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A Rapariga que Imaginou Um Conto de Sara Allen é uma curta-metragem de ficção portuguesa que está presente na secção competitiva de curtas-metragens da sexta edição do FESTin - Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa a decorrer no Cinema São Jorge, em Lisboa.
Bárbara (Sofia Baltar) tenta incansavelmente terminar o seu conto. Na sua companhia está Iris (Tânia Orchid) que mais ou menos tranquilamente a ajuda a passar o tempo enquanto Lourenço (Cristovão Carvalheiro) espera por ela lá fora. Mas de repente, ela adormece...
O que fazer quando aquilo que temos de terminar insiste em não ficar completo atrasando, dessa forma, toda um mundo que espera "lá fora"? É a esta questão que o argumento, também da autoria da realizadora, aborda na medida em que reflecte não só na falta de
tempo e prazos a cumprir como a falta de inspiração que atrasa toda uma
demais vida.
Para lá de um argumento frágil e que, tal como as interpretações, se limita a ser "by the book" - que é como quem diz simpáticas pela sua premissa mas que necessitariam de um maior aprofundamento -, A Rapariga que Imaginou Um Conto revela uma interessante abordagem pela forma como explora a necessidade de um artista criar - neste caso uma escritora - mas que, ao mesmo tempo, percebe estar a deixar todo um novo e diferente rumo da sua vida de parte... com o tempo a passar e sabendo que essa vida jamais será recuperada. No final da vida são as escolhas que tomamos que mais importam e delas, as experiências que de uma ou outra forma nos definem enquanto pessoas... e "Bárbara" percebe que pode escrever o maior dos livros onde as suas personagens não irão passar do papel enquanto tem alguém que deseja a sua companhia sempre a bater-lhe à porta que ela muito rapidamente abre,,, e fecha. Estará ela a viver?
No entanto, e ainda que essa premissa seja interessante, o espectador pergunta-se - tal como "Bárbara" com o seu conto - se aquilo que aqui foi criado é realmente relevante e necessário ou se "lá fora" existe toda uma demais vida que poderia estar a ser melhor aproveitada independentemente da empatia que os actores parecem - e tentam - querer transmitir...
No entanto, nem tudo é assim tão frágil, e os segmentos animados são francamente inteligentes e bem construídos - bravo! - não sendo apesar disso, motivo suficiente para que no final consideremos ter sido uma experiência bem sucedida. O "sumo" está lá... mas precisa de uma melhor concretização.
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3 / 10
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