sexta-feira, 30 de abril de 2010

Undertow (2004)

Contra-Corrente de David Gordon Green conta com a brilhante participação de Jamie Bell no papel principal, excelentemente secundado por Dermot Mulroney e Josh Lucas e ainda com a participação especial de Kristen Stewart, num filme sobre a violência e especialmente sobre a sua existência no seio da família.

Este é fundamentalmente o enredo do filme. A violência e sobre as diferentes formas como esta se manifesta. Seja a violência pelos segredos que consomem as respectivas almas. A violência física e psicológica. A violência através do trabalho constante e árduo. A violência perante a falta de afecto. A violência para com o próprio corpo através de diferentes formas de auto.mutilação. E simplesmente a violência pelo poder de a praticar.
As interpretações do filme estão de facto inspiradas e são claro de destacar a prestação de Jamie Bell que se reinventa constantemente entregando desde os tempos do saudoso Billy Elliot filmes onde se "despede" definitivamente da imagem de um tímido rapaz de um pequena cidade mineira.
Já Josh Lucas entrega um papel onde podemos assistir ao prazer da violência pura e dura. Simplesmente pelo que ela de facto é: violência. Apesar da sua prestação ser mais secundária do que a de Bell ela é no entanto, a central e a que se sente predominante em todo o filme.
Com tudo isto assistimos ao mesmo tempo a um retrato da América profunda afastada do estrelato e do movimento das grandes cidades. Uma América essa onde as pessoas se vão degradando e morrendo a um ritmo muito mais lento e pouco dignificante.
O único defeito que encontro neste filme, e que consegue em várias ocasiões distrair da atenção que pretendemos ter para com ele, são as mudanças de situação/cenário que ocorrem. A imagem pára por momentos como se fosse ali o final do filme, quando na realidade é apenas a mudança de um local para outro onde a acção decorre, em vez de haver uma passagem mais suave onde existisse um seguimento natural das mesmas. Ao vermos o filme parece então que existem vários cortes no que se passa nesse exacto momento quando, na realidade, apenas é uma passagem de uma cena para outra.
Fora isto todo o filme está bem conseguido e dinamizado, repleto de boas interpretações e de uma história que tem tanto de interessante e cativadora como de repulsa e distanciamento por parte dos espectadores.




7 / 10

quinta-feira, 29 de abril de 2010

My Best Friend's Girl (2008)


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A Namorada do meu Melhor Amigo de Howard Deutch com as interpretações de Kate Hudson e Dane Cook nos principais desempenhos e secundados com as interpretações de Jason Biggs e Alex Baldwin é uma - mais uma - das inúmeras comédias românticas em que a Hudson se começa a "especializar".
Quando Dustin (Biggs) decide conquistar Alexis (Hudson) com a ajuda de Tank (Cook), provando-lhe que a maioria dos homens só procuram sexo descartável, dificilmente poderia imaginar que o feitiço se viraria contra o feiticeiro e que presa e predador se poderiam apaixonar. Poderá então o maior marialva ter um coração sentimental?
Ainda que um agradável surpresa por conter elementos de uma comédia sarcástica que habilmente escapam ao género, o argumento de My Best Friend's Girl é em muito semelhante a tantos outros deste estilo das comédias românticas permanecendo no reino das tradicionais histórias de amores impossíveis que afinal se cumprem.
"Tank", naquele que é um brilhante Dane Cook, é um tipo contratado para se armar em desprezível a todas as mulheres com quem se cruza, criando assim hipóteses aos seus namorados de se tornarem irresistíveis aos seus olhos. A relação despreocupada que leva para com a vida é apenas abalada quando decide favor um favor ao seu melhor amigo e, contrariamente ao desejado, se apaixona pela mulher que este quer impressionar. Por entre as peripécias que se podem imaginar e amizades que são testadas, o melhor que é retirado desta comédia ligeira são os diversos momentos em que "Tank" entra em acção provocando o pânico por todos aqueles com quem se cruza fazendo crer que o amor não é para si mas, ao mesmo tempo, demonstrando cada vez mais que afinal existe um insuspeito coração que pretende ser preenchido.
As confusões que daqui provêm são, como será de imaginar e esperar, imensas. Todos os lugares comuns acabam por fazer parte desta comédia mas tornados irrelevantes pelo bom ritmo dado aos acontecimentos e à forma como todas as personagens aqui representadas parecem ser, de uma ou outra forma, disfuncionais no que à vida - e ao amor - diz respeito e afastando qualquer dinâmica lamecha do percurso. Afinal, conheceremos nós alguém assim tão "fora" da realidade?
No seio da uma gritante irracionalidade reinam ainda as interpretações de Alec Baldwin como o mentor da disfuncionalidade de "Tank" e Zooey Deschanel como a amiga alucinada de "Alex" e todos os secundários que dão uma cor especial a uma comédia que não sendo excelente prima por bons momentos de boa disposição e que fazem Kate Hudson descolar-se da imagem de "namoradinha" da América desesperadamente à espera de ser arrebatada (ainda que o seja e esteja).
Temos então uma comédia mordaz e bem-disposta que foge radicalmente ao estereótipo da tradicional comédia romântica onde todos "vivem felizes para sempre", e apesar de se inserir perfeitamente nesta categoria, não deixa de piscar o olho a um lado mais perverso da condição humana enquanto ser apaixonado à procura do seu par.
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6 / 10
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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Globos de Ouro SIC/Caras 2010: Filme

Nomeados a Melhor Filme:
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António da Cunha Telles (produtor)
Pandora da Cunha Telles (produtora)
João Botelho (realizador)

Tino Navarro (produtor)
Joaquim Leitão (realizador)

Maria João Sigalho (produtora)
João Pedro Rodrigues (realizador)

Paulo Branco (produtor)
Mário Barroso (realizador)
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Globos de Ouro SIC/Caras 2010: Actriz

Nomeadas a Melhor Actriz:
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Ana Moreira, A Corte do Norte

Catarina Wallenstein, Um Amor de Perdição, Salazar, A Vida Privada e Singularidades de uma Rapariga Loura

Margarida Carvalho, Veneno Cura

Rita Martins, 4 Copas
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Globos de Ouro SIC/Caras 2010: Actor

Nomeados a Melhor Actor:
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Fernando Santos, Morrer Como Um Homem

João Lagarto, 4 Copas

Rui Morrison, Os Sorrisos do Destino

Tomás Alves, Um Amor de Perdição
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Globos de Ouro SIC/Caras 2010: Revelação

Anunciados que foram os nomeados nas diversas categorias aos Globos de Ouro 2010, chegou a altura também de deixar aqui referências aos respectivos nomeados nas três (ainda só três) categorias de cinema, bem como nesta nova categoria Revelação que nomeia as descobertas do passado ano em diversas categorias.
Apesar do blog ser dedicado ao cinema em casos pontuais abro excepção, tal como esta, quando se refere à nomeação daqueles que contribuem não só para cinema mas também televisão e teatro.
Assim sendo, aqui fica os nomeados nesta categoria que se inaugura este ano:
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Daniela Ruah, NCIS: Los Angeles

João Salaviza, Arena

Sofia Escobar (participação em teatro)
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Tuno Negro (2001)

Serenata de Morte de Pedro L. Barbero e Vicente J. Martín que foi nomeado para o prémio de melhor filme no Fantasporto, conta-nos uma lenda adaptada aos dias de hoje. A história resume-se a um vingador que decide eliminar os piores alunos de uma universidade como forma a proteger o ensino apenas para os melhores e para os mais aplicados.
Depois de um conjunto sem fim de mortes de todas as formas e feitios, umas mais elaboradas outras nem tanto, aquilo que por aqui vamos tendo é uma versão espanhola do filme Gritos que, à excepção da diferença de serem assassinados os piores alunos, de resto é em tudo igual ao filme americano.
Temos umas quantas cenas de sexo para animar um filme praticamente morto (ironia) um pouco mais "selvagem" em raras ocasiões e resto mais do mesmo. A loira de serviço, os estudantes excitados, muito alcoól, droga e só fica a faltar o rock'n roll.
Não é inovador em nada, pega no universo cibernético ao de leve como forma de poder haver uma interacção inicial entre vítima e agressor, e de resto temos apenas um banho de sangue do início ao final com a surpresa, ou talvez não, quando descobrimos a verdadeiro identidade do assassino.
As interpretações, se bem que medianas, destacam a participação de actores que são pesos pesados do cinema espanhol tais como Maribel Verdú, Fele Martínez, Jorge Sanz ou Eusebio Poncela.
É de uma forma geral um filme que distrai e até se consegue ver bem mas, como é óbvio, não podemos esperar encontrar aqui nada de novo que nos deixe agradavelmente surpreendidos.

4 / 10

terça-feira, 27 de abril de 2010

Underclassman (2005)

Desclassificado de Marcos Siega que conta com a participação de Nick Cannon e Cheech Marin num papel secundário, é mais um daqueles filmes pipoca de sábado à tarde.
Um polícia falhado (Cannon) em quem poucos confiam e menos ainda lhe dão crédito vê-se envolvido numa operação policial disfarçado de estudante de liceu para descobrir quem anda a fazer tantos assaltos a viaturas de luxo.
Trapalhadas em cima de trapalhadas com inúmeras de piadolas abimbalhadas e mais que estereotipadas que todos nós já ouvimos em dezenas e dezenas de filme de comédia barata é, de forma muito resumida, tudo aquilo em que este filme se baseia.
Não há aqui elemento nenhum novo, e se pensarmos um bocadinho só no início da trama liceal, acabamos rapidamente por perceber e descobrir quem é o culpado de tanto problema. O mesmo será dizer que este filme não foge à regra e é claro está previsível o suficiente para sabermos sempre como irá eventualmente acabar.
Bem disposto e responsável por alguns tímidos sorrisos é um filme de entretenimento no seu melhor sem conseguir ser um bom filme de comédia. Resume-se a piadas conhecidas e não a mostrar algo de inovador e criativo.

4 / 10

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Respiro (2002)

Respiro de Emanuele Crialese tem a brilhante Valeria Golino como a sua actriz principal secundado por muitos outros de onde se destaca a breve participação daquele que é hoje um dos novos talentos do cinema italiano Elio Germano.
Este filme centra-se na vida de Grazia (Golino) que é um verdadeiro espírito livre preso em Lampedusa, uma pequena ilha do Mediterrâneo, onde os costumes e as tradições quase mandam que as pessoas, especialmente as mulheres, sejam invisíveis.
Todo o percurso do filme, das suas personagens e principalmente a de Grazie transpiram sentimentos. No caso de Pietro (Vincenzo Amato), o marido de Grazia, temos principalmente a quase obrigação de reprimir qualquer tipo de manifestação de sentimentos. Seja de amor ou carinho, a sua "obrigação" como homem é a de não manifestar preocupação além daquela definida para manter a sua imagem na comunidade. O homem como o chefe da família e a quem todos obedecem.
Quanto aos seus filhos, o mais novo segue já vincadamente a mesma postura do seu pai, o mais velho sente o peso da responsabilidade, enquanto que a filha sente a vontade da descoberta.
Por seu lado Grazia transpira a vontade de respirar, que dá nome ao próprio filme. Respirar a liberdade, a vontade de ser independente e de viver a vida a que se sente destinada. Temos como manifestações disto a sua vontade de sentir o ar e o cheiro vindos do mar que a poderiam transportar para outras paragens ou até mesmo os passeios que dá de motorizada pela vila e sentir o vento a bater no seu rosto. Liberdade dos rituais que se vão banalizando e que a enclausuram cada vez mais na submissão da sua casa.
Esta mesma liberdade é prontamente eliminada numa sequência breve após a libertação dos cães do matadouro. Por breves momentos livres... e rapidamente eliminados na sua passagem pela vila. Este sim, é o momento principal de que nem tudo deve, segundo alguns, ter direito à liberdade, e é também talvez o mais forte momento de todo o filme em que, ao nada se ver, torna tudo ainda mais angustiante.
Com um forte trabalho de fotografia da autoria de Fabio Zamarion que capta na perfeição as cores do Mediterrâneo e da respectiva vila e uma inspirada banda-sonora de Andrea Guerra e John Surman que cria este ambiente que circula entre liberdade e opressão, Emanuele Crialese conseguiu dirigir um magnífico filme não sobre a opressão mas sobre a vontade inerente a cada um de ser livre.

7 / 10

domingo, 25 de abril de 2010

Julgamento (2007)

Julgamento de Leonel Vieira é um muito bem conseguido filme que conta com muito boas interpretações por parte de alguns actores portugueses nomeadamente Júlio César, Henrique Viana, José Eduardo, Alexandra Lencastre, Fernanda Serrano e Carlos Santos.

Em período pré 25 de Abril de 1974, quatro amigos são detidos pela PIDE pelos quais são torturados sendo que um deles acaba por morrer. Trinta anos depois a filha de um deles (Serrano) defende em tribunal o torturador da PIDE (Santos) e é reconhecido pelos amigos que ficaram com inúmeros problemas desde essa altura César, Eduardo e Viana).

Sem nada revelarem à advogada, os três combinam com raptar o PIDE que está agora sob outra identidade de forma a retirarem dele toda a verdade e o confrontarem com a filha do falecido (Lencastre).

Durante este rapto e consequente cativeiro tudo toma proporções mais dramáticas que claro não irei revelar mas confesso serem muito fortes e dinâmicas principalmente por parte das interpretações dos actores que como disse anteriormente são de facto muito boas.

Se o elenco no seu geral está muito coeso e forte, é no entanto imperativo destacar as interpretações de Carlos Santos e de José Eduardo. O primeiro, bom como sempre em todo e qualquer papel que interprete, consegue aqui por breves, muito breves, momentos instaurar a dúvida se será ele ou não o verdadeiro Mendes Oliveira que torturou o grupo de amigos mais de trinta anos antes. Chegamos a ter pena da sua personagem que pode afinal ser apenas uma vítima de um equívoco. Passados esses instantes, começamos a desconfiar.. as suas atitudes são cada vez mais sombrias e mostram pequenos indícios daquilo que ele poderá ser. Finalmente, quando se revela, aqui sim temos a verdadeira pessoa e o verdadeiro mal que encarna, e Carlos Santos entrega uma excelente e brutal interpretação como a verdadeira encarnação do próprio mal.

Com percurso igual temos Miguel, personagem interpretada pelo também fantástico José Eduardo, vencedor do Prémio GDA de Melhor Actor Secundário, que inicialmente nos entrega uma prestação contida de um homem vítima do seu passado e com problemas de afectividade emocional que vive um casamento desfeito e que com o desenrolar da acção utiliza o cativeiro do seu agressor para nele descarregar todos os recalcamentos que a sua tortura lhe causaram. Soberbo é a única palavra que tenho para descrever o trabalho deste actor que aqui em muito me surpreendeu.
No geral é um filme de boas interpretações que possuem um forte conteúdo e uma coesão extraordinária entre todos, mas estas duas são sem sombra de dúvida as mais centrais para toda a dinâmica dramática do filme. Dignas de, se Portugal tivesse uma Academia de Cinema que premiasse todos os seus profissionais, receberem prémios pelas suas fantásticas interpretações.
Um aplauso também para o trabalho de fotografia da autoria de José António Loureiro que torna os momentos de cativeiro do ex-PIDE em sequências verdadeiramente assombrosas e também para os cenários desérticos criados para criar toda a sequência desse mesmo cativeiro.
Destaque ainda para as participações secundárias de actores como André Gago, Manuel Marques e Simone de Oliveira que conseguem abrilhantar um pouco mais este que é na minha opinião um dos filmes maiores do cinema português dos últimos anos. Brilhantemente realizado e com interpretações superiores pelo conjunto de actores, é daqueles filmes que não se devem perder.



8 / 10

sábado, 24 de abril de 2010

Glitch (2008)

Sinais da Mente de Randy Daudlin que no seu título original é Static ou Glitch (curioso) é um daqueles maravilhosos filmes de sexta à noite na TVI, esta que teve a particularidade de após o intervalo da primeira para a segunda parte nem sequer se dar ao trabalho de passar a continuação do filme passando directamente para as televendas (ponto alto da programação do canal).
Piadola à parte... Três inventores/investidores num novo chip que ao ser instalado no cérebro humano permite ser um telefone sem a existência do dito revolucionando assim os meios de comunicação como os conhecemos. No entanto nem tudo é assim tão simples e claro, o chip tem um vírus...
Dito isto o que sobra dizer? Pobreza! Pobreza de história, de interpretações, essas sim de bradar aos céus e esperar que o chip as interrompe-se a qualquer momento, pobreza de efeitos e também de banda-sonora , de cenários e de tudo o resto que se possa sequer imaginar.
Nada, absolutamente nada neste filme é digno de um registo positivo além de claro, de tão mau ser acabar por se tornar num bom método de passar do tempo mais que não fosse por observarmos a quantidade de ridicularidades que por ali se passam. E é tudo!
Abençoada TVI que resolve passar estas pérolas cinematográficas. Mas peço... Deixem o filme passar na sua totalidade. Por muito mau que seja não é necessário cortá-lo a meio como se fossem existir as cenas dos próximos capítulos!
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1 / 10

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Mais um prémio...

Depois de ter vencido o Prémio Autores de Melhor Filme, Morrer Como Um Homem de João Pedro Rodrigues tornou-se vencedor do Prémio de Melhor Filme na secção "Cine del Futuro" do Festival Internacional de Cinema de Buenos Aires.
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quinta-feira, 22 de abril de 2010

Bailey's Billion$ (2005)

Bailey, Um Cão que vale Milhões de David Devine é, fora as ocasionais graçolas que consegue produzir, um daqueles filmes que percebemos muito cedo não deveriam ter visto a luz do dia.
Projectos há, e nem questiono quantos deverão ser, que nunca chegam a ser feitos por serem ambiciosos ou conterem ideias novas e outros há, tal como este, que são feitos e não chegamos bem a perceber o porquê.
Uma velhota milionária morre e deixa toda a sua fortuna ao seu cão. Este, pasme-se, fala com um homem que, pasme-se mais, o entende e dá-lhe resposta. Os sobrinhos da velhota são uns agiotas e calculistas que esquema atrás de esquema lá vão sacando dinheiro a toda a gente. Para eles trabalha uma activista pelos direitos dos animais que tem alguns problemas com a justiça para poder manter a sua filha, e atrás desta há um detective mais tanso que sabe-se lá o quê mas sempre pronto para tramá-la a qualquer momento.
Interpretações exageradas no caso de Jennifer Tilly e de Tim Curry que de tão absurdas serem damos por nós a pensar o quão mau é o estado de alguns actores para chegarem ao ponto de fazerem comédias que mais vale ter pena delas do que propriamente achar-lhes graça. Quanto aos outros... medíocres medíocres... nada que valha a pena registar... fazem o trabalho deles e já está... Ponto picado!
Exceptuando a mensagem pelos direitos dos animais, que mesmo assim passa mais ao lado devido às inúmeras situações absurdas, este filme pouco, mas mesmo muito pouco conteúdo consegue ter vivendo apenas dos breves momentos em que consegue criar uma ou outro graçola. E já está... Mais um filme para animar a malta que, na sua generalidade, serão ainda crianças que não vão perceber daqui a uns anos que o estiveram a ver.

1 / 10

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Little Man (2006)


O Minorca de Keenen Ivory Wayans é quase um filme familiar na medida em que conta com a participação de Marlon e Shawn Wayans irmãos do realizador nos principais papéis.
Filme de comédia, com estes actores não se poderia esperar outra coisa, que consiste em dois ladrões, sendo um deles anão, que roubam um enorme diamante. A única forma de escaparem é esconderem-no na mala de outra pessoa e depois o anão passar-se por bébé abandonado à porta do casal que tem o diamante sem saber e claro, tentar recuperá-lo.
Arrisco-me a utilizar o termo "brejeiro" para este filme mas de facto outra coisa não me ocorre para caracterizá-lo. Piadas picantes a roçar o ordinário por onde passam os trocadilhos fálicos e rectais que são apenas aguçados pelas próprias interpretações também elas do mais rasca (no bom sentido da palavra) que tornam tudo num bom momento de comédia para passar o tempo.
No entanto, é impossível passar por este filme e não destacar a interpretação de Marlon Wayans como francamente brilhante pelo seu potencial cómico ao longo de todo o filme sem que, no seu todo, não utilize muitas palavras.
O filme não é, nem tenta ser aliás, uma peça de primeira linha do género e é por isso mesmo que se sai tão bem no seu propósito: o de entreter e de distrair. Pelo caminho ainda toma o seu tempo para pensar uma mensagem de amizade e dedicação mas de uma forma ligeira e bem disposta.
Ninguém por estas bandas se leva a sério ou sequer pensa demasiado no seu contributo artístico, e é por isso mesmo que este filme se torna numa peça agradável e bem conseguida.
De todos os momentos é impossível não pensar naqueles em que os "pais adoptivos" tentam tirar a temperatura ao filho e também quando o dito casal tenta passar uma noite mais digamos... animada.




6 / 10

terça-feira, 20 de abril de 2010

[REC] 2 (2009)

[REC] 2 de Jaume Balagueró e Paco Plaza é a continuação do filme de terror espanhol [REC], e por mim muito aguardado.
Não vou adiantar muito sobre o argumento do filme pois para os fãs não se pode estragar a história ao irem vê-lo já a conhecer o que se vai passar de antemão. Como tal, vou limitar-me sobre esta, dizendo apenas que a acção decorre algumas horas depois de onde o primeiro filme terminou onde alguns membros da polícia de intervenção vão entrar no tão medonho prédio para saber o que por lá se passou. Assim, a juntar às personagens que todos nós já conhecemos temos este novo grupo... e uns quantos mais que não irei revelar.
Posso ainda adiantar que uma parte substancial do filme decorre no apartamento da Menina de Medeiros... Possivelmente alguns dos segmentos mais assustadores do filme. Sim... Continua com a energia para esses momentos ainda bem vivos, como tal garanto que se esperam mais alguns saltos na cadeira onde se está sentado. Cardíacos... vão ver também!!!
Apesar de ser de uma forma geral um filme mais brando que o primeiro, não por ter qualidade menor mas por o efeito surpresa/susto estar mais diminuto considerando que já sabemos ao que vamos, este [REC]2 continua a ser um bom teste para os nervos (ou falta deles) de cada um, e acreditem quando digo que durante os 90 minutos de filme eles são sim muitas vezes testados.
Aspectos positivos que o filme tem? São todos! Continua com um brilhante trabalho de caracterização dos actores da autoria de Imma P. Sotillo e Lucía Salanueva que em conjunto com o magnífico e sombrio trabalho de fotografia da autoria de Pablo Rosso cria um ambiente não só medonho como claustrofóbico de onde pensamos não conseguir sair de forma alguma.
É também interessante ver o regresso da Angela Vidal (Manuela Velasco) e o quão surpreendente está o seu trabalho neste filme. Não vou revelar como, pois tem MESMO de ser visto para poder ficar tão surpreso como eu fiquei.
Algo de negativo neste filme? Não, nada! Quando o filme termina ficamos "apenas" à espera que chegue o terceiro título para perceber onde é que vamos parar depois de tanto terror!
Já o disse uma vez e volto a afirmar, para bom cinema de terror temos aqui o exemplo perfeito dos nuestros hermanos, e para o melhor do melhor... temos a dupla Balagueró e Plaza.

8 / 10

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Perdida Mente premiado

Perdida Mente a última obra da realizadora Margarida Gil venceu o prémio de melhor argumento do Festival Internacional de Cinema e Vídeo Independente de Nova York.
Margarida Gil que além da realização do filme assinou também o seu argumento receberá o prémio em Julho próximo.
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domingo, 18 de abril de 2010

Pavilion of Women (2001)

Amor, Honra e Guerra de Yim Ho é a adaptação da obra de Pearl S. Buck que conta com a participação de Willem Dafoe no principal papel que mais parece a prestação de um actor num papel secundário.
É um facto que não tenho nem muita nem boa coisa a dizer a respeito deste filme que considerando a obra em que se baseia deveria ter potencial para ser um filme razoavelmente bom mas que aquilo que vemos não passa de algo medíocre.
As interpretações são na sua totalidade de uma franca pobreza de conteúdo e de emotividade. Nem Dafoe que normalmente nos entrega desempenhos bons quer para o bem quer para o mal, consegue aqui mostrar um décimo da sua entrega ao papel. Sim está lá e tal mas nunca em situação alguma passa da medíocridade. Nem ele nem ninguém.
Os planos filmados, ou pelo menos aqueles que são relevantes pois muitos há que são puramente tapa buracos, parecem ser constantemente interrompidos em nome de algo que nunca se chega a concretizar. O mesmo será dizer que mais valia desenvolver alguns desses planos e sequências pois talvez se conseguisse retirar algo de melhorizito do filme. Mas não... A ideia aqui é que mais vale filmar muito de pouca qualidade do que pouco mas bom. Vá-se lá entender!
Algo que consegue, mas pouco é um facto, dar algum ar de dignidade ao filme é a sua banda-sonora da autoria de Conrad Pope que, apesar de não ser nada de extraordinariamente brilhante, consegue dar algum ar de graça nos momentos em que resolve ecoar.
Até o guarda-roupa da assinado por Wendy Law, que neste género de filme consegue ser algo em executado, mais ainda considerando que se trata de um filme passado na China ainda tinha a mais valia de poder ser exuberante e vistoso, aqui mais parece algo pálido e sem graça que apenas tinha de lá estar para tapar as miudezas de todos.
No seu todo é um filme pobre e sem grande brilho que apenas marcou por ser uma "grande" produção entre os estúdios de Pequim e os de Hollywood.

3 / 10

sábado, 17 de abril de 2010

Festival Internacional de Cinema do Funchal 2010: o Palmarés

Aqui ficam os vencedores da edição deste ano do FICF:
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Prémio Cidade do Funchal de Ouro: About Elly, de Asghar Farhadi
Prémio Cidade do Funchal de Prata: Autumn, de Ozcan Alper
Menção Especial do Júri: Better Things, de Duane Hopkins
Melhor Actor: Bjorn Sundquist, em Jernager
Melhor Actriz: Nina Monka e Leonie Brill, em Peaceful Times
Melhor Curta: The Boleia, de Ricardo Almeida
Prémio do Público: I Believe in Angels, de Niksa Svilicic
Première Madeira: Full House, de Rui Rodrigues e Bruce Paulino
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sexta-feira, 16 de abril de 2010

Cactus Flower (1969)

A Flor do Cacto de Gene Saks era um daqueles filmes que até o conseguir ver sempre morri de curiosidade por ele. Mais que não fosse pelo seu elenco principal, este filme era daqueles que me despertava a vontade de saber sobre o que era e como era. Ora vejamos... Ingrid Bergman, Walter Matthau e Goldie Hawn compunham o trio principal de actores, e esta última vencedora do Oscar de Melhor Actriz Secundária pela sua prestação.
O enredo gira à volta de Julius (Matthau) que resume a sua vida ao seu trabalho como dentista e aos sucessivos arranjinhos que tem com toda a mulher que lhe aparece à frente até se deixar prender por Toni (Hawn). Pelo meio tem o incondicional apoio da sua enfermeira/Assistente Stephanie (Bergman) que se dedica de corpo e alma ao seu trabalho. Ora para se aproximar ora para se afastar de Toni, Julius recorre sempre à mentira e envolve a sua assistente Stephanie para os seus caprichos amorosos, sem se aperceber que esta última gosta na verdade de si.
Aquilo que temos então deste filme é um sem fim de aventuras e mal-entendidos que se durante a primeira meia-hora de filme se tornam por vezes complicados de digerir mas que, todo o final do filme consegue ser hilariante e rico demais para passar ao lado.
As interpretações são notáveis é um facto mas de entre elas há que destacar uma como sendo a mais carismática do filme. Por um lado é certo que temos Walter Matthau que todos conhecemos com a sua importante e sólida raíz de comédia. Por outro temos Goldie Hawn que teve com esta interpretação a sua grande revelação ao mundo e pelo qual foi premiado com o Oscar e Globo de Ouro. No entanto é, a meu ver, indiscutível referir a participação de Ingrid Bergman como a maior entre todos. Porquê? Ora vejamos... Não só anos e anos depois da sua participação mítica em Casablanca e de ter já na altura em que este filme foi feito dois Oscars de Melhor Actriz no bolso, entre umas quantas outras nomeações, e deparamos com a mesma sobriedade e altivez na construção da sua personagem como sempre nos habituou a ver em tantos outros filmes. O seu sotaque sempre presente também ajudou, é um facto, à construção dessa mesma superioridade que se torna obviamente irresistível. E se isto tudo não bastasse ainda tinhamos a sequência, quase no final do filme, em que vai sair à noite, pelo que nos dá a entender ao longo do filme a primeira vez em muitos e muitos anos, e verdade seja dita que no momento da dança bate todos aos pontos.
Ao ver o filme, e tendo em mente esta sequência da dança e claro, na actriz que é, o pensamento que se apoderou da minha mente foi logo "o que terá pensado toda aquela gente ali a ver uma lenda viva do cinema a dançar algo moderno, à altura, com uma disponibilidade, entrega e à vontade como se fosse algo perfeitamente normal?". A resposta a isto encontrava-se exactamente no meu pensamento. Estava ali uma lenda. Uma lenda viva.
Assim é seguro dizer que se este trio de actores consegue tornar este pequeno num grande filme é também certo que é Ingrid Bergman que o domina e o toma pela mão com toda a sua força e presença destacando-se entre todos como o melhor desempenho de todo ele. Mais que não seja pelo seu vigor este filme merece sem dúvida ser visto e apreciado.

"Stephanie: Funny how whenever people hurt your feelings, they're always doing it for your own good."

7 / 10

quinta-feira, 15 de abril de 2010

House of Wax (2005)

Casa de Cera de Jaume Collet-Serra é mais um daqueles filmes de terror que são muito esperados já nem tanto pela história mas mais por quem nela participa. A quem me refiro? Claro que à Paris Hilton. Se este filme será recordado mais tarde por alguém (o que duvido), será pela sua história? Não! Será por algum dos outros actores além dela? Não. Apenas e só por ela, e pela vontade que muita gente teve de a ver perseguida por um maníaco e depois ser morta pelo mesmo.
Uma terriola perdida no meio de nenhures, literalmente falando, e onde dois irmãos completamente passados fizeram da sua missão de vida esquartejar todo e qualquer um que por perto estivesse com o objectivo de fazerem um gigante museu de cera onde as "estátuas" eram pessoas reais. Claro, pelo caminho encontram um bando de adolescentes (que já não o são há muito tempo mas fica sempre bem parecer que são) para mutilar e dos quais, claro, escapam sempre os mais perturbados e que há partida ninguém dá muito por eles.
Algo de novo neste filme? Nem por isso. A premissa aqui utilizada já o foi em tantos outros filmes que acabamos por lhe perder a conta. Os sustos pregados são sempre os mesmos, a idiotice das personagens está sempre lá, os adolescentes perturbados também marcam a sua presença, e claro, não podemos esquecer a promíscula de serviço que age como presidente do clube das virgens mas depois a realidade está bem distante disso.
No final de tudo isto o que temos? Temos um filme de entretenimento razoável que nos faz passar bem o tempo em que dura. Memorável? Longe disso. No entanto vale por si e pelo género que representa sem com isso querer dizer que é um dos melhores do estilo. Apenas entretenimento puro e duro.

4 / 10

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Saint Ralph (2004)

Em Busca de um Milagre de Michael McGowan é uma história que se passa no Canadá do pós-guerra onde um rapaz de 14 anos, interpretado por Adam Butcher, estuda num colégio católico onde o sentimento de culpa é um dos elementos fundamentais a preservar, e que tem a sua mãe internada num hospital em graves condições de saúde. Para retirar a mãe do coma em que se encontra ele pensa em fazer um milagre e para isso libertar-se de todos os pecados carnais. O seu milagre será correr a maratona de Boston e ganhar.
Com alguns actores interessantes como é o caso de Jennifer Tilly e de Campbell Scott agora mais esquecidos mas outrora muito em voga, a interpretarem aqui papéis secundários, o filme que até tem uma premissa engraçada sobre a luta por sonhos, as segundas oportunidades e o sacrifício pela família, consegue ter alguns momentos interessantes mas não atinge uma marca muito grande nem se estabelece como um filme dito bom.
A surpresa consegue ser o actor mais novo, Butcher, que entrega alguns dos momentos mais cómicos e estimulantes do filme mas que, ainda assim, não chega a ser uma interpretação digna de figurar entre os melhores. Tem uma boa prestação mas não boa o suficiente, compensando apenas o filme de uma forma geral. Os demais desempenhos do filme atingem apenas o nível da mediocridade não só por serem demasiado secundários como também por não chegarem a ser tão bons como será de esperar considerando os actores que são.
Ainda assim o filme vale a pena ser visto principalmente pela mensagem que pretende transmitir onde o fundamental a reter é que quando se tem um sonho, por muitas adversidades que se deparem pelo caminho, apenas devem funcionar como uma forma de se lutar ainda com mais força e determinação.

4 / 10

terça-feira, 13 de abril de 2010

Werner Schroeter

1945 - 2010

segunda-feira, 12 de abril de 2010

It Takes Two (1995)

Sarilhos com as Gémeas de Andy Tennant é um ligeiro filme já com quinze anos, altura em que os seus actores principais Steve Guttenberg e Kirstie Alley gozavam ainda de um grande protagonismo no grande ecrã. Desde então pouca ou quase nenhuma tem sido a sua participação em filmes e inexistente naqueles que lhes dêem o devido destaque que noutros tempos tiveram.
A par deles estavam também como dupla de destaque as irmãs Mary-Kate e Ashley Olsen, hoje também mais importantes nos meios cor-de-rosa do que propriamente devido ao seu potencial representativo.
Este filme é mais uma daquelas histórias simpáticas em que duas raparigas exactamente iguais (ora bem) trocam de identidade para vislumbrarem a respectiva vida da outra de modo a poderem perceber como cada uma vive e, mais importante que isso, poderem aproximar duas pessoas que poderão gostar uma da outra de forma a serem os seus pais (Guttenberg e Alley).
Escusado será dizer que pelo meio de tanta confusão e aventura tudo acabará em bem e temos constituída uma nova e moderna família onde vai reinar a paz, o amor e a alegria. História de sonho.
Ironias à parte, este filme é engraçado, bem disposto e consegue provocar algumas risadas bem dispostas devido não só as aventuras que as gémeas fazem, mas também pela empatia que se nota estar criada entre todos os actores que se conjugam todos muito bem entre si.
Depois de ver este filme, assim como outros do género, a única coisa que é de lamentar, e que em nada tem a ver com o filme propriamente dito, é como alguns dos actores que participam vezes sem fim neste estilo de filme, passam uns anos e deixam de trabalhar. Desaparecem do mapa por ficaram de tal forma "colados" ao estilo que praticamente nunca são considerados para outro género.
É um filme que acho "repetitivo", pois já vimos tantos e tantos com o mesmo tipo de história mas que, ainda assim, vale sempre a pena ver mais que não seja para recordar estes actores que, hoje em dia, já não se vêem a trabalhar em nada.

6 / 10

domingo, 11 de abril de 2010

Catch That Kid (2004)


Agarrem essa Miúda de Bart Freundlich é um filme de aventuras feito especialmente a pensar nos pré-adolescentes que conta com a participação de Kristen Stewart numa fase anterior ao Crepúsculo onde ainda não era tão irritante e com Corbin Bleu secundados entre outros por Jennifer Beals anos depois do seu grande sucesso Flashdance.
História do filme... O pai de Maddy (Stewart) sofre um acidente e precisa de uma operação cara que o respectivo seguro não paga. Como a sua mãe (Beals) trabalha num banco como chefe do serviço de segurança e lhe é recusado o apoio para a operação do marido, a filha e três amigos resolvem elaborar um assalto para terem o dinheiro.
Filme de família, filme-pipoca ou filme de entretenimento com interpretações coerentes feitas à medida do filme que se trata, este filme não se destaca em nenhum aspecto. Não quero com isto dizer que é um filme mau, pois é dentro do seu género uma obra bem executada e sem falhas que permite e garante a distracção do espectador durante o seu visionamento. Não é perfeito mas considerando o seu género é um filme competente e bem elaborado.




6 / 10

sábado, 10 de abril de 2010

Troféus TV 7 Dias

Apesar de uma cerimónia e de troféus destinados na sua totalidade à categoria televisiva, não deixa de ser importante referir este tipo de iniciativas que premeiam a produção nacional.
Esta primeira edição, que espero seja de dar continuidade, premeia a produção nacional nas áreas de Telenovela, Série, Humor, Entretenimento, Informação e atribui três prémios especiais nas categorias de Carreira, Prestígio e Memória.
Assim, os Troféus TV 7 Dias que tiveram lugar no passado dia 8 de Abril no Teatro Politeama em Lisboa nomearam e premiaram os seguintes:
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TELENOVELA
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Telenovela
Deixa que te Leve
Feitiço de Amor
Flor do Mar
Meu Amor
Vila Faia
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Actor Principal
Albano Jerónimo, Vila Faia
Diogo Morgado, Podia Acabar o Mundo
José Wallenstein, Olhos nos Olhos
Nicolau Breyner, Meu Amor
Rogério Samora, Flor do Mar
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Actriz Principal
Alexandra Lencastre, Meu Amor
Joana Solnado, Sentimentos
Margarida Marinho, Meu Amor
Margarida Vila-Nova, Sentimentos
Sofia Alves, Flor do Mar
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Actor do Elenco
André Nunes, Feitiço de Amor
Nuno Melo, Flor do Mar
Paulo Rocha, Perfeito Coração
Pedro Caeiro, Flor do Mar
Vítor Norte, Deixa que te Leve
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Actriz do Elenco
Irene Cruz, Olhos no Olhos
Maria João Luís, Feitiço de Amor
Maya Booth, Deixa que te Leve
São José Correia, Olhos nos Olhos
Vera Kolodzig, Deixa que te Leve
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Música do Genérico
"Fácil de Entender" de The Gift, Sentimentos
"Foi Feitiço" de André Sardet, Feitiço de Amor
"Foste Tu" de João Portugal, Flor do Mar
"Mais um Dia" de José Cid, Meu Amor
"Podia Acabar o Mundo" de Herman José e Rosa Lobato de Faria, Podia Acabar o Mundo
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SÉRIES
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Série
Amália
Conta-me Como Foi
Ele é Ela
Equador
Liberdade XXI
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Infanto-Juvenil
Morangos com Açúcar VI
Morangos com Açúcar VII
O Bando dos Quatro
Rebelde Way
Uma Aventura
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Actor em Série
Filipe Duarte, Equador
Ivo Canelas, Liberdade XXI
José Raposo, Conta-me Como Foi
Marco d'Almeida, Equador
Miguel Guilherme, Conta-me Como Foi
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Actriz em Série
Benedita Pereira, Ele é Ela
Catarina Avelar, Conta-me Como Foi
Dalila Carmo, Equador
Maria João Bastos, Equador
Rita Blanco, Conta-me Como Foi
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HUMOR
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Programa
CQC - Caia Quem Caia
Gato Fedorento - Esmiúça os Sufrágios
Os Contemporâneos
Telerural
VIP Manicure
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Actor Humorista
Bruno Nogueira, Os Contemporâneos
César Mourão, Companhia das Manhãs
Jorge Mourato, Companhia das Manhãs
Nuno Lopes, Os Contemporâneos
Ricardo Araújo Pereira, Gato Fedorento
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Actriz Humorista
Ana Bola, VIP Manicure
Carla Vasconcelos, Os Contemporâneos
Cristina Oliveira, Fátima
Maria Rueff, VIP Manicure
Maria Vieira, Portugal no Coração
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Carreira: Júlio Isidro
Prestígio: Herman José
Memória: Raul Solnado
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sexta-feira, 9 de abril de 2010

2012 (2009)

2012 de Roland Emmerich foi um dos filmes muito aguardados de 2009. Porquê? Simples... Pela sua temática, já tão típica nos filmes deste realizador, sobre o fim do mundo. Neste caso em particular, literalmente o fim do mundo.
Tal como todo o bom filme apocaliptico também este conta com um conjunto de estrelas de Hollywood nomeadamente John Cusack que assume aqui o papel protagonista, bem como Woody Harrelson, Danny Glover e Thandie Newton em papéis secundários.
Quanto à história não há muito a dizer. Após pegar na teoria do calendário Maia que prevê o fim da nossa era para a data de 21 de Dezembro de 2012, foi criada toda uma teoria de alterações climáticas que aliadas às crises de moral e económicas que se fazem sentir nos nossos dias (sounds familiar?) prevêem o caos. Assim, a teoria do fim chega pela mão de um conjunto sucessivo de cataclismos naturais que abalam definitivamente e de forma expressiva a face do planeta Terra tal como o conhecemos. Desde terremotos a inundações, fogos, vulcões e ondas gigantes temos de tudo neste filme. Literalmente tudo. E claro, como não poderia deixar de ser, assistimos ao longo do filme a um sem fim de destruição de monumentos por este mundo fora. No final, apenas um número muito reduzido de 400 mil pessoas consegue sobreviver a tudo isto depois de, claro, ter pago uma soma astronómica por um lugar ao sol.
E assim está resumida a história do filme. Procurado não tanta pela história pois esta é quase diminuta face à quantidade de efeitos especiais que o filme nos apresenta, e aí sim temos o seu ponto mais alto, pois como todos os filmes catástrofe, este vivem pura e exclusivamente dos efeitos especiais relegando para um segundo plano todo o seu conteúdo. Todos nós vibramos com grandes lutas, neste caso destruição, de todos aqueles lugares que conhecemos quer pessoalmente quer por termos visto na televisão. Estando estes bem elaborados, todo o filme já vale a pena de ver e nem nos importamos se a história é consistente ou não.
E verdade seja dita, este filme tem de facto bons efeitos especiais. Também não deixa de ser verdade que algumas das sequências que temos, nomeadamente a queda do Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou a destruição do Hawaii nos fica com algum amargo de boca pois gostaríamos de ver mais do que por lá se passou e não apenas algumas referências ao de longe, mas ainda assim não deixa de ser francamente assustador visionar algo que testemunharia o fim. Assim sendo, este filme é uma aposta ganha pois podendo talvez não ser os melhores efeitos especiais, este não deixam de ser muito bons. Prova disso é toda a sequência do afundamento literal da cidade de Los Angeles ou a onda gigante que devasta Washington DC e se lança através dos Himalaias como uma faca por manteiga.
Típico deste estilo de filmes são os clichés. Os velhos labregos com tipas com menos de metade da idade que no último momento as desprezam tal não é o seu poderio monetário mas que, no momento da verdade quem se safa é ela e não ele. Temos as famílias desfeitas que na hora final se reaproximam e descobrem que afinal sempre se amaram. Temos os choque de classes no seu expoente máximo. Quem tem muito dinheiro safa-se... os outros que se safem! Clichés atrás de clichés, mas ainda assim o filme consegue ser bom naquilo que de facto é: espectáculo e entretenimento.
Dito isto resta-me acrescentar que não se preocupem os defensores do fim. Já está em produção a mini-série 2013 pelo que, mesmo que isto acabe para alguns, outros tantos ficam cá para contar a história!

7 / 10

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Mr. Magorium's Wonder Emporium (2007)

O Maravilhoso Mundo dos Brinquedos de Zach Helm é um filme digamos "fantasioso" com a participação de Dustin Hoffman e Natalie Portman nos principais papéis.
O dono de uma loja de brinquedos mágica (Hoffman) já ultrapassa os 200 anos de idade e quer deixá-la à sua assistente (Portman) antes de partir. Pelo meio tem de fazer uma estimativa de quanto vale a dita para poder declarar tudo e deixá-la assim em testamento. Quando morre toda a magia fica temporariamente perdida até que Portman volte a acredita de novo. Não só na loja como muito particularmente em si própria.
Visualmente o filme consegue ser rico pois quase na sua totalidade assistimos a uma enorma explosão de cor e de efeitos especiais pois a acção decorre quase totalmente numa loja de brinquedos.
Se considerarmos também que a banda-sonora do filme é composta por Alexandre Desplat, certamente esperamos uma partitura rica e emocionante, o que se confirma, e é como tal um dos elementos mais fortes do filme.
No entanto, aquilo que a todos atrai em primeiro lugar são os actores que dão rosto pelo filme. Considerando até só os dois principais posso afirmar com segurança que têm aqui aquele que é possivelmente dos papéis mais fracos da sua filmografia não só pelo pouco conteúdo que têm como também pela falta de emoção e de expressão que transportam para compôr as suas respectivas personagens. Os seus desempenhos soam mais a ler o guião que têm à frente do que propriamente comporem personagens elaboradas e com alguma história e emoção a transmitir para nós, o público.
Assim, de história pouco tem, de interpretações é fraco quase a roçar o nulo, e os únicos elementos que conseguem sim dar alguma pouca credibilidade ao filme são, como referi anteriormente, os efeitos visuais e a banda-sonora brilhante que, contudo, não consegue salvar o filme de ser uma desgraça pegada.

3 / 10

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Pieces of April (2003)

Pedaços de uma Vida de Peter Hedges é um daqueles filmes independentes para com os quais confesso vou sempre de pé atrás pois ou se ama ou se odeia. Famílias disfuncionais onde estão cimentados os problemas entre os vários elementos da família. Um pai reconciliador, uma mãe austera, uma filha perfeita, um filho apagado, uma drogada áfastada do resto da família e uma avó que já não se encontra a jogar com o baralho todo. Essencialmente são estas as personagens que vamos encontrar pelo filme.
A dar corpo a estas personagens temos um elenco masculino meio apagado compensado no entanto de uma forma absoluta pelas três principais personagens femininas interpretadas por Katie Holmes, Alison Pill e Patricia Clarkson no papel de mãe, para o qual foi nomeada para o Oscar de Melhor Actriz Secundária.
Toda a história gira em torno da visita da família a casa da filha afastada (Holmes) durante a o período de quimioterapia da mãe na época da tão célebre época festiva americana do Thanksgiving. Ao estilo de road-trip dos pais, irmãos e avó enquanto se cruzam com alguns dos fantasmas que ensombram a família, ao mesmo tempo que vemos a odisseia de Holmes para cozinhar o bendito perú, assistimos não só a regeneração mas também à aproximação de novos elementos à própria família. Aqueles que nos ajudam num momento de crise. Que nos apoiam. Que estão simplesmente lá. Os que não nos viram a cara.
Li algures que este é o melhor filme passada durante esta época festiva que alguma vez foi feito. Tenho quase a certeza que não vi todos eles, mas dos que vi sou obrigado a concordar com esta observação. É um filme que lida com a dor, com a perda, com a indiferença mas que como todo este conjunto de sentimentos negativos forma, a seu tempo, a mesma redenção com que se abraçam e acarinham aqueles que nos são próximos. É um filme muito ao estilo d'O Casamento de Rachel, com o qual se estabelecem muitas semelhanças nos dramas familiares, sendo que este Retalhos de uma Vida consegue apesar de tudo ter um desfecho bem mais positivo.
Muito positivo na sua generalidade desde o argumento à banda-sonora mas este filme seria impossível se não tivesse um elenco tão coeso e bem estruturado com actores que se interligam e entre os quais é notória a existência de uma forte química. São eles sem qualquer sombra de dúvida o elemento mais forte entre vários.

8 / 10

terça-feira, 6 de abril de 2010

Norbit (2007)

Norbit de Brian Robbins é mais um filme onde a estrela é em todas as dimensões possíveis e imaginárias Eddie Murphy. Filme este onde até no próprio cartaz, como se pode verificar, o seu nome figura não umas das DUAS vezes. E quem diz duas poderia ter outras mais considerando que Eddie Murphy interpreta sempre nos seus filmes múltiplas personagens. Pelo meio podemos ainda vislumbrar Cuba Gooding Jr., que nunca mais conseguiu um papel que lhe desse tanto protagonismo como o que interpretou em Jerry Maguire, e uma sempre deslumbrante Thandie Newton que, vão por mim, ainda há-de dar grandes papéis ao grande ecrã, ao nível de desempenhos como o que teve em Crash.
Aqui Norbit (Murphy) casa com Rasputia (Murphy yma vez mais) mas vive no seu íntimo a mesma paixão que sempre sentiu por Kate (Newton) que está prestes a casar com um charlatão (Gooding Jr.) que quer toda a sua fortuna para depois a abandonar.
Dito isto está todo o filme resumido à excepção, claro, dos inúmeros enredos e artimanhas a que Eddie Murphy e os seus filmes nos habituaram.
Muitos clichés como não poderia deixar de ser os seus filmes, aos quais se juntam os também clichés habituais dos filmes de comédia, uma dose imensa de caretas e de parvoíces que já estão muito vistas mas que ainda assim não deixam de ter a sua graça e claro, um final feliz digno de uma típica história de comédia, são os elementos que compõem, entre tantos, também este Norbit.
Nomeado em 2008 ao Oscar de Melhor Caracterização, que não venceu mas do qual seria um justo vencedor (para quem ainda não viu o filme compreenderá que é uma verdade), e vencedor de quatro Razzies (Melhor Actor, Actor Secundário e Actriz Secundária) bem como para Melhor Actor da Década, todos eles actribuídos ao próprio Eddie Murphy pelo seu desdobramento em inúmeros papéis no filme, foram algumas das distinções que o filme viu. No caso dos Razzies confesso que foi um tanto exagerado pois apesar de não ser um filme de comédia brilhante ao melhor estilo de Murphy, não terá sido com certeza um dos piores do ano digno merecedor de tal etiqueta.
O mal de muitos que vêem este tipo de filmes é esperar que saia daqui algo de muito erudito e puritano. Ao caminhar para ver este género de filme, e mais concretamente este género de comédias, há que ir de espírito aberto e preparado para algumas quantas risadas e gargalhadas e passar pouco mais de hora e meia de boa disposição e descontração. Nunca por nunca esperar que iremos encontrar o próximo vencedor do Oscar de Melhor Filme do ano.
Puro entretenimento. Nada mais, nada menos. E claro, a confirmação de que Murphy ainda está para as comédias desde que... feitas ao seu estilo.

6 / 10

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Carry on Cruising (1962)

Com Jeito Vai no Bote de Gerald Thomas é mais um título da saga britânica Carry On que, entre os finais dos anos 50 até aos finais dos anos 70 realizou dezenas de títulos, quase todos eles com o mesmo núcleo duro de actores.
As histórias, apesar de realizadas sob os mais diversos cenários entre os quais nas colónias britânicas, escolas ou como o presente caso durante um cruzeiro, têm quase todas o mesmo sentido, ou seja, a sexualidade.
Se nos primeiros títulos este aspecto é abordado de uma forma mais suave e disfarçada, à medida que os anos passavam, esta sexualidade ficou cada vez mais explícita e abordada de uma forma mais frontal e sempre repleta de insinuações e actos mais ou menos descarados.
Ninguém está imune. Nem velhos nem novos. Todos a procuravam e todos por ela lutavam contra todas as adversidades dando claro origem ao mais diverso leque de aventuras e esquemas.
Tal como os anteriores filme já aqui comentados também este é um filme enérgico e bem disposto capaz de arrancar uns sorriso nos momentos mais inesperados. Filme imprescindível para os amantes desta saga.
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6 / 10

domingo, 4 de abril de 2010

Valiant (2005)

Valiant - Os Bravos do Pombal de Gary Chapman é um filme de animação que se desenrola durante a Segunda Guerra Mundial. Inovador é que aqui os heróis não são figuras animadas de homens mas sim de alguns dos medalhados esquecidos do conflito, ou seja, os animais. Sim, também alguns deles foram medalhados tal como poderão constatar no final do filme.

Tal como o nome dado em Portugal ao filme constata, assistimos a um conjunto de pombos britânicos em acção pelos céus da Europa durante o último grande conflito mundial bem como às suas manobras de treino e de sobrevivência em missão contra os falcões nazis.

Se as próprias sequências de treino já são hilariantes, as de captura não deixam de ser preciosas pérolas de comédia quando... bom... não relatando o que pelo filme se passa mas a primeira captura de um dos pombos e as torturas de que ele é alvo são francamente cómicas (estranho mas é verdade).
Não é um filme muito longo, mas no entanto consegue proporcionar grandes momentos de distracção e é ao mesmo tempo uma pequena lição de História, sobre alguns pequenos e curiosos factores do conflito mundial, além de ser também uma verdadeira lição sobre coragem e amizade, típico nos filmes de animação, em particular dos da Disney.
Com uma história simples e cativante e as animações muito bem conseguidas este filme consegue ser muito bom, apesar de ter passado quase ao lado dos espectadores. Sem dúvida a não perder!

7 / 10

sábado, 3 de abril de 2010

Highwaymen (2004)

Rápidos e Mortais de Robert Harmon com Jim Caviezel e Rhona Mitra ressuscita o género trazido há quase trinta anos com Terror na Auto-Estrada também da autoria do realizador.
A novidade entre um e outro filme é inexistente. A única diferença é que o criminoso do filme dos anos 80 interpretado por Rutger Hauer é um total desconhecido em que a sua proveniência é mantida por todo o filme como uma incógnita enquanto que nesta nova adaptação livre da história temos uma justificação sobre quem é o vingador das estradas.
Apesar de não tão intensos, este filme consegue, tal como o primeiro, criar uns quantos momentos de tensão em que os nervos ficam em maior evidência e consegue também ser um filme bastante mais ritmado bem ao ritmo da época em que vivemos.
Prende a atenção, tem umas boas sequências de perseguições e os actores entregam aquilo que é esperado para o tipo de filme sendo que, é impossível não destacar, o fantástico Colm Feore que foi escolhido para interpretar, mais uma vez, o vilão de serviço.
Não sendo um filme obra-prima do género, nem tão pouco um dos melhores, não deixa no entanto de ser uma boa forma de passar 80 minutos de puro entretenimento.

7 / 10