A Academia Europeia de Cinema anunciou esta manhã o nome da homenageada deste ano com o seu troféu European Achievement in World Cinema.
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Juliette Binoche (Paris, 1964) cujo percurso cinematográfico é "rico e diverso" segundo a Academia Europeia de Cinema e onde figuram mais de sessenta longas-metragens, teve a sua primeira participação no grande ecrã no início da década de '80 com Liberty Belle (1983), de Pascal Kané tendo, no entanto, sido dois anos depois com Je Vous Salue, Marie (1985), de Jean-Luc Godard que a lançou como actriz emergente em França. No mesmo ano participaria ainda em Les Nanas, de Annick Lanoë, La Vie de Famille, de Jacques Doillon, Adieu Balireau, de Bob Decout, Le Meilleur de la Vie, de Renaud Victor e Rendez-Vous, de André Téchiné aos quais se seguiriam Mon Beau-Frère a Tué ma Soeur (1986), de Jacques Rouffio, Mauvais Sang (1986), de Leos Carax, The Unbearable Lightness of Being (1988), de Philip Kaufman que lhe conferiu a porta de entrada para um percurso internacional e Un Tour de Manège (1989), de Pierre Pradinas.
A década de '90 começaria com a interpretação de Binoche em Les Amants du Pont-Neuf (1991), de Leos Carax, Wuthering Heights (1992), de Peter Kosminsky, Damage (1992), de Louis Malle, a trilogia Trois Couleurs com Bleu (1993), Blanc (1994) e Rouge (1994), de Krzystof Kieslowski, Le Hussard sur le Toit (1995), de Jean-Paul Rappeneau, Un Divan à New York (1996), de Chantal Akerman e The Englih Patient (1996), de Anthony Minghella que lhe viria a conferir não só a sua primeira nomeação como o seu primeiro Oscar na categoria de Melhor Actriz Secundária. Alice et Martin (1998), de André Téchiné e Les Infants du Siècle (1999), de Diane Kurys viriam a encerrar a década.
O novo século iniciaria com três longas-metragens sendo elas La Veuve de Saint-Pierre (2000), de Patrice Leconte, Code Inconnu (2000), de Michael Haneke e Chocolat (2000), de Lasse Hallström que lhe viria a conferir a sua segunda nomeação a Oscar agora enquanto Actriz Protagonista. Seguir-se-lhe-iam Décalage Horaire (2002), de Danièle Thompson, Country of My Skull (2004), de John Boorman, Caché (2005), de Michael Haneke, Bee Season (2005), de Scott McGehee e David Siegel, Mary (2005), de Abel Ferrara, Paris Je T'Aime (2006), no segmento realizado por Nobuhiro Suwa, Quelques Jours en Septembre (2006), de Santiago Amigorena, Breaking and Entering (2006), de Anthony Minghella, na curta-metragem Le Monde n'est pas un Panorama (2006), de Iacopo Bedogni e Nicolò Massazza, Le Voyage du Ballon Rouge (2007), de Hsiao-Hsien Hou, Disengagement (2007), de Amos Gitai, Dan in Real Life (2007), de Peter Hedges, Paris (2008), de Cédric Klapisch, L'Heure d'Été (2008), de Olivier Assayas e Shirin (2008), de Abbas Kiarostami.
A década seguinte iniciar-se-ia com Copie Conforme (2010), de Abbas Kiarostami, The Son of No One (2011), de Dito Montiel, Elles (2011), de Malgorzata Szumowska, La Vie d'Une Autre (2012), de Sylvie Testud, Cosmopolis (2012), de David Cronenberg, À Coeur Ouvert (2012), de Marion Laine, Camille Claudel 1915 (2013), de Bruno Dumont, Tusen Ganger God Natt (2013), de Erik Poppe, Words and Pictures (2013), de Fred Schepisi, Godzilla (2014), de Gareth Edwards, Clouds of Sils Maria (2014), de Olivier Assayas, Nadie Quiere la Noche (2015), de Isabel Coixet, 7 Letters (2015), de Junfeng Boo, Eric Khoo, Jack Neo, K Rajagopal, Pin Pin Tan, Royston Tan e Kelvin Tong, The 33 (2015), de Patricia Riggen, na curta-metragem Mara (2015), de Mike Figgis, L'Attesa (2015), de Piero Messina, Ma Loute (2016), de Bruno Dumont, Polina, Danser sa Vie (2016), de Valérie Müller e Angelin Preljocaj, Ghost in the Shell (2017), de Rupert Sanders, Telle Mère, Telle Fille (2017), de Noémie Saglio, Un Beau Soleil Intérieur (2017), de Claire Denis, Vision (2018), de Naomi Kawase, Doubles Vies (2018), de Olivier Assayas, High Life (2018), de Claire Denis, Celle que vous Croyez (2019), de Safy Nebbou e finalmente La Vérité (2019), de Hirokazu Koreeda tendo ainda por estrear Le Quai de Ouistreham (2020), de Emmanuel Carrère e La Bonne Épouse (2020), de Martin Provost.
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Além do já mencionado Oscar de Actriz Secundária por The English Patient, Juliette Binoche já foi galardoada com um BAFTA e o Urso de Ouro de Berlim pelo mesmo filme, com o prémio de interpretação em Cannes por Copie Conforme, com o César da Academia Francesa de Cinema por Trois Couleurs: Bleu (num total de dez nomeações), com três European Film Awards - dois de Melhor Actriz e um prémio atribuído pelo público -, o Prémio Tributo pelo Lisbon & Estoril Film Festival e a Coppa Volpi de Veneza entre diversos outros prémios e nomeações destacando-se, entre elas, ao David di Donatello e ao Goya das Academias Italiana e Francesa respectivamente.
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A actriz, bem como os demais nomeados nas mais diversas categorias, estará em Berlim no próximo dia 7 de Dezembro, para a trigésima-segunda edição dos European Film Awards.
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