Hyper-Reality de Keiichi Matsuda (Colômbia) é uma curta-metragem que nos revela uma imagem de um futuro mais ou menos próximo onde é fornecida uma visão onde o mundo físico e a realidade virtual se misturam.
Num contexto que poderia ser considerado distópico há poucos décadas (muito poucas), a curta-metragem de Matsuda revela-nos um mundo e um contexto social que estão hoje bem mais perto de nós do que aquilo que eventualmente poderíamos gostar de admitir. Aqui tudo é um jogo onde a realidade virtual assume o controle da vida da protagonista e das suas escolhas e acções. Da incapacidade de agir sem indicações deixando o dito virtual tomar conta dos comportamentos e dos rumos que a vida do "eu" toma numa sociedade que se atropela e asfixia com publicidade sobre as necessidades criadas do indivíduo - comprar, comprar e voltar a comprar são as palavras de ordem -, este Hyper-Reality assume contornos sufocantes que fazem o espectador assistir a uma realidade ficcionada onde a interacção humana deixou de existir para dar lugar a uma jogo entre duas entidades... a humana (cada vez menos acentuada) e a virtual que assume controlo de tudo a todo o momento.
Com uma abordagem que quase poderia ser futurista (mas já não o é), esta curta-metragem colombiana assusta não por um qualquer terror sobrenatural que se impõe junto do Homem mas sim pela forma quase súbtil com que o mundo virtual e informatizado se afirmou junto do mesmo quase controlando os seus gostos, vontades e sobretudo necessidades vendendo (ou pelo menos publicitando) aquilo que se deve comprar. O porquê deixa de ser uma questão para apenas se centrar no quando e no como que vão saciar necessidades não existentes que se afirmam pela compreensão de um qualquer algoritmo que se assume como uma força dominante.
A informatização tida há anos como uma necessidade de fácil consulta de bases de dados que auxiliariam ao conhecimento ganham, com esta curta-metragem, um rosto assustador pela consciencialização da dependência que o Homem inconscientemente subscreve limitando as suas acções, gostos e vontades àquilo que lhe é indicado e recomendado. O terror pode existir... mas ninguém deu conta da sua presença.
.Num contexto que poderia ser considerado distópico há poucos décadas (muito poucas), a curta-metragem de Matsuda revela-nos um mundo e um contexto social que estão hoje bem mais perto de nós do que aquilo que eventualmente poderíamos gostar de admitir. Aqui tudo é um jogo onde a realidade virtual assume o controle da vida da protagonista e das suas escolhas e acções. Da incapacidade de agir sem indicações deixando o dito virtual tomar conta dos comportamentos e dos rumos que a vida do "eu" toma numa sociedade que se atropela e asfixia com publicidade sobre as necessidades criadas do indivíduo - comprar, comprar e voltar a comprar são as palavras de ordem -, este Hyper-Reality assume contornos sufocantes que fazem o espectador assistir a uma realidade ficcionada onde a interacção humana deixou de existir para dar lugar a uma jogo entre duas entidades... a humana (cada vez menos acentuada) e a virtual que assume controlo de tudo a todo o momento.
Com uma abordagem que quase poderia ser futurista (mas já não o é), esta curta-metragem colombiana assusta não por um qualquer terror sobrenatural que se impõe junto do Homem mas sim pela forma quase súbtil com que o mundo virtual e informatizado se afirmou junto do mesmo quase controlando os seus gostos, vontades e sobretudo necessidades vendendo (ou pelo menos publicitando) aquilo que se deve comprar. O porquê deixa de ser uma questão para apenas se centrar no quando e no como que vão saciar necessidades não existentes que se afirmam pela compreensão de um qualquer algoritmo que se assume como uma força dominante.
A informatização tida há anos como uma necessidade de fácil consulta de bases de dados que auxiliariam ao conhecimento ganham, com esta curta-metragem, um rosto assustador pela consciencialização da dependência que o Homem inconscientemente subscreve limitando as suas acções, gostos e vontades àquilo que lhe é indicado e recomendado. O terror pode existir... mas ninguém deu conta da sua presença.
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