terça-feira, 6 de abril de 2010

Norbit (2007)

Norbit de Brian Robbins é mais um filme onde a estrela é em todas as dimensões possíveis e imaginárias Eddie Murphy. Filme este onde até no próprio cartaz, como se pode verificar, o seu nome figura não umas das DUAS vezes. E quem diz duas poderia ter outras mais considerando que Eddie Murphy interpreta sempre nos seus filmes múltiplas personagens. Pelo meio podemos ainda vislumbrar Cuba Gooding Jr., que nunca mais conseguiu um papel que lhe desse tanto protagonismo como o que interpretou em Jerry Maguire, e uma sempre deslumbrante Thandie Newton que, vão por mim, ainda há-de dar grandes papéis ao grande ecrã, ao nível de desempenhos como o que teve em Crash.
Aqui Norbit (Murphy) casa com Rasputia (Murphy yma vez mais) mas vive no seu íntimo a mesma paixão que sempre sentiu por Kate (Newton) que está prestes a casar com um charlatão (Gooding Jr.) que quer toda a sua fortuna para depois a abandonar.
Dito isto está todo o filme resumido à excepção, claro, dos inúmeros enredos e artimanhas a que Eddie Murphy e os seus filmes nos habituaram.
Muitos clichés como não poderia deixar de ser os seus filmes, aos quais se juntam os também clichés habituais dos filmes de comédia, uma dose imensa de caretas e de parvoíces que já estão muito vistas mas que ainda assim não deixam de ter a sua graça e claro, um final feliz digno de uma típica história de comédia, são os elementos que compõem, entre tantos, também este Norbit.
Nomeado em 2008 ao Oscar de Melhor Caracterização, que não venceu mas do qual seria um justo vencedor (para quem ainda não viu o filme compreenderá que é uma verdade), e vencedor de quatro Razzies (Melhor Actor, Actor Secundário e Actriz Secundária) bem como para Melhor Actor da Década, todos eles actribuídos ao próprio Eddie Murphy pelo seu desdobramento em inúmeros papéis no filme, foram algumas das distinções que o filme viu. No caso dos Razzies confesso que foi um tanto exagerado pois apesar de não ser um filme de comédia brilhante ao melhor estilo de Murphy, não terá sido com certeza um dos piores do ano digno merecedor de tal etiqueta.
O mal de muitos que vêem este tipo de filmes é esperar que saia daqui algo de muito erudito e puritano. Ao caminhar para ver este género de filme, e mais concretamente este género de comédias, há que ir de espírito aberto e preparado para algumas quantas risadas e gargalhadas e passar pouco mais de hora e meia de boa disposição e descontração. Nunca por nunca esperar que iremos encontrar o próximo vencedor do Oscar de Melhor Filme do ano.
Puro entretenimento. Nada mais, nada menos. E claro, a confirmação de que Murphy ainda está para as comédias desde que... feitas ao seu estilo.

6 / 10

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