sábado, 30 de setembro de 2023

Queer Lisboa 2023: os vencedores

.
Terminou esta noite a 27ª edição do Queer Lisboa - Festival Internacional de Cinema Queer que decorria no Cinema são Jorge desde o passado dia 22 de Setembro. Regra 34, de Júlia Murat foi o grande vencedor desta edição ao arrecadar o troféu de Melhor Filme na Competição de Longas-Metragens.
São os vencedores:
.
Competição Longas-Metragens
Filme: Regra 34, de Júlia Murat
Menção Especial: Opponent, de Milad Alami
Prémio do Público: Opponent, de Milad Alami
.
Competição Documentários
Filme: Peixe Abissal, de Rafael Saar
Prémio do Público: Kokomo City, de D. Smith
.
Competição Curtas-Metragens
Filme: Troy, de Mike Donahue
Menção Especial: Dipped in Black, de Matthew Thorne e Derik Lynch
Prémio do Público: Warsha, de Dania Bdeir
.
Competição In My Shorts
Filme: Edge, de Edmund Krempinski e Jakub Dylewsk
Menção Especial: Les Garçons dans l'Eau, de Pawel Thomas Larue
.
Competição Queer Art
Filme: O Estranho, de Flora Dias e Juruna Mallon
.
.

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

Francisco Brás


.
1955 - 2023
.

quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Michael Gambon


.
1940 - 2023
.

quarta-feira, 27 de setembro de 2023

European Film Awards 2023: Longas-Metragens pré-seleccionadas - Parte II

.
A Academia Europeia de Cinema acaba de anunciar o segundo conjunto de longas-metragens Europeias pré-seleccionadas para a 36ª edição dos European Film Awards que este ano serão atribuídos numa cerimónia a realizar em Berlim, na Alemanha unindo-se assim àquelas que já haviam sido anunciadas no decorrer do passado mês de Agosto.
São elas:
  • Animal, de Sofia Exarchou (Grécia/Áustria/Bulgária/Roménia/Chipre)
  • Bastarden, de Nikolaj Arcel (Dinamarca/Alemanha/Suécia)
  • Blaga's Lessons, de Stephan Komandarev (Bulgária/Alemanha)
  • Club Zero, de Jessica Hausner (Áustria/Reino Unido/Alemanha/França/Dinamarca/Qatar)
  • Domakinstvo za Pocetnici, de Goran Stolevski (Macedónia do Norte/Croácia/Sérvia/Polónia/Kosovo)
  • Ekskurzija, de Una Gunjak (Bósnia-Herzegovina/Croácia/Sérvia/França/Noruega/Qatar)
  • Holly, de Fien Troch (Bélgica/Luxemburgo/Países Baixos/França)
  • Io, Capitano, de Matteo Garrone (Itália/França/Bélgica)
  • Kobieta Z..., de Malgorzata Szumowska e Michal Englert (Polónia/Suécia)
  • Magyarmzat Mindenre, de Gábor Reisz (Hungria/Eslováquia)
  • Nu Astepta Prea Mult de la Sfarsitul Lumii, de Radu Jude (Roménia/Croácia/França/Luxemburgo)
  • Paradiset Brinner, de Mika Gustafson (Suécia/Itália/Finlândia/Dinamarca)
  • La Passion de Dodin Bouffant, de Tran Anh Hung (França)
  • La Sociedad de la Nieve, de J. A. Bayona (Espanha)
  • Stepne, de Maryna Vroda (Ucrânia/Eslováquia/Alemanha/Polónia)
  • Sweet Dreams, de Ena Sendijarevic (Países Baixos/Suécia/Indonésia)
  • Tatami, de Guy Nattiv e Zar Amir (Geórgia/EUA)
  • Die Theorie von Allem, de Timm Kröger (Alemanha/Áustria/Suíça)
  • The Vanishing Soldier, de Dani Rosenberg (Israel)
  • Zielona Granica, de Agnieszka Holland (Polónia/França/República Checa/Bélgica)
  • The Zone of Interest, de Jonathan Glazer (Reino Unido/Polónia/EUA)
Os nomeados serão revelados no próximo dia 9 de Novembro no decorrer do Festival de Cinema Europeu de Sevilha.
.

. 

segunda-feira, 25 de setembro de 2023

David McCallum


.
1933 - 2023
.

domingo, 24 de setembro de 2023

José Neto


.
1955 - 2023
.

quarta-feira, 20 de setembro de 2023

European Film Academy - Lifetime Achievement Award 2023

.
A Academia Europeia de Cinema anunciou hoje quem seria agraciado com o European Lifetime Achievement Award na 36ª edição dos European Film Awards.
.
.
Vanessa Redgrave, actriz britânica nascida a 30 de Janeiro de 1937, em Londres, e já premiada com o Oscar de Melhor Actriz Secundária em 1978 por Julia, de Fred Zinnemann - vencendo também o Globo de Ouro da Hollywood Foreign Press Association e o prémio da Crítica de Los Angeles -, tendo ainda conquistado nomeações como Actriz Protagonista em Morgan: A Suitable Case for Treatment (1967) filme pelo qual também venceu o troféu de Interpretação em Cannes, Isadora (1969), uma nova vitória no festival da Riviera Francesa, Mary Queen of Scots (1972) e The Bostonians (1985) e como Actriz Secundária em Howards End (1993). A estes troféus juntam-se ainda uma Coppa Volpi de Veneza em Little Odessa enquanto Actriz Secundária, o Sophia International Lifetime Achievement Award entregue pela Academia Portuguesa de Cinema, dois Emmy por Playing for Time (1981) e If These Walls Could Talk 2 (2000) pelo qual também venceu o Screen Actors Guild Award e o Globo de Ouro na mesma categoria, um BAFTA da Academia Britànica (em Televisão em 1967) bem como o BAFTA Fellowship em 2010, o British Independent Film Award em 2011 como Actriz Secundária por Coriolanus, de Ralph Fiennes pelo qual também venceu o troféu da Crítica de San Francisco, a Medusa de Carreira da Academia Helénica de Cinema em 2016. Em 2008 o prémio da Crítica de Londres como Actriz Secundária por Atonement, de Joe Wright, o troféu da Crítica Nova York em 1987 por Prick Up Your Ears, de Stephen Frears e os troféus da National Society of Film Critics em 1985 e 1986 por The Bostonians e Wetherby respectivamente e em 1972 o David di Donatello de Melhor Actriz Estrangeira pela sua interpretação em Mary, Queen of Scots, entre outros troféus.
Com mais de 140 filmes, um número sem fim de participações em produções televisivas e um destacado percurso nos palcos, Vanessa Redgrave tem sido ao longo da sua carreira uma "destacada voz contra a guerra e na defesa daqueles que se podem encontrar em situações precárias" tal como  destacado no comunicado da Academia Europeia de Cinema.
A 36ª edição dos European Film Awards irá decorrer no próximo dia 9 de Dezembro, no Arena Berlin, em Berlim, na Alemanha.
.
.

segunda-feira, 18 de setembro de 2023

Cortaderia (2022)

Cortaderia de Óscar Moreno (Espanha) é um dos mais recentes exemplares mockumentary espanhóis que explora uma temática ambiental preocupante na região norte de Espanha onde, junto ao Atlântico, se faz notar a cada vez maior presença de uma espécie florestal invasora... os vulgarmente chamados "limpa-garrafas" ou "erva das pampas" de seu nome oficial cortaderia selloana.
No entanto, como um bom mockumentary, este Cortaderia apresenta o outro lado da "ameaça florestal", ou seja, aqueles que no meio dos receios ambientais observam sim os benefícios da Natureza tal como ela é onde, na qual, inserem a "erva das pampas" como um novo habitante natural do ecossistema... mesmo que este seja de uma proveniência totalmente díspar. Dos protectores ambientais aos fundadores das organizações não governamentais que valorizam as espécies sem esquecer a sua protecção para o futuro reservando-se o direito de recolher sementes para que a dita espécie nunca desapareça face às constantes ameaças, este documentário explora de forma divertida assuntos que até são demasiado sérios e actuais, se o quisermos analisar, sob uma perspectiva dinâmica da sociedade como um todo. São os elementos estranhos (ou estrangeiros) assim tão nocivos para a sociedade como a primeira (e fácil) análise quer fazer parecer? Existirá, na realidade, alguma "espécie" agressora do meio dito natural? Se a mesma resiste, e subsiste, num espaço que lhe é inicialmente considerado como sendo desfavorável, até que ponto poderão os autóctones afirmar que esta "espécie" não pertence àquele meio em concreto?
Da comédia feita à custa de assuntos sérios explorando, ou tentando, a consciencialização para a realidade de certos assuntos actuais, esta curta-metragem apenas peca por um certo distanciamento que o mesmo humor pode provocar no espectador levando-o apenas a olhá-lo como "mais um" filme cómico do que propriamente um com uma temática importante e actual que transcende a ideia de uma simples planta tida como uma "espécie invasora".
.
6 / 10
.

domingo, 17 de setembro de 2023

MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa 2023: os vencedores

.
Terminou esta noite a 17ª edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa que decorreu uma vez mais no Cinema São Jorge e, com ela, foram também anunciados os vencedores dos troféus Méliès d'Argent para Longa e Curta-Metrsagens Europeis bem como anunciado o troféu para a Melhor Curta-Metragem Portuguesa de Terror.
.
Prémio Méliès d'Argent - Longa Europeia: Superposition, de Karoline Lyngbye
Menção Especial: Hood Witch, de Saïd Belktibia
.
Prémio Méliès d'Argent - Curta Europeia: Gangrene, de Ignasio Gil-Toresano Fernández
.
Curta-Metragem Portuguesa de Terror: De Imperio, de Alessandro Novelli
Menção Especial: Paralisia, de Inês Monteiro
.
Prémio do Público: Irati, de Paul Urkijo Alijo
.
.

sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Billy Miller


.
1979 - 2023
.

quinta-feira, 14 de setembro de 2023

E Portugal leva aos Oscars...

.
A Academia Portuguesa revelou hoje qual o filme que irá representar o país na 96ª edição dos Oscars na categoria de Melhor Filme Internacional.
Mal Viver, a primeira entrega do chamado díptico de João Canijo foi o filme seleccionado pelos membros da Academia depois de ter estado numa lista de quatro longas-metragens pré-seleccionadas por um comité de selecção onde se encontravam ainda Viver Mal, também de João Canijo, Nayola, de José Miguel Ribeiro e Légua, de Filipa Reis e João Miller Guerra.
Esta é a terceira vez que o realizador João Canijo representa o país nesta categoria depois de Noite Escura, em 2005 e Sangue do Meu Sangue em 2012.
.
.
A cerimónia da 96ª edição dos Oscars irá decorrer a 10 de Março de 2024 no Dolby Theatre, em Los Angeles.
.
.

terça-feira, 12 de setembro de 2023

Les Meutes (2023)

.
As Matilhas de Kamal Lazraq (Marrocos/França/Bélgica/Qatar/Arábia Saudita) foi a longa-metragem que hoje serviu de abertura não-oficial da 17ª edição do MOTELx - Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa que decorre no Cinema São Jorge até ao próximo dia 18 de Setembro.
Hassan (Abdellatif Masstouri) e Issan (Ayoub Elaid), pai e filhos nas ruas de Casablanca sobrevivem de pequenos crimes muitos dos quais associados à luta de cães em que participam contra bandos marginais rivais. É quando o chefe de Hassan o manda raptar um dos seus opositores que a vida deste homem, e do seu filho que o auxilia, muda radicalmente enfrentando muito mais do que os perigos de uma vida que a lei já abandonou há muito.
Não só filme de abertura desta edição do festival como também na secção Serviço de Quarto, Les Meutes apresenta uma abordagem algo diferente aos filmes de género. Longe de ser um conto de terror, pelo menos um dos ditos "tradicionais" onde este surge sob uma qualquer forma sobrenatural, a obra de Lazraq apresenta-nos um conto de terror urbano (se assim lhe podermos chamar) onde as sombras da noite escondem não um qualquer monstro fastasmagórico mas sim aquele que a marginalidade esconde. As lutas de gangues, a violência animal, a morte, o tráfico de favores e influências e o poder do mais forte mesclam-se num conto do qual, compreendemos a certo ponto, nenhuma das suas personagens irá sair ilesa.
As matilhas - numa clara e inteligente abordagem aos diferentes grupos que tentam e testam o poder no "outro lado" das ruas -, disputam a sua influência e o poder conquistado pela supremacia que deduzem ter sobre os demais graças a pequenos actos marginais e marginalizados que fazem vibrar as suas noites. E o primeiro de cair... é o primeiro conquistado. As lutas de cães - animal considerado impuro e até mesmo demoníaco para o Islão -, assumem aqui a forma de purificação que um acto marginal utiliza não só para se glorificar junto dos seus opositores como, ao mesmo tempo, funciona como a forma que os seus "mestres" encontram para purificar as ruas "infestadas" como estes animais desprezados na respectiva sociedade. Não é ao acaso que os cães logo de início são revelados como seres grotescos, utilizados para a matança do inimigo indesejado e, já no final, representados como seres moribundos que vagueiam pelas ruas mais sujas de uma cidade que os abandonou algures à sua sorte... e à sorte dos restos que, também eles, ficaram esquecidos.
Não existe aqui nenhum desfecho considerado melhor... a pobreza é latente na representação de "Hassan" e "Issan" bem como a matriarca da filha já envelhecida e desgastada pelo tempo mas com um elevado sentido de espiritualidade que não perde. Boa parte dos marginais tidos como imbatíveis acabam por ser alvo da sua própria arrogância revelando-se frágeis e perdidos no suposto reino que criaram e perderam. Os perdedores até então assumem a vitória sob um império destruído que, a seu tempo, irão também eles degladiar-se para poderem proclamar-se como vitoriosos sobre algo irreal e os mortos, esses partidos, acabam por ser espelho de um triste e ignóbil fim e "prato" daqueles que procuram subsistir mais um dia.
Les Meutes é, a partir de dado momento, a compreensão de que se assiste a uma história de perdedores, de derrotas e de falhanços que, associados a um inexplicável misticismo, conferem "aos pobres" aquilo que os faz aguentar mais um dia... a esperança de que na "outra vida" possa existir algo que renda os seus poucos actos de misericórdia em vida conferindo-lhes a salvação no além... Todos são perdedores e o dia de amanhã não irá ser melhor. Ainda que não o saibam. Todos lutam por resistir mais um dia... e isso compreendem reflectindo-se nos breves momentos em que se encaram olhos nos olhos.
Atípico filme de terror - se é que o poderemos considerar enquanto tal -, Les Meutes é sobretudo um filme de resistência e de sobrevivência sobre aqueles que compreenderam e aceitam no silêncio não ir ver nada de bom, ou pelo menos diferente, na sua vida mas que ainda assim resistem à esperança de ver mais um dia.
.

.
7 / 10
.
.

sábado, 9 de setembro de 2023

Festival Internacional de Cinema de Veneza 2023: os vencedores

.
Terminou hoje a 80ª edição do Festival Internacional de Cinema de Veneza com Poor Things, de Yorgos Lanthimos a ser coroado com o Leão de Ouro.
São os vencedores:
.
Leão de Ouro: Poor Things, de Yorgos Lanthimos
Leão de Prata - Grande Prémio do Júri: Aku Wa Sonzai Shinai, de Ryûsuke Hamaguchi
Leão de Prata - Realização: Matteo Garrone, Io Capitano
Prémio Especial do Júri: Zielona Granica, de Agnieszka Holland
Coppa Volpi - Actor: Peter Sarsgaard, Memory
Coppa Volpi - Actriz: Cailee Spaeny, Priscilla
Prémio Marcello Mastroianni - Intérprete Revelação: Seydou Sarr, Io Capitano
Argumento: Guillermo Calderón e Pablo Larraín, El Conde
.
.

sexta-feira, 8 de setembro de 2023

Muy Fuerte (2022)

.
Muy Fuerte de César Rios (Espanha) é um filme curto que aborda a temática das primeiras impressões. Aquelas que se tem face àquilo que não conhecendo faz com que se equacione sempre o lado negativo de uma acção tida pelos outros.
Uma mulher passa a frequentar um ginásio. As colegas, surpreendidas com esta sua nova actividade, tecem todo um conjunto de comentário sobre as suas supostas segundas intenções que estão (para elas) relacionadas com uma relação extra-conjugal da colega. Mas aquilo que desconhecem revela-se como uma trágica realidade que aquela mulher vive num silêncio desarmante.
A curta-metragem de César Rios recupera nesta história algo tão humano como a desconfiança, as segundas intenções e sobretudo a capacidade (e vontade) de falar mal do "outro" para que ninguém olhe "para mim". Assim, o boato, o rumor e o falso testemunho levantado por terceiros ganha um lugar de destaque nesta curta-metragem centrando-se em boa parte da trama ao mesmo tempo que esconde, em boa medida, o que está por detrás da acção desta mulher que só intriga o espectador por ser sistematicamente mencionado por uma das demais personagens que não treme quando decide "apontar-lhe o dedo" pelo seu novo estilo de vida até então desconhecido para as mencionadas "amigas".
Os "porquês" das suas acções são apenas revelados bem perto do final, quando todos nós espectadores poderemos (ou não) ter julgado esta personagem não pelo seu novo estilo de vida mas sim por aquilo que as demais personagens equacionam e, até mesmo, por potenciais preconceitos que nós próprios possamos ter quando encontramos "alguém" que repentinamente exibe comportamentos distintos daqueles tidos até um determinado momento. Incapazes de enfrentar a mudança - dos outros - julgando-os pelos nossos próprios parâmetros, quase somos forçados a exigir daquela personagem uma justificação que, ainda que sendo dada como elemento redentor da mesma, não nos pertence... não nos assiste perceber os seus porquês para podermos ter nos nossos ideias a compreensão dos seus actos mas, ainda assim, contentamo-nos quando o mesmo sucede.
Interessante sob o ponto de vista da perspectiva humana entre o "eu" e o "outro" comprovando que todos nós somos sofisticadas "máquinas de vigilância" daqueles que por nós se cruzam, Muy Fuerte falha apenas na execução da acção nem sempre polida acabando por cair no lugar comum que a certo momento quase se que assume (e exige) como um "justificativo" necessário para revelar o desfecho desta narrativa. Mordaz sobre a perspectiva da hipocrisia humana que (auto-)censura o que acontece ao nosso redor, esta curta-metragem pedia uma execução mais nobre e de facto "mais forte" para que pudesse finalizar com mais dignidade sobretudo para a sua protagonista que por vezes desfila sem que tenha o merecido brilho.
.
4 / 10
.

El Ruido de Mi Silencio (2022)

El Ruido de Mi Silencio de Aureli Vallez (Espanha) é um filme curto que reflexiona sobre as memórias que consideramos intemporais e que transformam as experiências de um dado protagonista num conjunto de sentimentos que vivem em permanente dualidade originando um conflito interior. Passado e presente. Vida e morte. Luz e escuridão. Um conflito de momentos com o objectivo de alcançar uma harmonia - sobretudo interior -, que parece nunca chegar.
Ainda que as intenções desta curta-metragem possam parecer nobres e devidamente justificadas considerando as incertezas que qualquer um de nós pode sentir em momentos específicos da sua vida (ou até ao longo da mesma), El Ruido de Mi Silencio acaba por ser um filme curto que cansa o espectador não lhe conferindo nada de novo repetindo, por sua vez, todo um conjunto de lugares comuns que já foram explorados e filmados com muito mais qualidade e rigor do que aquilo que aqui presenciamos. Entre sombras e danças coreografadas com um suposto último e intenso bailado que acabou de "descobrir a pólvora", esta curta-metragem entendo-a como um trabalho de um certo rigor profissional apenas para a sua realizadora que, para o público em geral, mais não é do que um filme que tenta ser de uma reflexão interior que não consegue chegar ao seu destino.
Prepotente, não fosse perfeitamente olvidável, El Ruido de Mi Silencio é pouco mais do que um trabalho académico com potenciais boas intenções que prometem e não cumprem levando o espectador a um estado de aborrecimento apenas compensado com um fim mais do que esperado. O silêncio tem, de facto, ruído... e aqui sentimo-lo do primeiro até ao último instante e não pelos melhores motivos.
.
2 / 10
.

9 1/2 (2022)

9 1/2 de Marta Llorente (Espanha) recupere a ideia da memória e do legado para uma história curta que se assume com um fundo de contornos familiares que reflectem sobre a perda e, em boa medida, sobre uma "passagem de testemunho" sentida mas não anunciada de geração em geração.
Tendo por base o ideal da construção cinematográfica é a dimensão que o cinema assume enquanto legado que aqui se tenta filmar. Sobretudo um legado que é principalmente uma forma de viver que se assume (ou assumiu) na vida de uma família como o inesperado elo de ligação entre três distintas gerações. A criação, a memória e a arte fundem-se no registo destas três gerações que, no entanto, se deixam perder entregando ao ideal (de cinema) e ao registo de luzes e sombras o papel de personagens principais esquecendo, quase no seu todo, o peso impactante que essa mesma arte teve na formação dos indivíduos ou até no registo da passagem do tempo enquanto acção "construtora" de avô, mãe e neto ou nas potenciais relações que criariam entre si.
O cinema, a família, a memória e o legado estão, de facto, lá. Presentes na intenção... na declaração de interesses não verbalizada pretendida aquando da estruturação deste filme curto que, no entanto, se deixou levar pelas intenções e não pela concretização das mesmas. Ficou não o sonho mas o "plano" abstracto que para a sua forma se construiu não deixando que ele tivesse de facto liberdade de imaginação.
.
3 / 10
.

5:15 (2022)

5:15 de Miguel Alcalde de la Fuente (Espanha) é uma curta-metragem que recupera elementos tradicionais do género do terror urbano colocando uma mulher numa situação problemática e ambígua sem que, no entanto, identifique o que está para lá daquilo que não consegue observar.
Laura regressa a casa. Numa noite escura onde enfrenta o caminho de forma solitária, são os pequenos recantos que a assustam. É quando já se encontra no seu prédio que, no entanto, chega o seu verdadeiro susto... Ao avariar o elevador em que ela segue, uma misteriosa figura masculina que não identifica com clareza oferece-lhe ajuda. Encontra-se Laura perante um inesperado salvador ou enfrenta a maior provação da sua vida ao recusar uma ajuda que poderá ser indesejada?
Aquilo que a curta-metragem de de la Fuente melhor não é necessariamente a originalidade do seu argumento pos qualquer um de nós mais atento poderá recordar uma ou duas obras em que esta temática específica já havia sido abordada mas, por sua vez, a forma como este género é recuperado e filmado com a classe de uma digna obra do género que recuperando todos os seus elementos tradicionais não esbarra no vulgar dando a cada uma destas personagens a esperada dimensão que permita ao espectador compreender que está perante um vilão e uma vítima da "velha guarda" não sem antes deixar presente a dúvida que... tudo poderá estar equivocado.
Encontramos de facto o vilão por detrás da porta? Será este realmente um vilão ou alguém certo no momento certo? Estará a vítima dentro daquela cabine? Existirá na verdade alguma vítima? Todas estas questões povoam a mente do espectador que, de forma inadvertida, altera o seu estado de mente perante as personagens - pelo menos perante uma delas -, lançando a suspeita sobre o "predador" - será? - que tão convenientemente se encontrava no local em que era necessário e que, rapidamente, poderá também ser visto como um bom samaritano - será? - prestes a ajudar a vizinha indefesa. Num mundo em que os perigos da urbe surgem mascarados com diversos disfarces, em que se pode realmente acreditar - ou a quem se pode realmente recorrer - quando a necessidade de auxílio surge num momento em que se está totalmente exposto, indefeso e vulnerável? Poderá existir auxílio depois daquela "porta" ser aberta?
E depois do espectador pensar sobre o que poderá estar a ser desenvolvido numa conversa sem aparente solução entre duas pessoas que, na realidade, não se conhecem e entre as quais não existe qualquer tipo de confiança ou de vontade em prestar e receber auxílio, surge ainda uma questão que se prende com a percepção de que o perigo - seja ele qual for - pode não terminar com o término daquele demorado  e inconveniente instante.
Tenso e perspicaz... actual e envolvente... 5:15 reflecte sobre todos aqueles instantes que podem ser decisivos na vida de qualquer um de nós... Esse "nós" que nem sempre dá ouvidos à chamada "voz da consciência" que tão subtilmente nos avisa daquilo que poderá estar para lá do que é perceptível.
.
7 / 10
.

European Film Awards - Lux Award 2024: os nomeados

.

A Academia Europeia de Cinema revelou quais as cinco longas-metragens de produção Europeia nomeadas ao Lux - The European Audience Award que anualmente entrega em parceria com o Parlamento Europeu, a Comissão Europeia e a Europa Cinemas.
São elas:
  • 20.000 Especies de Ebejas, de Estibaliz Urresola Solaguren (Espanha)
  • Kuolleet Lehdet, de Aki Kaurismäki (Finlândia/Alemanha)
  • Das Lehrerzimmer, de Ilker Çatak (Alemanha)
  • Savvusanna Sosarad, de Anna Hints (Estónia/França/Islândia)
  • Sur l'Adamant, de Nicolas Philibert (França/Japão)
O vencedor será conhecido em Março de 2024 e a cerimónia de premiação irá decorrer no Parlamento Europeu em Estrasburgo, em França.
.
.

quarta-feira, 6 de setembro de 2023

Giuliano Montaldo


.
1930 - 2023
.

domingo, 3 de setembro de 2023

Meteor Moon (2020)

.
Lua Meteoro de Brian Nowak (EUA) é uma daquelas longas-metragens que anuncia desastre desde o primeiro instante e não... não a propósito do seu argumento.
Após um meteorito colidir com a Lua levando-a a entrar em rota de colisão com o planeta Terra, um grupo de cientistas liderado pelos irmãos Lawson têm de descobrir como travar a aparentemente inevitável extinção.
Como referi logo nas primeiras duas linhas deste comentário, Meteor Moon anuncia a desgraça. A sua própria desgraça. Sem qualquer aviso prévio o espectador recebe de imediato imagens reais de manifestações, conflitos e convulsões do mundo moderno que aqui são associadas a esta catástrofe interplanetária que prenuncia o fim da vida na Terra tal como a conhecemos. "Tudo bem", pensamos, e não fosse a descoordenação constante que a narrativa desta longa-metragem apresenta e até pensaríamos que algo poderia fazer sentido no seio de uma obra que pretende recrear o mais antigo dos medos dos gauleses... que o céu caia em cima da cabeça. Mas não, pelo contrário, toda a vontade de mostrar um conjunto de momentos e de personagens que são, na sua maioria, perfeitamente desnecessárias ou, na melhor das hipóteses, completamente ridículas que vão do comum cidadão sem qualquer coerência para lá da vontade de os retratar enquanto pobres marginais - alcoolizados e afins - sobre quem ninguém irá chorar a sua morte ou, por outro lado, revelar um conjunto de militares que parecem ter saído da escola de moda e beleza no dia anterior, Meteor Moon destaca-se (se assim o poderemos dizer) por respeitar as quotas de género ao apresentar todas as personagens militares, da mais alta patente à mais baixa, como personagens femininas. Este aspecto não seria sequer uma questão se a representação das actrizes fosse consistente e coerente - incluindo uma Dominique Swain num registo bem desgastado do brilho de outros tempos -, afinal noutros tempos seriam todos homens, mas aqui o espectador compreende totalmente que o objectivo foi o preenchimento de uma cópia... de unhas compridas a blush... de baton a penteados que nenhum militar usaria... as evidências estão lá... observa-as quem quer...
De (falta de) coerência em (falta de) coerência... o reino da estupidificação não pára. Personagens que surgem dos matos com a solução para a falha global das telecomunicações sem esquecer os adeptos das teorias da conspiração altamente armados e com a sabedoria que se lê nas instruções das caixas de cartão não podemos, claro está, esquecer os cientistas caídos em desgraça salvos por um irmão mais novo e com mais sede de poder que caminham rumo à redenção... as histórias de famílias destruídas fruto da ruína profissional e claro... a salvação que se encontra no último instante graças a um qualquer truque macgyveriano que se engendrou dentro de um Mustang descapotável no espaço rumo à drive que irá comandar o GPS para o lado mais escuro da Lua e, como tal, salvar o planeta graças a um buraco negro. Tal... nem um verdadeiro cientista alguma vez iria sequer conceber.
Os terramotos são intensos - felizmente nunca observamos nenhum tsunami apesar de um gigantesco ser anunciado -, as mortes são aos milhares mas... não se sabe bem onde... os vulcões entram em erupção e os esconderijos no interior das montanhas resistem a temperaturas elevadas no subsolo ao ponto de tudo ser resolvido... e ninguém morre queimado ou asfixiado ou sequer larga um pingo de transpiração (truques da escola de moda...) e no espaço, os dois cientistas salvadores do mundo têm tantos recursos - não os suficientes para terem um foguetão - e a sorte de principiante para encontrarem uma cápsula perdida que os pode fazer regressar a Terra... e as maravilhas não páram de surgir.
"Isto é tão mau que até se torna bom" é uma daquelas velhas frases que em tantos momentos do passado viram nascer filmes que hoje consideramos clássicos - e que todos nós podemos recordar uns quantos -, mas aqui não. Em Meteor Moon a única coisa da qual temos total certeza, para lá do facto desta história nos aborrecer quase desde os primeiros trinta segundos, é que estamos perante um filme que é simplesmente mau. Não existe coerência ou sentido em absolutamente nada... no argumento, nos actores e respectivas interpretações... nos cenários escolhidos a dedo porque eram simplesmente os de menor gasto... nas expressões... nos lugares comuns... nos cenários extra planeta... nas dinâmicas entre personagens... nos dramas familiares... nos excessos... nas loucuras... no exagero... Absolutamente nada é digno de registo positivo ou permitir ao espectador pensar que "afinal aquilo até está bem feito..."... Nada!
Meteor Moon é o perfeito filme nulidade. Sabemos que existe... Eventualmente percebemos que até o queremos ver compreendendo que não será nada de bom mas... uma vez lá... desejamos ardentemente sair deste inferno que não é tido como o desastre do planeta Terra mas sim aquele que irá corromper a nossa paciência e sanidade mental. No final apenas uma constatação ou certeza... a compreensão de que perdemos perto de noventa minutos da nossa vida em algo que, na realidade, nunca deveria ter visto a luz do dia... apesar de nos quererem vender que tudo está bem quando acaba bem... a não ser que o espectador deseje que, nesta ficção, a Lua colida de facto com a Terra e ponha fim a estas personagens que na sua realidade desejamos que não consigam reproduzir-se.
.

.
1 / 10
.

sábado, 2 de setembro de 2023

Alone (2020)

.
Isolado de Johnny Martin (EUA) é uma, mais uma, das inúmeras obras cinematográficas que surgem no seguimento não só de um género como de um que é agora alimentado pela onda pandémica da COVID-19 que recentemente a todos nos afectou.
Aidan (Tyler Posey) fica barricada no seu apartamento depois de um estranho vírus afectar a popilação mundial. À medida que o tempo passa e o racionamento de alimentos atinge o seu limite, Aidan vê-se impossibilitado de sair de casa enquanto os Screamers ocupam não só as ruas como também os corredores do bloco do seu bloco de apartamentos. Quando toda a esperança falha, existirá algo pelo qual ainda lutar?
Ainda que muito fresca na memória colectiva, a pandemia da COVID-19 haveria de começar a dar os seus frutos no cinema. Se por um lado a temática não é nova recriando mais uma história de infectados que dominam as ruas de todas as cidades, não deixa de ser curioso que esta em particular tenha saído no ano da própria pandemia. Então o que observamos nesta história que seja, talvez não novo, mas curioso de uma perspectiva social?! Logo à partida consigo identificar três elementos. O primeiro não necessariamente uma novidade mas talvez algo invulgar de verificar no género é o facto de ainda que ausente de conhecimento de uma forma geral, o protagonista "Aidan" (Posey) ser alguém que nos primeiros dias do contágio e da propagação da infecção consegue ainda ter alertas sobre os relatos noticiosos e do avanço da estranha pandemia que assola a comunidade. Não é comum nestas histórias que a comunicação social "resista" tanto tempo sendo até, de uma forma geral, um dos primeiros elementos da sociedade que acaba por falir de forma quase ruinosa. Atrapalhadas ou bloqueadas as comunicações e informações... mais rapidamente se propaga a infecção...
Esta continuidade informativa proporcionada também pela existência de uma rede energética (é certo que percebemos que é propositada para que algumas das acções da personagem de Posey possam ter crédito), possibilita a "Aidan" que faça o seu registo de resistente face a um mundo que está à beira de colapsar. O seu vídeo/registo de memórias para uma posterioridade - que poderá não existir - conferem ao espectador um certo conhecimento da dinâmica familiar que existira antes da hecatombe. Uma família unida que agora, o seu último elemento, compreende já não voltar a ter. As memórias que servem apenas como um desabafo de quem sobrevive e, quem sabe, um registo da sua existência num mundo que não voltará a ser o mesmo mas, ainda assim, questiona-se o espectador sobre qual o seu propósito - talvez apenas e só terapêutico - quando a própria rede de energia irá falhar e ninguém lhes poderá ter acesso?!
Finalmente, e ainda que seja um elemento recorrente não é (ainda) uma presença constante nas obras do género, o facto destes infectados (não mortos-vivos) que mais parecem vítimas de um qualquer cataclismo natural que afectou o seu discernimento e capacidade de raciocinar sobre o bem e o mal (uma vez que tentam alimentar-se dos ditos não-infectados), aparentarem ter uma qualquer réstia de consciência que lhes confere uma breve noção de que algo está mal não conseguindo, no entanto, resistir ao impulso maior de atacar indiscriminadamente.
No seio de todo um colapso social, informativo e organizacional, Alone acaba por revelar a reflexão a partir do seu próprio título... como reagir a um mundo no qual nos encontramos totalmente solitários. Não existe nada nem ninguém que alguma vez conhecemos. Tudo ruiu sem cair. Tudo morrer sem desaparecer. Não houve oportunidade para o luto. Não houve despedidas. Viver em nome de quê? Com que propósito? Para quem? É apenas quando uma última esperança chega no seio de um momento fatal - o aparecimento de uma sobrevivente em "Eva" (Summer Spiro) e da curiosa alusão aos seus nomes... "Aidan" e "Eva" - que o nosso protagonista pensa - afinal - que talvez a vida será melhor de preservar do que desaparecer sem deixar qualquer rasto para um mundo que (talvez) possa ainda existir... mais não seja pela fecundação futura do mesmo.
A esperança não morre... morre todo o demais planeta incluindo os poucos registos de sobreviventes que ainda conseguimos encontrar (assombroso Donald Sutherland e o seu "Edward" que revela, uma vez mais, que no meio de uma crise... a Humanidade deserta deserdando qualquer um de nós da consciência que em tempos sãos nos caracteriza), e a única certeza para lá do óbvio mundo que não voltará a ser igual é que as sobrevivência (ou a morte) não será tão amarga agora que um tem a presença do outro para ora dar esperança ora alento num potencial momento final.
O realizador Johnny Martin e o argumentista Matt Naylor falham apenas num elemento primordial para estas histórias... Todos nós que seguimos o género compreendemos que nem sempre se conseguem "fechar" estas histórias que, regra geral, têm um final aberto possibilitando a cada um de nós olhar o futuro (ou o que resta dele) da forma como cada um de nós quiser... no entanto este Alone pega no impossível e faz do final desta narrativa um momento quase absurdo ao conferir ao dois resistentes uma sobrevivência que em nada faz antever o futuro. Depois de uma luta intensa para chegarem ao seu porto seguro... eis que caem no chão e tudo termina... Se era para desistir ali... mais valia ter fechado a porta uns instantes antes e deixar a mente do espectador navegar pela incerteza de que "talvez" alguém não resistisse a um caminho cheio de tantas ameaças. Se o filme tinha conquistado alguma coerência e até suspense na atmosfera que havia criado, é o final que o lança num rumo de obras inacabadas e impossíveis de recuperar... afinal, quem iria querer ver uma sequela de algo que... parece ter terminado como terminou porque se investiu demais no restante filme e agora... já não existia mais capital.
De dinâmico e com um ritmo intenso - exceptuando as caracterizações dos infectados que... poderiam ser melhor elaboradas - e até mesmo um intenso registo da solidão de um sobrevivente para quem o "amanhã" parece não existir, Alone parece querer encerrar o capítulo apocalipse para dar lugar a um romance não concretizado quando, na realidade, poderia ter dado corpo aos dois factores. Vale pelos primeiros oitenta minutos e deita tudo a perder nos últimos cinco. A ambição da história foi interessante mas não se lhe conseguiu dar a devida atenção e cuidado. Com um Donald Sutherland igual a si própria e a constituir-se como um dos elementos mais fortes desta longa-metragem - todos nós sabemos desde o primeiro momento em que o vemos o que dali vem -, e um destaque positivo para a interpretação de Tyler Posey durante toda a primeira metade do filme, Alone deixa-nos, na realidade, com uma sensação de que realmente estamos sozinhos... não num apocalipse mas na esperança de que a dupla realizador/argumentista tivessem dado mais credibilidade a um final sem sabor.
.

.
4 / 10
.