Homework, de Nacho Arjona (Espanha) presente na competição Filmes para Crianças da 11ª edição do Leiria Film Fest e transporta o espectador para o interior de uma sala de aula onde todos os materiais deixados para trás pelas crianças que foram celebrar o seu merecido recreio ganham inesperadamente vida dando cor e alegria a um espaço temporariamente "deserto". Mas, quando os egos dos materiais "nobres" sobressaem face aos demais, é a valentia de um novato que se destaca entre todos.
Tudo começa com um intervalo. O que ocorrera antes pouco importa para um espectador que se deixa, de imediato, seduzir por uma pequena personagem animada que não só domina a nossa atenção como irá, a seu tempo, dominar toda esta curta-metragem de animação que se assume, desde os primeiros instantes, como uma das mais fortes desta secção. A rebeldia desta pequena "Borracha" associada primeiro ao imaginário proibido de "alguém" que se prepara para algo ilegal e depois a essa dinâmica escolar onde tudo era novo e origem ou desfecho de uma qualquer aprendizagem deliciam e animam a curiosidade de qualquer um de nós que percebe de imediato estar perante uma história que vai primar pela originalidade.
Esta rebeldia apenas vai encontrar par na zelosa formalidade de um "Lápis" habituado a ser adorado pelas suas criações artísticas mais ou menos imponentes que todos os demais - sendo estes os restantes objectos escolares que co-habitam a sala de aula - estão, também eles, acostumados a adorar pela sua incapacidade de produzir em igual dimensão ou qualidade. Mas, como tudo nestas histórias de animação imediatamente predispostas ao humor, nada irá correr tal como seria de esperar e o caos estará prestes a ser instalado.
Uma das, senão a principal, mensagens desta curta-metragem prende-se com o facto de poder retratar com precisão não só a capacidade da criação que deslumbra os mais atentos e perspicazes olhares que encontram arte no mais inesperado dos locais mas também o poder de, para alcançar esse processo de criação, dar corpo e alma a uma entreajuda que o facilita levando o artista à inesperada criação da "obra" enquanto "objecto" finalizado. O humor é ligeiramente apurado, a acção e a aventura dignas de deliciar qualquer um dos mais cépticos com o género em questão e Homework vai ao ponto de conseguir juntar um pouco de thriller e suspense - nos seus instantes finais - quanto baste transformando, de forma multidimensional, as suas personagens tanto em heróis da animação como em exemplos bem construídos, dentro do género animado, de demais facetas como o drama e sobretudo o humor.
Um dos filmes curtos imperdíveis desta edição do Leiria Film Fest - de todos os géneros - capaz de seduzir tanto miúdos como graúdos em iguais proporções graças a uma história bem construída e a um conjunto de inesperadas personagens que dão corpo, vida e muita alma às aventuras que qualquer um de nós poderia imaginar.
Tudo começa com um intervalo. O que ocorrera antes pouco importa para um espectador que se deixa, de imediato, seduzir por uma pequena personagem animada que não só domina a nossa atenção como irá, a seu tempo, dominar toda esta curta-metragem de animação que se assume, desde os primeiros instantes, como uma das mais fortes desta secção. A rebeldia desta pequena "Borracha" associada primeiro ao imaginário proibido de "alguém" que se prepara para algo ilegal e depois a essa dinâmica escolar onde tudo era novo e origem ou desfecho de uma qualquer aprendizagem deliciam e animam a curiosidade de qualquer um de nós que percebe de imediato estar perante uma história que vai primar pela originalidade.
Esta rebeldia apenas vai encontrar par na zelosa formalidade de um "Lápis" habituado a ser adorado pelas suas criações artísticas mais ou menos imponentes que todos os demais - sendo estes os restantes objectos escolares que co-habitam a sala de aula - estão, também eles, acostumados a adorar pela sua incapacidade de produzir em igual dimensão ou qualidade. Mas, como tudo nestas histórias de animação imediatamente predispostas ao humor, nada irá correr tal como seria de esperar e o caos estará prestes a ser instalado.
Uma das, senão a principal, mensagens desta curta-metragem prende-se com o facto de poder retratar com precisão não só a capacidade da criação que deslumbra os mais atentos e perspicazes olhares que encontram arte no mais inesperado dos locais mas também o poder de, para alcançar esse processo de criação, dar corpo e alma a uma entreajuda que o facilita levando o artista à inesperada criação da "obra" enquanto "objecto" finalizado. O humor é ligeiramente apurado, a acção e a aventura dignas de deliciar qualquer um dos mais cépticos com o género em questão e Homework vai ao ponto de conseguir juntar um pouco de thriller e suspense - nos seus instantes finais - quanto baste transformando, de forma multidimensional, as suas personagens tanto em heróis da animação como em exemplos bem construídos, dentro do género animado, de demais facetas como o drama e sobretudo o humor.
Um dos filmes curtos imperdíveis desta edição do Leiria Film Fest - de todos os géneros - capaz de seduzir tanto miúdos como graúdos em iguais proporções graças a uma história bem construída e a um conjunto de inesperadas personagens que dão corpo, vida e muita alma às aventuras que qualquer um de nós poderia imaginar.
7 / 10
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