quinta-feira, 30 de novembro de 2023

Buddy Duress


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1985 - 2023
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Shane MacGowan


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1957 - 2023
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Goya 2024: os nomeados

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20.000 Especies de Abejas, de Estibaliz Urresola Solaguren (15 nomeações), Cerrar los Ojos, de Victor Erice (11 nomeações), Saben Aquell, de David Trueba (11 nomeações), La Sociedad de la Nieve, de Juan Antonio Bayona (13 nomeações) e Un Amor, de Isabel Coixet (7 nomeações) são as longas-metragens espanholas anunciadas hoje como concorrentes ao Goya de Melhor Filme do ano pela Academia Espanhola de Cinema num ano em que será premiado com o Goya de Honor o director de fotografia Juan Mariné.
São os nomeados:
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Melhor Filme
20.000 Especies de Abejas, Lara Izagirre Garizurieta e Valérie Delpierre (pords.)
Cerrar los Ojos, Agustín Bossi, Cristina Zumárraga, José Alba, Maximiliano Lasansky, Odile Antonio-Baez, Pablo E. Bossi, Pol Bossi e Victor Erice (prods.)
Saben Aquell, Edmon Roch e Jaime Ortiz de Artiñano (prods.)
La Sociedad de la Nieve, Belén Atienza, Juan Antonio Bayona e Sandra Hermida Muñiz (prods.)
Un Amor, Marisa Fernãndez Armenteros e Sandra Hermida Muñiz (prods.)
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Melhor Documentário
Caleta Palace, de José Antonio Hergueta
Contigo, Contigo y sin Mí, de Amaya Villar Navascués
Esta Ambición Desmedida, de Santos Bacana, Rogelio González e Cristina Trenas
Iberia, Naturaleza Infinita, de Arturo Menor
Mientras seas Tú, el Aquí y Ahora de Carme Elías, de Claudia Pinto
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Melhor Filme de Animação
Hanna y los Monstruos, de Lorena Ares
Momias, de Juan Jesús García Galocha
Robot Dreams, de Pablo Berger
El Sueño de la Sultana, de Isabel Herguera
They Shot the Piano Player, de Javier Mariscal e Fernando Trueba
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Melhor Filme Ibero-Americano
Alma Viva, de Cristèle Alves Meira (Portugal)
La Memoria Infinita, de Maite Alberdi (Chile)
La Pecera, de Glorimar Marreno (Puerto Rico)
Puan, de María Alché e Benjamín Naishtat (Argentina)
Simón, de Diego Vicentini (Venezuela)
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Melhor Filme Europeu
Aftersun, de Charlotte Wells (Reino Unido)
Anatomie d'Une Chute, de Justine Triet (França)
Das Lehrerzimmer, de Ilker Çatak (Alemanha)
Le Otto Montagne, de Félix van Groeningen e Charlotte Vandermeersch (Itália)
Sigurno Mjesto, de Juraj Lerotic (Croácia)
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Melhor Curta-Metragem de Ficção
Aunque es de Noche, de Guillermo García López
Carta a Mi Madre para Mi Hijo, de Carla Simón
Cuentas Divinas, de Eulália Ramón
La Loca y el Feminista, de Sandra Gallego
París 70, de Dani Feixas
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Melhor Curta-Metragem de Documentário
Ava, de Mabel Lozano
BLOW!, de Neus Ballús
El Bus, de Sandra Reina
Herederas, de Sílvia Venegas Venegas
Una Terapia de Mierda, de Javier Polo
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Melhor Curta-Metragem de Animação
Becarias, de Marina Cortón, Marina Donderis e Núria Poveda
To Bird or Not to Bird, de Martín Romero
Todo Bien, de Diana Acién Manzorro
Todo Está Perdido, de Carla Pereira e Juanfran Jacinto
Txotxongiloa, de Sonia Estévez
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Melhor Realização
Victor Erice, Cerrar los Ojos
Elena Martín, Creatura
David Trueba, Saben Aquell
Juan Antonio Bayona, La Sociedad de la Nieve
Isabel Coixet, Un Amor
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Realização Revelação
Estibaliz Urresola Solaguren, 20.000 Especies de Abejas
Itsaso Arana, Las Chicas Están Bien
Álvaro Gago, Matria
Alejandro Marín, Te Estoy Amando Locamente
Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez, Upon Entry
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Melhor Direcção de Produção
Pablo Vidal, 20.000 Especies de Abejas
María José Diéz, Cerrar los Ojos
Eduard Vallès, Saben Aquell
Margarita Huguet, La Sociedad de la Nieve
Leire Aurrekoetxea e Luís Gutiérrez, Valle de Sombras
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Melhor Actor Protagonista
Alberto Ammann, Upon Entry
Enric Auquer, El Maestro que Prometió el Mar
Hovik KeuchKerian, Un Amor
Manolo Solo, Cerrar los Ojos
David Verdaguer, Saben Aquell
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Melhor Actriz Protagonista
Malena Alterio, Que Nadie Duerma
Laia Costa, Un Amor
Patricia López Arnaiz, 20.000 Especies de Abejas
María Vázquez, Matria
Carolina Yuste, Saben Aquell
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Melhor Actor Secundário
Álex Brendemühl, Creatura
José Coronado, Cerrar los Ojos
Martxelo Rubio, 20.000 Especies de Abejas
Hugo Silva, Un Amor
Juan Carlos Vellido, Bajo Terapia
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Melhor Actriz Secundária
Ane Gabarain, 20.000 Especies de Abejas
Luisa Gavasa, El Maestro que Prometió el Mar
Itziar Lazkano, 20.000 Especies de Abejas
Clara Segura, Creatura
Ana Torrent, Cerrar los Ojos
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Melhor Actor Revelação
Omar Banana, Te Estoy Amando Locamente
Brianeitor, Campeonex
La Dani, Te Estoy Amando Locamente
Julio Hu Chen, Chinas
Matías Recalt, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Actriz Revelação
Sara Becker, La Contadora de Peliculas
Yeju Ji, Chinas
Clàudia Malagelada, Creatura
Janet Novás, O Corno
Xinyi Yr, Chinas
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Melhor Argumento Original
Estibaliz Urresola Solaguren, 20.000 Especies de Abejas
Michel Gaztambide e Victor Erice, Cerrar los Ojos
Alejandro Marín e Carmen Garrido, Te Estoy Amando Locamente
Félix Viscarret, Una Vida no tan Simple
Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vásquez, Upon Entry
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Melhor Argumento Adaptado
Albert Val, El Maestro que Prometió el Mar
Pablo Berger, Robot Dreams
Albert Espinosa e David Trueba, Saben Aquell
Bernat Vilaplana, Juan Antonio Bayona, Jaime Marques-Olarreaga e Nicolás Casariego, La Sociedad de la Nieve
Isabel Coixet e Laura Ferrero, Un Amor
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Melhor Montagem
Raúl Barreras, 20.000 Especies de Abejas
Ascen Marchena. Cerrar los Ojos
Fátima de los Santos, Mamacruz
Fernando Franco, Robot Dreams
Andrés Gil e Jaume Martí, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Fotografia
Gina Ferrer García, 20.000 Especies de Abejas
Valentin Álvarez, Cerrar los Ojos
Pedro Luque, La Sociedad de la Nieve
Bet Rourich, Un Amor
Diego Trenas, Una Noche con Adela
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Melhor Música Original
Natasha Arizu, El Maestro que Prometió el Mar
Arnau Bataller, La Paradoja de Antares
Alfonso de Vilallonga, Robot Dreams
Andrea Motis, Saben Aquell
Michael Giacchino, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Canção Original
"Eco", por Xoel López, Amigos Hasta la Muerte
"El Amor de Andrea", por Álvaro B. Baglietto, David García, Guille Galván, Jorge González, Juan Pedro Martin "Pucho", Juanma Latorre e Valeria Castro, El Amor de Andrea
"Chinas", por Marina Herlop, Chinas
"La Gallinita", por Fernando Moresi Haberman e Sergio Bertran, La Imatge Permanent
"Yo Solo Quiero Amor", por Rigoberta Bandini, Te Estoy Amando Locamente
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Melhor Som
Eva Valiño, Koldo Corella e Xanti Salvador, 20.000 Especies de Abejas
Tamara Arévalo, Fabiola Ordoyo e Yasmina Praderas, Campeonex
Iván Marín, Juan Ferro e Candela Palencia, Cerrar los Ojos
Xavi Mas, Eduardo Castro e Yasmina Praderas, Saben Aquell
Jorge Adrados, Oriol Tarragó e Marc Orts, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Direcção Artística
Izaskun Urkijo, 20.000 Especies de Abejas
Curru Garabal, Cerrar los Ojos
Carlos Conti, La Contadora de Peliculas
Marc Pou, Saben Aquell
Alain Bainée, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Guarda-Roupa
Nerea Torrijos, 20.000 Especies de Abejas
Mercè Paloma, La Contadora de Peliculas
María Armengol, El Maestro que Prometió el Mar
Lala Huete, Saben Aquell
Júlio Suárez, La Sociedad de la Nieve
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Melhor Maquilhagem e Cabelos
Ainhoa Eskisabel e Jone Gabarain, 20.000 Especies de Abejas
Caitlin Acheson, Benjamin Pérez e Nacho Díaz, Saben Aquell
Ana López-Puigcerver, Belén López-Puigcerver e Montsé Ribé, La Sociedad de la Nieve
Eli Adánez e Juan Begara, La Ternura
Sarai Rodríguez, Noé Montes e Óscar del Monte, Valle de Sombras
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Melhores Efeitos Especiais
Mariano García Marty, Jon Serrano, David Heras, Fran Belda e Indira Martín, 20.000 Especies de Abejas
Eneritz Zapiain e Iñaki Gil "Ketxu", La Ermita
Pau Costa, Félix Bergés e Laura Pedro, La Sociedad de la Nieve
Mariano García Marty, Jon Serrano, Juan Ventura e Amparo Martínez, Tin & Tina
Raúl Romanillos e Miriam Piquer, Valle de Sombras
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Os vencedores serão conhecidos numa cerimónia a realizar na Fería de Valladolid no próximo dia 10 de Fevereiro em Valladolid.
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European Film Awards 2023: os primeiros vencedores

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A Academia Europeia de Cinema divulgou esta manhã os primeiros vencedores da 36ª edição dos European Film Awards, os seus troféus anuais entregues às melhores produções cinematográficas europeias do último ano.
Entre estes primeiros vencedores encontramos alguns dos nomeados ao European Film Award de Melhor Filme como, por exemplo, Anatonie d'Une Chute, de Justine Triet e The Zone of Interest, de Jonathan Glazer.
São os vencedores:
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Montagem: Laurent Sénéchal, Anatomie d'Une Chute
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Fotografia: Rasmus Videbaek, Bastarden
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Música Original: Markus Binder, Club Zero
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Som: Johnnie Burn e Tarn Willers, The Zone of Interest
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Design de Produção: Emita Frigato, La Chimera
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Guarda-Roupa: Kicki Ilander, Bastarden
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Maquilhagem e Cabelos: Ana López-Puigcerver, Belén López-Puigcerver, David Martí e Montse Ribé, La Sociedad de la Nieve
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Efeitos Visuais: Félix Bergés e Laura Pedro, La Sociedad de la Nieve
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Os demais vencedores dos European Film Awards serão conhecidos no próximo dia 9 de Dezembro durante a cerimónia a decorrer no Arena de Berlin.
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terça-feira, 28 de novembro de 2023

Gotham Awards 2023: os vencedores

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Passages, de Ira Sachs foi a longa-metragem escolhida como o Melhor Filme do ano nos Gotham Awards cuja cerimónia decorreu esta noite no Cipriani Wall Street, em Nova York. No entanto, a obra mais premiada foi a francesa Anatomie d'Une Chute, de Justine Triet ao arrecadar os troféus de Filme Internacional e Argumento.
São os vencedores:
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Filme; Passages, de Ira Sachs
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Documentário: Les Filles d'Olfa, de Kaouther Ben Hania
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Filme Internacional: Anatomie d'une Chute, de Justine Triet (França)
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Realização Revelação: A. V. Rockwell, A Thousand and One
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Interpretação Protagonista: Lily Gladstone, The Unknown Country
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Interpretação Secundária: Charles Melton, May December
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Argumento: Justine Triet e Arthur Harari, Anatomie d'une Chute
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segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Frances Sternhagen


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1930 - 2023
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sábado, 25 de novembro de 2023

Planos Film Festival 2023: os vencedores

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Le'ehov Otkha Ani Lo Hayevert, de Yotam Knispel de Israel foi a grande vencedora da sétima edição do Planos Film Festival que decorreu no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar - e ao qual tive a honra e o prazer de fazer parte do júri pelo terceiro ano consecutivo - desde o passado dia 22 de Novembro. The Boat, de Luke Morgan foi também vencedor em três categorias incluindo o Prémio do Público.
São os vencedores:
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Curta-Metragem Internacional: Le'ehov Otkha Ani Lo Hayevert, de Yotam Knispel (Israel)
Curta-Metragem Nacional: Aplauso, de Guilherme Daniel
Prémio do Público: The Boat, de Luke Morgan (Irlanda/Nepal)
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Realização: Yotam Knispel, Le'ehov Otkha Ani Lo Hayevert
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Actor: Kuni Tomita, Tu Tijera en mi Oreja
Menção Honrosa: Kai Bosse, TwoMuch?!
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Actriz: Hanna Azoulay-Hasfari, Le'ehov Otkha Ani Lo Hayevert
Menção Honrosa: Mary Anisi, Fin
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Argumento: Luke Morgan, The Boat
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Montagem: Jakub Podmanický, Rituály
Menção Honrosa: Javier López Soria, Todo Va Bien
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Fotografia: Rafaela Gomes, O Abafador e Wen Yifan, Lin XingZhi Qian
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Música Original: Jake Morgan, The Boat
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Som: Qi Liu, Yu Bu Zhong Ri
Menção Honrosa: Miguel Coelho e Miguel Martins, Aplauso
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Direcção Artística: João Pedro Frazão, Maria José Maria
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sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Nobody (2023)

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Nobody de Marcela Jacobina (Portugal) seleccionada para competição na sétima edição do Planos Film Festival a decorrer no Cine-Teatro Paraíso, em Tomar revela a história da personagem que dá nome a este filme curto interpretado por Marcela Jacobina, uma jovem que centra a sua existência numa dinâmica online com homens aos quais cobra pela sua companhia.
Filmado num cenário que agora nos é familiar de período pandémico (e pós-pandémico) onde, mais do que nunca, as relações oscilaram muito para uma vertente virtual - relações essas que vão das de amizade às sociais e principalmente profissionais -, este Nobody sobre "Nobody", uma jovem mulher que revela o seu latente anonimato e desapego para qualquer tipo de interacções sociais e que apenas interage (ou tenta) com o mundo através das múltiplas e breves ocasiões diárias em que contacta com homens que encara como a sua fonte de rendimento e que a procuram pela sensualidade que deposita na sua persona inspirada em anime japonesa.
Desligada a câmara, pergunta-se ela e nós espectadores, o que existe? Muito pouco ou nada. Uma mão cheio de correspondência por abrir, uma mãe que lhe liga insistentemente e à qual não responde e uma casa que é o completo oposto daquilo que encena para o seu público. Desarrumação, pouco brio e uma  aparente realidade de desapego e motivação para o que a rodeia e que não consiga fazer parte daquele imaginário que dá cor à sua ilusão. E é no meio deste isolamento, que calculamos ser auto-imposto, que se desenrola a sua realidade ou, melhor dizendo, a falta dela. Percebemos que não tem qualquer vontade de interacção social mas, ainda assim, mantém estas relações programadas e furtuitas para a sua subsistência. Existe apenas num limite dessa sobrevivência que, na realidade, passa despercebida a todos menos a um cliente habitual (Carloto Cotta) que insiste estar disponível para lhe dar atenção seja quando for. Mas que ela nega e do qual se afasta concentrando-se, quem sabe, no seu apego por esta solidão que, ao mesmo tempo, parecer querer despedir.
"Nobody" é assim, uma mulher fora do tempo mas reflexo do mesmo em que vive. Está no mundo sem estar. Existe sem existir. Ninguém a conhece ou sabe verdadeiramente quem é. Poderá alguém dar pela sua falta algum dia? Saberá alguém que ela é uma realidade ou apenas um boneco criado e que em qualquer momento poderá desaparecer? É no meio destes dilemas que vive (ou existe?!) e para os quais parece não ter qualquer tipo de resposta ou solução.
Ainda que esta curta-metragem consiga fazer um curioso e interessante retrato das realidades deste século já com mais de vinte anos de existência reflectindo sobre as relações que hoje existem ou como se desenvolvem as dinâmicas entre pares, falta a Nobody um maior desenvolvimento no seu argumento que nos permita pensar mais sobre esta jovem mulher para lá daquilo que faz como modo de sobreviver. Foi pensado o seu isolamento e subsistência através destes encontros ocasionais online ou foi o seu objectivo revelar a sua (in)existência como uma realidade desejada? Existe Nobody para lá desta dinâmica ou não é ela mais do que o seu próprio nick define... ninguém?! É a falta desta exploração de personagem que seria interessante e dinamizaria mais esta curta-metragem que acaba por se resumir à breve revelação de uma vida que não o chega a ser mesmo quando um daqueles com quem interage parece querer saber mais do que aquilo que a sua caracterização esconde. Conseguirá ela alguma vez querer exactamente o mesmo?
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6 /10
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Todo va Bien (2023)

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Todo va Bien de Adrián Ordóñez (Espanha) é uma das curtas-metragens em competição no Planos Film Festival que revela a história de Rachid (Hassan el Boujaddaini), um jovem imigrante em Espanha que procura o sonho de uma vida melhor. No entanto, quando parece ter a vida encaminhada com um novo trabalho e uma rapariga da sua idade que aparenta gostar dele, a sociedade parece insistir não no seu potencial mas sim nas suas origens.
As primeiras imagens desta curta-metragem com um belíssimo argumento de Sergio Rubio inserem o espectador no imaginário de uma vida de emigração que, compreende de imediato, pertencer a uma realidade dura e cheia de elementos que colocam o protagonista numa vida marginal ou, pelo menos, vivida nas margens daquilo que ele desejara. "Rachid" é um jovem saído de Marrocos para procurar uma vida melhor. Muitos são os seus desejos de poder ajudar uma família que ficara para trás e para a qual se sujeita a uma realidade inimaginada que é agora a sua. Vive no seio das desconfianças de todos aqueles com quem se cruza e os únicos amigos que parece conseguir ter são aqueles que, tal como ele, têm uma realidade similar. O espaço em que vive parece oriundo de um qualquer cenário de detenção... um quarto partilhado com tantas outras pessoas que se sujeitam a realidades precárias porque são estas as únicas que conseguem manter com alguma dignidade (pouca)... ou estão numa camarata comum ou na rua pois não há rendimentos para mais. O dinheiro escasseia... o trabalho não surge de nenhuma parte e, claro, a formação que tem não lhe permite ambicionar um pouco mais mas, no entanto, os requisitos exigidos não páram de ser mais e mais...
As dificuldades de "Rachid" são imediatamente compreendidas. Deseja um trabalho... mas precisa de um par de sapatos para aparentar algum brio e ainda que estes não sejam uma exigência, a realidade é que é subtilmente compreendido que poderão "ajudar" à sua realidade e, ao mesmo tempo que o espectador acaba por ir conhecendo esta personagem existe também algum misto de desconfiança para com as suas atitudes ou comportamentos. Estará ele assim num aperto tão grande ou será que esconde algo mais? No seio da desconfiança despertada por um argumento que nem sempre é claro - aí reside um dos seus pontos mais fortes -, o espectador crê e empatiza com o mesmo quando compreende que "Rachid" é o receptáculo de todo um conjunto de sonhos e desejos por cumprir quer sejam eles profissionais, pessoais, familiares ou até mesmo sentimentais quando descobre e sente interesse por uma rapariga do bairro.
Dois são os momentos que mais me impressionaram nos destinos desta personagem e que, de certa forma, acabam por revelar o seu interior ou os seus propósitos... O primeiro que se relaciona directamente com os sapatos que "Rachid" deixa para trás depois de dormir num vão de escada... não só é um momento marcante naquilo que poderá ser os destinos desta personagem forçada a abandonar os seus bens mais pessoais para trás agora que aparenta ter a sua vida "encaminhada" dentro da perda a que está habituado nesta Espanha que escolheu como sua nova casa como nos remete enquanto espectadores para as trágicas histórias de emigração que a tanto estamos habituados e que compreendemos como sendo toda uma história de perda consecutiva e sem limites. No passado mais ou menos próximo tal como agora "Rachid" tem o seu destino marcado por todo um conjunto de perdas que não aparentam ter um final. Finalmente, o momento final no qual telefona à sua mãe revelando que a sua vida se encaminha e que se encontra feliz quando as lágrimas insistem em cair num silêncio perturbante. A mentira piedosa que se conta para não afligir aquela que mais o ama e que lhe deseja todas as felicidades do mundo encerra esta história que não se adivinha feliz - pelo menos não nos deixa disso indícios - e o longo plano com que o realizador nos presenteia assim o faz adivinhar.
Decididamente uma das melhores curtas da edição deste ano do Planos Film Festival com uma sempre presente e pertinente história enriquecida por uma interpretação fortemente contida na expressão de emoções que, no entanto, conseguimos todos identificar do jovem actor Hassan el Boujaddaini que nos entrega diversos momentos onde o sentimento ou sensação chave é aquela de uma perda constante.
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8 / 10
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quinta-feira, 23 de novembro de 2023

Premios Feroz 2024: os nomeados

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Foram hoje revelados os nomeados à XII edição dos Premios Feroz entregues anualmente pela imprensa espanhola às melhores produções cinematográficas do país estreadas ao longo do último ano. 20.000 Especies de Abejas, de Estibaliz Urresola Solaguren, Cerrar los Ojos, de Víctor Erice (o filme mais nomeado do ano ao reunir nove nomeações), La Sociedad de la Nieve, de Juan Antonio Bayona, Un Amor, de Isabel Coixet e Upon Entry, de Alejandro Rojas e Juan Sebastián Vasquez são os filmes nomeados na categoria de Drama enquanto que Bajo Terapia, de Gerardo Herrero, Las Chicas Están Bien, de Itsaso Arana, Mamacruz, de Patricia Ortega, Robot Dreams, de Pablo Berger e Te Estoy Amando Locamente, Alejandro Marín são as obras seleccionadas na categoria de Comédia do ano. Já nas categorias de Televisão é a série La Mesías que domina as nomeações ao recolher um total de onde indicações.
São os nomeados:
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Cinema
Melhor Filme - Drama
20.000 Especies de Abejas, Lara Izaguirre e Valérie Delpierre (prods.)
Cerrar los Ojos, Cristina Zumárraga, Pablo E. Bossi, Víctor Erice e José Alba (prods.)
La Sociedad de la Nieve, Belén Atienza, Sandra Hermida e Juan Antonio Bayona (prods.)
Un Amor, Marisa Fernández Armenteros e Sandra Hermida (prods.)
Upon Entry, Carles Torras, Carlos Juárez, Xosé Zapata e Sergio Adriâ (prods.)
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Melhor Filme - Comédia
Bajo Terapia, Gerardo Herrero e Mariela Besuievsky (prods.)
Las Chicas Están Bien, Jonás Trueba e Javier Lafuente (prods.)
Mamacruz, Olmo Figueredo González-Quevedo, Carlos Rosado Sibón e José Alba (prods.)
Robot Dreams, Ibon Cormenzana, Ignasi Estapé, Sandra Tapia e Ángel Durández (prods.)
Te Estoy Amando Locamente, Aintza Serra, Paloma Molina, Sergi Casamitjana e Antonio Asensio (prods.)
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Melhor Realização
Estibaliz Urresola Solaguren, 20.000 Especies de Abejas
Víctor Erice, Cerrar los Ojos
Elena Martín Gimeno, Creatura
Juan Antonio Bayona, La Sociedad de la Nieve
Isabel Coixet, Un Amor
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Melhor Actor Protagonista
Alberto Ammann, Upon Entry
Enric Auquer, El Maestro que Prometió el Mar
Hovik Keuchkerian, Un Amor
Manolo Solo, Cerrar los Ojos
David Verdaguer, Saben Aquell
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Melhor Actriz Protagonista
Malena Alterio, Que Nadie Duerma
Laia Costa, Un Amor
Kiti Mánver, Mamacruz
María Vázquez, Matria
Carolina Yuste, Saben Aquell
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Melhor Actor Secundário
Luis Bermejo, Un Amor
José Coronado, Cerrar los Ojos
La Dani, Te Estoy Amando Locamente
Oriol Pla, Creatura
Hugo Silva, Un Amor
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Melhor Actriz Secundária
Ane Gabarain, 20.000 Especies de Abejas
Luisa Gavasa, El Maestro que Prometió el Mar
Patrícia López Arnaiz, 20.000 Especies de Abejas
Aitana Sánchez-Gijón, Que Nadie Duerma
Ana Torrent, Cerrar los Ojos
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Melhor Argumento
Estibaliz Urresola Solaguren, 20.000 Especies de Abejas
Isabel Coixet e Laura Ferrero, Un Amor
Víctor Erice e Michel Gaztambide, Cerrar los Ojos
Elena Martín Gimeno e Clara Roquet, Creatura
Juan Sebastián Vázquez e Alejandro Rojas, Upon Entry
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Melhor Música Original
Federico Jusid, Cerrar los Ojos
Zeltia Montes, Que Nadie Duerma
Alfonso de Villalonga, Robot Dreams
Michael Giacchino, La Sociedad de la Nieve
Nico Casal, Te Estoy Amando Locamente
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Melhor Cartaz
Cristina Hernández Bernardo, 20.000 Especies de Abejas
Sergio Rozas e Manolo Pavón, Cerrar los Ojos
Alejandro Llamas Sánchez, O Corno
Iñaki Villuendas e José Haro, Hermana Muerte
José Luís Ágreda, Robot Dreams
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Melhor Trailer
Liviu Neagoe, 20.000 Especies de Abejas
Elena Gutiérrez, Cerrar los Ojos
Miguel Ángel Sanantonio, Saben Aquell
Harry Eaton, La Sociedad de la Nieve
Mikel Garmilla, Te Estoy Amando Locamente
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Televisão
Melhor Série - Drama
El Cuerpo en Llamas
El Hijo Zurdo
La Mesías
Rapa
Selftape

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Melhor Série - Comédia
Cites Barcelona
Esto No es Suecia
El Otro Lado
Poquita Fe

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Melhor Actor Protagonista
Javier Cámara, Rapa
Roger Casamajor, La Mesías
Raúl Cimas, Poquita Fe
Patrick Criado, Las Noches de Tefía
Quim Gutiérrez, El Cuerpo en Llamas
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Melhor Actriz Protagonista
Úrsula Corberó, El Cuerpo en Llamas
Lola Dueñas, La Mesías
Macarena García, La Mesías
Esperanza Pedreño, Poquita Fe
Ana Rujas, La Mesías
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Melhor Actor Secundário
Andreu Buenafuente, El Otro Lado
Chani Martín, Poquita Fe
Albert Pla, La Mesías
Biel Rossell Pelfort, La Mesías
José Manuel Poga, El Cuerpo en Llamas
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Melhor Actriz Secundária
Amaia, La Mesías
Irene Balmes, La Mesías
Tamara Casellas, El Hijo Zurdo
Julia de Castro, Poquita Fe
Carmen Machi, La Mesías
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Melhor Argumento
Laura Sarmiento, Eduard Solá, Carlos López e José Luís Martin, El Cuerpo en Llamas
Rafael Cobos, El Hijo Surdo
Javier Calvo, Javier Ambrossi, Nacho Vigalondo e Carmen Jiménez, La Mesías
Berto Romero, Rafel Barceló e Enric Pardo, El Otro Lado
Pepón Montero e Juan Maidagán, Poquita Fe
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Os vencedores serão conhecidos numa cerimónia a realizar no próximo dia 26 de Janeiro, em Madrid.
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O Misterioso Caso de Lázaro Lafourcade (2023)

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O Misterioso Caso de Lázaro Lafourcade de Tiago Durão (Portugal) é a mais recente obra do realizador de Eunice ou Carta a Uma Jovem Actriz (2021), curta-metragem de documentário vencedora do Sophia na respectiva categoria.
A família Lafourcade reúne-se depois de serem convocados pelo patriarca Lázaro (Ruy de Carvalho) para discutir o seu testamento. No momento em que todos se preparam para saber quem é o herdeiro de todo o património, Lázaro morre envolto em mistério deixando todos suspeitos do acto. Aurora (Maria José Pascoal) a irmã, Laura (Dalila Carmo), Amélia (Lídia Muñoz) e Raúl (Isac Graça) os filhos e Oscar (Pedro Lamares) o seu genro são agora suspeitos (e suspeitam) de tudo e todos sedentos de saber o que os espera e deixando a descoberto todo um conjunto de segredos que a família tão bem soube esconder.
Assim que este filme começou rápidas foram as memórias que me transportaram para um dos maiores êxitos televisivos dos idos anos 80 como o fora Gente Fina é Outra Coisa, de Luís Andrade. Para lá do evidente elo de ligação entre ambos ao ter o actor Ruy de Carvalho como um dos seus protagonistas foi o facto de toda uma atmosfera de enviar para dentro das paredes da referida série e encontrar-me perante uma história que tem como premissa principal as dinâmicas entre os vários elementos da mesma família.
Se em Gente Fina é Outra Coisa encontrávamos a família "Penha Laredo" que co-habitava no mesmo espaço agudizando dessa forma todas as dinâmicas (boas e menos boas) entre os seus vários elementos, em O Misterioso Caso de Lázaro Lafourcade é a lenta revelação de todo um conjunto de pensamentos e de sentimentos ocultados pelo tempo que, agora enclausurados entre quatro paredes, cedo começam a surgir e fazer notar os ressentimentos que a todos os "Lafourcade" abalam. Dos desejos reprimidos a segredos escondidos pelo tempo, de traições a amores perdidos, do potencial elo familiar que os deveria unir a um conjunto de ódios que os anos alimentaram sem esquecer o desdém que se foi alimentando e que apenas os faz tolerar a breve presença de uns perto dos outros porque o "social" assim obriga. Ninguém entre eles escapa ileso desta reunião que tudo tem menos de familiar e da qual nenhum dos "Lafourcade" irá sair ileso. Mas tudo com muito humor.
Muito une os "Lafourcade" aos já mencionados "Penha Laredo". O viver das aparências, os esquemas milagrosos que se espera possam fazer render algum dinheiro, um conjunto de empregados que está cansado de viver (ou ir vivendo) com a "promessa" de que têm casa, cama e roupa lavada sem que sejam devidamente recompensados por uma vida de trabalho que, uma vez mais, apenas serve para manter as aparências de um certo nível de vida que já não existe mas que o (mais ou menos) bom nome de família ainda lhes confere. Assim todos se suportam - pela possibilidade do bem viver - atacando-se sem limites tentando fazer com que o outro seja tão ou mais infeliz do que a sua própria realidade assim lho tem permitido. Já nenhum dos "Lafourcade" vive uma qualquer alegria que em tempos poderá ter sentido mas sim pela e na esperança de que possa fazer do seu outro membro da família alguém que se sente tão mal quanto o próprio sente. Para lá de ressentimentos mútuos é a ideia de que o "outro" é a razão pela qual a sua felicidade deixou de existir que comanda as acções e sobretudo as palavras que aqui são proferidas entre eles.
Mas que não se deixe enganar o espectador se pensa que esta breve descrição pode fazer pensar que está perante um filme que retrata os dramas familiares de uma forma séria e quase de uma vingança adormecida entre os "Lafourcade". Pelo contrário, aquilo que aqui temos é uma ligeira comédia com um conjunto de momentos bem humorados onde se exploram as dinâmicas de uma família desavinda que procura nos dramas alheios a sua própria redenção ou, por outras palavras, que a desgraça alheia lhes traga algum conforto. Nada melhor do que alguém que se encontra num fim de linha - e com uma acusação de homicídio sobre a sua cabeça - como poder dar vida (e muita cor) a todos os seus pensamentos mais sombrios com e sobre aqueles com quem partilha laços familiares mas também uma mútua aversão e desdém que não são trágicos mas sim cómicos caindo, todos eles, numa espiral que não lhes irá trazer nada de positivo excepto a compreensão de que aquele reduto familiar, por mais agreste que pareça, é o seu único porto seguro onde ninguém precisa fingir ou teatralizar mais do que aquilo que eles próprios são e que todos eles, sem excepção, conhece.
Com uma atmosfera muito própria e que me faz uma vez mais recuar a Gente Fina é Outra Coisa onde a mansão senhorial é, também ela, uma silenciosa personagem desta obra conferindo portanto a todas as demais o seu próprio universo particular dentro das suas paredes destacam-se claro características e traços comportamentais de cada um dos "Lafourcade", há que destacar logo de imediato a figura do patriarca "Lázaro" de Ruy de Carvalho que, ainda que com uma participação mais breve, nos deixa rendidos enquanto espectadores por, uma vez mais, o poder ver no grande ecrã. Intenso e a recordar a matriarca "Matilde de Penha Laredo" tão hábil e mordazmente interpretada pela Sra. D. Amélia Rey Colaço, Ruy de Carvalho é aqui alguém sábio e que conhece melhor do que ninguém aqueles que o rodeiam e especialmente as suas motivações quase sempre duvidosas. À sua volta a irmã "Aurora" (Maria José Pascoal), uma vedeta internacional caída em desgraça que vive às custas dos rendimentos do irmão e que sabe todos os pequenos segredos da família não tendo pudores para os expôr. As filhas "Laura" (Dalila Carmo), "Amélia" (Lídia Muñoz) e o filho "Raúl" (Isac Graça) presos no seu próprio universo e desligados da família que sentem ser pessoas estranhas e distantes com as quais têm de conviver apenas e só por breves momentos e finalmente "Oscar" (Pedro Lamares), marido de "Laura" com a qual mantém uma relação de pouco amor e muito desdém e com a qual mantém apenas as aparências para uma sociedade que... não quer saber deles. Entre esquemas e poucos cuidados restam os empregados da mansão interpretados por Érica Rodrigues e Guilherme Barroso com os seus próprios planos e também eles conhecedores dos meandros desta casa que presa por tudo menos por ser um lar e que, uma vez mais, fazem lembrar aqueles que outrora haviam sido interpretados pelos saudosos Nicolau Breyner e Mariana Rey Monteiro que com parcos recursos e muito savoir faire faziam movimentar uma casa que em muito parecia ter deixado de viver.
Inteligente e simpático pelos seus discursos mordazes e agrestes fruto do apimentado argumento de Tiago Durão e Ana Ramos, O Misterioso Caso de Lázaro Lafourcade recupera um género de comédia há tanto esquecido tanto no cinema como na televisão, que não vive de pequenos momentos cómicos de situação/comédia grotesca assumidamente gratuitos, mas sim de uma história pensada - mesmo que nos momentos mais impossíveis de acreditar - capaz de fazer o espectador rir ou sorrir com gosto por encontrar em todas aquelas personagens pequenos traços e características com as quais se pode rever ou identificar saindo dessa forma da sala de cinema a pensar que o seu tempo passou rápido demais e, tal como eu, recordando outros momentos de épocas que agora já parecem longínquas onde as produções deste género específico eram feitos com gosto e qualidade e onde os actores eram enaltecidos pelo seu potencial e pela construção das suas personagens que davam cor e vida às histórias que ali se propunham contar. Que esteja viva a comédia. Esta comédia.
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7 / 10
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quarta-feira, 22 de novembro de 2023

Carlos Avilez


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1935 - 2023
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domingo, 19 de novembro de 2023

Joss Ackland


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1928 - 2023
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Sara Tavares


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1978 - 2023
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sábado, 18 de novembro de 2023

Caminhos do Cinema Português 2023: os vencedores

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Terminou hoje em Coimbra a XXIX edição do Festival Caminhos do Cinema Português que tem vindo a premiar, ao longo dos anos, o que de melhor se faz no cinema nacional. Depois de oito dias com uma vasta selecção de obras nacionais de todos os géneros e formatos, foram hoje anunciados os vencedores nas mais diversas categorias incluindo o Grande Prémio Cidade de Coimbra que premiou Cidade Rabat, de Susana Nobre como o melhor filme do ano.
São os vencedores:
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Selecção Oficial
Grande Prémio Cidade de Coimbra: Cidade Rabat, de Susana Nobre
Ficção: Corpos Cintilantes, de Inês Teixeira
Documentário: Dildotectónica, de Tomás Paula Marques
Animação: Quase Me Lembro, de Dimitri Mihajlovic e Miguel Lima
Revelação: Rúben Simões, Vadio
Realização: Basil da Cunha, 2720
Interpretação Principal: Beatriz Batarda, Great Yarmouth: Provisional Figures
Interpretação Secundária: Romeu Runa, Great Yarmouth: Provisional Figures
Argumento Original: Susana Nobre, Cidade Rabat
Montagem: Teresa Font, Vadio
Fotografia: Leonor Teles, BAAN
Música Original: Simon Smith e Jonathan Darch, De Imperio
Som: Rafael Cardoso, Pátio do Carrasco
Direcção Artística: Ricardo Preto, The Nothingness Club - Não Sou Nada
Guarda-Roupa: Cátia Cartaxo, Alexander David, Joana Lages e Pedro Vaz Simões, A Primeira Idade
Caracterização: Laura Gama Martins, Entre a Luz e o Nada
Cartaz: Igor Gonçalves e André Pinto, Cul-De-Sac
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Prémio FIPRESCI: O Bêbado, de André Marques
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Selecção Ensaios
Filme: Daydreaming So Vividly About our Spanish Holidays, de Christian Avilés
Menção Honrosa: Défilement, de Francisca Daniela Silva Miranda
Nacional: Mum, de Siddhant Sarin
Animação Nacional: Memórias de Pau Preto e Marfim, de Inês Costa
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Selecção Outros Olhares
Filme: Exotic Words Drifted, de Sandro Aguilar
Menção Honrosa: Onde Está Pessoa?, de Leonor Areal
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Prémio do Público: The Nothingness Club - Não Sou Nada, de Edgar Pêra
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LEFFEST - Lisboa Film Festival 2023: os vencedores

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Terminou hoje a XVII edição do LEFFEST - Lisboa Film Festival cuja cerimónia de encerramento decorreu no Teatro Tivoli, em Lisboa, coroando Cerrar los Ojos, de Victor Erice como o melhor filme do ano. O júri presidido por Elia Suleiman e composto ainda por Fanny Ardant, Nitin Sawhney, Rachel Kushner, Georgi Gospodinov, Khalik Allah e Adriana Molder decidiu que os vencedores desta edição seriam:
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Selecção Oficial
Filme: Cerrar los Ojos, de Victor Erice
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Grande Prémio do Júri: Los Delinquentes, de Rodrigo Moreno
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Prémio do Júri: Nu Astepta Prea Mult de la Sfârsitul  Lumii, de Radu Jude
Menção Especial: Le Procès Goldman, de Cédric Kahn
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Prémio Especial do Júri: Bianca Delbravo, Paradiset Brinner
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Selecção Descobertas
Revelação: Pet Shop Days, de Olmo Schnabel e Grandmother's Footsteps, de Lola Peploe
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sexta-feira, 17 de novembro de 2023

Suzanne Shepherd


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1934 - 2023
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quarta-feira, 15 de novembro de 2023

Prémio Atores - Fundação GDA 2023: os vencedores

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Decorreu na noite passada no Teatro da Trindade, em Lisboa, a décima-sexta edição do Prémio Atores entregue anualmente pela Fundação GDA - Direitos dos Actores às melhores interpretações cinematográficas do ano transacto. O júri que seleccionou os vencedores deste ano foi composto pelas actrizes Sandra Faleiro (já vencedora do Prémio Atores de Interpretação Protagonista em A Herdade) e Ângela Pinto e ainda pelo actor Luís Lucas.
São os vencedores:
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Interpretação Protagonista: Tomás Alves, Salgueiro Maia - O Implicado
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Interpretação Secundária: Ana Padrão, Alma Viva
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Prémio Novo Talento: Lua Michel, Alma Viva
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domingo, 12 de novembro de 2023

Ísis Freitas


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2001 - 2023
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Kevin Turen


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1979 - 2023
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sexta-feira, 10 de novembro de 2023

Johnny Ruffo


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1988 - 2023
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terça-feira, 7 de novembro de 2023

Paula Ribas


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1942 - 2023
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European Film Awards 2023: os nomeados

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A Academia Europeia de Cinema divulgou esta manhã os nomeados aos European Film Awards nas principais categorias. Entre as quarenta longas-metragens pré-seleccionadas à 36ª edição dos prémios encontravam-se alguns dos títulos mais falados do cinema europeu incluindo The Zone of Interest, de Jonathan Glazer, Io Capitano, de Matteo Garrone, Anatomie d'Une Chute, de Justine Triet ou Zielona Granica, de Agnieszka Holland que acabaram por recolher a nomeação a Melhor Filme Europeu.
São os nomeados:
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Melhor Filme
Anatomie d'Une Chute, Marie-Ange Luciani e David Thion (prods.) e Justine Triet (real.)
Io Capitano, Paolo del Brocco, Ardavan Safaee e Joseph Rouschop (prods.) e Matteo Garrone (real. e prod.)
Kuolleet Lehdet, Mark Lwoff, Misha Jaari e Reinhard Brundig (prods.) e Aki Kaurismäki (real. e prod.)
Zielona Granica, Marcin Wierzchoslawski e Fred Bernstein (prods.) e Agnieszka Holland (real. e prod.)
The Zone of Interest, James Wilson e Ewa Puszczynska (prods.) e Jonathan Glazer (real.)
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Melhor Documentário
Apolonia, Apolonia, de Lea Glob
Les Filles d'Olfa, de Kaouther Ben Hania
Motherland, de Hanna Badziaka e Alexander Mihalkovich
Savvusanna Sõsarad, de Anna Hints
Sur l'Adamant, de Nicolas Philibert
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European Discovery - Prix FIPRESCI
20.000 Especies de Abejas, de Estibaliz Urresola Solaguren
How to Have Sex, de Molly Manning Walker
La Palisiada, de Philip Sotnychenko
Sigurno Mjesto, de Juraj Lerotic
Stille Liv, de Malene Choi
Vincent Doit Mourir, de Stéphan Castang
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Melhor Filme de Animação
The Amazing Maurice, de Toby Genkel
Chicken for Linda!, de Chiara Malta e Sébastien Laudenbach
A Greyhound of a Girl, de Enzo d'Alò
Müanyag Égbolt, de Tibor Bánóczki e Sarolta Szabó
Robot Dreams, de Pablo Berger
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Melhor Curta-Metragem
27, de Flóra Anna Buda
Aqueronte, de Manuel Muñoz Rivas
Flores del Otro Patio, de Jorge Cadena
Hardly Working, de Susanna Flock, Robin Klengel, Leonhard Müllner e Michael Stumpf
La Herida Luminosa, de Christian Avilés
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Melhor Realização
Justine Triet, Anatomie d'Une Chute
Matteo Garrone, Io Capitano
Aki Kaurismäki, Kuolleet Lehdet
Agnieszka Holland, Zielona Granica
Jonathan Glazer, The Zone of Interest
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Melhor Actor
Christian Friedel, The Zone of Interest
Mads Mikkelsen, Bastarden
Josh O'Connor, La Chimera
Thomas Schubert, Roter Himmel
Jussi Vatanen, Kuolleet Lehdet
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Melhor Actriz
Leonie Benesch, Das Lehrerzimmer
Eka Chavleishvili, Blackbird Blackbird Blackberry
Sandra Hüller, Anatomie d'Une Chute
Sandra Hüller, The Zone of Interest
Mia Mckenna-Bruce, How to Have Sex
Alma Pöysti, Kuolleet Lehdet
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Melhor Argumento
Arthur Harari e Justine Triet, Anatomie d'Une Chute
Aki Kaurismäki, Kuolleet Lehdet
Johannes Duncker e Ilker Çatak, Das Lehrerzimmer
Maciej Pisuk, Gabriela Lazarkiewicz-Sieczko e Agnieszka Holland, Zielona Granica
Jonathan Glazer, The Zone of Interest
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Os vencedores serão conhecidos no decorrer da cerimónia da 36ª edição dos European Film Awards no Arena Berlin, no próximo dia 9 de Dezembro.
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domingo, 5 de novembro de 2023

Evan Ellingson


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1988 - 2023
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Lolita Rodrigues


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1929 - 2023
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sábado, 4 de novembro de 2023

Marina Cicogna


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1934 - 2023
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sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Elizângela


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1954 - 2023
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SPA - Prémio Autores 2023: os vencedores

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Foram esta manhã divulgados os vencedores dos Prémios Autores anualmente entregues pela Sociedade Portuguesa de Autores a um conjunto de obras e produções artísticas e culturais nacionais criadas no ano transacto. Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues foi considerado o melhor filme de 2022 num conjunto de obras em que estavam também nomeados Alma Viva, de Cristèle Alves Meira e Um Corpo que Dança - Ballet Gulbenkian 1965 - 2005, de Marco Martins.
são os vencedores:
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Filme: Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues
nomeados: Alma Viva, de Cristèle Alves MeiraUm Corpo que Dança - Ballet Gulbenkian 1965-2005, de Marco Martins
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Actor: Albano Jerónimo, Restos do Vento
nomeados: Tomás Alves, Salgueiro Maia - O Implicado e Carloto Cotta, Campo de Sangue
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Actriz: Ana Padrão, Alma Viva
nomeadas: Isabel Abreu, Restos do VentoMargarida Vila-Nova, Revolta
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Argumento: Tiago R. Santos, Revolta
nomeados: Cristèle Alves Meira e Laurent Lunetta, Alma VivaJoão Botelho e Maria Antónia Oliveira, Um Filme em Forma de Assim
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