sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Troféu Bárbara Virgínia 2020

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A Academia Portuguesa anunciou o nome da galardoada com o quinto Troféu Bárbara Virgínia. Depois de Leonor Silveira (2015), Laura Soveral (2016), Teresa Ferreira (2017) e Júlia Buisel (2018), este ano a Academia decide atribuir o troféu à realizadora e argumentista luso-sueca Solveig Nordlund.
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Nordlund (Estocolmo, 1943), realizadora e argumentista sempre exerceu funções em diversas áreas cinematográficas como a edição ou produção iniciou o seu percurso enquanto realizadora no final da década de '70 com o documentário curto A Luta do Povo - Alfabetização em Santa Catarina (1976) ao qual se seguiu A Lei da Terra (1977).
Com uma obra que se dividiu entre o documentário e a ficção, a primeira longa-metragem chegaria com Nem Pássaro Nem Peixe (1978) seguida de Viagem para a Felicidade (1978) e Música Para Si (1979) protagonizada por Isabel de Castro.
A década de '80 traria uma das duas obras mais emblemáticas Dina e Django (1981) e 1985 - Vad Hände Katten i Rattans Ar? (1985), ficando toda a obra da restante década marcada pela direcção de uma obra documental onde se destaca Novas Perspectivas (1980).
Foi também com obras documentais que Solveig Nordlund iniciou a nova década sendo que, no entanto, foi também no início dos anos '90 que chegariam dois outros dos seus títulos mais marcantes, ou seja, I Morgon, Mario (1994) e Comédia Infantil (1998) e ainda a curta-metragem Uma Voz na Noite (1998) novamente protagonizada por Isabel de Castro. Foi também no final desta década que Nordlund realizou o documentário televisivo J. G. Ballard: The Future is Now (1998), o qual iria preceder a sua longa-metragem Aparelho Voador a Baixa Altitude (2002), protagonizada por Margarida Marinho e Miguel Guilherme, obra pós-apocalipse que revela uma Europa desolada pela falta de nascimentos e a implementação de protocolos se segurança que delimitam a (não) validade de Estados, então, falhados.
A Filha (2003) e A Morte de Carlos Gardel (2011) seriam as suas longas-metragens de ficção seguintes, e últimas, tendo o restante percurso da realizadora sido dedicado à elaboração de documentários e curtas metragens, um dos quais O Meu Outro País (2014), vencedor de um Sophia na categoria de Melhor Documentário - Curta-Metragem pela Academia Portuguesa de Cinema.
A Academia Portuguesa de Cinema irá prestar homenagem à realizadora numa cerimónia a realizar no próximo dia 6 de Fevereiro na Cinemateca Portuguesa - Museu do Cinema onde Paulo Trancoso, o Presidente da Academia, lhe irá entregar o Troféu Bárbara Virgínia pelo seu contributo ao cinema português.
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