparelho Voador a Baixa Altitude (2002) e A Filha (2003) exibidos no decorrer do festival, ficaram-se também a conhecer as curtas-metragens portuguesas nomeadas ao Troféu de Melhor Curta-Metragem de Terror, sendo elas:
  • Agouro, de David Doutel e Vasco Sá
  • A Boneca, de Gonçalo Morais Leitão
  • Calipso, de Paulo A. M. Oliveira e Pedro Martins
  • Cinzas, de Célia Fraga
  • Coração Revelador, de São José Correia
  • Espelho Meu, de Hugo Pinto
  • A Estranha Casa na Bruma, de Guilherme Daniel
  • Freelancer, de Francisco Lacerda e Francisco A. Lopes
  • Insanium, de Rui Pedro Sousa
  • Moscatro, de Patrícia Maciel
  • O Quadro, de Paulo Araújo
  • Yet Another Christmas Tale, de David Vieira
A décima-segunda edição do MOTELx irá decorrer no Cinema São Jorge bem como em diversos outros espaços da capital entre os próximos dias 4 e 9 de Setembro.
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Yvonne Blake

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1940 - 2018
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sábado, 14 de julho de 2018

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quinta-feira, 12 de julho de 2018

Roger Perry

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1933 - 2018
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Laura Soveral

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1933 - 2018
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quarta-feira, 11 de julho de 2018

Shortcutz Viseu - Sessão #104

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O Verão não faz parar o Shortcutz Viseu que regressa com a Sessão #104 e a sua tradicional Secção Competitiva onde serão exibidos os filmes curtos Tenho um Rio, de Ricardo Teixeira e Rafeiro, de Cátia Silva estando ambos presentes na Sessão para a apresentação dos seus filmes.
Finalmente, também nesta sessão, o Shortcutz Viseu recebe um Convidado Especial com a exibição do filme curto Ainhoa, de Iván Sáinz-Pardo (Espanha).
Como tem sido habitual nas últimas sessões, o Shortcutz Viseu irá decorrer na Quinta da Cruz - Centro de Arte Contemporânea no próximo dia 20 de Julho a partir das 22 horas.
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segunda-feira, 9 de julho de 2018

Prémios Fénix - Premio Iberoamericano de Cine 2018 - pré-selecção portuguesa

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Foi divulgada ontem a lista dos filmes Ibero-Americanos elegíveis aos Prémios Fénix - Premio Iberoamericano de Cine. Entre os pré-seleccionados encontram-se várias produções dos vinte e três países da América Latina e Península Ibérica, e várias de produção ou co-produção portuguesa. São elas:
  • 9 Doigts, de F. J. Ossang (Portugal/França)
  • Al Berto, de Vicente Alves do Ó (Portugal)
  • Ama San, de Cláudia Varejão (Portugal/Japão/Suíça)
  • Até que o Porno nos Separe, de Jorge Pelicano (Portugal)
  • Bostofrio, Où le Ciel Rejoint la Terre, de Paulo Carneiro (Portugal)
  • Carga, de Bruno Gascon (Portugal)
  • Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos, de João Salaviza e Renée Nader (Portugal/Brasil)
  • Cru, de Carlos Ruiz Carmona (Portugal)
  • Debaixo do Céu, de Nicholas Oulman (Portugal)
  • Diamantino, de Gabriel Abrantes e Daniel Schmidt (Portugal/Brasil/França)
  • Djon África, de João Miller Guerra e Filipa Reis (Portugal)
  • Drvo - A Árvore, de André Gil Mata (Portugal/Bósnia-Herzegovina)
  • Eclipse, de Ico Costa (Portugal)
  • Era Uma Vez Brasília, de Adirley Queirós (Portugal/Brasil)
  • L'Exilé, de Marcelo Novais Teles (Portugal/Brasil/França/Reino Unido/Irlanda)
  • O Grande Circo Místico, de Carlos Diegues (Portugal/Brasil/França)
  • Hip to da Hop, de António Freitas e Fábio Silva (Portugal)
  • O Homem Pykante - Diálogos com Pimenta, de Edgar Pêra (Portugal)
  • As Horas de Luz, de António Borges Correia (Portugal)
  • Infância, Adolescência, Juventude, de Rúben Gonçalves (Portugal)
  • Jefe, de Sergio Barrejón (Portugal/Espanha)
  • Lupo, de Pedro Lino (Portugal)
  • Mabata Bata, de Sol Carvalho (Portugal/Moçambique)
  • The Man Who Killed Don Quixote, de Terry Gillian (Portugal/Espanha/França/Bélgica)
  • Mariphasa, de Sandro Aguilar (Portugal)
  • Milla, de Valérie Massadian (Portugal/França)
  • Não Consegues Criar o Mundo Duas Vezes, de Catarina David e Francisco Noronha (Portugal)
  • Nunca as Minhas Mãos Ficam Vazias, de Miguel Munhá (Portugal)
  • Our Madness, de João Viana (Portugal/Qatar/França/Moçambique/Guiné-Bissau)
  • Praça Paris, de Lúcia Murat (Portugal/Argentina/Brasil)
  • Raiva, de Sérgio Tréfaut (Portugal/Brasil/França)
  • Ramiro, de Manuel Mozos (Portugal)
  • Tempo Comum, de Susana Nobre (Portugal/França)
  • O Termómetro de Galileu, de Teresa Villaverde (Portugal)
  • Terra Franca, de Leonor Teles (Portugal)
  • Tudo é Projeto, de Joana Mendes da Rocha e Patricia Rubano (Portugal/Brasil/Itália)
  • Verão Danado, de Pedro Cabeleira (Portugal)
  • Zama, de Lucrecia Martel (Portugal/Argentina/Brasil/Espanha/México/Holanda/França/Estados Unidos/Suíça/Líbano)
Os nomeados deverão ser anunciados durante o mês de Outubro e a cerimónia de anúncio dos vencedores deverá ocorrer durante o mês de Dezembro seguinte.
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domingo, 8 de julho de 2018

Tab Hunter

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1931 - 2018
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sexta-feira, 6 de julho de 2018

Vlatko Ilievski

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1985 - 2018
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quinta-feira, 5 de julho de 2018

Claude Lanzmann

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1925 - 2018
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quarta-feira, 4 de julho de 2018

Ricardo Camacho

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1954 - 2018
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Shortcutz Viseu - Sessão #103

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O Shortcutz Viseu encerra a sessão dupla dedicada ao IndieLisboa - Festival Internacional de Cinema Independente com a Sessão #103 exclusivamente dedicada ao IndieJúnior onde serão exibidos alguns dos filmes curtos que passaram no segmento M6 da última edição do festival que decorreu em Lisboa entre os passados dias 30 de Abril e 6 de Maio.
A sessão, que irá decorrer no próximo dia 6 de Julho a partir das 15 horas, irá exibir os filmes O Apartamento de Sábado, de Ieon Seungbae (Coreia do Sul), A Caça, de Alexey Alekseev (França), Corvo Branco, de Miran Miosic (Croácia), O Cozinheiro, de Stella Raith (Alemanha), A Ilha, de Max Morti e Robert Löbel (Alemanha), As Ilhas Gémeas, de Manon Sailly, Charlotte Sarfati, Christine Iaudoin, Lara Cochetel, Raphaël Huot e Fanny Teisson (França), O Nariz de Gelo, de Veronica L. Montaño e Joel Hofmann (Suíça) e Príncipe Ki-Ki-Do: História de Inverno, de Grega Mastnak (Eslovénia).
A Sessão #103 decorrerá assim na Quinta da Cruz - Centro de Arte Contemporânea, em Viseu com entrada livre.
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The Jester: Chapter 2 (2017)

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The Jester: Chapter 2 de Colin Krawchuck (EUA) é a sequela da curta-metragem The Jester (2016) do mesmo realizador e que aqui, uma vez mais, se centra na estranha figura daquilo que por aqui iríamos chamar de "Bobo" (da Corte) e que assombra as noites das almas mais desatentas. Numa clara "alegria" de Halloween que revela a sua mente mais retorcida, este Bobo volta a pregar as suas "partidas" mas, desta vez, com uma companhia especial.
À semelhança do que acontecera com a primeira entrega no último ano, The Jester: Chapter 2 tem uma premissa que acaba por ser idêntica à de tantas outras obras centradas nesta temática, ou nesta época, específica. Há sempre quem se aproveite do efeito surpresa que a máscara esconde para criar todo um conjunto de momentos de tensão, surpresa, susto ou medo e criar "mais uma" história que aparenta querer ser inocente mas que, na realidade, apenas encobre todo um pensamento de perversão que acaba por não deixar ninguém indiferente. No entanto, esse efeito de repetição que acaba por estar na génese destas histórias, também cria uma certa previsibilidade que, em boa medida, dificilmente consegue surpreender o espectador com um efeito inovador, diferente ou até mesmo original que deveria estar por detrás destas histórias. The Jester: Chapter 2 não é diferente. Todos nós acabamos por saber o centro desta história e na prática praticamente tudo o que irá - pensamos nós - suceder numa história que, essencialmente, já vimos. No entanto, é o efeito quase hipnótico da personagem principal que capta a nossa atenção quer queiramos quer não.
Desprovido de qualquer diálogo por parte da personagem brilhantemente interpretada por Michael Sheffield, esta curta-metragem encontra o seu ponto forte no mesmo que com os seus gestos, movimentos e, sejamos honestos, uma máscara perfeitamente assustadora, criam uma dinâmica que oscila entre a compreensão de que "já vimos" e a necessidade de perceber o que está porvir deixando-nos durante os seus parcos dez minutos num limbo que, mesmo que não crie surpresas, não deixa de nos cativar pelas possibilidades que cria com esta personagem que dá sentido ao ideal de que não é preciso uma grande dramatização expressiva ou mesmo um diálogo bem elaborado para que uma personagem se assume como o centro de toda uma trama independentemente de toda a demais qualidade do filme ao qual dá corpo com a sua interpretação. O argumento pode já estar excessivamente explorado mas Sheffield domina o pouco que entrega este filme curto e nele reside a alma - e a falta dela - que a sua personagem deve expressar.
Anunciada que está a terceira entrega desta história, que o espectador espera poder vir a responder a diversas questões e desmistificar alguns elementos pré-concebidos do género, The Jester: Chapter 2 é a confirmação de que o mesmo está explorado mas que, ao mesmo tempo, tem ainda margem para poder criar uma nova personagem com uma estranha alma e um silêncio desarmante que compreendemos não esconder nada de positivo... mais ainda quando sabemos que a partir de agora poderá ter a sua própria companhia.
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6 / 10
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The Purge: Blood Ties (2016)

The Purge: Blood Ties de Daniel Peña (EUA) é mais uma curta-metragem inspirada na saga The Purge iniciada em 2013 por James DeMonaco aqui inteiramente direccionada para a dinâmica de uma família durante A Purga de doze horas que se iniciara.
Num bairro residencial, os pais de duas jovens encontram-se numa festa que celebra o evento anual enquanto elas permanecem em casa fechadas à espera que o mesmo passe rapidamente. Jade conversa com um amigo enquanto a irmã Madie dorme... mas estarão elas sózinhas numa casa aparentemente isolada?
Esta curta-metragem, ainda que embebida do espírito de The Purge, cedo se revela como uma obra apaixonada mas francamente deficitária comparativamente àquilo que a mesma poderia ter oferecido ao espectador. De uma câmara sempre em movimento que obriga o espectador a perder diversos pequenos grandes detalhes que poderiam contribuir para a sua dinâmica a uma captação de som ainda mais frágil que dificulta a compreensão não só do ambiente em que se encontram como principalmente de muitos dos diálogos tidos pelas duas jovens protagonistas, The Purge: Blood Ties permanece como aquele trabalho cinematográfico que um grupo de amigos resolveu criar num fim-de-semana eventualmente mais monótono.
Com uma escolha musical relativamente interessante e adequada para o género - iniciamos esta dinâmica ao som de My Way de Frank Sinatra -, The Purge: Blood Ties permanece o exemplo confirmado de um argumento relativamente juvenil que denuncia o realizador como um fã da saga mas ainda com pouco à vontade para construir uma história que se afirmasse mais elaborada ou consistente... afinal, se o espectador considerar que a dinâmica máxima desta história se prende com um caso sentimental não tão bem resolvido... compreende de imediato como tudo se explica por e através da já mencionada fragilidade ainda que de louvar a paixão como qualquer criador entrega a sua obra para um mundo sempre sedento da mais recente história de terror.
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1 / 10
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The Jester (2016)

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The Jester de Colin Krawchuk (EUA) revela aquilo que pode ser o pior pesadelo de Halloween. Esta curta-metragem apresenta um homem (o próprio realizador Colin Krawchuk) que acaba de sair do turno da noite. De caminho para casa encontra um Bobo - The Jester - (Michael Scheffield) que o aborda com os seus truques de magia... Será doce... será partida?!
Nada como um bom conto de Halloween para conseguir retratar uma história de terror no seu mais puro ambiente. Aqui os dois actores em conjunto com Andre Eleam e Grant Palmer recorrer a uma tradicional figura da corte - o Bobo - normalmente associado à boa disposição e ligeireza de ambiente para desvirtualizar a sua alma transformando-o no mais perigoso dos vilões. Halloween... a noite em que todos os espíritos saem à rua disfarçados misturando-se, dessa forma, com os mortais que os celebram. Quem será quem? A pergunta impõe-se quando, pelo meio de ruas desertas e de estranhos que surgem ao virar de cada esquina, surge uma enigmática figura... aparentemente perdido mas confiante, cheio de certezas quanto à sua missão da noite e que apenas poderá repetir um ano depois. Seja à caça da próxima vítima ou com o mero intuito de atormentar as almas desprotegidas e inocentes, o nosso "Jester" é aqui um perigoso predador revestido com o rosto de um igualmente perturbador psicopata que, no entanto, primeiro conquista com a graça das suas graças.
A vítima é, por sua vez, o inesperado transeunte aqui refém de uma boa vontade que decide praticar ignorando o que a noite esconde. Com espíritos à solta e preso num jogo do gato e do rato do qual será incapaz de escapar, o pacato homem - encarnado pelo próprio realizador - primeiro cede aos misteriosos e enigmáticos encantos de uma figura que desconhece, depois tentando-lhe fugir e, finalmente, compreendendo que é um mero peão de uma história que não consegue compreender... caindo na armadilha e dela sendo uma mera peça de um espectáculo de magia macabro efectuado por alguém que se assume como um especialista nesta "caça" de Halloween.
Tão enigmática quanto o seu protagonista, esta curta-metragem que deixa todas as linhas condutoras em aberto não explicando nem origens nem destinos das suas personagens - se bem que neste último caso faz perceber que o mesmo pode não ser tão divertido como o tradicional Halloween dos doces e guloseimas -, mantendo sempre um ambiente que oscila entre o sinistro e o terror (pelo menos psicológico), conferindo ao seu criador (realizador, argumentista, protagonista e também produtor) Colin Krawchuk a possibilidade de levar esta história mais além e apresentar novas e igualmente perturbadoras incursões na noite deste "Jester" que faz muito pouco rir mas sim amedrontar as suas vítimas que primeiro cativou pela empatia que a sua bizarra personagem pode fazer transparecer mas que cedo se revela como um enigma mortal, despoletando assim todo uma potencial "saga" criminosa onde o real e o sobrenatural se cruzam.
Pode demorar um ano para a próxima caçada mas... "the Jester will be back".
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7 / 10
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The Purge: 2024 (2017)

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The Purge: 2024 de Ashton Gleckman (EUA) recupera o espírito da saga The Purge - cuja prequela estreia hoje nos Estados Unidos - aqui concentrado numa curta-metragem que revela os últimos momentos da purga anual e da perseguição feita a David (Paul Nicely) por um grupo não identificado que lhe lançou uma caçada. Mas, quando a vítima aparenta estar indefesa e perdida às mãos do grupo, eis que David revela que o desespero pode motivar para a resistência.
The Purge: 2024 concentra nos seus breves instantes todo o espírito que James DeMonaco conseguiu incutir nas histórias das suas longas-metragens tendo Gleckman criado um conjunto de enigmáticas personagens que são fiéis ao espírito das mesmas e a todo o ambiente que se espera duma história como aquela que esta curta se propõe homenagear. No entanto, a surpresa e o grande factor motivacional para este filme curto surge quando o espectador compreende que o jovem realizador e argumentista desta história tem apenas dezassete anos!
Ainda que incapaz que criar uma atmosfera muito diferente daquela esperada para uma história deste género, é a qualidade dos detalhes - das personagens, do espaço e do ambiente - que conferem a este The Purge: 2024 uma ambiência digna de configurar entre os filmes mais fiéis à saga The Purge e ainda àquilo que o espectador espera de um filme deste género. Qualquer um de nós que se deixa levar por uma curta-metragem que "promete" o espírito da longa-metragem - clássica ou não - que pretende homenagear pensa, logo de início, que vai assistir a um filme "menor" feito pelos amigos do realizador e que tudo não será mais do que um pequeno entretenimento de fim-de-semana no qual poucas consequências positivas se poderão vir a tirar. Gleckman, por sua vez, consegue não só homenagear a trilogia da qual é fã, fazer antecipar a obra e eventualmente a série porvir, satisfazer os seus fãs e ainda finalizar uma pequena - apenas na duração - obra que todos vêem e confirmam como um representante fiel ao original.
Em The Purge: 2024 temos um pouco de tudo... clima denso com proto-heróis, vítimas e vilões de serviço assumindo, todos eles, o seu papel. Da tradicional vítima da qual pouco conhecemos que se vê perseguida num ambiente inóspito aos vilões disfarçados que o perseguem por motivos que nunca iremos conhecer (e na prática... nem precisamos), a estes últimos que encarnam o espírito mais medonho de um qualquer Carnaval sangrento onde todas as psicoses são finalmente expiadas sem esquecer, claro, que nem tudo é o que parece... e nem todas as vítimas realmente se comportam como tal. Quando o sentimento de sobrevivência se instala... vale tudo... até assumir os comportamentos daqueles que (nos) perseguem.
Capaz de se um pouco mais polido - algo que o realizador certamente conseguirá fazer nas suas próximas obras -, mas seguramente um excelente exemplar da capacidade de um jovem e certamente promissor contador de histórias, The Purge: 2024 assume-se não só como um interessante e pertinente cartão de visita deste realizador como também um consistente filme do género que nos próximos tempos servirá de referências àqueles que seguem a saga The Purge desde as suas primeiras entregas.
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7 / 10
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terça-feira, 3 de julho de 2018

Robby Müller

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1940 - 2018
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domingo, 1 de julho de 2018

Peter Firmin

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1928 - 2018
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