.
Elf - O Falso Duende de Jon Favreau leva-nos ao domínio da comédia de Natal pelas mãos de Will Ferrell e de James Caan contando também com a participação num papel secundário de Mary Steenburgen.
Elf - O Falso Duende de Jon Favreau leva-nos ao domínio da comédia de Natal pelas mãos de Will Ferrell e de James Caan contando também com a participação num papel secundário de Mary Steenburgen.
Anos depois ter sido levado por engano pelo Pai Natal durante a sua distribuição de presentes Buddy (Ferrell) descobre que é grande demais para ser elfo. Ao perceber que afinal provém de outro local que não o distante Polo Norte, Buddy embarca numa viagem até Nova York, onde poderá encontrar o seu pai (Caan).
Perdido num mundo que não é o seu e exuberante para a vida no dito "mundo moderno", conseguirá Buddy conquistar um pai que não o conhece e manter-se fiel aos seus princípios?
Perdido num mundo que não é o seu e exuberante para a vida no dito "mundo moderno", conseguirá Buddy conquistar um pai que não o conhece e manter-se fiel aos seus princípios?
Com os desempenhos apropriados - e eventualmente esperados - para um filme de época natalícia, pouco aprofundados quanto a motivações (para lá das óbvias) e onde o mais áspero dos corações irá amolecer face ao sentimentalismo do momento em que tudo ganha uma nova perspectiva, Elf é um tradicional filme de fim-de-semana que não irá muito para lá do esperado entretenimento familiar a que se propõe (filme e espectador).
Se começamos por ser inseridos no meio de um Polo Norte e respectiva fábrica de brinquedos que preenche o imaginário de qualquer criança em época natalícia e onde todos são suficientemente generosos e amáveis para ficar nas boas graças de um Pai Natal (Ed Asner) que é solidário mas assumidamente casmurro, não deixamos de ter, por outro lado, o ambiente nocivo e onde todos se tornam adultos por vezes cedo demais como aquele que Nova York representa como a dura e fria realidade da vida. Se as personagens desse Polo Norte eram bondosas e solidárias, aqui temos a arrogância desse mundo moderno onde tudo é descrente e espera por apedrejar socialmente aqueles que não aguentam a pressão... ou, por outras palavras, chegámos à terra onde só sobrevivem aqueles que a ela se adaptam.
Divertido por momentos, tenta ser terno por outros... Instiga ao romance de ocasião entre duas personagens que são assumidamente disfuncionais e bem disposto graças a uma comédia agradável e quanto baste descontraída fazem deste Elf o tal filme ligeiro que sem grandes pretensões proporciona agradáveis momentos de uma ingenuidade sem pretensões.
Will Ferrell, um "habitué" do género que pelas suas carismáticas interpretações over the top conquista o seu público e ainda que esta não seja a sua personagem mais memorável - o "Mugatu" de Zoolander (2001) ainda detém (para mim) esse título - consegue com o seu "Buddy" levar o espectador a um lado "bom" de um humor naïf e sem pretensões com a mensagem de uma possível (ou assim se espera) fraternidade entre a comunidade que ultrapasse os dias frio de um sempre presente Inverno.
Mas, se a interpretação de Ferrell consegue ser um espelho daquilo que ele é (?!), não deixa de ser também um reparo aos demais actores que parecem meros figurantes desta longa-metragem onde apenas ele se destaca, independentemente de todos os demais serem veículos para as suas acções, propósitos e missões. No fundo, ainda que todos sejam indispensáveis para que "Buddy"... "funcione"... o espectador questiona-se sobre até que ponto eles demonstram o potencial das suas respectivas personagens sendo o "Walter" de James Caan disso exemplo ao mudar sucessivamente de pensamento e vontades em relação ao seu agora recém descoberto filho... ora "te desprezo"... ora "te odeio"... ora "agora descobri que afinal te amo".
Ligeiro, com apontamentos divertidos e alguns momentos capazes de fazer o espectador sorrir, Elf é o exemplo perfeito de uma época natalícia porvir sem que, no entanto, se consiga colocar entre as obras de referência da referida época sejam elas de comédia... ou não.
Will Ferrell, um "habitué" do género que pelas suas carismáticas interpretações over the top conquista o seu público e ainda que esta não seja a sua personagem mais memorável - o "Mugatu" de Zoolander (2001) ainda detém (para mim) esse título - consegue com o seu "Buddy" levar o espectador a um lado "bom" de um humor naïf e sem pretensões com a mensagem de uma possível (ou assim se espera) fraternidade entre a comunidade que ultrapasse os dias frio de um sempre presente Inverno.
Mas, se a interpretação de Ferrell consegue ser um espelho daquilo que ele é (?!), não deixa de ser também um reparo aos demais actores que parecem meros figurantes desta longa-metragem onde apenas ele se destaca, independentemente de todos os demais serem veículos para as suas acções, propósitos e missões. No fundo, ainda que todos sejam indispensáveis para que "Buddy"... "funcione"... o espectador questiona-se sobre até que ponto eles demonstram o potencial das suas respectivas personagens sendo o "Walter" de James Caan disso exemplo ao mudar sucessivamente de pensamento e vontades em relação ao seu agora recém descoberto filho... ora "te desprezo"... ora "te odeio"... ora "agora descobri que afinal te amo".
Ligeiro, com apontamentos divertidos e alguns momentos capazes de fazer o espectador sorrir, Elf é o exemplo perfeito de uma época natalícia porvir sem que, no entanto, se consiga colocar entre as obras de referência da referida época sejam elas de comédia... ou não.
.
.
6 / 10
.
Sem comentários:
Enviar um comentário