quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Strange Bedfellows (2004)

Estranhos Companheiros de Cama de Dean Murphy conta com a participação de Paul "Crocodile Dundee" Hogan, que já se encontra desaparecido há imenso tempo dos holofotes que a fama lhe trouxe com esse grande sucesso cinematográfico dos anos 80. Assim, foi com alguma curiosidade que encontrei e vi este seu "novo" filme cuja acção se situava numa pequena cidade do interior da Austrália. E ainda bem que o vi.
Hogan que aqui interpreta um tipo que vive de pequenos esquemas e artimanhas para se ir safando, encontra-se com problemas de fisco numa altura em que o governo australiano aprova medidas de bonificação fiscal para casais do mesmo sexo. Assim, e depois de convencer o seu melhor amigo a aventurar-se nesta tentativa de enganar o Estado e assumirem-se como um casal, enbarcam numa série de aventuras para esconder este acontecimento dos seus vizinhos para que nunca suspeitem que afinal são mesmo gay, ao mesmo tempo que tentam ludibriar o fiscal do Estado assumindo-se como um casal que há imensos anos esconde a sua verdadeira sexualidade dos seus vizinhos.
Pelo meio fazem uma delirante e hilariante visita à vida nocturna de Sydney onde fazem novos amigos que modificam um pouco a sua forma de ver o Mundo e a respeitar as diferentes formas de vida que existem encarando também a sua própria existência de uma forma diferente.
Com isto posso afirmar que aqui encontramos um filme ligeiro mas muito bem disposto que nos causa algumas naturais e bem dispostas gargalhadas mas que trás consigo também uma firme e muito actual mensagem sobre aceitação, respeito e principalmente amizade. Uma amizade que não deve conhecer sexo nem se limitar aos copos e à farra mas sim ao reconhecimento de um pedido de ajuda quando este é feito.
Sentido e bem disposto, bem construído e agradável este filme trás não só as devidas mensagens de uma sociedade multicolor mas também os devidos bons momentos de comédia com situações sempre diferentes não só pelo contexto em que se inserem como também pela "reacção" das personagens que o compõem e que vence de forma esmagadora o seu remake norte-americano pela originalidade e naturalidade com que é interpretado.


8 / 10

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