O Planeta dos Tubarões de Mark Atkins (EUA) é uma longa-metragem que tenta o género fantástico e o suspense ao apresentar um mundo num futuro não tão distante onde devido ao aquecimento global o planeta ficou coberto de água deixando a pouca população existente a nível mundial a viver em pequenas plataformas aquáticas. À sua volta, todo um conjunto de vida submarina na qual se desenvolvem grandes comunidades de tubarões agora a espécie dominante no planeta e liderados por uma fêmea alfa que deseja o domínio absoluto.
No meio de um mundo devastado e onde a sobrevivência é ameaçada pelo ambiente, agora normalizado, de uma Natureza impiedosa - o elemento ecológico que se tenta numa obra assumidamente menor e que ninguém será capaz de levar a sério -, este Planet of the Sharks apresenta um conjunto de personagens que são, no mínimo, estereótipos do absurdo encarnado em actores com uma clara deficiência de compreensão daquilo que se espera ou que devem fazer.
O espectador começa por assistir a um desesperado salvamento do membro de uma comunidade que foi arrasada pela acção destruidora do "gang dos tubarões". A partir daqui, não só é - o espectador - surpreendido por um deambular desta personagem como um elemento decorativo que todos temos na nossa sala mas que ninguém, na realidade,realmente quer ou aprecia como nos deparamos com todo um elenco que circula por um filme através de um conjunto de noções pré-concebidas sobre o que será esse futuro "apocalíptico" e ao nível baixo a que a dita civilização realmente chegou.
Como herói deste novo mundo temos "Dillon" (Brandon Auret) que circula entre as várias comunidades e estabelece a desejada relação entre as mesmas através das trocas comerciais que estabelece nas suas viagens em alto mar mas que é subitamente ultrapassado por uma audaz "Shayne" (Stephanie Beran) que, por entre tentativas de salvar o planeta com as suas experiências climatéricas, também é ás de desportos radicais agora... uma própria forma de sobrevivência. Assim, entre personagens decorativas e salvadores da Humanidade que parecem retirados de uma qualquer embalagem de alimentos relativamente "pré-cozinhados", Planet of the Sharks consegue ainda exibir todo um conjunto de figurantes especiais - chamar-lhes de actores ou intérpretes de personagens credíveis seria arriscado demais para o bom nome de quem quer que seja - que facilmente caem no ridículo deixando o espectador com mais ou menos leves gargalhadas ao pensar que... será que isto está mesmo a acontecer?! Todos, com a clara excepção da personagem que fora inicialmente salva, são peritos em questões ambientais, na mais actual (valha isso o que valer ...) tecnologia - mesmo que aquela exibida no filme remonte a 1990 - ou até mesmo na caça ao tubarão (agora evoluídos e mais inteligentes) feita através de rituais aborígenes e uma auto-confiança que não lembra a ninguém... todos deambulam por um espaço frágil mas com a certeza de que são (ainda) senhores poderosos de uma Terra que, literalmente, já não existe, e quando pensamos que a civilização desapareceu... não foi apenas por ficar coberta de água mas sim porque se fôr a isto que tudo se resume... encontramos uma muito pobre noção do que realmente nos "espera".
Assim, da falta de credibilidade ao exagero, do absurdo à ausência de noção como poder fazer um filme que aborde todos os temas aqui desejados - ambiente, feminismo, sobrevivência, tecnologia versus Homem... - de forma coerente e possível, Planet of the Sharks nem tão pouco se preocupa em exibir os tão mal fadados tubarões para lá do fácil e ridículo (pobre) efeito especial que parece desenhado por alguém com cinco anos de idade mas com muito mais experiência informática do que quem trabalha obrigatoriamente há mais tempo no ramo. Esquecendo voluntariamente que o argumento é necessário para dar alguma coerência à "coisa" (chamar-lhe filme seria complicado...) remetendo-"a" para aquela lista de longas-metragens que todos adoramos ver num qualquer dia a altas horas da madrugada mas que na realidade não nos deixará qualquer tipo de saudades ou vontade de ver uma segunda vez... conseguir perder com Planet of the Sharks mais do que estas já longas linhas... que asseguro terem demorado mais tempo a escrever do que a própria duração do filme... é por si um feito. Depois disto, quem quiser seguir por esta via... está por sua conta e risco.
.Como herói deste novo mundo temos "Dillon" (Brandon Auret) que circula entre as várias comunidades e estabelece a desejada relação entre as mesmas através das trocas comerciais que estabelece nas suas viagens em alto mar mas que é subitamente ultrapassado por uma audaz "Shayne" (Stephanie Beran) que, por entre tentativas de salvar o planeta com as suas experiências climatéricas, também é ás de desportos radicais agora... uma própria forma de sobrevivência. Assim, entre personagens decorativas e salvadores da Humanidade que parecem retirados de uma qualquer embalagem de alimentos relativamente "pré-cozinhados", Planet of the Sharks consegue ainda exibir todo um conjunto de figurantes especiais - chamar-lhes de actores ou intérpretes de personagens credíveis seria arriscado demais para o bom nome de quem quer que seja - que facilmente caem no ridículo deixando o espectador com mais ou menos leves gargalhadas ao pensar que... será que isto está mesmo a acontecer?! Todos, com a clara excepção da personagem que fora inicialmente salva, são peritos em questões ambientais, na mais actual (valha isso o que valer ...) tecnologia - mesmo que aquela exibida no filme remonte a 1990 - ou até mesmo na caça ao tubarão (agora evoluídos e mais inteligentes) feita através de rituais aborígenes e uma auto-confiança que não lembra a ninguém... todos deambulam por um espaço frágil mas com a certeza de que são (ainda) senhores poderosos de uma Terra que, literalmente, já não existe, e quando pensamos que a civilização desapareceu... não foi apenas por ficar coberta de água mas sim porque se fôr a isto que tudo se resume... encontramos uma muito pobre noção do que realmente nos "espera".
Assim, da falta de credibilidade ao exagero, do absurdo à ausência de noção como poder fazer um filme que aborde todos os temas aqui desejados - ambiente, feminismo, sobrevivência, tecnologia versus Homem... - de forma coerente e possível, Planet of the Sharks nem tão pouco se preocupa em exibir os tão mal fadados tubarões para lá do fácil e ridículo (pobre) efeito especial que parece desenhado por alguém com cinco anos de idade mas com muito mais experiência informática do que quem trabalha obrigatoriamente há mais tempo no ramo. Esquecendo voluntariamente que o argumento é necessário para dar alguma coerência à "coisa" (chamar-lhe filme seria complicado...) remetendo-"a" para aquela lista de longas-metragens que todos adoramos ver num qualquer dia a altas horas da madrugada mas que na realidade não nos deixará qualquer tipo de saudades ou vontade de ver uma segunda vez... conseguir perder com Planet of the Sharks mais do que estas já longas linhas... que asseguro terem demorado mais tempo a escrever do que a própria duração do filme... é por si um feito. Depois disto, quem quiser seguir por esta via... está por sua conta e risco.
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