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Polícia Sem Lei de Werner Herzog é um dos últimos trabalhos de Nicolas Cage e uma das grandes interpretações que este actor teve de há dez anos para esta parte pois conseguimos notar nela alguma significativa qualidade.
No rescaldo do furacão Katrina encontramos o detective Terence McDonagh (Cage) que se lesiona nas costas quando tenta salvar um detido numa prisão inundada. Como consequência do seu acto passa a ter dores insuportáveis que apenas consegue acalmar recorrendo a todo o tipo de medicação e drogas ilegais que passam do cigarro de marijuana até ao consumo de cocaína sem limites.
Vítima não só desta sua nova dependência como também do seu vício de jogo, de esquemas e de sustentar Frankie (Eva Mendes), uma prostituta de luxo e a mulher da sua vida, Terence vê-se envolvido num conjunto sem fim de esquemas dos quais parece ser quase impossível salvar-se.
O filme que é por inúmeros vezes algo pachorrento e difícil de seguir sem sentir alguma impaciência, não deixa de ser dos melhores trabalhos que Nicolas Cage apresenta nos últimos anos. Se tivermos paciência para seguir todos os seus esquemas e tentativas de outos tantos, bem como os momentos em que temos de aturar as suas alucinações que mais não são que o reflexto da quantidade de droga que ingere ao longo do filme (e possivelmente alguns dos melhores segmentos do mesmo), percebemos que depois de assistirmos a tanta porcaria que aquele "polícia" fez teve no fundo um sentido.
Se a meio do filme desistimos de pensar que ele vai ser um justiceiro e um polícia ordeiro, poucos ou nenhuns são os momentos em que o vemos a agir nessa direcção, o final que não é mais do que surpreendente, agrada-nos de uma forma inexplicável. Ponto certo é que percebemos ser impossível atingir fins correctos sem, pelo meio, termos de infringir a lei não sei quantas vezes pois quando a tentamos seguir, tudo acaba por correr exactamente na direcção oposta àquela que queremos.
Resultado? Há que violar a lei vezes sem conta ultrapassando todos aqueles que nos podem fazer frente para, no final, a ver trabalhar e resultar na perfeição.
Cage? Perfeito e no melhor nível. Eva Mendes? Secundária mas aplicada. Jennifer Coolidge num registo mais sério mas tão boa como no seu registo "blonde".
Resultado final? O melhor papel de Cage desde há muito tempo e para o qual chegou a ser falado para a nomeação ao Oscar (não exageremos), mas que encarna e muito bem o retrato de uma América perdida e à deriva que espera sinais de redenção vindos eles não se sabe muito bem de onde.
Uma história que ora nos afasta ora nos atrai mas que, para aqueles que a aguentam, acaba por deixar um certo nível de satisfação no final mais que não seja por sabermos que tudo acaba em bem... apesar dos meios utilizados para lá se chegar não terem sido os mais correctos. No entanto ficamos a perceber que todas as boas acções são compensadas... Mais que não seja exactamente no final...
.No rescaldo do furacão Katrina encontramos o detective Terence McDonagh (Cage) que se lesiona nas costas quando tenta salvar um detido numa prisão inundada. Como consequência do seu acto passa a ter dores insuportáveis que apenas consegue acalmar recorrendo a todo o tipo de medicação e drogas ilegais que passam do cigarro de marijuana até ao consumo de cocaína sem limites.
Vítima não só desta sua nova dependência como também do seu vício de jogo, de esquemas e de sustentar Frankie (Eva Mendes), uma prostituta de luxo e a mulher da sua vida, Terence vê-se envolvido num conjunto sem fim de esquemas dos quais parece ser quase impossível salvar-se.
O filme que é por inúmeros vezes algo pachorrento e difícil de seguir sem sentir alguma impaciência, não deixa de ser dos melhores trabalhos que Nicolas Cage apresenta nos últimos anos. Se tivermos paciência para seguir todos os seus esquemas e tentativas de outos tantos, bem como os momentos em que temos de aturar as suas alucinações que mais não são que o reflexto da quantidade de droga que ingere ao longo do filme (e possivelmente alguns dos melhores segmentos do mesmo), percebemos que depois de assistirmos a tanta porcaria que aquele "polícia" fez teve no fundo um sentido.
Se a meio do filme desistimos de pensar que ele vai ser um justiceiro e um polícia ordeiro, poucos ou nenhuns são os momentos em que o vemos a agir nessa direcção, o final que não é mais do que surpreendente, agrada-nos de uma forma inexplicável. Ponto certo é que percebemos ser impossível atingir fins correctos sem, pelo meio, termos de infringir a lei não sei quantas vezes pois quando a tentamos seguir, tudo acaba por correr exactamente na direcção oposta àquela que queremos.
Resultado? Há que violar a lei vezes sem conta ultrapassando todos aqueles que nos podem fazer frente para, no final, a ver trabalhar e resultar na perfeição.
Cage? Perfeito e no melhor nível. Eva Mendes? Secundária mas aplicada. Jennifer Coolidge num registo mais sério mas tão boa como no seu registo "blonde".
Resultado final? O melhor papel de Cage desde há muito tempo e para o qual chegou a ser falado para a nomeação ao Oscar (não exageremos), mas que encarna e muito bem o retrato de uma América perdida e à deriva que espera sinais de redenção vindos eles não se sabe muito bem de onde.
Uma história que ora nos afasta ora nos atrai mas que, para aqueles que a aguentam, acaba por deixar um certo nível de satisfação no final mais que não seja por sabermos que tudo acaba em bem... apesar dos meios utilizados para lá se chegar não terem sido os mais correctos. No entanto ficamos a perceber que todas as boas acções são compensadas... Mais que não seja exactamente no final...
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