Rodar de Moisés Rodrigues (Portugal) é uma curta-metragem de animação experimental na qual toda a (breve) acção se centra na construção da forma num espaço desprovido da mesma.
Nos escassos instantes desta curta-metragem o espectador é brindado com um conjunto de pequenos elementos que, lentamente, se unem numa esperada perfeita junção que cria a forma. Numa comparação entre universos distintos, aquilo que aqui observamos acaba por ser a representação de uma galáxia que, desprovida de qualquer forma e dando corpo ao vazio, nasce - e cresce - pela junção de corpos - pontos e linhas dispersas - que pela sua união e tridimensionalidade dão vida à "forma".
Interessante pela sua premissa de construção e formação de vida (numa certa perspectiva), Rodar perde dinâmica sua apresentação experimental onde a imaginação do espectador se assume como um dos principais elementos ao ter de criar um imaginário específico para chegar a essa mesma percepção. Assim a totalidade do crédito permanece na premissa mas não tanto na execução de uma história que aqui pouco parece navegar para lá da limitação do início da própria criação.
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