2012 de Roland Emmerich foi um dos filmes muito aguardados de 2009. Porquê? Simples... Pela sua temática, já tão típica nos filmes deste realizador, sobre o fim do mundo. Neste caso em particular, literalmente o fim do mundo.
Tal como todo o bom filme apocaliptico também este conta com um conjunto de estrelas de Hollywood nomeadamente John Cusack que assume aqui o papel protagonista, bem como Woody Harrelson, Danny Glover e Thandie Newton em papéis secundários.
Quanto à história não há muito a dizer. Após pegar na teoria do calendário Maia que prevê o fim da nossa era para a data de 21 de Dezembro de 2012, foi criada toda uma teoria de alterações climáticas que aliadas às crises de moral e económicas que se fazem sentir nos nossos dias (sounds familiar?) prevêem o caos. Assim, a teoria do fim chega pela mão de um conjunto sucessivo de cataclismos naturais que abalam definitivamente e de forma expressiva a face do planeta Terra tal como o conhecemos. Desde terremotos a inundações, fogos, vulcões e ondas gigantes temos de tudo neste filme. Literalmente tudo. E claro, como não poderia deixar de ser, assistimos ao longo do filme a um sem fim de destruição de monumentos por este mundo fora. No final, apenas um número muito reduzido de 400 mil pessoas consegue sobreviver a tudo isto depois de, claro, ter pago uma soma astronómica por um lugar ao sol.
E assim está resumida a história do filme. Procurado não tanta pela história pois esta é quase diminuta face à quantidade de efeitos especiais que o filme nos apresenta, e aí sim temos o seu ponto mais alto, pois como todos os filmes catástrofe, este vivem pura e exclusivamente dos efeitos especiais relegando para um segundo plano todo o seu conteúdo. Todos nós vibramos com grandes lutas, neste caso destruição, de todos aqueles lugares que conhecemos quer pessoalmente quer por termos visto na televisão. Estando estes bem elaborados, todo o filme já vale a pena de ver e nem nos importamos se a história é consistente ou não.
E verdade seja dita, este filme tem de facto bons efeitos especiais. Também não deixa de ser verdade que algumas das sequências que temos, nomeadamente a queda do Cristo Redentor no Rio de Janeiro ou a destruição do Hawaii nos fica com algum amargo de boca pois gostaríamos de ver mais do que por lá se passou e não apenas algumas referências ao de longe, mas ainda assim não deixa de ser francamente assustador visionar algo que testemunharia o fim. Assim sendo, este filme é uma aposta ganha pois podendo talvez não ser os melhores efeitos especiais, este não deixam de ser muito bons. Prova disso é toda a sequência do afundamento literal da cidade de Los Angeles ou a onda gigante que devasta Washington DC e se lança através dos Himalaias como uma faca por manteiga.
Típico deste estilo de filmes são os clichés. Os velhos labregos com tipas com menos de metade da idade que no último momento as desprezam tal não é o seu poderio monetário mas que, no momento da verdade quem se safa é ela e não ele. Temos as famílias desfeitas que na hora final se reaproximam e descobrem que afinal sempre se amaram. Temos os choque de classes no seu expoente máximo. Quem tem muito dinheiro safa-se... os outros que se safem! Clichés atrás de clichés, mas ainda assim o filme consegue ser bom naquilo que de facto é: espectáculo e entretenimento.
Dito isto resta-me acrescentar que não se preocupem os defensores do fim. Já está em produção a mini-série 2013 pelo que, mesmo que isto acabe para alguns, outros tantos ficam cá para contar a história!
7 / 10
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