terça-feira, 30 de abril de 2019

Anémone

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1950 - 2019
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Peter Mayhew

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1944 - 2019
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segunda-feira, 29 de abril de 2019

Caroline Bittencourt

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1981 - 2019
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John Singleton

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1968 - 2019
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A Sombra Interior (2018)

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A Sombra Interior de Diego Tafarel (Brasil) é uma das curtas-metragens presentes na Competição Internacional da décima edição do FICPI - Festival Internacional de Cine de Piélagos que decorre na Cantábria, em Espanha, até ao próximo dia 4 de Maio.
No Brasil rural uma criança (Rafael Schaefer) deseja a companhia de um pai (Frederico Vittola) relativamente ausente preocupado com o trabalho no campo. Insatisfeito com o seu afastamento, a jovem criança segue o pai onde faz uma devastadora descoberta para o seu imaginário.
O argumento da autoria do próprio realizador emerge o espectador na realidade de um Brasil rural... uma sociedade patriarcal onde a imagem de um pai forte e fisicamente musculado se confunde com o exercício de uma forma de poder que é implementado na mente de todos desde o seu nascimento. A principal forma de subsistência de todas estas personagens prende-se, portanto, com essa vida de campo onde o trabalho físico de sol a sol se impõe como uma realidade presente. Tendo esta noção de ordem e estratificação social em mente, as personagens desta curta-metragem correspondem, todas elas, as papéis sociais que delas esperamos... Uma mãe dona-de-casa, um pai que coordena o trabalho da fazenda tendo ao seu encargo diversos trabalhadores e uma criança que vê neste último a sua fonte de inspiração e à semelhança da qual quer definir a sua imagem. Mas, por outro lado, o que acontece à dinâmica afectiva?
Na profunda realidade de um país que está longe de ter o impacto dinâmico e cosmopolita das grandes metrópoles como o são Rio de Janeiro ou São Paulo, ou a força política de Brasília, ali o que define a realidade de todos e cada um é sim o quão fiéis estão para os já referidos papéis sociais. Nesta perspectiva, a esperada afectividade entre o casal e destes para com o seu filho limita-se à estritamente necessária para o seu inicial desenvolvimento deixando toda a demais aprendizagem ao "sabor" daquilo que se espera de um círculo fechado, conservador e onde não há tempo para o desenvolvimento emocional de ninguém. Mas, o que acontece quando algo se esconde para lá daquilo que os olhares mais distraídos não captam? Quem serão, na realidade, estas três pessoas que se constituem como família num local que parece ter sido abandonado pelo tempo?
Por um lado encontramos uma "Mãe" (interpretada por Carina Dias), apagada por uma vida que potencialmente não a representa mas que sustenta por uma qualquer conveniência que é alheia ao espectador. Distante do marido e do filho que parece acompanhar apenas pela inevitável consequência que a vida lhe proporcionou, o distanciamento deste último resulta - talvez a médio prazo - como o espelho de uma maternidade que não desejou. O "Filho" (Schaefer) é o resultado de uma família disfuncional e na qual parece ter sido largado como o resultado de algo que teria de acontecer mas que não fora necessariamente desejado por nenhum dos seus progenitores sendo, dessa forma, tudo aquilo que eventualmente consegue dinamizar para o seu bem e revendo-se no homem adulto que espontaneamente admira como um potencial "modelo" para a vida que o espera. O "Pai" (Vittola), por sua vez, é a representação dessa já referida sociedade patriarcal onde o "Homem" é a força de trabalho, o sustento de uma família, a força moral educadora dos mais novos mas, ao mesmo tempo, são as revelações proporcionadas ao seu jovem filho - e ao espectador - que demonstram que nem tudo é tão moralizador como aparentemente se desenha nem tão pouco a vida perfeita no sertão brasileiro é representativa de um qualquer idealismo moral que se faz anunciar.
Quando a jovem criança descobre que, afinal, o seu pai mantém uma relação extra-conjugal não com outra mulher mas sim com um dos seus funcionários com o qual desaparece nas quentes tardes brasileiras e se deixa levar pelos prazeres carnais que não consegue fazer cumprir com a sua mulher - e mãe do filho -, é o jovem de Schaefer que se ressente com o mais choque da sua vida... primeiro por compreender que o distanciamento sentido em casa entre os seus progenitores mais não é do que o resultado desta falta de afectividade e cumplicidade entre ambos, depois porque se assume como o eventual resultado de uma relação de conveniência e, finalmente, porque o único modelo de masculinidade que aparentava ter numa altura em que as suas próprias hormonas dão os primeiros sinais de vida, resulta como um sentido (por si) embuste que a partir daquele exacto momento não tem qualquer resultado prático enquanto educador por (o) ter presenciado num momento de maior fragilidade física e carnal. Todos os comportamentos entre pai e filho são, a partir desse momento, o resultado de um inevitável confronto do qual ambos sairão fragilizados como que duas vítimas de uma relação agora abalada e onde o respeito e admiração se esvaíram. A tragédia que daí resulta não é só esperada como inevitável e assumidamente transformadora de uma virilidade que agora... ninguém reconhece.
Intensa e até crua pela forma como espelha a desmistificação do papel social da família numa comunidade onde esta representa o pilar moral dos membros que a compõem, A Sombra Interior é, acima de tudo isso, o rosto de um segredo inconfessável que define não só todos aqueles que o vivem como sobretudo a forma como estes encaram o tal mundo (não tão) perfeito como anteriormente o assumiam. Com duas sólidas e interpretações de Schaefer e Vittola, esta curta-metragem brasileira assume-se como o rosto de um novo cinema brasileiro capaz de contar histórias que se situam longe das metrópoles mas igualmente importantes pela forma como desconstroem velhas noções de família, sexualidade, moral e papéis sociais sempre em constante transformação.
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9 / 10
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Eran Otros Tiempos (2018)

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Eran Otros Tiempos de Alejandro Talaverón (Espanha) é um dos filmes curtos presentes na secção competitiva LGBT da décima edição do Festival Internacional de Cine de Piélagos que decorre na Cantábria, em Espanha até ao próximo dia 4 de Maio.
No presente, todos temos liberdade sexual e as minorias levantam a sua voz podendo, dessa forma, orgulhosamente sair à rua e expressar aquilo que e por quem sentem. Mas nem sempre foi assim...
Este belíssimo documentário curto tem como principal interveniente a avó do realizador que começa por ser apresentada ao espectador como uma mulher idosa, viúva e por quem se espera ter um inesperado interesse por aquilo que ela potencialmente tem para nos contar. No entanto, não é tanto pela história que nunca chega a ser devidamente desenvolvida que nos interessamos, mas sim pela candura e honestidade com que a mesma fala e se expõe a um espectador surpreendido pela sua genuinidade e coração aberto para falar não sobre as dinâmicas de uma mulher na terceira idade mas sim daquilo que sempre a fez mover um pouco mais além... o amor.
Talaverón com uma câmara firme e o gosto por descobrir - ou fazer descobrir - a sua avó, apresenta-nos uma mulher que aparenta levar a vida de forma ligeira e despreocupada. Certa dos seus sentimentos e segura daquilo que sentiu no passado, lentamente revela-se para uma câmara que a quer descobrir confessando assim a paixão que sentiu pela noiva do seu irmão. Paixão essa que nunca confessou pelo medo das represálias, da família e mesmo da rejeição. A única coisa da qual ela revela não sentir qualquer lamento é do próprio sentimento... Um sentimento que a fez sentir viva, que a faz sorrir pelas memórias que lhe trazem e que, mesmo não tendo sido um amor cumprido, foi sentido com a intensidade de uma jovem que ainda hoje é.. em pensamento.
Com uma vida construída para lá do sentimento da paixão - e que deu, obviamente, origem ao seu neto e realizador -, esta mulher sempre sentiu uma forte atracção pela cunhada com quem pouco conviveu para lá dos eventuais encontros familiares que se proporcionariam ao longo dos anos e por quem nunca perdeu um especial carinho que, no fundo, sempre definiu o seu ser e os seus sentimentos.
Inteligente, emotiva e dotada de uma grande sensibilidade que levam o espectador a simpatizar desde o primeiro instante com esta mulher de força emocional extrema, Eran Otros Tiempos define não só os sinais do tempo e da sua mudança onde tudo aparenta estar mais fácil para a aceitação pessoal dos sentimentos individuais mas que, ao mesmo tempo, não deixa grande margem de manobra para essa mesma aceitação àqueles que, vindos de outros tempos, ainda se deixam definir pelos parâmetros e valores de outras épocas libertando-os (talvez) de culpas sentidas mas condicionando-os no tempo e no espaço que já não lhes permite viver a vida com a mesma intensidade. Se o espectador se deixar levar pela genuinidade de uma mulher desses "outros tempos"... aqui encontrará a sua musa.
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8 / 10
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quinta-feira, 25 de abril de 2019

José (2019)

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José de João Monteiro (Portugal) é uma curta-metragem que revela uma história, assinada pelo próprio realizador, centrada num qualquer subúrbio onde as revelações pessoais e de um passado perturbado se assumem como determinantes para um futuro porvir.
José (José Cordeiro) celebra o seu décimo-oitavo aniversário. O seu irmão mais velho (Nuno Nolasco) oferece-lhe um fio. Num momento de reflexão sobre o passado, compreensão do futuro e considerações futuras tidas pelo próprio espectador, José revela a história de uma família à procura de si própria.
De imediato a curta-metragem de João Monteiro transporta o espectador para um espaço incerto. Incerto não pela sua condição geográfica que (compreendemos) ser precária e onde as carências são uma certeza, mas sim pela forma como a relação entre os dois irmãos se manifesta. Ainda que próximos, o espectador sente que "José" e o seu irmão são o fruto de algo que, no passado, correu mal. Para lá da morte - que se assume como o ponto de partida principal - ou mesmo de qualquer carência económica que os leva à sua realidade social - "José" a trabalhar na recolha do lixo e o irmão como alguém que aparenta ter encontros casuais com homens mais velhos -, existe uma mágoa presente em ambos que embora os torne indiferentes à realidade alheia, agindo e interagindo com tudo o demais por mera sobrevivência, os transforma em seres emocionalmente próximos compreendendo que tendo muito que os separa - nos caminhos percorridos - estão unidos por um passado comum... perdido mas que lhes confere essa inquebrável ligação familiar e afectiva.
Tudo à volta destes dois irmãos parece degradado. Do seu ambiente natural (pensa o espectador) que se assume sob a forma de uma casa abandonada que se revela como a sua casa (passada ou presente?!), às formas escolhidas para ganharem a sua vida. Nada parecer ter corrido como aquelas oportunidades que eventualmente esperavam ao ponto dos silêncios serem a maior e melhor forma de comunicação que conseguiram encontrar. A própria identidade de "José" é, em boa parte desta curta-metragem, protegida pela câmara impossibilitando o espectador que compreender quem está do outro lado e só já decorrido algum tempo se compreende de facto quem é aquele jovem que agora cumpre o seu décimo-oitavo aniversário ao mesmo tempo que recebemos essa sua aparente apatia para com o mundo que o rodeia. Entre o vive e o sobrevive, desperta a curiosidade no espectador sobre a realidade do seu passado que, não sendo importante para a compreensão do seu "agora", não deixa de ser o factor principal que os levou ao referido momento.
Sem outros elos que não o familiar que os unam, este aniversário marca, de certa forma, a independência de "José" de qualquer responsabilidade familiar a que poderia - até então - estar vinculado. Serão então esses laços afectivos de fraternidade que os continuarão a obrigar a cruzar caminho ou, por sua vez, a compreensão de uma difícil realidade passada que o fará assumir os sacrifícios que o seu irmão mais velho terá efectuado para o manter o mais são e afastado possível de um rumo mais marginal que o próprio escolheu? Será esta realidade fraterna e a compreensão de que mais nada têm no mundo que não eles próprios, o elemento mais importante de um amor e amizade que os salvará desse esperado descarrilar?
Ainda que seja um enigmático José Cordeiro o homónimo protagonista desta história, acaba por ser a presença mais emocional de Nuno Nolasco aquela que cativa a atenção do espectador mais não fosse pelo seu relato semi-aberto de um passado que reconhece ter sido transformador. Nesta perspectiva, e com o recurso a uma direcção de fotografia de André Amaral que emerge o espectador numa constante sensação de fria apatia onde algo mais está para lá das suas parcas palavras conferindo a toda esta obra uma ambiência distante e pouco neutra, José é - poderá ser - um coming of age pouco tradicional onde a inocência não se perdeu neste exacto momento em que chega a tal "maior idade", mas onde, por sua vez, se pode finalmente confessar que esta se manteve no seu subconsciente como uma realidade ida que eternamente se busca sem nunca se conseguir alcançar.
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8 / 10
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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Jean-Pierre Marielle

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1932 - 2019
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segunda-feira, 22 de abril de 2019

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quinta-feira, 18 de abril de 2019

Shortcutz Figueiró dos Vinhos - Sessão #32

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O Shortcutz Figueiró dos Vinhos está de regresso para a sua terceira temporada com a exibição de dois novos filmes curtos em competição. Um Marco no Futebol, de José Pedro Caetano é o primeiro desses filmes ao que se seguirá California, de Nuno Baltazar.
A sessão, que é de entrada gratuita, irá decorrer amanhã sexta-feira dia 19 de Abril, na Casa de Cultura de Figueiró dos Vinhos a partir das 22 horas.
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quarta-feira, 17 de abril de 2019

Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira 2019: os vencedores

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Terminou no passado dia 15 de Abril a vigésima-segunda edição do Festival de Cinema Luso-Brasileiro de Santa Maria da Feira onde, na sua cerimónia de encerramento, foram conhecidos os vencedores dos seus troféus.
São eles:
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Competição de Longas-Metragens
Filme: Divino Amor, de Gabriel Mascaro
Prémio Especial do Júri: Alis Ubbo, de Paulo Abreu
Prémio da Crítica: Mormaço, de Marina Meliande
Prémio dos Cineclubes: Domingo, de Clara Linhart e Fellipe Barbosa
Prémio do Público: Alis Ubbo, de Paulo Abreu
Actor: João Patrício, Alis Ubbo
Actriz: Dira Paes, Divino Amor
Menção Honrosa do Júri: Rui Poças, Ferrugem (cinematografia) e Rafael Faustini, Domingo (direcção de arte)
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Competição de Curtas-Metragens
Filme: Anteu, de João Vladimiro
Prémio Especial do Júri: Reforma, de Fábio Leal
Menção Honrosa: Água Forte, de Mónica Baptista e Entre Sombras, de Mónica Santos e Alice Guimarães
Prémio da Crítica: Aquaparque, de Ana Moreira
Prémio dos Cineclubes: Reforma, de Fábio Leal
Prémio Revelação: BR3, de Bruno Ribeiro
Prémio do Público: Quando Elas Cantam, de Maria Fanchin
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segunda-feira, 15 de abril de 2019

Diego Galán

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1946 - 2019
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domingo, 14 de abril de 2019

Bibi Andersson

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1935 - 2019
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Festa do Cinema Italiano 2019: os vencedores

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Terminou hoje a décima-segunda edição da Festa do Cinema Italiano que decorreu desde o passado dia 6 de Abril no Cinema São Jorge, na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema e no UCI El Corte Inglés.
A Festa, que agora se irá prolongar até ao próximo mês de Junho por diversas cidades portuguesas, acabou com o anúncio dos seus vencedores anuais decididos pelo Júri Oficial e também pelo Público. São eles:
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Prémio do Júri: Figlia Mia, de Laura Bispuri
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Prémio do Público: Bangla, de Phaim  Bhuiyan
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sexta-feira, 12 de abril de 2019

Georgia Engel

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1948 - 2019
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Shortcutz Viseu - Sessão #118

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O Shortcutz Viseu regressa para mais um ano e, desta vez, com a sessão de entrega dos seus troféus anuais relativos ao quinto aniversário.
A Sessão #118 irá decorrer na Incubadora do Centro Histórico em Viseu, no próximo dia 19 de Abril a partir das 22 horas onde serão homenageados os vencedores do quinto aniversário do Shortcutz Viseu nomeadamente O Homem Eterno, de Luís Costa, vencedor de Melhor Curta do Ano.
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Dina

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1956 - 2019
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terça-feira, 9 de abril de 2019

Prémios Fantastic 2019: os vencedores

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O site de informação Fantastic revelou hoje os vencedores dos seus prémios anuais alcançados através do voto do público. Pedro e Inês, de António Ferreira foi o grande vencedor do ano ao arrecadar os troféus de Filme, Realização e Actor Protagonista.
São os vencedores de Cinema:
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Filme Nacional: Pedro e Inês, de António Ferreira
Filme Internacional: A Star Is Born, de Bradley Cooper (EUA)
Curta-Metragem: 3 Anos Depois, de Marco Amaral
Realização: António Ferreira, Pedro e Inês
Actor Principal: Diogo Amaral, Pedro e Inês
Actriz Principal: Daniela Melchior, Parque Mayer
Actor Secundário: José Fidalgo, Linhas de Sangue
Actriz Secundária: Rita Blanco, Carga
Prémio Revelação: Alba Baptista, Leviano - actriz
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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Seymour Cassel

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1935 - 2019
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sábado, 6 de abril de 2019

The Good Fight (2017)

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The Good Fight de Marco Espírito Santo e Miguel Coimbra (Portugal) é um documentário em formato de curta-metragem cuja abordagem ao mundo do boxe chega pela acção de Jorge Pina, ex-pugilista que recolhe jovens de bairros desfavorecidos para os treinar. Ao espectador, ainda que por breves momentos, é revelado o laço de cumplicidade e amizade que se forma e firma ao longo do treino e a acção de um homem que tem, ele próprio, os seus próprios segredos (para o espectador).
É no final deste brevíssimo documentário que são revelados os elementos que, potencialmente, poderiam fazer desta curta uma longa-metragem na qual fosse explorada toda a acção humanista - arrisco dizê-lo - de um homem que poderá ser para a maioria de nós um qualquer desconhecido com o qual nos cruzamos nas ruas.
Jorge Pina não é um homem qualquer que um dia resolveu dar um pouco de si a jovens que se poderiam perder nas ruas de um bairro de uma qualquer cidade. Pina é atleta. Já percorreu a maratona de Paris mas, no entanto, foi em 2004 que ficou invisual. Dos Paralímpicos a uma acção humanista, este documentário revela então não só a sua paixão pelo desporto - mais concretamente o boxe -, como também a sua capacidade de ensinar a sua arte e criar laços de camaradagem nos jovens que ensina e que acompanha.
Com uma importante mensagem a transmitir que, no entanto, se limita a escassos dez minutos, The Good Fight poderá não só ser um paralelismo entre a luta de um atleta que poderia ver na sua limitação o fim de uma paixão mas também (e principalmente) a forma como reagiu à adversidade e a transformou num trunfo que utiliza para ser alguém capaz de criar empatia com essa paixão que sempre sentiu... o boxe. Digno de um registo em longa-metragem onde tantos pequenos detalhes poderiam e deveriam ser explorados (principalmente a história do "eu"), este documentário prima sobretudo pela sua mensagem e pela forma como a dupla de realizadores conseguiu criar uma história factual que, no entanto, surpreende pelo poder desse inesperado final.
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6 / 10
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