O American Film Institute anunciou a atribuição do seu do seu 48º galardão à actriz britânica Julie Andrews numa cerimónia que se irá realizar no próximo dia 25 de Abril de 2020, em Los Angeles.
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Andrews, distinguida recentemente com o Leão de Ouro Carreira pelo Festival Internacional de Cinema de Veneza é, segundo a Presidente do AFI Kathleen Kennedy "praticamente perfeita em todos os sentidos tendo deixado ao longo de décadas e gerações um sentimento de alegria, e o seu talento é um testamento ao poder da arte cinematográfica e à nossa herança cultural".
Julie Andrews, também com uma destacada presença tanto no palco como no pequeno ecrã, iniciou o seu percurso cinematográfico em 1949 ao dobrar uma personagem da longa-metragem de animação La Rosa di Bagdad, de Anton Gino Domenighini tendo sido, no entanto, a sua primeira longa-metragem Mary Poppins (1964), de Robert Stevenson que lhe granjeou não só fama internacional como o seu primeiro, e único à data, Oscar de Melhor Actriz Protagonista.
À obra de Stevenson seguiram-se The Americanization of Emily (1964), de Arthur Hiller e The Sound of Music (1965), de Robert Wise que a confirmou o seu estatuto de estrela internacional e a segunda nomeação ao Oscar enquanto Actriz Protagonista. Com três longas-metragens estreadas e uma carreira firmada, Andrews viria a participar em Torn Curtain (1966), de Alfred Hitchcock, Hawaii (1966) e Throughly Modern Millie (1967) ambos de George Roy Hill e Star! (1968), de Robert Wise que encerraria a década para a actriz.
Já na década de '70 Julie Andrews iria atravessar um período mais calmo apenas participando em quatro longas-metragens de Blake Edwards - com quem havia casado em 1969 -, sendo elas Darling Lili (1970), The Tamarind Seed (1974), The Pink Panther Strikes Again (1976) - onde daria a voz a uma das suas personagens -, e finalmente 10 (1979).
Little Miss Marker (1980), de Walter Bernstein foi a longa-metragem que viria a iniciar a nova década e à qual se seguiria um novo conjunto de colaborações com Blake Edwards entre as quais S.O.B. (1981), Victor Victoria (1982), que lhe proporcionaria a terceira e última nomeação ao Oscar de Melhor Actriz, Trail of the Pink Panther (1982), The Man Who Loved Women (1983) e That's Life! (1986) terminando a década com Duet for One (1986), de Andrey Konchalovskiy.
Andrews voltaria ao cinema seis anos depois com Cin Cin (1992), de Gene Saks naquela que seria a sua única aparição no cinema na década e regressaria con Relative Values (2000), de Eric Styles e o grande êxito junto do público em The Princess Diaries (2001), de Garry Marshall seguido por Unconditional Love (2002), de P. J. Hogan e o sucesso de animação Shrek 2 (2004), de Andrew Adamson, Kelly Asbury e Conrad Vernon ao qual regressaria em Shrek the Third (2007), de Chris Miller e Raman Hui e em Shrek Forever After (2010), de Mike Mitchell. Ainda em 2004 voltaria para The Princess Diaries 2: Royal Engagement, de Garry Marshall, Enchanted (2007), de Kevin Lima e para a curta-metragem do mesmo realizador Pip's Predicament: A Pop-Up Adventure (2008).
Tooth Fairy (2010), de Michael Lembeck, Despicable Me (2010), de Pierre Coffin e Chris Renaud, Despicable Me 3 (2017), de Kyle Balda, Pierre Coffin e Eric Guillon e Aquaman (2018), de James Wan viriam a encerrar as suas participações cinematográficas estando, no momento, em gravações da série Bridgerton.
Entre os inúmeros troféus alcançados por Julie Andrews encontram-se para lá do já mencionado Oscar, três Globos de Ouro, dois Emmy, um BAFTA, dois David di Donatello da Academia Italiana de Cinema, um Grammy e um Screen Actors Guild.
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